domingo, 14 de julho de 2013

Ação contra Aécio por ocultação de bens deverá ter parecer até agosto, diz Gurgel

 

Amigos do Presidente Lula

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve ter em breve uma definição sobre a possibilidade de entrar na disputa eleitoral com o peso de uma investigação por suspeita de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal sobre a cabeça. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta sexta-feira, 12, que "nos próximos dias" emitirá parecer sobre a representação feita contra Aécio e a irmã dele Andrea Neves.

"Ainda não conclui esse exame. É uma questão que ainda está sendo examinada, mas haverá uma definição antes da conclusão do meu mandato, sem dúvida nenhuma", declarou Gurgel, cujo mandato termina no dia 15 de agosto, referindo-se à representação contra Aécio. 

O procurador-geral da República esteve nesta sexta-feira em Belo Horizonte para receber a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, entregue pelo governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), mas que foi concedida a Gurgel em 2009, ainda durante a gestão de Aécio na administração estadual.

A representação contra o senador do PSDB de Minas Gerais foi apresentada à Procuradoria da República, em maio de 2011, por deputados que fazem oposição ao governo do Estado.

A justificativa é de que Aécio declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de pouco mais de R$ 617 mil, mas foi flagrado numa batida policial da Lei Seca no Rio dirigindo um Land Rover. Aécio recusou-se a fazer o teste do bafômetro e contratou um taxista para dirigir o carro até a residência que mantém na capital fluminense.

O automóvel, avaliado em mais de R$ 300 mil, estava em nome da Rádio Arco-Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte que pertence ao senador do PSDB, a Andrea e à mãe deles, Inês Maria Neves Faria. De acordo com a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), a rádio tem capital social de R$ 200 mil. Mas a arco-íris tinha outros 11 carros na frota - pelo menos três importados. Aécio entrou na sociedade no fim de 2010, após deixar o governo de Minas Gerais e ser eleito para o Senado.

O caso deflagrou uma briga interna no Ministério Público Estadual (MPE) de Minas. Depois de o então procurador-geral de Justiça do Estado, Alceu José Torres Marques, arquivar representação para verificar se a Arco-Íris, que era dirigida pela irmã de Aécio, recebia recursos do governo estadual durante a gestão dele - na qual ela presidia o grupo técnico de comunicação da gestão estadual - integrantes do bloco Minas Sem Censura, de oposição ao Poder Executivo, fizeram nova denúncia ao MPE.

O promotor João Medeiros, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, chegou a instaurar inquérito civil para apurar repasses publicitários do Executivo, mas Marques avocou o expediente e, novamente, arquivou a denúncia. O caso foi parar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que confirmou o arquivamento.(Informações MSN Notícias)

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