domingo, 24 de março de 2024

Será só esses os envolvidos na morte de Marielle Franco?


PF aponta irmãos Brazão como mandantes da morte de Marielle

Conclusão está no relatório final da investigação

Publicado em 24/03/2024 - 15:47 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

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A Polícia Federal (PF) concluiu que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão contrataram o ex-policial militar Ronnie Lessa para executar a vereadora Marielle Franco, em 2018. Na ocasião, o motorista dela, Anderson Gomes, também foi morto. 

A conclusão está no relatório final da investigação, divulgado após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo do inquérito. 

Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, foram presos na manhã de hoje por determinação de Moraes

Para a PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que tem ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio, 

“Os indícios de autoria mediata que recaem sobre os irmãos Domingos Inácio Brazão e José Francisco Brazão são eloquentes. Com base na dinâmica narrada pelo executor Ronnie Lessa e pelos elementos de convicção angariados durante a fase de corroboração de suas declarações, extrai-se que os irmãos contrataram dois serviços para a consecução do homicídio da então vereadora Marielle Franco”, disse a PF no relatório. 

No documento, os investigadores mostram que o plano para executar Marielle contou com a participação de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Policia Civil do Rio. Segundo a PF, Rivaldo “planejou meticulosamente” o crime. Barbosa também foi preso na operação desta manhã. 

“Se mostra indubitável a conclusão de que Rivaldo Barbosa instalou na diretoria de divisão de homicídios um verdadeiro balcão de negócios destinado a negociatas que envolviam a omissão deliberada ou o direcionamento de investigações para pessoas que se sabiam inocentes. Para tanto, Rivaldo fez negócio com contraventores, milicianos e, como se vê no caso em tela, políticos, no afã de se locupletar financeira e politicamente”, afirmam os investigadores. 

Planejamento

Durante as investigações, a PF avaliou provas e os depoimentos de delação dos ex-policiais Ronnie Lessa e Elcio Queiroz para finalizar o detalhamento dos primeiros passos do planejamento do assassinato. 

Conforme o relatório, as tratativas ocorreram de forma clandestina e em breves encontros em locais desertos. 

A primeira reunião ocorreu em 2017, quando, segundo a PF, os irmãos Brazão contrataram Edmilson Macalé, pessoa identificada como miliciano que atua na Zona Oeste do Rio e próximo aos mandantes.

Em seguida, Macalé convidou Ronnie Lessa para participar da empreitada criminosa, e as armas e os veículos usados no crime foram providenciados. 

“Diante do teor da proposta, Macalé convidou Ronnie Lessa, notório sicário carioca, para a empreitada criminosa que, seduzido pela possibilidade de se tornar um miliciano detentor de uma extensa margem territorial, aceitou o convite e ambos foram à primeira reunião com os irmãos”, detalhou a investigação. 

Edição: Lílian Beraldo 

Fonte:  https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-03/pf-aponta-irmaos-brazao-como-mandantes-da-morte-de-marielle

terça-feira, 12 de março de 2024

Polícia Federal está arrochando o nó nos golpistas

 

Mauro Cid presta depoimento por mais de oito horas e deixa sede da PF na madrugada desta terça

Os investigadores esperavam que o depoimento de Cid esclarecesse ou reforçasse pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado

247 - Durou mais de oito horas o depoimento à Polícia Federal (PF) do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a CNN Brasil, ele começou a ser ouvido sobre a tentativa de golpe de Estado às 15h de segunda-feira (11). O depoimento, que terminou por voltado das 23h30, foi tomado na sede da PF em Brasília. Ele deixou o prédio por volta de 0h15.

O ex-funcionário de confiança de Bolsonaro não é investigado neste caso. O tenente-coronel fechou um acordo de delação premiada com a PF em setembro do ano passado e, desde então, tem a obrigação de dar novas informações para a polícia para não perder os benefícios desse acordo. Os investigadores esperavam que o depoimento de Cid esclarecesse ou reforçasse pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, que foi ouvido no dia 1º de março.  Em depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira (1), o ex-comandante do Exército revelou detalhes cruciais sobre suas interações com Jair Bolsonaro (PL) em relação à integridade das eleições.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/mauro-cid-presta-depoimento-a-pf-por-mais-de-oito-horas-e-deixa-sede-da-pf-na-madrugada-desta-terca

quinta-feira, 7 de março de 2024

Parlamentares confrontan o STF pela soltura de preso

Parlamentares desafiam Moraes e mandam soltar o deputado Capitão Assumção

O bolsonarista foi preso por ter descumprido medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo

Deputado Capitão Assumção
Deputado Capitão Assumção (Foto: Reprodução)

247 - Deputados da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) revogaram, por 24 votos a quatro, a ordem de prisão do deputado estadual Capitão Assumção (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Investigado nos processos dos atos golpistas, o parlamentar está preso desde a última quarta-feira (28) por ter descumprido medidas cautelares impostas pelo ministro como não utilizar redes sociais.

O deputado usa tornozeleira eletrônica desde dezembro de 2022. Ele chegou a publicar um vídeo dizendo que as Forças Armadas foram culpadas pelo fracasso de uma eventual tentativa de golpe de Jair Bolsonaro (PL).

O presidente da Ales, Marcelo Santos (Podemos), enviará uma resolução ao ministro do STF para soltar o deputado. 

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/assembleia-do-espirito-santo-desafia-moraes-e-manda-soltar-o-deputado-capitao-assumcao

 

PRF fez operação contra milicianos na Av. Brasil

Tiroteio na Av. Brasil entre milicianos e agentes da PRF termina com 10 presos e 6 feridos

Os milicianos, que estavam em quatro carros, foram surpreendidos pela polícia enquanto transitavam pela rodovia

Milicianos presos na Avenida Brasil, Rio de Janeiro
Milicianos presos na Avenida Brasil, Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)

247 - No fim madrugada desta quinta-feira (7), uma troca de tiros entre agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e milicianos abalou a tranquilidade da Avenida Brasil, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O confronto resultou em seis milicianos feridos e a prisão de 10 membros da quadrilha de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, um dos líderes do grupo criminoso, informa o g1.

De acordo com informações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), os agentes policiais estavam monitorando os criminosos há alguns meses e receberam informações cruciais do setor de inteligência da Polícia Civil, que permitiram a interceptação do bonde de milicianos na altura do viaduto Engenheiro Oscar de Brito.

Os milicianos, que estavam em quatro carros, foram surpreendidos pela polícia enquanto transitavam pela rodovia. Durante a ação, foram apreendidas armas e coletes da Polícia Militar em posse dos criminosos.

Os feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal Pedro II, localizado em Santa Cruz, para receberem atendimento médico. Enquanto isso, uma das pistas da Avenida Brasil foi interditada no sentido Zona Oeste para que a perícia pudesse realizar seu trabalho investigativo.

A operação policial que resultou na prisão dos milicianos e na desarticulação de parte da quadrilha de Zinho foi fruto de um trabalho conjunto entre agentes da PRF, Draco e Polícia Militar.

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/tiroteio-na-av-brasil-entre-milicianos-e-agentes-da-prf-termina-com-10-presos-e-6-feridos

segunda-feira, 4 de março de 2024

Atos como esse do governo Bolsonaro me deixa indignado. Confira na matéria que segue

Exército liberou licenças de armas para 5,2 mil condenados por tráfico de drogas e outros crimes

Dados pertencem a um relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União referentes aos anos de 2019 e 2022, durante governo Bolsonaro

Exército liberou licenças de armas para 5,2 mil condenados por tráfico de drogas e outros crimes

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 04 de março de 2024 às 07:07

Atualizado: no dia 04 de março de 2024 às 07:17

O Exército liberou licenças de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para pessoas condenadas por crimes como tráfico de drogas, homicídios e com mandados de prisão em aberto. As informações  divulgadas pelo jornal Estadão são de um relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União sobre controle de armas por militares entre 2019 e 2022.

Segundo o relatório de 139 páginas, 5.235 pessoas em cumprimento de pena conseguiram obter, renovar ou manter os certificados de registro. Destes, 1.504 tinham processos de execução penal ativos quando enviaram  a documentação ao Exército. 2.690 pessoas com mandados de prisão em aberto, ou seja foragidas da justiça, também conseguiram a liberação.

Outros dados apontam que 21.442 armas de fogo estavam com status ok, mesmo que pertencessem a pessoas que faleceram no período. Além disso,a auditoria apontou que cerca de 16 mil munições para armas de CACs foram adquiridas por 94 pessoas dadas como mortas durante o governo Bolsonaro.

“A gravidade das condutas, por si só, já reforça indicadores de criminalidade e abala a sensação de segurança, sobretudo daqueles impactados de algum modo pelos delitos. Contudo, quando se leva em consideração que parcela significativa desses indivíduos ainda possui CRs ativos e acesso a armas, entende-se haver disponibilidade de meios para: a reincidência de práticas criminosas; a progressão da gravidade das condutas – por exemplo, a ameaça evoluir para um homicídio ou a lesão corporal contra a mulher evoluir para um caso de feminicídio; e a obstrução das investigações ou dos processos criminais – afinal, a arma pode ser utilizada para fuga, intimidação ou assassinato de testemunhas, entre outros”, diz o relatório do TCU.

Em nota, o Exército divulgou ao Estadão que recebeu o relatório preliminar e que apresentou as manifestações que se referem a pontos de "interesse da Força", dentro do prazo que foi determinado."O Exército vem adotando todas as medidas cabíveis para aperfeiçoar os processos de autorização e fiscalização dos CAC”, acrescentou.

Fonte:  https://www.blogger.com/blog/post/edit/3222589028758249755/207991880976742677

 

domingo, 3 de março de 2024

O que ainda falta para Bolsonaro ser preso?

 

Freire Gomes afirma à PF que Bolsonaro deu ordem para não desmontar acampamentos golpistas

Fontes ligadas ao general indicam que o depoimento também confirmou a presença de Bolsonaro na reunião com comandantes das Forças Armadas em que foi apresentada a minuta do golpe

General Marco Antonio Freire Gomes e Jair Bolsonaro
General Marco Antonio Freire Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR | Reuters)

247 - O ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro (PL), o general da reserva Marco Antônio Freire Gomes, respondeu a mais de 200 questionamentos da Polícia Federal durante seu depoimento de oito horas nesta sexta-feira (1). Segundo informações reveladas pelo Jornal da Band na noite deste sábado (2), Freire Gomes confirmou que não desmontou acampamentos de manifestantes golpistas na porta de Quartéis-Generais do Exército por ordem direta do ex-presidente.

O general também confirmou o relato feito pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, sobre a existência da reunião com os comandantes das Forças Armadas em que foi apresentada a minuta do golpe, que planejava a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o impedimento da posse do presidente Lula (PT). As novas informações obtidas pela Band, com fontes ligadas ao próprio general, indicam que Freire Gomes também confirmou a presença de Bolsonaro na reunião em questão, que teria ocorrido após as eleições, ainda durante o governo do ex-ocupante do Palácio do Planalto. 

As informações sobre o depoimento de Freire Gomes estão sob máximo sigilo, visando evitar vazamentos que possam comprometer a investigação em curso. A cautela que a PF tem adotado em relação ao depoimento é tamanha que nem a própria defesa do general foi autorizada a levar uma cópia do depoimento.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/freire-gomes-afirma-a-pf-que-bolsonaro-deu-ordem-para-nao-desmontar-acampamentos-golpistas