quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Programa do novo Bolsa Família é inconsistente e pode criar instabilidade nos lares, diz analista

Por Emir Sader Caros Sei que vocês não são todos iguais. Alguns contribuíram ativamente, outros pela passividade, para que o país chegasse à situação mais catastrófica da sua história. Alguns foram militantes da luta anti-petista, inventaram, escreveram artigos e livros sobre os “petralhas”, trabalhando para que se esquecesse todas as conquistas dos governos do PT para todo o povo e se criminalizasse o partido.e conivência com o Judiciário e a mídia. Outros, vítimas do mesmo antipetismo, preferiram qualquer alternativa – até mesmo o Bolsonaro, por quem votaram. Agora, uns e outros se dizem arrependidos. Arrependidos de terem votado no Bolsonaro ou de terem, de uma forma ou de outra, favorecido a eleição dele. Não é hora de retomar diferenças, agora é tirar o Bolsonaro e diminuir as desgraças que o país vive. Mas eu gostaria de lhes dizer algumas coisas. Antes de tudo, vocês têm que entender que mecanismos os levaram a tomar essa atitude. Não podem alegar que não sabiam o que tinham sido os governos do PT. Sabiam que a economia cresceu, que se geraram mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada. Certamente vocês mesmos foram beneficiados, direta ou indiretamente, dos novos empregos. Não podem se esquecer que os salários foram aumentados sempre acima da inflação. Certamente os próprios salários de vocês foram aumentados ao longo dos governos do PT. Impossível que esquecessem como se expandiu o sistema educacional, tanto do ensino básico, como médio e superior. Impossível que não se dessem conta de como se multiplicaram as universidades públicas pelo país inteiro, como aumentou exponencialmente o número de estudantes nas universidades. Não pode ser que não se dessem conta como os serviços públicos de saúde, em particular os SUS, se expandiram. Muito mais gente pôde ser atendida, sempre gratuitamente, a qualidade dos serviços melhorou. Impossível que não soubessem como nunca como naquele momento o prestígio do Brasil no mundo foi tão alto, nunca se respeitou tanto o nosso país, nunca ele foi tão tomado como exemplo de bom governo. Entre um professor como o Fernando Haddad e o Bolsonaro, escolheram este. Não podiam não saber das suas posições, de homenagem ao maior torturador que o Brasil já teve, de incentivo ao acesso de armas, de rejeição da educação e das escolas públicas. Sabiam que votar nele era desconhecer tudo o que os governos do PT tinham feito, com plena democracia, com respeito pelas opiniões divergentes. Mas se deixaram levar pelo antipetismo. Tem que se perguntar em que a vitória do PT representaria de pior do que o Bolsonaro já prometia? Como alguém com as posições dele poderia fazer um governo melhor do que os do PT? Vocês se deixaram levar por preconceitos contra o PT, sem se perguntarem se correspondiam à realidade. Agora, que sabem que nem as acusações de corrupção contra o Lula eram verdadeiras, como se sentem? Vocês têm que ter consciência que não basta se arrependerem. Vocês têm gravíssimas responsabilidades pela situação desastrosa que o Brasil vive. Se não tivessem apoiado as arbitrariedades do Judiciário, Lula teria sido eleito presidente do Brasil no primeiro turno e o país estaria em uma situação radicalmente distinta. Todos estaríamos vacinados há muito tempo, milhares de vidas teriam sido poupadas. Teríamos milhões de empregos com carteira assinada, ao invés de milhões de pessoas vivendo na precariedade, sem renda suficiente, sem saber se terão renda no próximo mês. Teríamos serviços de saúde para atender a todos, escolas e universidades abrigando a todas as crianças e jovens. Teríamos de novo um país com esperança e confiança no futuro. Vocês têm responsabilidades maiores que as de todos os outros em superar a situação trágica a que vocês contribuíram para que chegássemos. Um abraço. Fonte: https://www.brasil247.com/blog/carta-aos-arrependidos

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Não com que se preocupar no Brasil

Nesses últimos dias o Governo tentou demonstrar que tem poder, fazendo passar em desfile militar fora de época, para pressionar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal para mudar o sistema eleitoral brasileiro, uma fila de tanques de guerra defasados, mas a única coisa que conseguiu foi mostrar para o mundo o estado de decadência das nossas Forças Armadas, com tanques de guerra envolto em fumaça, parecendo estar usando como combustível, madeira verde. O Congresso não se sentiu ameaçado e muito menos o STF. Bolsonaro, além de não governar, passa seu tempo ameaçando o Povo. O fato de se exibir com tanques, é para mostrar que o povo e as instituições são os seus grandes inimigos. Já tirou o Poder dos sindicatos, tirou direitos trabalhistas, deixou o Povo sem vacinas enquanto seu ministério da saúde tentava conseguir vantagens pessoais nas negociações para compra dos imunizantes. Além disso, ajudou algumas empresas a faturarem bastante com vendas de medicamentos que não tinham eficiência nenhuma contra a pandemia. Continua entregando as estatais para o setor privado, estatais que ajudavam a população. Os correios que é a bola da vez na sanha de entregar o patrimônio nacional, é a estatal que leva nossas correspondências encomendas a qualquer parte do território e que quando privatizada, só entregará encomenda onde der lucro. Empresa estatal é financiada pelo povo para prestar serviço à nação e não tem a obrigação de dar lucro e sim prestar um serviço de qualidade. A Petrobrás está sendo fatiada e vendida para agradar o mercado. A consequências foram os aumentos exorbitante nos preços dos combustíveis para os brasileiros, enquanto agraciou os acionistas com gordos dividendos. As ameaças e ataques ao povos e às instituições por parte do governo, tem a clara finalidade de desviar as atenções dos verdadeiros problemas pelos quais o povão está passando. Dentre elas, o desemprego, insegurança, (insegurança alimentar), crise nas políticas sociais públicas, desmonte da educação e da saúde. A cereja do bolo é o aumento da inflação, que solapa a renda dos trabalhadores que ainda tem. Lamentável.