terça-feira, 2 de julho de 2013

Indústria patina e crescimento do segundo trimestre está ameaçado

A indústria apresentou um resultado negativo em maio, devolvendo grande parte do crescimento elevado de 1,9% registrado em abril. Superando negativamente as expectativas dos analistas (que esperavam uma queda de 1%), a indústria apresentou recuo de 2% na comparação com o mês anterior, acumulando crescimento de 1,7% em 2013 e recuo de 0,5% no acumulado de 12 meses. A queda na produção industrial foi puxada pelo setor de bens de capital, que teve uma retração de 3,5% no mês, mas ainda cresceu 12,5% em relação a maio de 2012. Os setores de bens intermediários, bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis tiveram quedas menores no mês (-1,1%, -1,2% e -1% respectivamente), porém apresentam resultados piores se considerado o mesmo mês de 2012 (-0,6%, 4,1% e 0,8% respectivamente). De 27 setores pesquisados, 20 apresentaram retração da produção, com destaque para a queda de 5% na produção de máquinas e equipamentos, 4% de alimentos e 2,9% na produção de veículos.

Setor externo e inflação preocupam, mas dão sinais alentadores:

Os resultados divulgados ontem sobre o setor externo e a inflação indicam que, apesar de apresentarem dificuldades no curto prazo, estes indicadores econômicos podem melhorar ao longo do ano. A balança comercial de junho foi superavitária no montante de US$ 2,394 bilhões, com as exportações totalizando US$ 21,227 bilhões e as importações US$ 18,833 bilhões. No campo inflacionário, o IPC-S desacelerou na quarta quadrissemana de junho para 0,35% (ante 0,37% da quadrissemana anterior), enquanto IPC-FIPE acelerou de 0,10% para 0,32%, abaixo do esperado pelo mercado (que esperava alta de 0,46% em média).

Fonte: Fundação Perseu Abramo

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