- Publicado em Quarta, 17 Julho 2013 20:48
- Escrito por Daniel Pearl
Por Altamiro Borges - Blog do Miro
Saiu hoje na coluna de Mônica Bergamo, na Folha tucana:
Caixa aberta
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, teve nova derrota na tentativa de impedir a divulgação de detalhes sobre gastos de sua gestão com itens como carros e iPads. A ministra Cármen Lúcia indeferiu, no STF (Supremo Tribunal Federal), pedido dele para que não seja obrigado a mostrar as informações para o Conselho Nacional do Ministério Público, que fiscaliza a procuradoria.
Caixa-2
A ministra manteve, assim, decisão anterior do colega Teori Zavascki, que já tinha negado pedido de liminar de Gurgel para o caso.
Caixa-3
Gurgel alega que o pedido de informações não poderia partir de um só conselheiro, sem qualquer denúncia que o embase. O autor do requerimento de informações é Luiz Moreira. Ele é amigo de José Genoíno (PT-SP), e por isso procuradores ligados a Gurgel apontam retaliação por causa do mensalão. Moreira diz que apenas cumpre seu papel fiscalizador.
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A notícia não deve ter agradado a mídia tucana, que elegeu Roberto Gurgel como novo paladino da ética no midiático julgamento do chamando "mensalão do PT". Há inúmeras suspeitas de atos ilícitos durante o seu longo mandato na Procuradoria-Geral da República, que termina em agosto. Além de partidarizar o PGR, que virou um biombo da oposição de direita, Gurgel liderou várias ações sinistras, como o arquivamento das investigações contra o demo Demóstenes Torres - outro "mosqueteiro da ética", segundo a revista Veja - ou as benesses ao banqueiro mafioso Daniel Dantas.
Como afirmou o jornalista Luís Nassif, em recente artigo, a herança de Gurgel é pesada. "Ele politizou, partidarizou o MPF, passou a atuar politicamente ao lado de outros militantes, como Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, tendo como única fonte de legitimação, o mandato que recebeu dos poderes Executivo e Legislativo. É uma típica piada brasileira".
Do blogdadilma.com
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