Segundo os militares americanos, falha em treinamento levou ao descarte de quatro bombas desativadas no maior recife de corais do mundo, a Grande Barreira Australiana
Vanessa Barbosa, de
Getty Images
São Paulo – Dois aviões da marinha dos Estados Unidos atiraram quatro bombas na Grande Barreira de Corais Australiana, na última terça-feira. A informação veio à tona neste domingo, quando os militares americanos informaram que tiveram de se desfazer dos artefatos de artilharia – que estavam desativados – por conta de uma falha em um exercício de treinamento.
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As bombas seriam descarregadas na ilha vizinha de Townshend, mas as aeronaves estavam ficando sem combustível e corriam o risco de não conseguir pousar com segurança. Segundo os oficiais, os projéteis foram lançados em uma região afastada dos corais para evitar danos.
Reações acaloradas explodiram. Segundo o britânico The Guardian, a senadora australiana Larissa Waters, porta-voz do projeto de proteção da Grande Barreira de Corais, descreveu o despejo de bombas em uma área tão ambientalmente sensível como "ultrajante".
“Será que eles ficaram completamente loucos?", questionou, disparando em seguida: "É assim que vamos cuidar de nosso Patrimônio Mundial agora? Deixando estrangeiros jogar bombas sobre ele?".
À beira do colapso
A preocupação se justifica. No começo de julho, o governo australiano reconheceu que a famosa reserva natural está se degradando e que precisa de um tratamento intensivo para se restabelecer. Em três décadas, a região perdeu metade de sua cobertura (50,7%).
O Ministério do Meio Ambiente do Estado de Queensland, onde fica o recife, anunciou na ocasião que iria investir um total de 375 milhões dólares entre 2013 e 2018, como parte de um novo Plano de Proteção da Qualidade da Água do Recife.
Estendendo-se por mais de 2.000 quilômetros ao longo da costa do estado de Queensland, a Grande Barreira de Corais é composta por quase três mil pequenos recifes e mais de 900 ilhas no oceano Pacífico, sendo lar de inúmeras espécies raras e ameaçadas.
Declarada Patrimônio Mundial da Humanidade em 1981, o recife gera receita de cerca de 5 bilhões de dólares para o turismo australiano.
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