VALOR ECONÔMICO (ALINE LIMA) - O deslize gramatical está longe de ser involuntário. Com o "Me proteja", a Serasa Experian faz sua estreia no segmento de pessoas físicas lançando mão de um apelo que, para além do coloquialismo de tom popular, resume bem a proposta do serviço. Se para o clientes corporativos a Serasa oferece soluções que aumentam a segurança da venda, a ideia, agora, é possibilitar a indivíduos soluções que aumentem a segurança na hora da compra.
Por R$ 11,90 mensais, a Serasa avisa, por mensagem de celular (SMS) e e-mail, se o CPF da pessoa está sendo usado por um estelionatário para abertura de empresa, para a compra de telefone e também em caso de inclusão do nome no cadastro negativo. Em todas essas situações, a fraude já teria sido efetuada. O portador do CPF que estaria sendo usado indevidamente, portanto, apenas será alertado sobre a ocorrência.
"As aberturas de empresas com CPFs roubados, por exemplo, são normalmente descobertas com três anos de atraso", observa Ricardo Loureiro, presidente da Serasa, ressaltando a utilidade desse tipo de prestação de serviço. "Nesse tempo, o estrago já foi feito." Num segundo momento, o objetivo da Serasa é que o "Me proteja" evolua para prevenir fraudes, avisando imediatamente qualquer consulta ao CPF "protegido" feita por um estabelecimento comercial ao birô de crédito.
O "Me proteja" começou a ser oferecido neste ano nas principais cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, ainda em fase piloto. Conta, atualmente, com 30 mil adesões. Loureiro diz que o novo nicho de negócios da Serasa tem bom potencial para produção de receita, mas evita falar em metas. "Ainda estamos medindo a receptividade do produto", diz.
sgmneto@yahoo.com.br
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