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O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira uma resolução que reconhece a legitimidade do pedido da Palestina em estar representada na ONU como um Estado pleno de direito, e pediu aos membros da UE (União Europeia) que defendam a demanda apresentada pelo presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas na sexta-feira passada (23).
De acordo com a Eurocâmara, é "inquestionável" o direito dos palestinos a sua autodeterminação e a um Estado próprio, "como é o direito da existência do Estado de Israel dentro de fronteiras seguras". O órgão pediu aos 27 países integrantes do bloco que "permaneçam unidos em sua atitude diante da demanda legítima do povo palestino.
O parlamento pediu ainda que Israel coloque o fim à construção de novas colônias em Jerusalém e na Cisjordânia, e disse que a criação de um Estado palestino deveria acontecer dentro de um ano. Apesar da resolução, até o momento, a União Europeia, divida quanto ao reconhecimento palestino, não expressou sua posição oficial.
"Reafirmamos nosso compromisso por uma solução que contemple dois Estados, um Estado de Israel e outro Estado independente da Palestina, vivendo lado a lado, com todas as garantias de paz e segurança", afirmou o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek.
O documento, aprovado por ampla maioria, reitera seu apoio à solução de dois Estados com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém como capital de ambos, indicando ainda que as negociações diretas entre as partes envolvidas deveriam retornar imediatamente.
BUSCA POR APOIO
Oito membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas se comprometeram em apoiar o pedido de reconhecimento do Estado palestino como membro pleno da organização, segundo informou o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al Maliki, em entrevista à rádio "Voz da Palestina" citada nesta quinta-feira pelo jornal israelense "Ha'aretz".
Os esforços agora se concentram em garantir mais um apoio. Para o ministro, o próximo comprometimento pode vir da Colômbia ou Bósnia. Os países que, de acordo com o ministro, já apoiam a iniciativa palestina são: Rússia, China, Índia, África do Sul, Brasil, Líbano, Nigéria e Gabão.
Para ter validade, a decisão do Conselho de Segurança precisa ser aprovada por pelo menos nove de seus 15 integrantes e não ser rejeitada por nenhum dos cinco membros permanentes com poder de veto (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China).
Se aprovado, o pedido segue para a Assembleia Geral da ONU, onde deve ser ratificado por pelo menos dois terços dos membros. Os EUA, entretanto, já declararam que vetarão o pleito palestino.
A primeira reunião do comitê que vai analisar o pedido palestino será na sexta-feira (30), em Nova York, às 10h locais, segundo informou o embaixador do Líbano, Nawaf Salam, que preside o Conselho de Segurança em setembro.
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