A Energuia, fabricante das naves russas Soyuz, anunciou nesta segunda-feira que está a construir uma nova nave tripulada para enviar turistas para a órbita da Lua a partir de 2014.
"A construção está em fase inicial", afirmou o presidente e engenheiro chefe da Energuia, Vitali Lopotá, à agência de notícias Interfax.
Lopotá destacou que as novas naves Soyuz estarão especialmente equipadas para programas comerciais com tripulantes não profissionais - em outras palavras, que não sejam cosmonautas.
A Energuia já negocia o orçamento do projecto, o número de turistas que viajarão em cada voo e o preço a ser pago para fazer parte da odisseia espacial.
No caso da Soyuz com os turistas a bordo se limitar a rodear a Lua e retornar à Terra, o voo se prolongaria por oito ou nove dias. Se a viagem incluir uma visita à ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês), duraria até três semanas.
No começo do ano, a companhia Space Adventures, organizadora de voos espaciais turísticos, anunciou a venda de uma passagem na nova Soyuz a uma celebridade por US$ 150 milhões, mas não divulgou quem seria.
TURISMO PARA POUCOS
A ISS já abriu suas portas para sete turistas espaciais. O americano Dennis Tito (2001) tornou-se o primeiro a viajar à plataforma, seguido pelo sul-africano Mark Shuttleworth (2002) e pelo americano Gregory Olsen (2005).
A americana de origem iraniana Anousha Ansari foi a primeira turista mulher a ir para a ISS em 2006. Depois dela, experimentaram o mesmo feito o americano de origem húngara Charles Simonyi (2007) e Richard Garriott, filho do ex-astronauta americano Owen Garriott.
Simonyi é o único turista que repetiu a experiência em março de 2009, enquanto o fundador do Cirque du Soleil, o canadense Guy Laliberté, ficou conhecido como o último amador a visitar a ISS.
A Rússia recorreu ao turismo espacial no início da década passada devido à grave crise de financiamento que afetou seu programa espacial após a queda da União Soviética, a primeira potência a enviar um homem ao espaço em abril de 1961.
Em 2009, o país decidiu suspender as visitas devido à falta de espaço, uma vez que a tripulação da ISS duplicou para até seis tripulantes, e à decisão dos Estados Unidos de interromper os voos de suas naves.
fonte: Folha.com
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