A balança comercial brasileira encerrou o ano de 2013 no azul, com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 2,561 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os números estão dentro da expectativa do governo.
Já a previsão de setores do mercado era de que o saldo da balança comercial ficasse em torno de US$ 700 milhões, mas o superávit surpreendeu positivamente, com forte influência da exportação de plataformas de petróleo. Em 2013, a venda de sete plataformas somou US$ 7,7 bilhões, montante superior ao apurado com transações semelhantes em 2012, que atingiu US$ 1,5 bilhão.
O saldo positivo anual foi resultado de US$ 242,1 bilhões em exportações e US$ 239,6 bilhões em importações. A média diária das vendas externas, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, fechou o ano em US$ 957,2 milhões, patamar 1% inferior aos US$ 966,4 milhões registrados em 2012. As importações cresceram 6,5% segundo o critério da média diária, de US$ 889,2 milhões por dia útil em 2012 para US$ 947,1 milhões em 2013.
O valor das exportações no ano passado foi o terceiro maior da série, superado apenas pelos valores de 2011, quando somou US$ 256,03 bilhões, e de 2012. Já as importações bateram em 2013 o recorde da série histórica do Mdic, iniciada em 1993.
Setores – Em 2013, cresceram as vendas externas de produtos manufaturados (1,8%), enquanto caíram as de produtos semimanufaturados (-8,3%) e de básicos (-1,2%) na comparação com 2012. Nas importações, houve crescimento nos gastos com combustíveis e lubrificantes (+13,8%), matérias-primas e intermediários (+5,8%), bens de capital (+5,4%) e bens de consumo (+ 3,4%).
As exportações de industrializados subiram principalmente em função das plataformas de extração de petróleo, que tiveram aumento de receita de 426,4% em relação ao ano passado. As vendas de plataformas, no entanto, são o que se chama exportações fictas. Repassadas a subsidiárias da Petrobras no exterior, elas não chegam a deixar o Brasil.
Do lado dos produtos responsáveis pela queda, entre os itens que puxaram o recuo nas vendas de semimanufaturados estão óleo de soja bruto (-35% de receita), semimanufaturados de ferro e aço (-30%), ferro fundido (-21,5%), alumínio bruto (-20,1%), ferro-ligas (-16,3%), ouro (-9,6%) e açúcar (-9,4%). No caso dos produtos básicos, caiu o ingresso financeiro obtido com algodão bruto (-47,8%), petróleo bruto (-36,7%), café em grão (-20,5%), carne suína (-9,7%) e fumo em folhas (-0,9%).
Portal Brasil com informações do MDIC e da Agência Brasil
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