Senadora Kátia Abreu defende adoção de políticas específicas para fortalecer classe média rural
Brasília (08/12/2011) - A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, destacou, nesta quinta-feira (08/12), em Brasília, o potencial da classe C para consumo de alimentos e outros produtos na comparação com as demais classes sociais. Pesquisa detalhada sobre a classe C foi divulgada hoje pela CNA, que encomendou ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) um estudo para mapear as aspirações e sonhos dessa classe social que vai responder, em 2011, por 30% do consumo total do País, estimado em R$ 2,3 bilhões.
A partir dos dados obtidos com a pesquisa, que ouviu 2 mil pessoas de todos os Estados, a presidente da CNA explicou que será possível elaborar um planejamento geral e outro específico para a produção agropecuária, considerando, em especial, as preferências da classe C, que representa 55% da população do País. “Nós temos que conhecer os seus gostos, principalmente no que diz respeito aos alimentos, para que seja possível fazer uma agropecuária minimamente planejada”, afirmou a senadora Kátia Abreu.
Para a presidente da CNA, as políticas públicas precisam ser elaboradas para fortalecer a classe C em função do potencial de consumo desse segmento, característica que não é comum na classe A/B - que têm renda, mas não consegue consumir mais do que já consome - e na classe D/E, cujo consumo está estagnado. Ao divulgar os dados da pesquisa, a senadora Kátia Abreu lembrou que 70% da produção agropecuária brasileira são consumidos no mercado interno. “Apesar de representar metade da população, o consumo na classe C está restrito a 30%. O consumo nessa classe tem potencial para crescer”, afirmou.
O estudo feito pelo IPESPE avaliou as características da classe média urbana e rural, mostrando que a classe C rural não está no mesmo nível de ascensão que a classe urbana. A senadora Kátia Abreu avaliou que, para reverter esse quadro, é preciso adotar instrumentos emergenciais. Entre essas políticas, citou o novo modelo de política agrícola, elaborado pela CNA em parceria com o Governo federal, que será implementado a partir do ano que vem. O foco dessa política será garantir renda, fortalecendo e ampliando a classe C rural. “A meta é que mais produtores que estão na classe D e E possam ser incorporados ao modelo do agronegócio de sucesso”, explicou.
Na avaliação da senadora Kátia Abreu, é preciso, também, elaborar políticas que fortaleçam o sistema produtivo em regiões que ainda não encontraram seu potencial produtivo. “Nós temos, ainda, algumas regiões perdidas, que não encontraram seu negócio certo. E para que nós possamos ter um aprofundamento melhor e maior das terras do Brasil, nós precisamos equiparar minimante essas regiões”, afirmou. Os dados da pesquisa foram apresentados pelo cientista político Antônio Lavareda, do IPESPE.
Assessoria de Comunicação CNA
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