Em levantamento divulgado esta semana pelo Fórum Mundial de Economia, o Brasil figura na 11ª posição com melhor estabilidade financeira entre 60 países no Índice de Desenvolvimento Financeiro, à frente de todos os países da zona do Euro, dos Estados Unidos e do Japão. O índice considera a estabilidade da moeda, do sistema bancário e o risco de crise da dívida soberana. A Arábia Saudita lidera o ranking nesta categoria, seguida da Suíça e da Tanzânia.
Para o deputado Claudio Puty (PT-PA), presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, a colocação do Brasil reflete a solidez do seu sistema financeiro. “Os nossos bancos são muito lucrativos, por conta das altas taxas de juros, e nosso sistema financeiro como um todo tem uma capacidade muito grande de absorção de impactos. O nosso sistema regulatório é conservador, no bom sentido, visto que o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tomam medidas muito cautelosas para fiscalizar a movimentação financeira”, explicou Puty.
O deputado Pedro Eugênio (PT-PE) concorda com o colega de bancada e cita a crise de 2008/2009 como prova da solidez do sistema bancário e financeiro. “Independentemente do índice em si, o Brasil está numa situação bastante confortável em relação ao sistema econômico e financeiro. Durante a crise de 2008, isso ficou muito patente, quando os nossos bancos não sofreram nenhum tipo de constrangimento forte e o impacto que eles sofreram teve a ver com as repercussões externas da crise”, afirmou.
“O controle e monitoramento do nosso sistema financeiro, por parte do Banco Central, é muito mais prudencial do que o dos EUA e o dos países europeus. Temos um spread bancário muito elevado e isso é um problema que deveria ser combatido pela autoridade financeira. Mas os nossos bancos, de fato, possuem liquidez e o sistema é saudável, não precisa de subsídios constantes”, complementou Pedro Eugênio.
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