terça-feira, 13 de agosto de 2013

Aumenta aprovação à contratação de médicos estrangeiros no Brasil

 

DE SÃO PAULO

Aumentou a aprovação à contratação de médicos estrangeiros no Brasil, uma das medidas previstas pelo programa do governo federal Mais Médicos, revela pesquisa Datafolha.

Segundo o levantamento, feito entre quarta e sexta-feira da semana passada, 54% dos entrevistados são favoráveis ao projeto do governo federal de trazer médicos para trabalhar em regiões onde faltam profissionais de saúde.

No fim de junho, o índice de aprovação era de 47%. Da mesma forma, 48% eram contrários ao projeto na pesquisa de junho --agora, esse percentual caiu para 40%.

Editoria de Arte/Folhapress

O Datafolha fez 2.615 entrevistas em 160 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

PERFIL

De maneira geral, quem apoia a vinda de médicos estrangeiros é homem (59%), tem ensino fundamental (54%), simpatiza com o PT (62%) e avalia bem o governo federal (63%).

A maioria (60%) vive no Nordeste do país, principalmente em em cidades de médio porte --entre 50 mil e 200 mil habitantes (60%).

Os maiores críticos ao projeto são com ensino superior (52%), avaliam como ruim ou péssima a gestão da presidente Dilma Rousseff (52%) e moram em cidades grandes, acima de 500 mil habitantes (46%).

PROGRAMA

Lançado em julho pela presidente Dilma Rousseff, o Mais Médicos tinha dois eixos. O primeiro é fixar médicos, brasileiros ou estrangeiros, na rede pública de saúde de municípios do interior e periferias das grandes cidades. O segundo é ampliar o curso de medicina em dois anos --proposta já flexibilizada pelo próprio governo frente a uma avalanche de críticas.

Após a primeira fase, que se destinava a médicos formados no Brasil ou que já têm autorização para atuar no país, ter atendido apenas 6% da demanda dos municípios, foram abertas as inscrições para médicos que atuam no exterior.

Os médicos estrangeiros deverão passar três semanas sob avaliação de uma universidade antes de trabalhar. O governo vai custear a passagem dos selecionados ao Brasil.

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