Aécio piscou. Acabou se lançando candidato ao governo de Minas, mas começou mentindo
Foi só a presidenta Dilma visitar São João Del Rei, terra natal de Tancredo Neves, e liberar verbas para 44 cidades históricas de todo o Brasil manterem e recuperarem seu patrimônio histórico e cultural, dentro do PAC, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ficou nervoso e vacilou. Abandonou o discurso de presidenciável tucano e vestiu a camisa de candidato ao governo de Minas.
Seu baixo desempenho nas pesquisas nacionais, algumas aparecendo em quarto lugar, outras com a metade das intenções de votos de Marina Silva, e ainda por cima atrás de José Serra (PSDB-SP), já estimula muita gente a falar em plano "B", ou seja, concorrer ao governo de Minas, principalmente porque os tucanos não tem nenhum nome competitivo no estado.
Aécio soltou uma nota crítica à Dilma, de deboche mal-humorado, que soou como inveja. Porém o mais grave é que o conteúdo da nota do tucano é mentiroso, apoiada em matérias antigas mal feitas do decadente jornal "Estado de Minas", tão ligado à ele, que já foi sócio no passado recente.
O tucano enciumado por Dilma visitar o que ele deve considerar como se fosse seu feudo eleitoral (só falta combinar com o povo, pois a cidade elegeu o prefeito do PT em 2012), soltou uma nota dizendo que Dilma estaria lançando o PAC das Cidades Históricas pela sexta vez e que não teria investido nenhum real. Trata-se duas grandes mentiras. Só não se sabe é se o senador estava sóbrio para dizer isso.
O PAC das cidades históricas foi lançado pelo presidente Lula em 2009. Só que é coisa séria. Não é nenhuma farra de distribuição de dinheiro público para políticos, alguns inescrupulosos, darem sumiço no dinheiro. Do jeito que o senador tucano diz, parece que queria uma farra dessas já em 2009.
Até liberar verbas, existe um trabalho sério a cumprir em nome do zelo pelo dinheiro público. As cidades tem que inscrever os prédios, monumentos e locais a serem preservados, tem que haver um processo de seleção para validar a necessidade, tem que haver projeto e licitação, e o orçamento tem que ser em valor razoável.
Não podem ser aceitas licitações no padrão superfaturado do propinão tucano do Metrô, por exemplo.
E exige contrapartidas de estados, municípios e outros parceiros. Logo, isso leva tempo, e depende dos estados e municípios fazerem também a sua parte.
Também é mentira das grandes que nenhum dinheiro foi liberado desde 2009. Esta matéria da revista "História Viva", já mostrava resultados em 2010.
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/um_balanco_do_pac_das_cidades_historicas.html
O PAC das cidades históricas tem também grande importância para a economia, pois atrai movimento turístico e eventos artísticos e culturais, gerando empregos qualificados e sustentáveis. A lista das cidades contempladas até agora (em .PDF) Siga nosso blog no Facebook
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