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A posição de um indivíduo em relação à mudança climática depende muito mais das suas convicções pessoais do que da sua capacidade de entender o fenômeno cientificamente. A conclusão é de um estudo publicado nesta semana pela revista científica “Nature Climate Change”.
O resultado é consistente com o de outros estudos semelhantes, que avaliaram a posição diante de outros temas polêmicos, como o uso de energia nuclear, a posse de armas e a aplicação da vacina contra o HPV em meninas em idade escolar.
Dan Kahan, autor do estudo e professor de psicologia na Universidade Yale, nos Estados Unidos, quis saber a origem do debate político em torno da mudança climática. A pesquisa, feita com 1,5 mil adultos norte-americanos, concluiu que se trata de uma questão de “cognição cultural”.
O termo é usado para descrever o processo em que os valores dos indivíduos de um grupo moldam a percepção que eles têm da sociedade. Inconscientemente, as pessoas destacam apenas os dados científicos que estão de acordo com os valores que elas já têm, e isso acontece mesmo entre os que dominam melhor os temas em questão.
“O que esse estudo mostra é que pessoas com alta compreensão científica e matemática tiram suas conclusões de acordo com o que é melhor para eles mesmos enquanto indivíduos, e não necessariamente melhor para a sociedade”, resumiu Kahan. (Fonte: Globo Natureza)
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