terça-feira, 8 de maio de 2012

Não foi nada fácil ser radialista

E 1971 comecei participar de Comunidade Eclesial de Base _ CEBE em meu município (na época era ainda Acaraú, hoje Cruz) na Paróquia de Cruz – Diocese de Sobral. celebrávamos o Culto do Dia do Senhor aos domingos e fazíamos de casais e jovens.   Promovia-se encontros das comunidades que eram coordenados por Assessores Paroquiais que davam instruções aos dirigentes e orientadoras das comunidades. Uma eu fui escolhido para exercer a função de assessor paroquial juntamente com meu primo Chagas Brandão, eu da Comunidade de Cavalo Bravo e ele da Comunidade de Preá. Coordenamos o Encontro Regional na Comunidade de Jijoca ( que nessa época ainda não era cidade) em 1973. Ao final do encontro, fazia-se uma avaliação do mesmo com a presença do Pe. Manoel Valderi da Rocha, pároco de Cruz, coube a mim fazer a avaliação final. Como a Igreja era grande e estava lotada, tinha que ser feita usando-se um serviço de som. Foi a primeira vez que falei num microfone, foi uma experiência inesquecível, pois tinha um medo imenso de tal equipamento, quando terminei de falar, estava todo molhado de suor. Suei muito mais do que capinando de enxada, essa sim, era uma ferramenta que conhecia bem e até gostava dela.

A segunda vez que usei o microfone foi quando fui receber o certificado de conclusão de  um curso de tratorista no SENAI na cidade de Araguaína –TO, em outubro de1976, onde tive que falar em nome da minha turma. Também nesse dia, molhei a camisa de suor.

A terceira vez foi na Escola Professor Alfredo Nasser em Araguaína em dezembro de 1976. Eu substituí um professor que candidatou-se a vereador e a direção da escola me escolheu dentre os alunos de melhor desempenho em sala de aula (eu já tinha experiência lecionar para adultos, já tinha sido monitor do MEB- movimento de Educação de Base da Diocese de Sobral). Após fazer as provas finais foi promovida uma festa de final de ano na escola e eu tive que usar um microfone para fazer um pequeno discurso, foi ai que suei frio para usar esse equipamento diante de tantos professores e autoridades.

Depois, já na Polícia Rodoviária Federal, onde usa-se um sistema de comunicação via rádio, fui perdendo aos poucos o medo de microfone.

Quando resolvi fazer o curso de radialista 1999, já não tinha mais medo de microfone, até porquê já tinha feito inúmeras falas ao microfone durantes encontros do PT (partido ao qual sou filiado).

Mais tarde, depois de quatro anos fazendo programa de rádio ( o Rádio Debate, no ar desde 1999), resolvi ser Radioamador e tenho hoje, duas estações registrada.

Toda vida que pego no microfone, tenho sempre em mente o alcance e o poder que tem esse equipamento, mesmo não sendo um microfone de emissora de rádio. Sempre que posso gravo meus programas para ouvir depois e aprender com eles e me aperfeiçoar. Foi tão bom vencer o medo do microfone que acabou virando paixão, mas não foi fácil.

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