quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gilmar Mendes prevaricou, lamenta Fernando Ferro

 

 

 

 

 

 

 

 

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) classificou ontem como “lamentável” e “estranha” a atitude do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Na avaliação de Ferro, o conteúdo das declarações feitas por ele à revista Veja, no último fim de semana, levam a crer que ele prevaricou.

“Se, por acaso, tivesse havido a tal negociação entre Gilmar Mendes e Lula, ele prevaricou. O ministro não podia esperar um segundo. Ele teria que denunciar o presidente Lula e responsabilizá-lo por tentativa de negociata para prejudicar um processo em curso na Justiça e não o fez. Esperou um mês para vir a público denunciar. Sabe lá porque motivo”, questionou Ferro.
O deputado acredita que o ministro Gilmar Mendes, apontado como companheiro de viagem do senador Demóstenes Torres (Ex-DEM-GO), está incomodado com a denúncia que pode colocá-lo no centro das investigações produzidas pela CPMI do Caso Cachoeira.

“Lamento que o ministro do STF, que deveria ter recato e se resguardar, transformou -se num colaborador de denúncia”. Ferro lembrou que a revista Veja tinha como principal colaborador de “calúnia semanal”, o contraventor Carlos Cachoeira.

“Como Cachoeira está preso, aparece o senhor Gilmar Mendes participando na revista Veja de uma denúncia que pretende tirar o foco da investigação da CPMI que tem, dentre outros focos, a própria revista Veja, onde seus jornalistas se relacionaram com uma intimidade assombrosa com a quadrilha”, afirmou.

Fernando Ferro lembrou também que outros ministros do STF têm recomendado “prudência” ao ministro Gilmar Mendes, para ele se ater à “estatura” que o cargo exige. O deputado disse ainda que uma exposição pública desse porte é “ruim para o Brasil”.

Declarações - Na reportagem a revista sugere que o ex-presidente Lula propôs ao ministro Gilmar Mendes um acordo para o adiamento do julgamento do suposto mensalão. Em contrapartida, o PT protegeria o ministro na CPMI do Caso Cachoeira, no caso da viagem dele para Berlim, onde supostamente encontrou-se com senador Demóstenes Torres, envolvido com o contraventor.

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