quarta-feira, 20 de março de 2013

Petrobras anuncia investimentos de US$ 236,7 bi em cinco anos e confirma solidez

A Petrobras vai investir US$ 236,7 bilhões nos próximos cinco anos. É o que prevê o Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período 2013-2017, divulgado na noite da última sexta-feira (16). O volume é superior ao do plano anterior (2012-2016) de US$ 236,5 bilhões. O plano traz também a meta de elevar a produção nacional de petróleo de 2 milhões de barris diários em 2012 para até 4,2 milhões em 2020.
A Petrobras informa que manteve no seu planejamento a continuidade do plano anterior, preservando as metas de produção de óleo e gás natural; a não inclusão de novos projetos, exceto para exploração e produção de óleo e gás natural no Brasil; e a ampliação do escopo do Programa de Desinvestimentos (Prodesin).
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), considera o Plano de Negócios da Petrobras “um balde de água fria” para a oposição, que nos últimos dias vinha torcendo por uma crise na empresa. “Como a Petrobras pode estar em crise se ela apresenta um plano sólido de investimentos como esse? Como ela pode estar em crise se aumentou o volume de recursos para exploração, produção e refino de petróleo?” questionou.
Na avaliação do líder Guimarães, desde que o PT e os partidos aliados assumiram o governo, a Petrobras só cresceu e se firmou como “uma gigante” no mercado do petróleo. “Evitamos a privatização pretendida pelos tucanos, voltamos a investir na construção de refinarias – serão três novas nos governos Lula e Dilma – e estamos cumprindo todas as metas de investimentos para que possamos aumentar ainda mais a nossa competitividade no mercado internacional”, afirmou.
Exploração – O maior volume de recursos vai para a área de Exploração e Produção (E&P), que contará com US$ 147,5 bilhões, ou 62% do total a ser investido. Em seguida, vem a área de Abastecimento e Refino, com US$ 64,8 bilhões, 27% do total; e o setor de Gás e Energia com US$ 9,9 bilhões, 4%. Na área internacional, estão previstos investimentos de US$ 5,1 bilhões; e na Petrobras Biocombustíveis, US$ 2,9 bilhões, praticamente o mesmo percentual da BR Distribuidora, US$ 3,2 bilhões.
Na avaliação do deputado Luiz Alberto (PT-BA), petroleiro aposentado e integrante do Núcleo de Infraestrutura da Bancada do PT, o Plano de Negócios da Petrobras sinaliza para um modelo de gestão que tem garantido a sustentabilidade da empresa. “É estratégico priorizar os investimentos para exploração e produção. Foi com esse modelo que conseguimos recuperar a Petrobras do desmonte a que ela tinha sido submetida pelo governo FHC (1995 a 2002)”, afirmou.
Luiz Alberto destacou ainda a prioridade que os governos do PT (Lula e Dilma) deram para a exploração do pré-sal. “É uma exploração que leva menos tempo”, explicou. O deputado enalteceu ainda a previsão de recursos para o parque de refino. “Durante muitos anos, especificamente nos governos FHC, não houve investimentos na construção de novas refinarias. Por isso, o Brasil ainda não conquistou a sua autossuficiência na produção de combustível, mesmo já tendo alcançado o nível de produção de petróleo equivalente ao consumo interno do País”, acrescentou.
Ativos – Estimativas da empresa indicam que o Programa de Desinvestimento (Prodesin), que objetiva contribuir para a financiabilidade dos investimentos nos próximos cinco anos, por meio da venda de ativos no Brasil e no exterior, deverá gerar recursos para o caixa da companhia da ordem de US$ 9,9 bilhões em 2013.
A meta de produção de óleo e LGN (líquido de gás natural) no Brasil é 2,5 milhões barris de petróleo por dia, em 2016; 2,75 milhões barris de petróleo por dia, em 2017; e 4,2 milhões barris de petróleo por dia, em 2020. Nos anos de 2016 e 2017, a maioria dos projetos do pré-sal e da cessão onerosa entrará em operação, resultando em aceleração do crescimento da produção. O pré-sal representará 35% da produção total em 2017.
Agenda – A Petrobras apresenta hoje o detalhamento do Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 para a imprensa e mercado, às 10h, na sede da empresa no Rio de Janeiro. Em seguida, às 12h30, haverá entrevista coletiva à imprensa, no mesmo local, com a participação da presidente da Petrobras, Graça Foster.

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