O jornalista de ciência do “Der Spiegel”, Axel Bojanowski, publicou um artigo chamado: Klimawandel: Forscher rätseln über Stillstand bei Erderwärmung (Alterações climáticas: cientistas perplexos com a parada do aquecimento global). Ele diz: " Nós estávamos longamente esperando por esta admissão, e vendo a reação da mídia, é interessante dizer o mínimo".
Bojanowski escreve que "A palavra já corria havia algum tempo de que o clima está se desenvolvendo de maneira diferente do que o previsto anteriormente".
Ele coloca a questão: "Quantos anos mais de estagnação são necessários para os cientistas repensarem suas previsões de aquecimento futuro?".
Bojanowski acrescenta:
“Quinze anos sem aquecimento estão agora atrás de nós. A estagnação das temperaturas médias globais próximas à superfície mostra que as incertezas nos prognósticos climáticos são surpreendentemente grandes. O público está agora à espera em suspense para ver se o próximo relatório do IPCC da ONU, marcado para setembro, vai discutir a parar o aquecimento".
A grande questão que está agora circulando através da atordoada mídia europeia, governos e organizações ativistas é: como o estancamento do aquecimento poderia ter acontecido? Além disso, como é que vamos agora explicar isso ao público?
Para encontrar uma resposta, Bojanowski contatou um número de fontes. Eis o resultado, em resumo: os cientistas agora se limitam apenas a especular sobre toda uma gama de possíveis causas. A incerteza na ciência do clima nunca foi na verdade tão grande. Ele voltou à estaca zero.
Uma explicação que o “Spiegel” apresenta é que os oceanos têm absorvido de alguma forma o calor e agora o estão escondendo em algum lugar. No entanto, Bojanowski escreve que há muito poucos dados disponíveis nos quais se basear: "Há muita incerteza sobre a evolução da temperatura da água.
Há muito tempo parecia que também os oceanos não têm aquecido ainda mais desde 2003”. "Der Spiegel” cita então Kevin Trenberth, referente à reivindicação da NASA de que eles detectaram um aquecimento dos oceanos: "As incertezas com os dados são muito grandes. Precisamos melhorar as nossas medições".
“Der Spiegel” escreve ainda que o calor em falta pode estar escondido em algum lugar profundo dos oceanos. Mas aqui Bojanowski [Spiegel] cita Doug Smith, do Met Office: "Isso é muito difícil de confirmar".
Jochem Marotzke, do Instituto Max Planck de Meteorologia (MPI), suspeita que a energia tenha sido transmitida para o interior do oceano, mas há uma falta terrível de dados para confirmar isso.
Bojanowski escreve sobre o estado atual dos dados de medição do oceano: "Sem a intensificação dos dados da rede de medição, teremos de esperar um longo tempo para qualquer prova".
Os cientistas também suspeitam que a estratosfera pode ter algo a ver com a cobertura da temperatura global recente. Susan Solomon diz que a estratosfera se tornou consideravelmente mais seca, e aquecida assim na superfície pode ter sido reduzida em um quarto.
Mas Bojanowski nos recorda que os cientistas estão no fundo praticamente sem uma pista. Ele escreve:
‘No entanto, os modelos climáticos não ilustram muito bem o vapor de água estratosférico ', diz Marotzke. Os prognósticos ficam assim vagos".
Bem, talvez seja então devido aos aerossóis provenientes da China e da Índia que bloqueiam o sol, como alguns cientistas estão especulando, "enfraquecendo assim por um terço o aquecimento".
“Der Spiegel” escreve que "se o ar estivesse mais limpo, o aquecimento global aceleraria". Mas os aerossóis sempre foram utilizados em modelos climáticos como um coringa conveniente para explicar arrefecimentos inesperados, como o de 1945 a 1980.
Na verdade, todas as explicações apresentadas acima por Bojanowski já foram exaustivamente analisadas um ano atrás num livro escrito por dois cientistas, o Prof. Fritz Vahrenholt e o Dr. Sebastian Lüning.
No ano passado, grande parte da mídia os colocou no ostracismo por flutuarem "teorias cruas". Um ano mais tarde, é de fato estranho ver que suas "teorias cruas"estão agora totalmente em voga.
Como é que Bojanowski o resumiu? "As várias explicações possíveis mostram quão imprecisamente o clima é compreendido".
Trenberth fica apenas com anedotas, com eventos singulares isolados.
No entanto, como Bojanowski aponta, alguns cientistas se recusam a abdicar da teoria do AGW. Ele escreve:
“Sob a linha de fundo, há uma série de diferentes sinais ameaçadores de aquecimento: nível do mar, gelo do mar Ártico reduzido à metade no verão, as geleiras derretendo. Em alguns locais há sinais de que os eventos climáticos extremos estão aumentando. ‘Há muitos sinais do aquecimento global’, enfatiza Kevon Trenberth, ‘as temperaturas do ar perto da superfície é apenas um deles’".
Desculpe, mas eventos singulares isolados não constituem tendências, sem falar em ciência. O Prof Trenberth realmente deveria saber disso. Isso é patético. Os dados observados e as tendências medidas pararam de mostrar o aquecimento global.
Então, estão os cientistas alegando agora que eventos singulares são sinais robustos? Isto estaria apenas a um passo da astrologia!
Bojanowski nos lembra mais uma vez que a ciência é mal compreendida e que uma série de fatores estão em jogo. Ele escreve:
“Na verdade novos dados surpreendentes continuam surgindo. Recentemente surgiu um novo estudo mostrando que as partículas de fuligem de escapamento do motor diesel sem filtro e de lareiras têm tido um impacto sobre o aquecimento que é duas vezes maior do que se pensava".
Bojanowski diz também a seus leitores que "simulações de computador mostraram que o aquecimento tornou as tempestades tropicais mais raras".
Ele também menciona outros fatores que são mal compreendidos, tais como: impacto da radiação solar sobre as nuvens, os ciclos de vapor de água e aerossóis naturais e artificiais.
Os prognósticos de curto prazo permanecem "especialmente incertos". Mas os de longo prazo são seguros?
“Der Spiegel” no final do artigo parece ter-se enganado ao pensar que prognósticos de curto prazo são incertos, mas que os de longo prazo são bastante seguros. E cita o aquecimentista Jochem Marotzke do MPI:
Prognósticos climáticos de períodos de tempo de alguns anos ainda permanecem especialmente incertos. "Nosso sistema de previsão nesse sentido ainda nos deixa na mão", diz o diretor Marotzke MPI. "Mas ainda estamos trabalhando nisso".
Isso para mim parece ser uma tentativa de fazer os leitores acreditarem que embora as projeções de curto prazo tenham fracassado completamente, eles estão provavelmente ainda certos sobre as projeções de longo prazo do aquecimento.
Tarda agora cinco minutos para controlar seu riso... Se os modelos falharam nos primeiros 15 anos, então eles não são bons! Ponto final!
Eles são uma porcaria, e você não pode contar com eles para fazer projeção de longo prazo. Eles pertencem a um único lugar: à lata de lixo! Quanto tempo nós deveremos esperar para os cientistas do clima retornarem à ciência?
Não me interpretem mal, pelo menos este artigo admitindo que algo está terrivelmente errado é um passo muito encorajador na direção certa. Mas é difícil manter a esperança enquanto cientistas do clima continuarem demonstrando não saber sequer o que é a metodologia científica adequada.
Por fim, eu gosto do modo como Bojanowski termina a sua peça:
“Prognósticos atuais alertam um aquecimento de 5 ° C se as emissões de CO2 continuarem como antes. Mas agora não é bem sabido quantos impactos de clima natural são capazes de alterar o desenvolvimento da temperatura – os novos dados da NASA revelaram também isto".
Os escritores de ciência do “Der Spiegel” fariam bem em ler "Die kalte Sonne" [O sol frio] de Fritz Vahrenholt e Sebastian Lüning.
Praticamente cada questão levantada por Bojanowski foi respondida lá – um ano atrás. Além disso, o modelo de temperatura de Luning e Vahrenholt para os próximos 100 anos tem sido até agora letra morta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário