Da coluna Concidadania, no O POVO deste domingo (16), pelo jornalista Valdemar Menezes
Os estrangeiros não entendem como um quadro de tanto prestígio internacional, como o ex-presidente Lula, que fez um governo exitoso, retirando 40 milhões da pobreza e reforçando o papel do Brasil na arena internacional (tanto que está sendo requisitado no mundo todo para conferências e fóruns, e acaba de ser agraciado na Espanha pelo governo da Catalunha) não seja preservado pela elite de seu País como um patrimônio político e diplomático da Nação perante o mundo (ainda mais depois de ter deixado o poder com uma aprovação jamais vista).
Aceitar a degradação de sua imagem a partir das declarações de um condenado (“um pilantra”, segundo Ciro Gomes) em busca de conseguir o benefício da delação premiada, e apenas pelo fato de os adversários políticos do governo verem nelas uma mesquinha oportunidade eleitoreira, vem encontrando repulsa em todas as pessoas de bom senso, inclusive o próprio presidente da França e outras personalidades mundiais, que prestaram solidariedade a Lula.
A articulação que busca desacreditar Lula, na verdade, é insuflada por forças internacionais muito poderosas. Seu alvo verdadeiro é o governo Dilma e a retirada do poder das mãos dos petistas para impedir a continuação do modelo econômico levado a cabo pelo partido.
O governo Lula foi tolerado (tentou-se “sangrá-lo”) porque, ao realizar algumas mudanças, não bateu de frente com os grandes interesses consolidados. Porém, já se presumia que chegaria a hora em que o projeto do PT não poderia mais avançar sem ferir esses interesses.
Foi o que aconteceu, agora, com o governo Dilma. Ela trombou com o sistema ao enquadrar bancos (baixar os juros), restringir os interesses das petroleiras (através do novo marco regulatório do petróleo) das hidroelétricas (redução das tarifas), das telefônicas, dos planos de saúde privados e das agências reguladoras. Isso é uma heresia e uma ameaça à ordem estabelecida pelo Consenso de Washington. A ordem dos centros mundiais de poder é dar um basta na “aventura populista do PT”.
Grifo Meu: Isto, é o que venho falando no Programa Rádio Debate a algum tempo
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