Eliomar de Lima
“O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, oscilou um ponto porcentual para cima, de 48% para 49%, na segunda pesquisa Ibope/TV Globo divulgada no segundo turno. Já o tucano José Serra caiu quatro pontos em uma semana, de 37% para 33%. Com isso, a distância entre os dois aumentou de 11 para 16 pontos. Em votos válidos – excluídos os entrevistados que pretendem votar nulo ou em branco -, Haddad venceria por 60% a 40% se a eleição fosse hoje. Há uma semana, quando o Ibope divulgou sua primeira pesquisa desde a primeira rodada da eleição, o placar estava em 56% a 44%.
Na pesquisa espontânea, aquela em que os eleitores manifestam sua preferência antes de ler os nomes dos candidatos, Haddad tem a preferência de 47% e Serra, de 32%. A pesquisa espontânea é a que revela o voto mais consolidado de cada candidato, e seus resultados estão bem próximos dos obtidos no levantamento estimulado. Como Haddad teve uma oscilação dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos porcentuais, não se pode dizer que ele cresceu. O fenômeno captado pela pesquisa é a transferência de eleitores de Serra para o campo dos que pretendem anular o voto ou votar em branco. Na pesquisa feita entre os dias 9 e 11 de outubro, 9% dos entrevistados afirmaram que pretendiam votar nulo ou em branco. No levantamento feito entre a tarde de segunda-feira e a manhã de ontem, a parcela dos dispostos a não votar em ninguém subiu para 13% – quatro pontos porcentuais a mais. Os indecisos passaram de 6% para 5% nesse período.
A divisão do eleitorado por regiões da cidade mostra que Haddad manteve sua vantagem nas áreas periféricas das regiões Sul e Leste, enquanto Serra perdeu espaço nas zonas Oeste e Sul 1 (veja mapa). Há uma semana, o tucano vencia nessas regiões, e agora há empate técnico com o petista. Na região Norte, o placar está favorável a Haddad (54% a 27%). A vantagem do petista, de 27 pontos porcentuais, era de 16 pontos na pesquisa anterior. Em um segundo turno marcado pela busca de apoio de líderes religiosos, o candidato do PSDB perdeu terreno entre o eleitorado evangélico, enquanto Haddad se manteve praticamente estável. Nesse segmento, o petista venceria por 52% a 28%, segundo o Ibope.”
(O POVO)
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