Brasil ganhou 20 posições — saiu da 82ª para a 62ª posição entre 135 países pesquisados — no ranking anual elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) sobre desigualdade de gêneros em decorrência dos avanços obtidos na educação para mulheres e no aumento da participação feminina em cargos políticos. Segundo a pesquisa, o Brasil recebeu a pontuação máxima nos itens relativos à educação e saúde e alcançou a 73º posição entre os países avaliados, em participação econômica e 72ª posição, em participação política.
Na avaliação da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que integra a Comissão de Seguridade Social e Família, a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República refletiu-se “positivamente” na posição do Brasil no ranking. “A eleição da nossa presidenta tem motivado uma maior participação feminina na política. As mulheres eleitas têm lutado por bandeiras específicas como saúde e educação, defendidas tradicionalmente pelos homens. E isso tem feito à diferença”, afirmou a petista.
O estudo destacou ainda o avanço do país no ranking geral, em decorrência de “melhorias em educação primária e na porcentagem de mulheres em posições ministeriais [de 7% a 27%]”. Para a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), coordenadora do Núcleo de Educação, Cultura e Desporto do PT no Congresso Nacional, esse é o retrato do Brasil real. “Estamos no caminho certo. Precisamos avançar, no entanto, nas políticas públicas que reduzam as desigualdades sociais e garantam cada vez mais a igualdade de gêneros”, destacou Fátima Bezerra.
Lista - A lista elaborada pelo Fórum Econômico Mundial é liderada pela Islândia pelo quarto ano consecutivo, seguida pela Finlândia, Noruega, Suécia e Irlanda. O Iêmen é considerado o país com a pior desigualdade de gênero do mundo.
Na América Latina e no Caribe, a Nicarágua é o país com a menor desigualdade de gêneros, na 9ª posição no ranking global, seguida de Cuba, Barbados, da Costa Rica e Bolívia. O Brasil está em 14º lugar entre os 26 países da região pesquisados.
Na relação dos países considerados desenvolvidos, a Coreia do Sul é o que tem a maior diferença entre gêneros, ocupando o 108º lugar no ranking. O Japão aparece em posição próxima, no 101º lugar.
Para elaborar o ranking, o WEF estabeleceu uma pontuação baseada em quatro critérios – participação econômica e oportunidade, acesso à educação, saúde e sobrevivência e participação política.
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