A presidenta Dilma Rousseff pediu na terça-feira (2), em Lima, no Peru, na III Cúpula América do Sul – Países Árabes (Aspa), que as nações árabes e sul-americanas reforcem a coordenação econômica para combater o protecionismo disfarçado dos países ricos. Segundo a presidenta, os países desenvolvidos, ao desvalorizar suas moedas, tornam-se artificialmente mais competitivos e têm acesso facilitado aos mercados dos países em desenvolvimento.
“As nações sul-americanas e as nações árabes precisam assegurar que as turbulências da economia internacional não criem obstáculos adicionais ao nosso desenvolvimento (…) O acesso a nossos mercados é, pois, extremamente facilitado por essas políticas de desvalorização das moedas. E um protecionismo disfarçado se impõe ao se reduzir as exportações dos nossos países em desenvolvimento. Por isso, precisamos, sem sombra de dúvidas, reforçar a nossa coordenação econômica e desenvolver a nossa cooperação em bases cada vez mais equânimes e solidárias”, disse.
No discurso, Dilma também tratou das transformações políticas no mundo árabe e disse que o governo brasileiro deseja contribuir para a reconstrução e desenvolvimento econômico e social dos países que passaram por conflitos nos últimos meses. A presidenta voltou a condenar a violência na Síria e a pedir o reconhecimento do estado Palestino.
“Importantes manifestações populares exprimem anseios universais por participação política, desenvolvimento econômico e justiça social em diversos países. Nós, na América do Sul, vivemos, em um passado recente, processos semelhantes de luta pela democracia política e pela inclusão social. Algumas das situações no mundo árabe nos causam muita preocupação. A violência generalizada na Síria, por exemplo, é fonte de profunda tristeza para o Brasil, que abriga milhões de descendentes árabes”, disse.
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