segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A conspiração real - nua, crua e cifrada ($)

 

Confirmada rede capitalista que domina o mundo - Muito além das ideologias

image

Gráfico demonstra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma. Crédito: Vitali et al

New Scientist - Tradução: Inovação Tecnológica
Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos. Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global. A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça [Veja The network of global corporate control].
Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global. "A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado", afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade".
Rede de controle econômico mundial
A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente. O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.
Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.
O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores. A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.
Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras. Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações.
Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo. E isso não é tudo.
Super-entidade econômica
Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas. "Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira", disse Glattfelder. E a maioria delas são bancos.
Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser. Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.
Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer [?]. A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente. Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.

 

Crédito: Jimbenton.com

Abaixo, as 50 primeiras das 147 multinacionais super-conectadas.
Linkagem: Paulo Poian
01 - Barclays plc
02 - Capital Group Companies Inc
03 - FMR Corporation
04 - AXA
05 - State Street Corporation
06 - JP Morgan Chase & Co
07 - Legal & General Group plc
08 - Vanguard Group Inc
09 - UBS AG
10 - Merrill Lynch & Co Inc
11 - Wellington Management Co LLP
12 - Deutsche Bank AG
13 - Franklin Resources Inc
14 - Credit Suisse Group
15 - Walton Enterprises LLC
16 - Bank of New York Mellon Corp
17 - Natixis
18 - Goldman Sachs Group Inc
19 - T Rowe Price Group Inc
20 - Legg Mason Inc
21 - Morgan Stanley
22 - Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
23 - Northern Trust Corporation
24 - Société Générale
25 - Bank of America Corporation
26 - Lloyds TSB Group plc
27 - Invesco plc
28 - Allianz SE
29 - Old Mutual Public Limited Company
30 - Aviva plc
31 - Schroders plc
32 - Dodge & Cox
33 - Lehman Brothers Holdings Inc ("quebrou" em 2008)
34 - Sun Life Financial Inc
35 - Standard Life plc
36 - CNCE
37 - Nomura Holdings Inc
38 - The Depository Trust Company
39 - Massachusetts Mutual Life Insurance
40 - ING Groep NV
41 - Brandes Investment Partners LP
42 - Unicredito Italiano SPA
43 - Deposit Insurance Corporation of Japan
44 - Vereniging Aegon
45 - BNP Paribas
46 - Affiliated Managers Group Inc
47 - Resona Holdings Inc
48 - Capital Group International Inc
49 - China Petrochemical Group Company

Leia também:
11 de Setembro - questões insolúveis pressionam as autoridades
Jim Marrs: A verdade é mantida longe do conhecimento da humanidade por interesses e conveniências
Jim Marrs: A manipulação de informações é feita por uma elite econômica mundial

Nenhum comentário:

Postar um comentário