terça-feira, 1 de novembro de 2011

CAMINHADA ECOLÓGICA NA COMUNIDADE DE CAVALO BRAVO

 

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Cruz/CE. A Área Pastoral do Distrito de Caiçara promoveu uma Caminhada Ecológica dia 28 de outubro saindo da Vila de Caiçara, às 08h00min, seguindo até o Lixão que fica localizado na comunidade de Cavalo Bravo há 2 km de distância. A Caminhada ecológica foi liderada pelo administrador da Área Pastoral do Distrito de Caiçara Pe. José Marcone Martins e contou com a presença de representantes das comunidades vizinhas de Vila de Caiçara, Cavalo Bravo, Preá e Formosa. Durante a caminhada foi feita coleta de material e registros fotográficos para serem apresentados ao Secretário do Meio Ambiente do Município de Cruz em uma reunião a ser realizada aos 5 de novembro na Vila de Caiçara. Vários órgãos relacionados com o meio ambiente estarão sendo convidados para esta reunião. È mais uma tentativa da comunidade para retirada do lixão que foi instalado em local improprio há mais de dez anos e que vem prejudicando os moradores e principalmente causando a poluição do lençol freático com o chorume que é produzido pelo lixo em decomposição, causa da maior preocupação dos moradores.clip_image004

Até bem pouco tempo a situação era ainda mais grave, pois até o lixo de Jericoacoara e animais mortos eram despejados neste lixão. A Prefeitura de Cruz cercou a área e colocou um vigia para que animais mortos não fossem mais colocados no local e também impedir a presença de catadores de material reciclável. Para o vigia Francisco Ricardo de Sousa, Júnior, a falta de EPI põe em risca sua saúde, pois está em contato permanente com lixo das mais diversas procedências além de ser confundido com os catadores de material reciclável. O morador da comunidade vizinha de Cavalo Bravo, Pedro Bento Sobrinho, reclama que a água já está contaminada apresentando mau cheiro e “capa rosa” tornando-se impropria para o consumo e também estão sendo prejudicados pela presença de moscas que invadem as casas contaminando os alimentos. A população reclama que já recorreram a várias instituições pedindo uma providencia, mas até o presente nenhuma solução foi encontrada para este problema que aflige a população de Cavalo Bravo. O vento espalha os plásticos e papelão e distribui pelas matas da circunvizinhança e leva o mau cheiro até as residências do entorno do lixão. É dramática a situação dos moradores de Cavalo Bravo que há anos lutam e apelam para as autoridades a fim de que seja retirado este depósito de lixo e transferido para um local mais apropriado e distante das residências, mas não tem sido atendido em suas reivindicações. Várias reuniões já foram feitas, ofícios encaminhados aos órgãos do Meio Ambiente, muita conversa, mas ninguém escuta, estão dormindo. Somente aparece solução verbal em épocas de eleições. Depois tudo cai no esquecimento e continua o lamento da população indefesa que já não tem mais a quem recorrer.

Dr. Lima

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