O desmatamento ilegal na Amazônia sofreu queda de 77,6% nos últimos oito anos, informou a presidenta Dilma Rousseff na coluna Conversa com a Presidenta publicada ontem. Ela lembrou que, em 2004, o desmatamento na Floresta Amazônica tinha chegado a 27,7 mil km²; no último ano esse índice foi de 6,2 mil km².
A presidenta atribuiu a queda a “várias ações implementadas desde o governo Lula”, entre as quais o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, que promove desde 2004 o monitoramento, o controle e a fiscalização ambiental com ações integradas entre o Ibama, Polícia Federal, Forças Armadas e Força Nacional de Segurança Pública; e a Operação Arco Verde, cuja meta é a regularização fundiária, ambiental, pactos pelo fim da derrubada de matas e educação ambiental nos 43 municípios que respondiam por 55% de todo o desmatamento.
“Temos também estimulado quem faz o aproveitamento sustentável da floresta. Cito, como exemplo, o Bolsa Verde, concedido a beneficiários do Bolsa Família que moram em florestas nacionais, reservas extrativistas ou de desenvolvimento sustentável federais e assentamentos. Vamos continuar atuando com firmeza para impedir o desmatamento ilegal e para apoiar a regeneração das áreas já desmatadas e abandonadas”, complementou.
A presidenta também comentou uma questão levantada pelo empreiteiro João Batista Ribeiro, de Divinópolis (MG), de que medicamentos de uso contínuo estariam sendo “sonegados” por farmácias conveniadas ao programa Farmácia Popular. Ela pontuou que é muito importante que a população fique atenta aos serviços de saúde e denuncie sempre que houver problemas.
Para facilitar a participação de todos, disse a presidenta, o Ministério da Saúde criou o serviço de ouvidoria do SUS, pelo número 136, que é gratuito e funciona em todo o País. O Ministério da Saúde realiza fiscalização periódica, para evitar fraudes, nas mais de 20 mil farmácias credenciadas em todo o Brasil no programa.
“O programa ‘Aqui Tem Farmácia Popular’ foi criado para ampliar os pontos de retirada de medicamentos para além das UBSs, que continuam ofertando medicamentos gratuitos à população. Para saber os endereços, ligue 136, ou consulte na internet www.saudenaotempreco.com.br. Mesmo com o bloqueio de algumas farmácias, o número de beneficiados pelo programa quase dobrou em Divinópolis de janeiro a dezembro de 2011, passando de 4,9 mil para 8 mil.”
Comerciante em Riachão das Neves (BA), Bernardo Rodrigues dos Santos questionou “por que os municípios baianos não têm aplicação de recursos do poder federal”. Dilma Rousseff esclareceu que todos os municípios da Bahia recebem atenção e recursos do governo, assim como os municípios dos demais estados. Ela destacou que em 2011, o município de Riachão das Neves, por exemplo, foi contemplado com R$ 22,7 milhões, e que o PAC investiu R$ 3,1 bilhões em obras de saneamento em diversos municípios baianos, sendo que R$ 2,7 bilhões correspondem a repasses do governo federal.
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