domingo, 12 de dezembro de 2010

Cinquenta cidades respondem por metade do PIB brasileiro

Apenas seis dos 5.564 municípios brasileiros geravam aproximadamente um quarto de toda a renda do país em 2008 (R$ 3,031 trilhões). Se a lista for ampliada para 51 cidades, chega-se à metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. No outro extremo, expondo o contraste, é preciso somar a renda de 1.313 municípios da base do ranking para alcançar 1% do total da riqueza nacional. É o que evidencia a pesquisa PIB dos Municípios 2008, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As cifras expõem, segundo a coordenadora do levantamento, Sheila Zani, uma aguda concentração de renda. “Observamos que em toda a série da pesquisa, desde 1999, há uma enorme concentração, sem alterações significativas entre os municípios que têm as maiores participações no PIB. Mesmo entre aqueles que lideram a lista há grandes diferenças”, comentou.

Recuo de São Paulo - No topo do ranking estão São Paulo (11,8%), Rio de Janeiro (5,1%), Brasília (3,9%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). Desde 1999, são as mesmas capitais que aparecem com os maiores PIBs. O levantamento aponta que São Paulo e Rio de Janeiro, embora tenham se mantido na liderança, perderam participação percentual. Em 2007, São Paulo era responsável por 12,1% de toda a geração de renda no país, e o Rio por 5,3%. Chama a atenção o desempenho do município fluminense de Campos dos Goytacazes. De 2007 a 2008,a participação de Campos aumentou de 0,8% para 1,0% de toda a riqueza gerada no país, graças às atividades de exploração de petróleo e gás natural.

O maior PIB per capita - A conquista de maior PIB per capita do país ficou com São Francisco do Conde (foto), na Bahia. Na cidade, a geração de riqueza em relação ao total de sua população foi de R$ 288.370,81 em 2008. O PIB per capita do país no mesmo ano foi de R$ 15.989,75. Mas o índice elevado não reflete necessariamente a apropriação da renda pela população residente. É explicado por somente 31 mil pessoas morarem no local e pelo fato do município abrigar a segunda maior refinaria em capacidade do país.

Na ponta de baixo, os cinco municípios de menor PIB são Areia de Baraúna (Paraíba), São Felix do Tocantins (Tocantins), São Miguel da Baixa Grande, São Luís do Piauí e Santo Antônio dos Milagres, os três últimos do Piauí. Juntas, as economias dessas cidades representavam aproximadamente 0,001% do total do Brasil.

Fonte: Brasília Confidencial com Agência Brasil

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