Subiu para 21 o número de mortos em confronto com as polícias Civil e Militar no Rio de Janeiro, na reação do governo do Estado aos ataques incendiários por parte do tráfico de drogas. Pelo menos dois PMs foram feridos. Só nesta quarta-feira (24), 13 pessoas morreram e outras 25 foram detidas para averiguação, segundo a Polícia Militar (PM). Todos os 41 batalhões do Estado estão realizando operações ou efetuando blitz. No total, 29 veículos foram incendiados e 153 pessoas presas ou detidas desde o início dos ataques criminosos no Rio, no domingo.
Do total de mortes, oito ocorreram em confronto com policiais em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Até agora foram apreendidos: dez armas entre pistolas e revolveres, um fuzil AR-15, uma espingarda calibre 12, uma submetralhadora, uma granada, duas bombas caseiras, cinco litros de gasolina e uma garrafa pet com material inflamável. O Bope também apreendeu uma tonelada de maconha.
As operações da polícia são uma resposta aos ataques que vêm ocorrendo nos últimos dias na capital e na Baixada fluminense. Desde domingo, criminosos incendiaram cinco ônibus, nove carros e uma van; além de alvejarem duas cabines da PM.
As ações de traficantes continuaram mesmo após o reforço no patrulhamento e se intensificaram na madrugada desta terça para quarta. Por isso o Comando Geral da PM determinou que todo seu efetivo entrasse em estado de prontidão. Nenhum policial pode retornar para casa e todos os que estão de folga estão sendo chamados a seus batalhões.
Operações policiais
Os ataques de terça aconteceram poucas horas depois de o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciar que a policia do Rio iria endurecer ainda mais com os bandidos. O secretário revelou que há uma suspeita da união de duas facções criminosas. Por isso, a secretaria pediu à Vara de Execuções Penais (VEP) a transferência de oito presos de uma lista de 13, que seriam suspeitos de planejar os ataques.
A Secretaria de Defesa do Estado do Rio de Janeiro confirmou que os presos podem ser transferidos para Porto Velho, em Rondônia, onde há disponibilidade de vagas. Após a confirmação por parte de Rondônia, o caso será passado para a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, que deverá cuidar da transferência dos presos.
Na manhã de hoje, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou que já colocou à disposição do Rio cerca de 50 vagas nos quatro presídios federais, Catanduva, no Paraná, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Porto Velho, em Rondônia, e Mossoró, no Rio Grande do Norte, para a transferência dos detentos.
Segundo a Rio-Ônibus, cinco coletivos foram incendiados nos últimos dias, causando um prejuízo de R$ 1,2 milhão. Ao todo, 15 veículos foram incendiados no Rio.
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