Robert Bigelow, fundador da Bigelow Aerospace, tem sido desde 1999 um entusiasta dos vôos comerciais ao espaço. Ele também é muito interessado na problemática ufológica [Veja UFO 166, seção Imprensa Ufológica] e já enviou representantes inclusive aqui para o Brasil, à cidade de Sobral (CE). Agora, estão sendo anunciadas conversações para acordos financeiros com clientes do Japão, Holanda, Singapura, Suíça, Austrália e Reino Unido.
De acordo com Bigelow, esses países não desejam depender unicamente da Estação Espacial Internacional (ISS), e consideram interessante a idéia de sua empresa, de lançar módulos infláveis em órbita. Essa é uma tecnologia originariamente desenvolvida em seus primórdios pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA), mas que foi adquirida pelo empresário quando a agência se desinteressou.
A Bigelow já possui dois módulos experimentais em órbita, Genesis 1 (lançado em 2006), e Genesis 2 (2007), e a idéia é acoplá-los em grupos, construindo grandes estações espaciais. Mais de 200 milhões de dólares já foram investidos tanto na tecnologia quanto em sua divulgação.
Enquanto a NASA prossegue sendo vítima de cortes em seu orçamento, por parte do Congresso americano, e as duas instituições seguem debatendo o uso comercial do espaço, Bigelow e outros empresários parecem não ter mais dúvidas a respeito. Michael Gold, diretor de operações da empresa em Washington, afirma que mais de 100 bilhões de dólares já foram gastos na ISS, mas a verba para pesquisas e uma maior utilização do complexo orbital está minguando.
Gold manifesta o temor de que os Estados Unidos fiquem para trás em um mercado que cresce mais e mais na Europa e Ásia. Mas ele e Bigelow já estão fazendo sua parte, como por exemplo o trabalho conjunto da empresa com a Boeing, no desenvolvimento da nova cápsula CST-100. Este projeto faz parte da iniciativa conjunta com a NASA, para que empresas civis produzam naves espaciais que possam levar astronautas até a órbita. A CST-100 terá capacidade de levar até sete tripulantes, ou operar de forma autônoma como cargueiro espacial. O novo foguete Atlas 5, descendente de uma longa linhagem de propulsores Atlas, igualmente deverá ampliar o acesso ao espaço.
Portal da Ufologia Brasileira
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