Vinte e cinco pessoas foram presas - dentre elas, o superintendente do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit), no Ceará, Joaquim Guedes Neto - durante a operação ´Mão Dupla´, desencadeada ontem pela manhã, pela Polícia Federal. A operação foi deflagrada após um ano e quatro meses de investigação e resultou na prisão de 25 pessoas sob a acusação de fraudar licitações e desviar verbas destinadas à execução de obras feitas sob a responsabilidade do órgão.
Vinte e seis mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva foram expedidos pela Justiça Federal. Foram presos, além de Guedes Neto, diretores do Dnit, gestores, servidores, funcionários e responsáveis pelas empreiteiras contratadas pelo órgão. Flávio Marcílio Soares Paiva, funcionário do Dnit, e Deusimar Bezerra Lima, engenheiro, também foram identificados entre os presos. Seus advogados, Sérgio Mota e Valdemirtes Leitão, estiveram ontem à tarde na Superintendência da Polícia Federal. "No nosso entender, nossos clientes são inocentes e temos como provar isso e esclarecer esse mal-entendido", disseram, apenas.
Os nomes dos outros presos não foram revelados pela PF, mas de acordo com o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado, Renato Casarini, "a alta direção do órgão está presa".
As prisões aconteceram, em sua maioria, em Fortaleza. Outras seis pessoas foram presas em seis estados: Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba, Pará e Amazonas. Desde ontem, 200 policiais federais e 32 servidores da Controladoria Geral da União (CGU) foram mobilizados para cumprir os mandados de prisão e outros 52 de busca e apreensão, na Capital cearense, algumas cidades do Interior e nos outros estados, sob o comando da delegada federal, Karine Assunção. (DN).
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