domingo, 10 de novembro de 2013

PT elege nova cúpula com missão de impulsionar reeleição de Dilma

 

EFE – 1 hora 0 minutos atrás

Lula nas eleições internas do PT. (Foto: Estadão Conteúdo)Rio de Janeiro, 10 nov (EFE).- O Partido dos Trabalhadores (PT) realizou neste domingo suas eleições internas para renovar sua cúpula de direção e impulsionar a candidatura da presidente Dilma Rousseff perante as eleições de 2014.
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A jornada eleitoral, na qual 806 mil militantes de todo país estavam convocados, serviu para que as principais figuras do partido fechassem as fileiras em torno da reeleição de Dilma, que, por sua vez, votou em Brasília.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos fundadores do PT, pediu que a nova direção esteja "comprometida" com a reeleição de Dilma e tenha "vontade política" para ganhar as eleições do Governo de São Paulo, que também serão realizadas em outubro de 2014.

Lula votou no município de São Bernardo do Campo na companhia do atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que aparece como o principal candidato do ex-presidente para o Governo de São Paulo, que sempre esteve em mãos de partidos de centro-direita.

O veterano político também considerou que a nova direção do PT terá a missão de "reorganizar e renovar" o partido e elaborar um discurso voltado "à juventude".

As eleições internas do PT contaram com seis candidatos no total, entre eles o deputado Rui Falcão, presidente da formação desde 2011, representante da vertente majoritária e quem conta com respaldo do próprio Lula.

Os outros cinco candidatos oscilam entre setores de centro-esquerda e marxistas, embora todos eles reivindiquem que o partido dê um giro à esquerda e faça mudanças nas alianças que formam a coalizão do governo.

De acordo com as previsões do PT, o resultado das eleições será anunciado entre amanhã e terça-feira e, caso nenhum candidato supere a metade dos votos, um segundo turno será realizado dentro de duas semanas.

No entanto, o nome de Falcão, de 69 anos, aparece como uma unanimidade no seio do partido e, ainda no primeiro turno, deverá ganhar o direito de seguir no cargo por mais quatro anos.

O novo presidente do PT terá a tarefa de negociar o apoio do restante dos partidos aliados perante as eleições do próximo ano, além de coordenar a campanha de Dilma e de 27 Governos regionais.

Dilma votou na sede central do partido, em Brasília, e evitou fazer declarações à imprensa, alegando que devia retornar ao palácio da Alvorada, sua residência oficial, para recepcionar o presidente do Uruguai, José Mujica.

Horas antes de depositar seu voto, a presidente manifestou no Twitter seu "orgulho" por pertencer a "um partido nascido das lutas dos trabalhadores e que governa olhando para os mais pobres, os mais fracos, os mais necessitados".

A governante também aproveitou a oportunidade para reiterar seu apoio à realização de uma reforma política no Brasil, medida que ganhou força após os protestos maciços iniciados no mês de junho.

"Considero que nosso sistema político precisa de mudanças. Por isso, um dos cinco pactos que lancei foi o da reforma política. A reforma política deve permitir à sociedade participar de forma efetiva dos destinos do país. Defendo uma reforma política decidida por consulta popular, ouvindo a população brasileira", declarou Dilma via Twitter.

No momento da votação, o PT pediu a seus militantes assinar dois projetos legislativos de iniciativa popular que serão levados ao Congresso: um sobre a reforma política e outro que pede "a democratização dos meios de comunicação".

O projeto de "democratização" em questão, que gerou uma grande polêmica na imprensa, pretende estabelecer limites à concentração de veículos de comunicação para fomentar a pluralidade e criar regras deontológicas e de conteúdo. EFE

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