quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Deputados repudiam "casuísmo midiático" contra réus da ação penal 470

 

Em nome do Partido dos Trabalhadores, o deputado Raul Pont repudiou, na sessão plenária desta terça-feira (19), a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que determinou, na última quinta-feira (14), a prisão de ex-dirigentes petistas processados na ação penal nº 470. Segundo Pont, a medida permitiu um "casuísmo midiático protagonizado pelos grandes meios de comunicação, que por três dias utilizaram manchetes contra o Partido dos Trabalhadores e expuseram os réus a todo o tipo de constrangimento, numa ação que ainda não transitou em julgado". O parlamentar disse ainda que eles foram levados a fazer um tour turístico a São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, acompanhados por todos os meios de comunicação.

Pont desafiou os deputados em plenário a identificarem os parlamentares de outras siglas que também estão na ação penal nº 470. Ele acentuou a forma preconceituosa e manipulatória com que a mídia nacional concentrou a crítica em duas ou três figuras de um mesmo partido. Pont lembrou, por exemplo, que o coronel Brilhante Ustra, comandante da Operação Bandeirantes entre 1971 e 1973 e responsável por sequestros e mortes de presos políticos, continua solto.

O líder da bancada petista na Assembleia, deputado Edegar Pretto, disse que petistas foram expostos, condenados e presos irregularmente por aquele que deveria cumprir a lei, o presidente da Suprema Corte. Segundo Pretto, o Partido do Trabalhadores está de cabeça erguida, porque não nasceu num palácio, nem em gabinete e muito menos em parlamento. "O partido nasceu nas ocupações de terra, nas portas das fábricas, no meio intelectual e entre religiosos progressistas, para combater a corrupção e a desigualdade", relembrou.

Pretto disse, ainda, que "se hoje temos pleno emprego e o salário mínimo hoje é de R$ 400 é graças ao governos de Lula e Dilma e não aos governos de Fernando Henrique Cardoso, período que o salário era de R$ 70". Ele acrescentou que, há duas semanas, o PT recebeu 400 mil filiados para votar democraticamente na escolha de suas representações municipais, estaduais e nacional. O líder afirmou que se o discurso de alguns deputados fosse verdadeiro, eles fariam uma campanha nacional em suas siglas e pediriam para sair e entregar os cargos no governo federal.

Publicado em 19/11/2013 às 18:04

Kiko Machado

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