Negociadores de cerca de 195 países estão empenhados em estabelecer as bases para um novo acordo mundial do clima
Nina Chestney e Megan Rowling, da
Getty Images
Aquecimento global: "as conversações de Varsóvia, que deveriam ser um passo importante para um avanço, estão agora à beira de produzir praticamente nada", disse principal negociador da China para o clima
Varsóvia - Desentendimentos sobre quando nações ricas e pobres vão fixar metas para cortes nas emissões de gases do efeito estufa e a respeito da ajuda aos países em desenvolvimento por causa de mudanças climáticas ameaçavam afundar as conversações da ONU sobre o clima em seu último dia, nesta sexta-feira.
Negociadores de cerca de 195 países estão empenhados em estabelecer as bases para um novo acordo mundial do clima que está previsto para ser firmado em 2015, em Paris, e entrar em vigor a partir de 2020, mas poucas medidas concretas emergiram das duas semanas de negociações em Varsóvia.
"As conversações de Varsóvia, que deveriam ser um passo importante para um avanço, estão agora à beira de produzir praticamente nada", disse o principal negociador da China para o clima, Su Wei.
Aproximadamente 800 representantes de 13 organizações não governamentais abandonaram as conversações na quinta-feira, exasperadas com a falta de progresso no encontro, que provavelmente se estenderá pela noite, até sábado.
A expectativa era que a conferência produzisse pelo menos um cronograma que garantisse metas de cortes ambiciosos nas emissões e o compromisso de financiamento na questão climática a tempo para o acordo em Paris. Mas a seleção e a formulação das questões travaram em questões politicamente sensíveis.
Nações ricas querem enfatizar metas de reduções futuras de emissões para todos, enquanto países em desenvolvimento dizem que os industrializados deveriam liderar a fixação de metas e arcar com a maior parte da conta, porque historicamente eles são responsáveis pela maior parte dos poluentes.
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