O deputado Décio Lima (PT-SC), vice-líder da Bancada do PT na Câmara, ocupou a Tribuna ontem para uma reflexão do momento atual vivido pelo Brasil, “de democracia conquistada”, que, de acordo com ele, contrasta com os 21 anos de regime autoritário. “Naqueles idos da década de 60, o Brasil reprimia duramente os jovens que se rebelaram para construir e desenhar um novo período da história, que é este que estamos vivendo.
Espaços que foram alargados a milhões e milhões de brasileiros que passaram a construir um modelo hoje incurso em todos os cantinhos da vida e da cidadania do nosso povo e da nossa gente”, disse o petista. “Não esperávamos viver este Brasil, porque naquele imaginário, apenas tínhamos o processo da reconquista das liberdades democráticas”, ressaltou o parlamentar petista.
No entanto, acrescentou Décio Lima, “alguns, neste País, de forma a reunirem um sentimento de maldade, de rancor, daquilo que pode expressar o ser humano no limite da sua hipocrisia, não querem entender este momento como um momento novo do Brasil, que a partir do presidente Lula como presidente da República estabeleceu um marco regulatório da política brasileira para a sua história”.
Para respaldar seus argumentos, o petista enumerou alguns desses avanços. “Saltamos, em 2002, do patamar de 500 bilhões de dólares de Produto Interno Bruto para, 10 anos depois, ou seja, hoje, quase 3 trilhões de dólares. Ou seja, em apenas uma década, o Brasil se permitiu crescer seis vezes mais – por isso, um marco regulatório da política brasileira”, explicou o petista.
O traço negativo dessa realidade, disse ainda o deputado, é que as elites “não querem admitir, em nenhum momento, que aqui esteve um operário, um Presidente da República que estabeleceu uma marca diferente, um marco diferente, na história de toda a existência do povo brasileiro”.
Em seguida, Décio Lima lançou uma série de questionamentos, comparando o momento atual com o anterior vivido pelo País. “Por que o Brasil não foi rico e próspero nos governos anteriores? Por que não tiraram as marcas da miséria e do desemprego, que sempre humilharam o nosso País?
Por que não estabeleceram uma política de inclusão social no patamar que estamos vivendo hoje? Porque foi possível o Brasil passar a ter, pelas mãos do seu povo, construído pelo processo democrático, um governo que não fosse o que historicamente sempre nos tutelou — da pilhagem, do entreguismo, da exclusão –, fazendo da política um balcão de negócios, não permitindo que aflorasse esse ímpeto, que é próprio da Nação brasileira, de ficar rica, de desenvolver-se, de não destruir a natureza, de permitir que essa riqueza seja efetivamente distribuída com os seus filhos e com a sua gente”, indagou Décio Lima.
“Não adianta dizer que o Brasil chegou aonde chegou não por causa da política nem de governo nenhum, como ainda assistimos às vezes aqueles que não aceitam que o Brasil foi governado por um operário e que está sendo governado por uma mulher, que é exemplo para o mundo como uma grande estadista e como uma das mulheres que se destacam no cenário internacional.”, destacou o petista.
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