Mais do que expressar sua opinião, alguns repórteres e apresentadores de rádio e televisão fazem um discurso de ódio, incitando a violência. Esse é o entendimento de um grupo de advogados que está entrando com ação na Justiça contra alguns órgãos de comunicação da Paraíba, entre eles o Sistema Correio de Comunicação, por exibir cenas de extrema violência em horário impróprio.
O ajuizamento de ação penal contra as estações de rádio e TV e seus apresentadores vem preocupando os empresários de comunicação do Estado. “ A TV Cabo Branco está abrindo os olhos das concorrentes quanto ao banho de sangue e fraturas expostas, existentes nos programas policiais. Eu mesmo que fui repórter policial e não tenho frescura de ver nada, deixei de ver esses programas pelo mau gosto e pela péssima qualidade de imagens”, disse o veterano jornalista Anco Márcio.
Conforme estudos elaborados em diversos países e publicados pela Andi-Comunicação e Direitos e o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, é enorme o impacto da exposição de crianças e adolescentes a cenas de sexo e violência na televisão. A conclusão é que, majoritariamente, o contato regular de garotos e garotas com conteúdos inadequados pode levar a sérias consequências, como comportamentos de imitação, agressão, medo, ansiedade, concepções errôneas sobre a violência real e sexualização precoce. Para alguns advogados, as estações de rádio e TV que exibem cenas de violência em horário impróprio podem ser acionadas com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, maiores vítimas da influência da mídia.
Colaboração
De:
"gilberto bastos" <radiozumbifm@gmail.com>
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