segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ex-ministro de FHC durante apagão de 2001 descarta possibilidade de racionamento

 

 

 

 

 

 

 

 

O ex-ministro de Minas e Energia de FHC Rodolpho Tourinho, que estava à frente da pasta no ano em que houve racionamento de energia no País, disse na sexta-feira (11) que não é possível comparar a situação atual do sistema elétrico brasileiro com a do ano de 2001. Segundo ele, a capacidade de geração de energia termelétrica hoje é muito maior, em torno de 14 mil megawatts.

Sob essa ótica, Tourinho não acredita em risco de racionamento. “O que está se olhando é nível de reservatório, quando o que tem que se olhar é nível de reservatório e a capacidade de geração térmica”, explica. Atualmente, Tourinho é presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada.

Para o deputado Weliton Prado (PT-MG), a argumentação do ex-ministro reforça a suspeita de que por trás da onda de boatos sobre um possível racionamento existem interesses econômicos e políticos. “Os ataques à capacidade gerencial do governo no setor elétrico tiveram início com a insatisfação de empresas de energia que não concordaram com a redução de 20% da tarifa anunciada pela presidenta Dilma”, explicou.

Concessionárias de energia de São Paulo, Minas Gerais, Paraná (governados pelo PSDB) e Santa Catarina se recusaram a aderir ao desconto.

A partir desse momento, segundo Prado, as críticas começaram a ser reforçadas por setores da imprensa e por partidos de oposição, em uma “clara tentativa de aterrorizar a população e jogar a opinião pública contra o governo”. “Isso ocorreu não apenas com boatos e falsas notícias sobre um possível racionamento, mas também sobre uma suposta não concretização do desconto nas tarifas de energia”, acusou Weliton.

Incompetência – Ainda de acordo com o parlamentar, o apagão ocorrido durante o governo FHC ocorreu porque “houve desleixo e irresponsabilidade na gestão do setor elétrico”. Em parte, o ex-ministro de Minas e Energia do governo tucano deu declarações que vão ao encontro da opinião do petista.

“O que ocorreu em 2001 é que não tinha geração térmica e nem se conseguiu fazer um programa emergencial, que, aliás, deveria ter sido feito anos antes de 2001. São aquelas térmicas que foram programadas (no governo FHC) e outras, no governo Lula, que hoje levam a essa posição de se ter 14 mil megawatts de geração térmica”, disse Tourinho.

Obras – Na condição de presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada, o ex-ministro se reuniu na sexta-feira com a presidenta Dilma Rousseff. Após o encontro, Tourinho reconheceu que “nunca houve no País um volume tão grande de obras em andamento e programadas”. Ele destacou ainda que confia no caminho que o Brasil está seguindo e que o setor privado tem papel crucial nos programas de melhoria da infraestrutura do País.

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