sábado, 20 de abril de 2013

Só para não esquecer

Lewandowski: Jefferson
não é esse Herói todo

O destemido voto do Ministro Revisor, Ricardo Lewandowski, põe Jefferson no devido lugar, e só faltou perguntar: Cadê os R$ 4 milhões ?

Saiu no Valor:

STF condena João Paulo a regime fechado e reduz pena de Jefferson


“A definição da pena de Jefferson foi tomada após divergência entre o presidente do STF e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, e o revisor e vice da Corte, ministro Ricardo Lewandowski.
O revisor, que reduziu a pena de vários réus, não aceitou fazê-lo para Jefferson sob a alegação de que o delator do mensalão não colaborou em nada com as investigações. “A colaboração desse réu foi zero”, disse Lewandowski. “Ele não confessou o crime e jamais divulgou informações relevantes ao processo. De denúncia espontânea, aqui não tem nada”, continuou o revisor. Lewandowski afirmou ainda que Jefferson sequer cunhou o termo “mensalão”, atribuindo o feito ao deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), em entrevista ao “Jornal do Brasil”, em 2004. “Jefferson negou peremptoriamente ao juiz os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e jamais teve o intuito de delatar nada nem ninguém”, concluiu o revisor.

Navalha

Como se sabe, o Supremo absolveu Jefferson e consagrou-o como Herói da Pátria, pelos relevantes serviços que a ela prestou, como disse o notável Ministro (Collor de) Mello, aquele que considera a intervenção militar de 1964 “um mal necessário”.

Clique aqui para ir à trepidante enquete e vote: depois de absolvido pelo Supremo, o que fará Jefferson ? O ansioso blogueiro votou na hipótese “Doar R$ 4 milhões ao Criança Esperança”. Não é justo ?

A absolvição de Jefferson tem uma inestimável virtude.

Consagra o julgamento do mensalão (o do PT).

Seu caráter excepcional, partidário.

Deixa cair a máscara.

Expõe a olho nu sua ligação profunda, estrutural, com os planos do PiG (*), já que o “mensalão” do Jefferson nasceu numa entrevista retumbante à Folha de S. Paulo e daí seguiu curso inexorável na cachoeira do PiG (*) – onde se destacou o jornal nacional, partido político que se dedica a transformar detrito sólido de maré baixa em Chanel # 5.

O destemido voto do Ministro Revisor, Ricardo Lewandowski, põe Jefferson no devido lugar, e só faltou perguntar: Cadê os R$ 4 milhões ?

Lewandowski recupera também a verdade histórica: a expressão “mensalão” não é de Jefferson.

Até nisso …

É de autoria do deputado Miro Teixeira, que acaba de conferir à Globo sua única vitória eleitoral em 2012: livrou o Caneta de ser indiciado no amarelo relatório do deputado Odair Cunha.

Clique aqui para ler o discurso, sobre esse súbito amarelamento, de autoria do Senador Fernando Collor.

Veja só, amigo navegante, que carreira, essa a do deputado Miro Teixeira: ir pra casa com a absolvição do Caneta !

Não era esse o sonho do Dr Chagas Freitas: logo o Miro, tão promissor, acabar de braços com o Dr Roberto…

O Miro não honrou o Chagas nem os filhos do Dr Roberto honraram o ilustre pai.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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