quarta-feira, 12 de julho de 2023

Governo amplia plano de segurança na Amazônia, com 34 bases fluviais e terrestres

Postos terão presença de diferentes forças policiais, diz ministro Flávio Dino

Flávio Dino Flávio Dino (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

Agência Brasil – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o novo plano de segurança para a Amazônia pretende criar 34 novas bases fluviais e terrestre com presença constante de foras policiais federais e estaduais. A ideia é usar recursos do Fundo Amazônia para custear a construção desses postos de controle.

"Estamos propondo 34 novas bases, fluviais ou terrestres, dependendo da realidade de cada estado. Em cada base, teremos atuação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e as polícias estaduais. E, quando for o caso, das Forças Armadas, sobretudo na faixa de fronteira", afirmou o ministro em entrevista ao programa A Voz do Brasil, na noite desta terça-feira (11). As diretrizes do plano foram elaboradas com a participação dos governos de todos os estados da Amazônia.

Na semana passada, Dino se reuniu, em Brasília, com embaixadores e demais representantes de 23 países da União Europeia para apresentar o programa, batizado de Plano Amazônia: Segurança e Soberania, além de ações realizadas pela Polícia Federal no primeiro semestre do ano, sobretudo aquelas em cooperação com a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).

"O que se passa na Amazônia brasileira é de interesse nacional e mundial", observou Dino, ao comentar sobre a reunião com representantes estrangeiros. A ampliação da presença das forças de segurança no bioma amazônico, segundo ele, também vai melhorar a segurança pública no resto do país, já que a região tem sido usada como plataforma para o crime organizado em crimes como tráfico internacional de droga, garimpo ilegal, extração ilegal de madeira, pesca predatória, entre outros.

Pontos do plano de segurança, que já haviam sido anunciados pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluem a ampliação e modernização dos meios navais que patrulham os rios da Amazônia, a modernização da rede de Capitanias, delegacias e agências da autoridade marítima, suporte dos pelotões da fronteira, aumento de operações na Amazônia, aquisição e modernização de sistemas aeroespaciais e de equipamentos logísticos para as Forças Armadas.

O plano prevê também aparelhamento e modernização de meios e infraestrutura dos órgãos de segurança pública que atuam na Amazônia Legal, a implantação do Centro de Cooperação Policial Internacional, com sede em Manaus, para a proteção da Amazônia, e de centros integrados de comando e controle, com ênfase em inteligência integrada.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/governo-amplia-plano-de-seguranca-na-amazonia-com-34-bases-fluviais-e-terrestres

 

terça-feira, 11 de julho de 2023

Relatora da CPMI dos Atos Golpistas diz que Anderson Torres será o próximo ser ouvido pelo colegiado

"Acredito que logo na primeira semana após o recesso parlamentar, já possamos contar com a presença de Anderson Torres", disse Eliziane Gama

Senadora Eliziane Gama Senadora Eliziane Gama (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos eventos golpistas do dia 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA),afirmou em entrevista à GloboNews que o ex-ministro Anderson Torres será o próximo a depor perante o colegiado. Nesta terça-feira (11), a CPMI irá ouvir o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

“Acredito que o Anderson Torres deva ser o próximo. Inicialmente, a ideia era realizar a sessão com Mauro Cid na semana passada e, nesta semana, ouvir Anderson Torres. No entanto, devido a um período intenso de atividades na Câmara, houve uma alteração na agenda. Portanto, acredito que logo na primeira semana após o recesso parlamentar, já possamos contar com a presença de Anderson Torres", disse Eliziane, de acordo com o G1.  

>>> Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, chega fardado à CPMI que apura os atos golpistas do 8/1

Ainda segundo ela, o objetivo das oitivas é seguir a sequência temporal dos eventos que culminaram nos atentados do dia 8 de janeiro, considerando também que foram encontrados conteúdos golpistas relacionados aos dois convocados. "Estamos seguindo uma lógica organizacional com base em uma ordem cronológica, e eles estão nessa primeira etapa", disse a parlamentar. 

Além disso, espera-se que familiares de Mauro Cid sejam convocados para prestar esclarecimentos à Comissão. A esposa do ex-assistente de ordens de Bolsonaro é uma das pessoas que podem ser chamadas para depor, uma vez que aparece em pontos-chave da investigação, incluindo a falsificação dos cartões de vacina feita por Cid para o ex-presidente, sua filha, além de outros familiares e aliados.

>>> Relatora da CPI quer acesso a e-mail da presidência usado pelo tenente-coronel Mauro Cid

"Não descarto a possibilidade de convocar familiares, mas é importante ressaltar que não será pela relação familiar em si, mas sim por seu envolvimento em atividades criminosas", ressaltou a relatora. 

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/relatora-da-cpmi-dos-atos-golpistas-diz-que-anderson-torres-sera-o-proximo-ser-ouvido-pelo-colegiado

CPMI dos Atos Golpistas aprova quebra de sigilo de militares alinhados a Bolsonaro

 

CPMI aprovou a quebra de sigilo do tenente-coronel Mauro Cid, do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e do coronel Jean Lawand

Jair Bolsonaro e Mauro Cid Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação)

247 - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro aprovou nesta terça-feira (11) a quebra de sigilo de militares aliados de Jair Bolsonaro, incluindo o do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-mandatário; do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, e do coronel Jean Lawand. Os requerimentos foram aprovados por meio de votação simbólica e envolvem pedidos de informação, relatórios financeiros e quebras de sigilo.

Entre os requerimentos aprovados, está o de quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de abril deste ano; a quebra de sigilo telefônico e telemático de Jean Lawand, durante o mesmo período, além da quebra de sigilo telemático de Mauro Cid. O último citado presta depoimento à CPMI dos Atos Golpistas nesta terça-feira (11).

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/cpmi-dos-atos-golpistas-aprova-quebra-de-sigilo-de-militares-alinhados-a-bolsonaro

Delgatti delata Zambelli e diz que deputada pediu que invadisse urna ou conta de Moraes

 Delgatti disse, ainda, que foi ideia dele criar uma ordem de prisão falsa contra Moraes para 'compensar' a ausência de 'informações comprometedoras' contra o magistrado

Walter Delgatti, Carla Zambelli e Alexandre de Moraes Walter Delgatti, Carla Zambelli e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/Twitter | LR Moreira/Secom/TSE)

247 - Preso pela Polícia Federal (PF) em junho, o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, disse em depoimento que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) lhe pediu para invadir as urnas eletrônicas ou a conta de e-mail e o telefone do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

De acordo com informações da jornalista Andréia Sadi, colunista do G1, Delgatti contou que foi abordado por Zambelli em setembro de 2022, num encontro entre os dois na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, quando as pesquisas mostravam Lula (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral. 

“Delgatti admitiu que não conseguiu acessar o sistema da urna eletrônica nem o celular de Moares, e que não encontrou nada comprometedor na conta de e-mail do magistrado, à qual teve acesso em 2019, quando invadiu aplicativos de outras autoridades”, destaca a reportagem. 

Delgatti ainda afirmou no depoimento, que foi ideia dele criar uma ordem de prisão falsa contra Moraes para 'compensar' a ausência de 'informações comprometedoras' contra o magistrado,  já que Zambelli, segundo ele, queria alguma coisa que pudesse demonstrar a fragilidade da Justiça brasileira.

Preso naquele ano por conta desses acessos e posto em liberdade logo em seguida, Delgatti  voltou a ser detido em junho, por descumprimento de medidas judiciais – ele estava proibido de acessar a internet -, mas afirmou em entrevista que estava cuidando do site e das redes sociais de Zambelli.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/delgatti-delata-zambelli-e-diz-que-deputada-pediu-que-invadisse-urna-ou-conta-de-moraes

Em depoimento à PF, Delgatti disse que Zambelli ficou 'empolgada' ao redigir falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes

 

Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato, disse à PF que após Carla Zambelli redigir o texto fez "algumas correções" e acabou por emitir o documento fraudulento

Carla Zambelli e Alexandre de Moraes Carla Zambelli e Alexandre de Moraes (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | Carlos Moura/SCO/STF)

247 - O hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, preso em junho pela Polícia Federal (PF) e que teve soltura autorizada nesta segunda-feira (11), afirmou em depoimento que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) redigiu um falso mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, também presidente do TSE. No Twitter, a jornalista Andréia Sadi afirma que “segundo o hacker, ela ficou empolgada, redigiu o documento e enviou para que Delgatti o incluísse no sistema. O hacker afirmou à PF que fez algumas alterações para corrigir falhas de português e emitiu o documento”.

Delgatti contou que foi abordado por Zambelli em setembro de 2022, num encontro entre os dois na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, quando as pesquisas mostravam o então candidato e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral. 

“Delgatti admitiu que não conseguiu acessar o sistema da urna eletrônica nem o celular de Moares, e que não encontrou nada comprometedor na conta de e-mail do magistrado, à qual teve acesso em 2019, quando invadiu aplicativos de outras autoridades”, destaca Andréia Sadi em sua coluna no G1

Ainda conforme a reportagem, Delgatti também afirmou no depoimento que foi ideia dele criar uma ordem de prisão falsa contra Moraes para 'compensar' a ausência de 'informações comprometedoras' contra o magistrado, já que Zambelli, segundo ele, queria alguma coisa que pudesse demonstrar a fragilidade da Justiça brasileira. >>> Delgatti delata Zambelli e diz que deputada pediu que invadisse urna ou conta de Moraes

Andréia Sadi

@AndreiaSadi

Mais: no depoimento à PF, no fim de junho, Delgatti contou que conversou com Zambelli sobre emitir falso mandado contra MORAES. Segundo o hacker, ela ficou empolgada, REDIGIU o documento e enviou para que Delgatti o incluísse no sistema. O hacker afirmou à PF que fez algumas… Mostrar mais

Andréia Sadi

@AndreiaSadi

EXCLUSIVO NO BLOG NO @g1 Hacker da Vaza Jato diz à PF que Carla Zambelli lhe pediu para invadir urna eletrônica ou contas de Alexandre de Moraes Os detalhes aqui: https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2023/07/11/hacker-urnas-moraes-zambelli.ghtml

11:45 AM · 11 de jul de 2023

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/em-depoimento-a-pf-delgatti-disse-que-zambelli-ficou-empolgada-ao-redigir-falso-mandado-de-prisao-contra-alexandre-de-moraes

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, diz à CPMI que ficará em silêncio durante depoimento

Militar conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calado na CPMI

CPMI dos Atos Golpistas e Mauro Cid CPMI dos Atos Golpistas e Mauro Cid (Foto: Agência Senado | Alan Santos/PR)

247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro que irá exercer seu direito constitucional de ficar em silêncio perante o colegiado. O militar, que presta depoimento ao colegiado nesta terça-feira (11), conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calado na CPMI. “Nesse momento, com o devido respeito às vossas excelências, passo a esclarecer os motivos da postura que adotarei ao longo dessa sessão”, disse o militar. 

“Considerando a minha inequívoca condição de investigado, orientação da minha defesa e com base no habeas corpus concedido em meu favor pelo Supremo Tribunal Federal (STF), farei uso do meu direito constitucional à defesa”, ressaltou Cid na abertura do seu depoimento. 

Mauro Cid, que compareceu fardado à CPMI, usou o tempo de sua fala inicial para discorrer sobre o seu currículo militar e afirmou que agia como um "transmissor de recados" ao então presidente da República e que “pela descrição da função, não questionávamos o que era tratado nas reuniões. Nos quatro anos que estava no papel, não participava da atividade relativa à administração pública”. Ele está preso desde maio pela suposta inserção fraudulenta de dados de vacinação nos cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e aliados próximos.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/mauro-cid-ex-ajudante-de-ordens-de-bolsonaro-diz-a-cpmi-que-ficara-em-silencio-durante-depoimento

PT aciona PGR contra Eduardo Bolsonaro por ataque a professores

Eduardo Bolsonaro Eduardo Bolsonaro

 Filho "03" de Jair Bolsonaro comparou professores a traficantes de drogas. Segundo o deputado Zeca Dirceu, a conduta é inaceitável diante dos recentes atentados em escolas

247 - O PT acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em um evento armamentista em Brasília, comparou professores a "traficantes de drogas". A informação foi divulgada pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que protocolou a petição junto a outros colegas de partido na Câmara.

No evento de domingo passado, Eduardo Bolsonaro comparou o que chamou de 'professores doutrinadores' a 'traficantes de drogas'. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, disse. 

Zeca Dirceu afirmou que a conduta do filho "03" de Jair Bolsonaro é inaceitável diante dos recentes atentados em escolas. Segundo o deputado do PT, as falas de Eduardo Bolsonaro constituem uma incitação à violência. "Esse tipo de conduta desrespeitosa, intolerante e cheia de ódio não deve ter espaço na democracia. Principalmente em um momento em que sucessivas tragédias vêm vitimando comunidades escolares no Brasil", afirmou Zeca Dirceu. "As falas do deputado em evento público ferem a dignidade humana e o pluralismo político, além de incitarem ao crime e fazerem apologia de condutas criminosas", frisou o parlamentar. "Por isso pedimos a PGR a investigação do episódio e a adoção das medidas justas ao caso", finalizou. >>> Psol pede a cassação de Eduardo Bolsonaro por comparar professores a traficantes

Zeca Dirceu

@zeca_dirceu

Acabo de protocolar junto aos deputados do @PTnaCamara uma representação contra Eduardo Bolsonaro na Procuradoria Geral da República pela comparação absurda de professores com traficantes.

8:15 PM · 10 de jul de 2023 de Brasília, Brasil

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/pt-aciona-pgr-contra-eduardo-bolsonaro-por-ataque-a-professores

EUA dizem que destruição de armas químicas é questão separada do fornecimento de munições de fragmentação

Presidentes Volodymyr Zelensky (da Ucrânia, à esq.), Joe Biden (dos EUA) e uma bomba de fragmentação Presidentes Volodymyr Zelensky (da Ucrânia, à esq.), Joe Biden (dos EUA) e uma bomba de fragmentação (Foto: Reuters / Kevin Lamarque- Reuters / Oleg Solvang - Human Rights Watch)

 

Embaixadora de segurança internacional Bonnie Denise Jenkins expressou confiança de que Kiev não usaria munições de fragmentação em uma terra estrangeira

(Sputnik) – Os Estados Unidos estão separando as questões de fornecer munições de fragmentação para a Ucrânia e destruir seus próprios estoques químicos, disse o subsecretário de Controle de Armas e embaixadora de segurança internacional Bonnie Denise Jenkins, nesta terça-feira (11).
“Na verdade, são dois assuntos separados. A destruição e eliminação de armas químicas é separada da questão das munições de fragmentação”, disse Jenkins a repórteres durante a coletiva de imprensa digital. Washington reconhece que esse tipo de munição cria um risco de danos a civis por armas não detonadas, acrescentou. “Esta é a razão pela qual adiamos por tanto tempo essa decisão”, disse ela.
Jenkins expressou confiança de que Kiev não usaria munições de fragmentação em uma terra estrangeira. Ela também apontou que a decisão de Washington de fornecê-las estava relacionada à necessidade de artilharia da Ucrânia e à incapacidade do Ocidente de entregá-la imediatamente. “Esta é uma ponte para esses suprimentos”, disse ela.
Na semana passada, os EUA revelaram um novo pacote de assistência militar para a Ucrânia, que inclui munições de fragmentação em uma medida amplamente criticada por ativistas de direitos humanos e contestada por alguns legisladores americanos. Nesta segunda-feira (10), o congressista Matt Gaetz disse que vai copatrocinar uma emenda do orçamento de defesa dos EUA que proibiria Washington de transferir munições de fragmentação para a Ucrânia ou qualquer outro país.

As munições de fragmentação são proibidas pela Convenção sobre Munições de Fragmentação, que foi ratificada por 123 países. Os EUA, Ucrânia, Rússia, China, Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Sul não assinaram a convenção.
Na sexta-feira, a última arma química dos EUA, um foguete M55 carregando o agente nervoso sarin, foi destruído em um depósito do exército no estado americano de Kentucky, o que foi saudado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, como um movimento "nos levando um passo mais perto de um mundo livre dos horrores das armas químicas." A Rússia eliminou seus estoques de armas químicas até 27 de setembro de 2017.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/eua-dizem-que-destruicao-de-armas-quimicas-e-questao-separada-do-fornecimento-de-municoes-de-fragmentacao

Ação que pode tornar Zambelli inelegível é encaminhada para Justiça Eleitoral de São Paulo

Carla Zambelli Carla Zambelli (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

No processo, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) acusa Zambelli de disseminar informações falsas sobre as urnas eletrônicas

247 - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves decidiu nesta segunda-feira (10) que uma ação capaz de tornar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) inelegível deve ser conduzida pela Justiça Eleitoral de São Paulo. No processo, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) acusa Zambelli de disseminar informações falsas sobre as urnas eletrônicas. 

A defesa de Zambelli chegou a solicitar que o caso fosse tratado no TSE, alegando conexão com outro processo em que a deputada é alvo. Nessa outra ação, a campanha do presidente Lula e outros partidos acusam o Jair Bolsonaro e um grupo de apoiadores radicais de promover um "ecossistema de desinformação" para influenciar as eleições de 2022. 

"O órgão competente para lidar com o processamento original desta ação, em que deputados federais eleitos por aquele estado são partes, e que discute suposta violação de poder que teria afetado a eleição da investigada, é a Corregedoria Regional Eleitoral de São Paulo", despachou o ministro.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/acao-que-pode-tornar-zambelli-inelegivel-e-encaminhada-para-justica-eleitoral-de-sao-paulo

 

Lula anuncia plano de contenção e enfrentamento da criminalidade na Amazônia

"Vamos jogar duro. Vai ser a primeira vez que a gente vai apresentar um plano de enfrentamento e contenção ao crescimento da bandidagem e ao desmatamento na Amazônia" disse Lula

Lula e desmatamento na Amazônia Lula e desmatamento na Amazônia (Foto: REUTERS)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (11), no programa semanal “Conversa com o Presidente”, podcast conduzido pelo jornalista Marcos Uchôa, da EBC, que o governo federal está preparando um plano de combate à criminalidade e ao desmatamento na Amazônia. “Vamos jogar muito duro. Vai ser a primeira vez que a gente vai apresentar um plano de enfrentamento e contenção ao crescimento da bandidagem e ao desmatamento na Amazônia”, afirmou Lula.

Na entrevista, Lula lembrou que o desmonte dos órgãos de proteção ambiental ao longo do governo Bolsonaro possibilitou o crescimento das atividades ilegais na Amazônia Legal, mas disse que a situação começa a ser revertida. “Vamos lembrar que o Ibama foi desmontado. Estamos montando um grande esquema, vamos contratar mais gente

A quantidade de multas cresceu bastante. Estamos trabalhando com muita força. Precisamos mostrar para as pessoas que nosso maior patrimônio é a floresta em pé”, afirmou.  Ainda conforme o presidente, o governo irá “jogar duro” contra os infratores. “Vamos jogar muito duro não só com os instrumentos de proteção que temos no Ministério do Meio Ambiente, mas também com o Ministério da Justiça, com a Polícia Federal e, se for necessário, com a próprias Forças Armadas para que a gente proteja nossas florestas de queimadas, de madeireiros e garimpeiros e do crime organizado que muitas vezes está dentro da floresta fazendo tráfico de armas e drogas”. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/lula-anuncia-plano-de-contencao-e-enfrentamento-da-criminalidade-na-amazonia

Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, chega fardado à CPMI que apura os atos golpistas do 8/1

Militar deverá prestar esclarecimentos sobre as mensagens de cunho golpista encontradas pela Polícia Federal em seu telefone celular

Mauro Cid Mauro Cid (Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 - O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, chegou ao Senado trajando sua farda para depor perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando terroristas bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes.  

Cid deverá prestar esclarecimentos sobre as mensagens de cunho golpista encontradas pela Polícia Federal (PF) em seu telefone celular, inclusive uma minuta da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que supostamente seria utilizada como base para um plano contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na sessão de hoje da CPMI, também serão analisados pedidos de convocação do fotógrafo Adriano Machado e do major José Eduardo Natale, ambos de interesse da oposição. Além disso, a base do governo tentará adicionar um requerimento adicional para obter acesso ao e-mail institucional utilizado por Cid durante seu tempo como auxiliar da Presidência.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/mauro-cid-ex-braco-direito-de-bolsonaro-chega-fardado-a-cpmi-que-apura-os-atos-golpistas-do-8-1-lkfsoxvy

Aliados adotarão novo modelo de força da Otan e concordarão em aumentar gastos militares, diz Casa Branca

Também na terça-feira, o governo do Reino Unido afirmou que o Ministério da Defesa pretende criar uma nova "força de resposta global"

Casa Branca 

Casa Branca (Foto: Reuters)

247 - Os Estados-membros da Otan adotarão um novo modelo de força na cúpula de Vilnius, bem como concordarão em aumentar seus gastos militares, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, nesta terça-feira (11).
"Entre outras coisas, os aliados adotarão um novo modelo de força da Otan, que aumentará a capacidade de prontidão. Os aliados concordarão em aumentar os gastos com defesa e adotar uma nova promessa de investimento em defesa", disse Sullivan em um briefing em Vilnius antes da cúpula da Otan.
Mais Estados-membros da Otan estão alocando mais de 2% de seu PIB para gastos militares hoje ou estão a caminho de chegar lá, disse o funcionário, acrescentando que os aliados "concordam que 2% deve ser um piso, não um teto".

Também na terça-feira, o governo do Reino Unido afirmou que o Ministério da Defesa pretende criar uma nova "força de resposta global" que aumentará a capacidade de Londres para responder à crise em um curto espaço de tempo. O novo modelo combinará as forças destacadas e de alta prontidão do Reino Unido, de acordo com o governo. (Com informações da Sputnik). 

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/aliados-adotarao-novo-modelo-de-forca-da-otan-e-concordarao-em-aumentar-gastos-militares-diz-casa-branca

EUA preparam sociedade para aprovar qualquer decisão contra a Rússia em Vilnius, diz embaixador

 José Reinaldo

Anatoly Antonov explicou que a situação continua a deslizar para o resultado mais desfavorável no confronto entre a Federação Russa e a Otan

Anatoly Antonov Anatoly Antonov (Foto: Anton Novoderezhkin/TASS)

TASS - Os Estados Unidos estão fazendo todo o possível para preparar a opinião pública para a aprovação de quaisquer decisões contrárias à Rússia que possam ser tomadas na cúpula da Otan em Vilnius de 11 a 12 de julho, segundo o embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov.

"Na véspera da Cúpula da Otan, a atmosfera no cenário de informações dos EUA esquentou ao máximo. Todo esforço possível está sendo feito para preparar a opinião pública local para a aceitação de quaisquer decisões anti-russas que serão tomadas em Vilnius em nos próximos dias. A situação continua a degradar-se para o desfecho mais desfavorável do confronto entre a Rússia e os países da Otan. As decisões do Ocidente colocam obstáculos cada vez mais intransponíveis à saída da mais aguda crise política e militar, repleta das mais sérias consequências para a segurança internacional", afirmou.

Antonov também chamou a atenção para os padrões duplos e o cinismo da abordagem do governo dos EUA ao conflito na Ucrânia.

"O governo continua surpreendendo o mundo com novos exemplos de padrões duplos diariamente. Eles são abundantes. Quanto mais os americanos se envolvem no conflito na Ucrânia, mais cínicas suas ações parecem e mais dilapidados os princípios morais. Por muitos anos, os Estados Unidos demonstraram indiferença ao que estava acontecendo em Donbass. Fecharam os olhos para os assassinatos de pessoas na Casa dos Sindicatos em Odessa. Impuseram sanções pelas transgressões inexistentes da Rússia. Defenderam publicamente altos padrões de direitos humanos e vociferaram sobre a proibição de armas desumanas. Agora os próprios Estados Unidos estão jogando munições de fragmentação no abismo da crise ucraniana. Ao mesmo tempo, não se preocupam em dar desculpas. A única tese que os EUA defendem é que é necessário derrotar os russos," ele adicionou.

Em 7 de julho, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que os Estados Unidos decidiram enviar munições de fragmentação para a Ucrânia, apesar do fato de as Nações Unidas se oporem ao uso de tais munições. Ele também disse que Kiev emitiu garantias por escrito a Washington de que essas armas seriam usadas de forma a minimizar os riscos para os civis. O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, disse na quinta-feira que os Estados Unidos estão prontos para fornecer à Ucrânia munições de fragmentação que representam o menor risco para os civis.

O vice-porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, disse anteriormente, comentando sobre relatos da mídia sobre os planos dos EUA de fornecer tais munições à Ucrânia, que o secretário-geral da ONU, António Guterres, apoia a Convenção sobre Munições de Dispersão e é contra o uso de tais armas na campo de batalha.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/eua-preparam-sociedade-para-aprovar-qualquer-decisao-contra-a-russia-em-vilnius-diz-embaixador

Lituânia insta Otan a abandonar tratado com a Rússia

José Reinaldo

Presidente da Lituânia defende implantação permanente de tropas próximas à fronteira russa

Vladimir Putin, guerra na Ucrânia, Planeta e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos EUA Vladimir Putin, guerra na Ucrânia, Planeta e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos EUA (Foto: Reuters)

247 - No contexto da cúpula da Otan liderada pelos Estados Unidos, o presidente da Lituânia defendeu que os países membros do bloco implantem tropas nos seus territórios conforme considerem adequado, informa o site RT. Gitanas Nauseda acredita que os países membros da Otan deveriam estar menos preocupados com a capacidade nuclear da Rússia e posicionar tropas perto de sua fronteira de forma permanente, em vez de forma rotativa. "Com a Rússia tomando medidas ativas para implantar armas nucleares táticas na Bielorrússia... devemos finalmente declarar o Tratado  Otan-Rússia como morto", disse Gitanas Nauseda.

Ele estava se referindo ao tratado de 1997 entre a aliança atlântica e a Rússia, que inclui uma proibição de implantar contingentes militares permanentes próximos ao território russo. Moscou argumenta que a Otan vem violando há muito tempo o espírito do acordo, ao instalar rotativamente missões militares no leste europeu e ignorar as reclamações russas sobre esses desdobramentos.

A Lituânia busca receber 4.000 soldados alemães de forma permanente. Nauseda afirmou que o Tratado "ainda contamina o pensamento em algumas capitais da Otan" e mantém a aliança "na zona cinzenta da ambivalência estratégica".

Fote: https://www.brasil247.com/mundo/lituania-insta-otan-a-abandonar-tratado-com-a-russia

Gilmar manda reabrir investigação sobre omissão do governo Bolsonaro na pandemia

Ministro do STF determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá reexaminar todo o caso com base em um relatório da Polícia Federal

Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | REUTERS/Adriano Machado)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes revogou uma decisão da Justiça Federal de Brasília que havia encerrado parcialmente uma investigação sobre supostas irregularidades e omissões do governo de Jair Bolsonaro (PL) durante a crise sanitária da Covid-19, diz a Carta Capital , citando a TV Globo.

Na decisão, mantida em segredo,Gilmar determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá reexaminar, com base em um relatório da Polícia Federal (PF), se existem indícios de crimes nas condutas de Jair Bolsonaro; do ex-ministro da Saúde e atualmente deputado federal Eduardo Pazuello; do coronel Elcio Franco, ex-braço direito de Pazuello na pasta; e de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência.

Ainda de acordo com a reportagem, também serão alvo de investigação Mayra Isabel Correia Pinheiro, ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, e Mauro Luiz Ribeiro, do Conselho Federal de Medicina.

A investigação examina, entre outros aspectos, possíveis crimes de epidemia com resultado de morte, má utilização de recursos públicos e prevaricação. Segundo Gilmar, o arquivamento da ação pela Justiça do Distrito Federal foi inadequado, pois um dos envolvidos é Pazuello, atualmente deputado federal e, portanto, uma figura com foro privilegiado.

Na primeira instância, a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger solicitou o arquivamento parcial e afirmou que não havia elementos contra Pazuello, Elcio Franco, Mayra Pinheiro e Mauro Ribeiro. O pedido foi acatado pela Justiça do Distrito Federal. Agora, de acordo com a decisão do STF, a PGR deverá reavaliar todo o caso.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/gilmar-manda-reabrir-investigacao-sobre-omissao-do-governo-bolsonaro-na-pandemia

 

China alerta que bombas de fragmentação dos EUA na Ucrânia desencadearão questões humanitárias

José Reinaldo

A utilização destes explosivos pode levar à morte indiscriminada de civis, diz chancelaria chinesa

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China (Foto: REUTERS/Thomas Peter)

247 - A China expressou preocupação com o plano dos EUA de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia na segunda-feira, dizendo que a transferência irresponsável de bombas de fragmentação  provavelmente causará problemas humanitários.

É necessário equilibrar as preocupações humanitárias com as legítimas necessidades militares e de segurança, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, durante uma coletiva de imprensa regular.

Ela exortou as partes relevantes a exercerem restrições em relação à transferência de bombas de fragmentação e a pararem de adicionar lenha à fogueira e intensificar o conflito, o que piorará ainda mais a crise na Ucrânia.

Mao reiterou que a China acredita que o diálogo e a negociação são as únicas formas viáveis ​​de resolver a crise na Ucrânia.

Os EUA anunciaram em 7 de julho que enviariam munições de fragmentação à Ucrânia como parte de um pacote de segurança de 800 milhões de dólares, atraindo a oposição de vários países e organizações internacionais.

As bombas de fragmentação foram proibidas por mais de 100 países devido ao perigo que representam para os civis. Eles normalmente espalham dezenas de pequenas bombas que podem matar indiscriminadamente em uma ampla área.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/china-alerta-que-bombas-de-fragmentacao-dos-eua-na-ucrania-desencadearao-questoes-humanitarias

segunda-feira, 10 de julho de 2023

PF faz operação contra financiadores do garimpo ilegal em Roraima

Operação “Frutos do Ouro” é a oitava operação deflagrada em 2023 com o objetivo de identificar origem e destino de recursos destinados ao garimpo ilegal na terra indígena ianômami

(Foto: Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil)

247 - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (10) a Operação Frutos do Ouro, com o objetivo de investigar um grupo que estaria relacionado à apreensão de mais de 5kg de ouro no Aeroporto de Boa Vista, em Roraima, em 2019, e que teria movimentado aproximadamente R$ 80 milhões.

Mais de 30 policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Boa Vista e em São Paulo (SP), expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

As investigações tiveram início a partir da identificação de um suspeito que tentava embarcar com mais de 5kg de ouro no Aeroporto de Boa Vista, com destino à Campinas (SP).

O inquérito policial identificou uma rede dedicada à exploração de ouro extraído da Terra Indígena Yanomami e à lavagem de dinheiro.

Uma joalheria de São Paulo, com mais de R$ 50 milhões movimentados, teria enviado valores ao suspeito de ser o responsável pelo ouro apreendido em 2019. Já um outro suspeito receberia salários que somam aproximadamente R$ 5 mil e teria mais de R$ 15 milhões em movimentações financeiras.

O grupo ainda utilizaria uma empresa de comércio de frutos do mar, localizada em Boa Vista/RR, para movimentar parte do dinheiro que seria utilizado na aquisição do ouro.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/pf-faz-operacao-contra-financiadores-do-garimpo-ilegal-em-roraima

 

Com Lula, bancada da bala perde força e pauta armamentista trava no Congresso

Embora o número de policiais e militares tenha aumentado em 36% na atual legislatura, projetos que tratam do acesso a armas de fogo estão paralisados

(Foto: Reuters/Diego Vara)

247 - Uma das principais bases de apoio do bolsonarismo, a chamada bancada perdeu relevância no Congresso após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e enfrenta dificuldades para fazer avançar os projetos armamentistas que marcaram a gestão de Jair Bolsonaro (PL) à frente do Executivo. Embora o número de policiais e militares tenha aumentado em 36% na atual legislatura, com 38 deputados, projetos que tratam de acesso a armas ou endurecimento do sistema prisional estão paralisados.

“Agora, sob Lula, a relação com o governo esfriou e houve apenas uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O encontro, de acordo com o coordenador da bancada da bala, deputado Alberto Fraga (PL-DF), foi uma tentativa de “contenção de danos” diante do “revogaço” dos decretos de armas promovido pelo atual presidente no início do mandato.A conversa que eu tive com Flávio Dino foi sobre a questão do decreto das armas. Não tenho falado sobre a pauta — afirmou Fraga

Segundo o jornal O Globo, a relação com o atual governo esfriou e houve apenas uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O encontro, segundo o coordenador da bancada pró-segurança, deputado Alberto Fraga (PL-DF), foi uma tentativa de "contenção de danos" diante da revogação dos decretos de armas promovida pelo atual presidente no início do mandato. “A conversa que eu tive com Flávio Dino foi sobre a questão do decreto das armas. Não tenho falado sobre a pauta”, disse Fraga à reportagem.

Apesar disso, Fraga acredita que o grupo poderá avançar com seus projetos no segundo semestre. Entre as prioridades destacadas pela bancada estão, além da Lei Orgânica das PMs e bombeiros, um projeto semelhante voltado para os policiais civis e a proposta que acaba com as saídas temporárias de presos. Duas dessas demandas já foram aprovadas na Câmara, mas ainda estão paralisadas no Senado, onde o grupo tem menos articulação política.

O projeto que põe fim às saídas temporárias dos presos é de autoria do Capitão Derrite (PP-SP). O parlamentar atualmente exerce o cargo de secretário de Segurança Pública do governo de São Paulo. O texto foi aprovado pela Câmara no ano passado, com oposição do PT, e ainda não teve nenhum encaminhamento por parte dos senadores.

O governo, por sua vez, tem suas próprias prioridades na área de Segurança Pública. Em resposta aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, o ministro Flávio Dino anunciou um pacote de iniciativas que estabelecem uma guarda nacional, dificultam o financiamento de atos antidemocráticos e agilizam o processo de confisco de bens daqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito.

A proposta de criar uma guarda nacional enfrenta resistência da oposição, que lidera a bancada pró-segurança. Apesar do anúncio nos dias seguintes aos atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes foram vandalizadas em Brasília, as iniciativas nunca chegaram a ser apresentadas ao Congresso.

No entanto, Dino nega que tenha desistido delas. Durante uma palestra realizada em Portugal há duas semanas, o ministro da Justiça afirmou que as propostas serão apresentadas no segundo semestre deste ano.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/com-lula-bancada-da-bala-perde-forca-e-pauta-armamentista-trava-no-congresso

domingo, 9 de julho de 2023

Governo Lula demitiu 103 servidores por corrupção em seis meses

 Os processos são acompanhados pela Controladoria-Geral da União (CGU)

Lula e Esplanada dos Ministérios Lula e Esplanada dos Ministérios (Foto: Reuters/Rodrigo Antunes | Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu, nos primeiros seis meses de gestão, 103 servidores públicos envolvidos em casos de corrupção, e ainda há um grande número de pessoas na fila para enfrentar as consequências, informa a revista Veja. Os processos são acompanhados pela Controladoria-Geral da União (CGU), que já removeu milhares de servidores públicos flagrados cometendo crimes no serviço público.

Durante o seu governo, Jair Bolsonaro expulsou 1.934 servidores públicos da máquina administrativa, sendo a maioria dos casos relacionados a irregularidades, de acordo com dados da CGU. No entanto, um estudo realizado pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e pela Universidade de Brasília (UnB) revela que Bolsonaro aumentou o uso de medidas formais de repressão contra os funcionários públicos e testou estratégias em determinadas organizações para replicá-las em outras, em caso de sucesso.

A CGU é responsável pelo controle interno do governo federal. Suas atribuições incluem a defesa do patrimônio público, a prevenção e o combate à corrupção, bem como o aprimoramento da transparência na gestão. Sua recém-criada Secretaria de Integridade Privada incentiva boas práticas no setor privado para prevenir irregularidades.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/governo-lula-demitiu-103-servidores-por-corrupcao-em-seis-meses

Perseguição dos EUA a Assange abre margem para criminalização do jornalismo no mundo todo, diz Glenn Greenwald

 Guilherme Paladino

Em artigo, repórter estadunidense alertou que autoridades podem tentar censurar jornalistas utilizando o embasamento teórico legal criado pelos EUA na perseguição contra Assange

Glenn Greenwald e Julian Assange Glenn Greenwald e Julian Assange (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | HANNAH MCKAY/REUTERS)

247 - Em artigo publicado na Folha de S. Paulo neste sábado (8), o jornalista Glenn Greenwald afirmou que a perseguição do governo dos EUA a Julian Assange representa "uma ameaça grave à imprensa livre".

Em seu texto, Greenwald destacou que o governo republicano de Donald Trump acusou Assange formalmente de vários crimes com base em uma lei antiespionagem de mais de 100 anos atrás e explicou que tal lei, de 1917, "nunca havia sido utilizada para punir aqueles que publicam informações secretas: historicamente, era usada contra agentes do governo que enviam informações secretas a jornalistas".

"Quando o Departamento de Justiça do governo Trump revelou o indiciamento de Assange em 2019, escrevi um artigo no Washington Post alertando que a teoria legal por trás daquela acusação permitiria a criminalização do jornalismo investigativo no mundo todo. Oito meses depois, procuradores brasileiros tentaram me acusar criminalmente pelo meu próprio trabalho jornalístico na Vaza Jato. A acusação usava exatamente o mesmo embasamento teórico dos EUA contra Assange: se um jornalista tenta ajudar sua fonte a permanecer anônima ou a incentiva a obter mais informações, então esse jornalista se torna um cúmplice da fonte", relatou o jornalista.

Glenn ressaltou que, apesar de reprovada pelas autoridades acusadas, a postura adotada por ele e por Assange representa "o que todos os jornalistas investigativos têm não só o direito, mas a obrigação de fazer: proteger a sua fonte. Criminalizar isso é criminalizar o jornalismo".

O jornalista afirmou que o governo de Joe Biden, do Partido Democrata, "parece compartilhar com Trump o desprezo pela liberdade de imprensa e vem se recusando veementemente a retirar as acusações contra Assange". Isso porque, segundo ele, Assange "publicou documentos que incriminavam Hillary Clinton em meio a sua campanha presidencial contra Trump em 2016".

No entanto, Glenn pondera que "nada disso deveria justificar mandar para prisão alguém que publicou material de interesse público. E tampouco muda a realidade de que Biden está efetivando uma acusação criminal que, se bem-sucedida, servirá de inspiração para governos no mundo todo criminalizarem o jornalismo que os incomoda".

Fonte: https://www.brasil247.com/midia/perseguicao-dos-eua-a-assange-abre-margem-para-criminalizacao-do-jornalismo-no-mundo-todo-diz-glenn-greenwald

sábado, 8 de julho de 2023

"Mais um exemplo do mal que a turma lavajatista fez ao país", diz Gleisi após TCU inocentar Cancellier

 

Guilherme Paladino

Deputada destacou que, antes de cometer suicídio, o reitor da UFSC foi "preso, acorrentado, algemado e humilhado por uma operação nos moldes da Lava Jato"

Gleisi Hoffmann e o reitor Luiz Carlos Cancellier Gleisi Hoffmann e o reitor Luiz Carlos Cancellier (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados | Pipo Quint/Agecom/UFSC)

247 - A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, comentou o informe do Tribunal de Contas da União (TCU) que concluiu que não houve irregularidades na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e que, portanto, o reitor Luiz Carlos Cancellier era inocente.

Cancellier cometeu suicídio 18 dias após ser injustamente preso no âmbito da Operação Ouvidos Moucos - um desdobramento da Lava Jato - que investigava um suposto superfaturamento no aluguel de veículos para a execução do programa Universidade Aberta do Brasil (UBA). O reitor da UFSC passou por um processo de humilhação pública no decorrer da operação. Sobre o caso, Gleisi afirmou em suas redes sociais neste sábado (8) que foi "mais um exemplo do mal que a turma lavajatista fez ao país" e desejou conforto à família de Cancellier.

"Preso, acorrentado, algemado e humilhado por uma operação nos moldes da Lava Jato, o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, foi inocentado pelo TCU. Não houve irregularidades na universidade, Cancellier sempre foi inocente. O reitor, que se suicidou, teve sua prisão decretada pela delegada da PF, Erika Marena, endeusada no filme da Lava Jato, e foi alvo da juíza Janaina Cassol, que teve a sua suspeição apontada pelo STF. Esse é mais um exemplo do mal que a turma lavajatista fez ao país, que a justiça feita dê algum conforto pra família de Cancellier.

Gleisi Hoffmann

@gleisi

Preso, acorrentado, algemado e humilhado por uma operação nos moldes da lava jato, o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, foi inocentado pelo TCU. Não houve irregularidades na universidade, Cancellier sempre foi inocente. O reitor, que se suicidou, teve sua prisão decretada… Mostrar mais

4:08 PM · 8 de jul de 2023

Em janeiro deste ano, o presidente Lula (PT) homenageou Cancellier durante um encontro com reitores de universidades, afirmando que o caso envolvendo sua morte foi uma "aberração" e que apenas ocorreu "pela pressão de uma polícia de ignorantes, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenaram as pessoas antes de investigar e julgar". 

"Quero dizer para você, meu caro Luiz Carlos Cancellier, que pode ter morrido a sua carne, mas as suas ideias continuarão no meio de nós a cada momento que a gente pensar em educação, na formação profissional e intelectual do povo brasileiro. Esteja onde você estiver, pode ficar certo que aqui tem muita gente disposta a dar sequência ao trabalho que você fazia e às ideias que você acreditava. Você morreu, mas as suas ideias continuam vivas, e nós haveremos de recuperá-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu com aquele reitor em Santa Catarina”, disse Lula na ocasião.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sul/mais-um-exemplo-do-mal-que-a-turma-lavajatista-fez-ao-pais-diz-gleisi-apos-tcu-inocentar-cancellier

Tony Garcia vira um dos assuntos mais comentados no Twitter depois que 247 divulgou grampos; saiba como ele gravou Moro

 

Joaquim de Carvalho

Joaquim de Carvalho

Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br

Joaquim de Carvalho

O empresário foi agente infiltrado do então juiz e gravações divulgadas agora foram feitas em 2005

Tony Garcia volta ao local onde grampeou Moro Tony Garcia volta ao local onde grampeou Moro (Foto: Eduardo Matysiak)

Tony Garcia está na lista dos assuntos mais comentados do Twitter desde a madrugada deste sábado.

O empresário foi para o top trendings depois que o 247 divulgou, com exclusividade, três trechos das gravações que ele realizou em 2005.

Tony Garcia era um empresário e político influente no Paraná até novembro de 2004, quando, no dia 9, foi preso por ordem de Sergio Moro.

Tony Garcia foi levado em um camburão até a superintendência da Polícia Federal no Paraná, que na época funcionava na rua Ubaldino do Amaral, Alto da Glória, Curitiba.

Não havia necessidade, mas Tony Garcia foi algemado e jogado na parte de trás no camburão. Quando chegou à Superintendência, havia repórteres de rádio, jornal e TV na frente do prédio.

Normalmente, o carro da Polícia entrava pela garagem, mas, neste dia, parou em frente, para que a imprensa fizesse o registro. Tony Garcia não tem dúvida de que foi Moro quem avisou a imprensa.

"Era o modus operandi dele", afirmou. Ali começava o escracho. Mas não só. Tony Garcia foi jogado em uma cela no porão do prédio, onde uma janelinha com grade,  de 50 centímetros por 30, era a única entrada de sol.

Havia mais duas pessoas presas com ele. Ele era rico, tinha sido casado com a filha do ex-governador Ney Braga e participado de jantares com chefes de estado, inclusive o papa João Paulo II, que era também líder religioso.

Moro avisou a imprensa para humilhar Tony: pressão para ele colaborarMoro avisou a imprensa para humilhar Tony: pressão para ele colaborar(Photo: Reprodução)Reprodução

"Eu vivia em palácios e Moro me mandou para o calabouço", afirmou. Na prisão, o advogado lhe levou cópia das principais partes do processo, que ele leu e, cinco dias depois, ao ouvir a proposta de se tornar réu-colaborador, aceitou na hora.

Chegou à Justiça Federal no carro da Polícia e saiu de lá no veículo do advogado. Em vez de voltar para o calabouço, foi levado para uma casa da Secretaria de Segurança Pública do Estado, onde passou a ocupar uma suíte.

Em outra suíte do mesmo prédio, no andar de cima, estava Alberto Youssef, que também era colaborador de Moro. "Pude mobiliar o meu quarto, com a minha cama, colchão, frigobar, televisão, e receber visitas na hora que eu quisesse. Andava pelo quintal. Já era outra vida", contou.

O 247 gravou mais de doze horas de entrevista com Tony Garcia, na casa dele e em outros locais de Curitiba, como seu escritório e a frente do prédio da Justiça Federal. A entrevista será usada no documentário "Um juiz fora da lei - Os crimes de Moro e a Máfia de Curitiba".

O próprio Moro foi se encontrar com Tony Garcia dois dias depois de ele se instalar no prédio da Secretaria de Segurança Pública. Tony se recorda de que eram 7 da manhã, ele estava acordando.

Segundo ele, Moro perguntou se estava tudo em ordem e o orientou a comprar um gravador, para começar a registrar conversas com alvos pré-determinados. Muitos tinham foro por prerrogativa de função e o um juiz de primeira instância não poderia nem sequer autorizar investigá-los, muito menos conduzir pessoalmente a investigação.

No entanto, autorizado pelo então juiz, Tony Garcia aceitou ser esse agente infiltrado. Há muitos detalhes sobre como agia. Neste momento, registre-se que, alguns meses depois, Tony começou a usar o gravador nas próprias conversas com o juiz. Os detalhes serão mostrados no documentário.

A conversa em que Moro combina a sentença com ele foi feita através desse gravador, que ele usava preso à cintura, por dentro da calça. Não foi, portanto, uma conversa por telefone, ao contrário do que tem sido divulgado na rede social.

Até porque Moro tinha autorizado a interceptação de todas as linhas de Tony Garcia, e o então jui sabia que, se falasse por telefone com o empresário, a conversa seria gravada pela Polícia Federal.

"Quando ele me chamava para conversar, me recebia sozinho em seu gabinete. Quando eu pedia para falar com ele, Moro colocava na sala uma assessora, de nome Flávia (que hoje está lotada no gabinete de Rosângela Moro, na Câmara dos Deputados)", lembra.

Nesse dia da conversa sobre a sentença, Tony Garcia ligou o gravador antes e só o desligou depois que saiu da sala. Tanto que, quando o aparelho for periciado, haverá conversa com outras pessoas, como os funcionários da secretaria da 2a. Vara Federal, cujo titular era Moro.

Quando eu fui com Tony Garcia revisitar os endereços referenciais de sua ação como agente infiltrado, perguntei se ele achava que o dia da caça tinha chegado. Ele respondeu: "Sim, chegou o dia da caça. Mas não só. Chegou o dia de mostrar ao mundo quem é Sergio Moro. Eu fui o laboratório dele, o laboratório da Lava Jato".

Tony gravou também conversas com procuradores da república, principalmente Januário Paludo e Carlos Fernando dos Santos Lima.

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/tony-garcia-vira-um-dos-assuntos-mais-comentados-no-twitter-depois-que-247-divulgou-grampos-saiba-como-ele-gravou-moro

Tarcísio cobra multa de R$ 43 mil a Bolsonaro por não usar máscara na pandemia

Pedido vem após juíza autorizar redução da multa para apenas R$ 524,59

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

247 - Através da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrou com um pedido na Justiça para que Jair Bolsonaro (PL) seja obrigado a pagar uma multa de R$ 43 mil devido à falta de uso de máscara durante a pandemia da Covid-19. As informações são da IstoÉ

O pedido foi apresentado por meio de um recurso no dia 23 de junho, como parte de uma ação iniciada por Bolsonaro. Em agosto de 2022, o ex-mandatário recorreu à Justiça para solicitar a anulação da multa de R$ 43 mil imposta a ele. O valor foi determinado pelo estado após um processo administrativo que constatou três reincidências de Bolsonaro na infração de não usar máscara. >>> Tarcísio tem "nojinho" de bolsonaristas, dizem aliados do ex-mandatário

Dois meses após o início da ação, que está em tramitação no 4º Juizado da Fazenda Pública de São Paulo, Bolsonaro recorreu ao Tribunal de Justiça solicitando a suspensão da multa até o final do processo. Em 31 de maio deste ano, a sentença foi proferida. A juíza Nandra Martins da Silva Machado concedeu parte do pedido do ex-presidente, reduzindo a multa para R$ 524,59.

"Ainda que a ré (governo de São Paulo) tente justificar e fundamentar a aplicação da penalidade em grau máximo no Código Sanitário do Estado de São Paulo, está claro que o caso da infração sanitária cometida pelo autor está relacionado a um período excepcional vivenciado pela humanidade", argumentou a juíza na sentença.

O recurso apresentado pela PGE alega que "a persistência em reincidir na mesma conduta, mesmo depois de ter sido penalizado várias vezes, combinada com a conhecida oposição do recorrido à adoção de medidas preventivas contra a COVID-19, evidencia a existência de dolo". A PGE solicita que o valor da multa do processo administrativo, de R$ 43 mil, seja restabelecido.

Bolsonaro teve um prazo de dez dias para apresentar uma resposta ao recurso, mas não o fez. O processo será encaminhado para a Turma Recursal do Tribunal de Justiça de São Paulo. A ausência de contrarrazões por parte do ex-ocupante do Palácio do Planalto pode influenciar na decisão da Corte, mas não implica automaticamente na concordância com o pedido da PGE.

O BOLSONARISMO RACHA - A revelação vem em meio ao rompimento de Bolsonaro com Tarcísio, que ficou evidente na última reunião do PL que discutia a posição do partido sobre a reforma tributária. Durante a reunião, Bolsonaro sugeriu aos presentes que poderia buscar atrasar a votação para tentar incluir no corpo da proposta às mudanças propostas pelo PL, e não buscar fazê-las por meio de destaques. Em outro momento, Bolsonaro citou uma série de políticos que venceram eleições passadas no embalo da sua força política, como os ex-ministros e agora senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Jorge Seif (PL-SC). Mencionou também o caso do ex-ministro e atual governador paulista. "Quem era o Tarcísio? O Tarcísio não queria ser candidato", disse ele, citando que foi ele quem o convenceu. Apesar dos esforços de Bolsonaro, 20 deputados do PL votaram a favor da aprovação da reforma, enquanto 75 se posicionaram contra.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/tarcisio-cobra-multa-de-r-43-mil-a-bolsonaro-por-nao-usar-mascara-na-pandemia

 

Bruno Dantas reage a plano de ataque de Deltan e chama Lava Jato de 'bando de pistoleiros de aluguel'

 Guilherme Paladino

Mensagens obtidas pela Operação Spoofing revelam que ministro foi alvo de um plano de ataque de Deltan Dallagnol, que articulava uma entrevista "dura" e "agressiva" para criticá-lo

Bruno Dantas e Deltan Dallagnol Bruno Dantas e Deltan Dallagnol (Foto: TCU | ABr)

247 - Após tomar conhecimento das mensagens obtidas pela Operação Spoofing e divulgadas pelo Jornal GGN, que dão conta de que o procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, planejou um ataque ao ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), Dantas reagiu e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) as cópias de todos diálogos na íntegra.

O ministro do TCU afirmou que averiguará a veracidade dos diálogos e já avalia processar o ex-juiz suspeito Sergio Moro e Deltan devido ao conteúdo revelado pelas mensagens. Dantas ainda chamou os envolvidos na Lava Jato de "bando de pistoleiros de aluguel".

“Pedirei ao STF cópia de todos os diálogos para avaliar providências legais. Se forem verdadeiros, comprovam o incesto havido na Lava Jato e revelam um bando de pistoleiros de aluguel recebendo uma encomenda de assassinato de reputação”, declarou o ministro, informa o GGN. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/bruno-dantas-reage-a-plano-de-ataque-de-deltan-e-chama-lava-jato-de-bando-de-pistoleiros-de-aluguel

TSE envia provas contra Bolsonaro ao STF, TCU e MPE

 O TSE enviou o material para dois inquéritos em andamento no STF: um relacionado aos atos antidemocráticos e outro sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia

TSE e Jair Bolsonaro TSE e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reprodução)

247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou nesta sexta-feira, dia 7, ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Eleitoral (MPE) as provas coletadas na ação que resultou na condenação de Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade. As informações são da CartaCapital.

A ação em questão tinha como alvo a reunião realizada com embaixadores em julho de 2022. Durante a transmissão pela TV Brasil, o então ocupante do Palácio do Planalto repetiu informações falsas sobre o sistema eleitoral e fez ataques às instituições. >>> Bolsonaro pode também ficar fora das eleições de 2030 e 2032 em razão de investigações criminais

O TSE enviou o material para dois inquéritos em andamento no STF: um relacionado aos atos antidemocráticos e outro sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia. Por sua vez, o TCU analisará os documentos e poderá iniciar novas investigações contra Bolsonaro.

Já existe uma representação contra o ex-mandatário no TCU, apresentada pelo Ministério Público junto ao tribunal e relatada pelo ministro Jhonatan de Jesus. A petição, assinada pelo subprocurador-geral do órgão, Lucas Rocha Furtado, solicita que o TCU calcule os custos gerados pela reunião com embaixadores para a União. Esse seria o primeiro passo para que Bolsonaro seja obrigado a restituir aos cofres públicos o dinheiro gasto com o evento.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/tse-envia-provas-contra-bolsonaro-ao-stf-tcu-e-mpe

Lava Jato planejava atingir Toffoli através de investigações sobre seu irmão

 Deltan Dallagnol contou a Eduardo Pelella que a "estratégia de investigação" sobre uma empresa de José Ticiano era "aumentar a pressão"

Deltan Dallagnol e Dias Toffoli Deltan Dallagnol e Dias Toffoli (Foto: Abr)

Conjur - Diálogos entre procuradores da extinta "lava jato" de Curitiba apontam que os investigadores queriam atingir o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, por meio de uma devassa na vida de José Ticiano, seu irmão.

As conversas são de 7 de julho de 2016 — portanto, há exatos sete anos. Nelas, o então coordenador da "lava jato" de Curitiba, Deltan Dallanol, enviou arquivos envolvendo Ticiano a Eduardo Pelella, chefe do gabinete do procurador-geral da República da época, Rodrigo Janot.

Dallagnol contou a Pelella que a "estratégia de investigação" sobre uma empresa de Ticiano era "aumentar a pressão", e que o irmão de Toffoli passou a ser "alvo prioritário" dos procuradores. 

"Vamos aumentar a pressão na empresa como estratégia. Acabou de se tornar alvo prioritário", disse Dallagnol — os diálogos são reproduzidos na sua grafia original. O procurador também afirmou que o ministro do Supremo seria sócio de familiares em um resort. Pelella respondeu: "Opa!!!". 

Dallagnol pediu para que outros integrantes da "lava jato" buscassem informações sobre o resort, mas acabou desanimando no dia seguinte: ficou sabendo que nada de relevante foi encontrado na pesquisa. 

Procuradores de primeira instância não podem investigar ministros do Supremo. Por isso, a "lava jato" tentava emparedar integrantes da corte e do Superior Tribunal de Justiça por meio de seus familiares, em devassas que nunca foram bem-sucedidas, ou de outras maneiras igualmente condenáveis.

Reportagem publicada pelo jornal El País, em parceria com o The Intercept Brasil, já havia contado, por exemplo, que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra o ministro Gilmar Mendes, do STF. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da "lava jato", para reunir munição contra o magistrado.

Em conversas com colegas, Dallagnol nunca escondeu sua vontade de emparedar o Supremo. Em 13 de julho de 2016, ele afirmou que "Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar".

O procurador também tentou usar "movimentos" parceiros da autodenominada força-tarefa para atacar o ministro Alexandre de Moraes. Os "movimentos" parceiros eram jornais. 

"Acho que podemos alimentar os movimentos para direcionarem atenção para Alexandre de Moraes. Se pegar sem a nossa cara, melhor, pq fico penando (pensando) em possível efeito contrário em nós querermos colcoar (colocar) o STF contra a parede. Até postei hj sobre o Alexandre de Moraes, e se quiser postar o que quiser manda ver, mas acho que a estratégia de usarmos os movimentos será melhor, se funcionar", disse ele a colegas. 

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/lava-jato-planejava-atingir-toffoli-atraves-de-investigacoes-sobre-seu-irmao

Moraes nega pedido de liberdade e mantém prisão do coronel Naime

 Guilherme Paladino

PGR se manifestou pela manutenção da prisão, alegando ainda haver diligências em andamento na cúpula da PMDF e o comandante, coronel Klepter Rosa, teria "relação próxima" com Naime

Jorge Naime Jorge Naime (Foto: Lula Marques - Agência Brasil)

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de liberdade feito pela defesa do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime, preso em fevereiro no âmbito das investigações sobre os atos terroristas bolsonaristas de 8 de janeiro em Brasília. A informação é da coluna Grande Angular do portal Metrópoles.

A decisão é desta quinta-feira (6). Na sexta (7), Naime completou cinco meses preso. Em sua decisão, Moraes avaliou que é “evidente a necessidade da manutenção da custódia para resguardar a ordem pública e por conveniência da instrução criminal”. O ministro entende que, em liberdade, Naime pode atuar para interferir nas investigações, dado o “alto posto que ocupou e a liderança na corporação”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela manutenção da prisão do coronel, alegando que ainda há diligências em andamento na cúpula da PMDF e o atual comandante, coronel Klepter Rosa, teria "relação próxima" com Naime.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/moraes-nega-pedido-de-liberdade-e-mantem-prisao-do-coronel-naime