quinta-feira, 31 de julho de 2025

Brasil247: Maioria das menções nas redes critica sanções de Trump contra Moraes, diz Quaest

 Levantamento mostra que 60% dos internautas reprovaram a medida; debate acirra polarização e levanta alerta sobre soberania nacional

Alexandre de Moraes - 22/04/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)
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247 - Um levantamento realizado pelo instituto Quaest entre os dias 28 e 30 de julho mostra que a reação nas redes sociais às sanções anunciadas por Donald Trump contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi majoritariamente negativa. A pesquisa, que analisou cerca de 1,6 milhão de menções, aponta que 60% dos usuários criticaram as medidas, enquanto 28% defenderam. Os outros 12% das postagens foram neutras, com conteúdo predominantemente noticioso.

As sanções foram justificadas por Trump com base na Lei Magnitsky, legislação americana que permite penalidades a indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. As críticas nas redes, no entanto, destacam que a iniciativa fere a soberania brasileira e sugerem que Alexandre de Moraes não possui contas no exterior, o que tornaria a sanção inócua.

Segundo a Quaest, o debate foi impulsionado por políticos, veículos de mídia e usuários comuns, que disputam narrativas sobre o episódio. As menções foram extraídas de plataformas como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr, YouTube, além de sites de notícias, via API própria do instituto. Já dados de WhatsApp, Telegram e Discord foram coletados por meio da plataforma automatizada Q-Insider.

De acordo com a análise, entre os críticos da medida, predomina a percepção de que Trump estaria intervindo em assuntos internos do Brasil para proteger aliados políticos, como a família Bolsonaro. A expressão “soberania é inegociável” se destacou nas publicações de apoiadores do governo Lula, conforme mostram os termos mais frequentes na nuvem de palavras.

Já os defensores das sanções — muitos ligados a influenciadores e parlamentares bolsonaristas — veem na medida uma reação à suposta perseguição política promovida por Moraes. A Quaest observa que a Lei Magnitsky vem sendo usada como instrumento para "internacionalizar a disputa institucional brasileira", buscando respaldo fora das estruturas do Judiciário e da imprensa nacional.

Mesmo com forte repercussão, o tema aparece atrás da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue como o principal foco de engajamento no ambiente digital. Ainda assim, as sanções a Moraes se equiparam em volume de menções a outras disputas políticas em andamento, como os embates entre o Congresso e o Executivo.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/maioria-das-mencoes-nas-redes-critica-sancoes-de-trump-contra-moraes-diz-quaest

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