quarta-feira, 4 de abril de 2012

Aprovação de Dilma sobe em meio à turbulência política--CNI

 

Presidente Dilma Rousseff durante reunião com o presidente da República do Benin, Boni Yayi, no Palácio do Planalto, em Brasília

 

BRASÍLIA, 4 Abr (Reuters) - A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff subiu para seu patamar mais elevado desde que ela assumiu o cargo apesar do cenário econômico não tão favorável e uma situação política mais conturbada do que se esperava no início do governo, mostrou nesta quarta-eira pesquisa CNI/Ibope.

Ao mesmo tempo, a avaliação positiva do governo se manteve no mesmo patamar da última sondagem, realizada em dezembro, mas bem inferior à da presidente.

Segundo o levantamento, a aprovação pessoal de Dilma passou para 77 por cento em março, ante 72 por cento em dezembro, enquanto a avaliação positiva do governo se manteve em 56 por cento.

Trinta e quatro por cento veem o governo como regular, contra 32 por cento na sondagem anterior, e 8 por cento o classificam como péssimo ou ruim, ante 9 por cento.

"O governo tem alguns problemas. Isso causa certo desconforto, principalmente em situações específicas, como impostos, segurança e saúde", analisou o gerente executivo de políticas econômicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flavio Castelo Branco.

"Mas a figura da presidente ela conseguiu dissociar e ganhar alguns pontos em relação a avaliação do governo", acrescentou Castelo Branco.

Para ele, as substituições de ministros e a postura mais dura nas negociações com o Congresso --que tem complicado a relação com a base aliada-- têm impacto positivo para Dilma na população.

"A postura política num sistema presidencialista como o nosso, demonstrando que tem comando da situação, se transforma em avaliação positiva", analisou. Para ele, a presidente conseguiu inclusive capitalizar as trocas de ministros envolvidos em denúncias de irregularidades que foram substituídos.

O executivo da CNI lembrou, porém, que há limites para essa postura intransigente, já que o sistema político brasileiro "funciona na base da concentração" entre os poderes.

Para Castelo Branco, Dilma está perdendo uma boa oportunidade para promover mudanças mais profundas na economia, um vez que seu capital político está aumentando. Além da melhora na aprovação pessoal, aumentou também a confiança da população na presidente.

Segundo a pesquisa, a parcela dos que confiam em Dilma subiu para 72 por cento, ante 68 por cento, enquanto a dos que não confiam passou para 24 por cento, ante 26 por cento.

"(A popularidade) seria um fator positivo para tratar de questões mais complexas de impacto mais estruturante da economia, como aperfeiçoamento do sistema tributário", disse.

Outro dado positivo para Dilma, considerando os índices recordes do seu antecessor e padrinho político, para 60 por cento, o governo Dilma é igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 15 por cento, o atual governo é melhor, enquanto 23 por cento acreditam ser pior.

DE OLHO NA ECONOMIA

Apesar dos atuais problemas econômicos, diz a CNI, a população ainda não sente os impactos disso no emprego e na renda, o que colabora para uma avaliação positiva constante do governo e da presidente.

"As dificuldades que temos no setor industrial ainda não se manifestaram no mercado de trabalho como um todo... Embora de dezembro pra cá, do ponto de vista da economia, as dificuldades possam ter se acentuado, essa percepção com certeza está distante", avaliou Castelo Branco.

Para ele, se a situação econômica não se deteriorar, a tendência é que o governo e a presidente continuem bem avaliados no longo prazo.

Olhando as nove áreas pesquisadas, a avaliação do governo melhorou ou se manteve estável em todas. Ainda assim, em saúde, segurança pública, combate à inflação, taxa de juros e impostos, a maioria da população desaprova as ações e políticas do governo, com destaque para a última, que é desaprovada por 65 por cento.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 16 e 19 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

BRASÍLIA, 4 Abr (Reuters) - A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff subiu para seu patamar mais elevado desde que ela assumiu o cargo apesar do cenário econômico não tão favorável e uma situação política mais conturbada do que se esperava no início do governo, mostrou nesta quarta-eira pesquisa CNI/Ibope.

Ao mesmo tempo, a avaliação positiva do governo se manteve no mesmo patamar da última sondagem, realizada em dezembro, mas bem inferior à da presidente.

Segundo o levantamento, a aprovação pessoal de Dilma passou para 77 por cento em março, ante 72 por cento em dezembro, enquanto a avaliação positiva do governo se manteve em 56 por cento.

Trinta e quatro por cento veem o governo como regular, contra 32 por cento na sondagem anterior, e 8 por cento o classificam como péssimo ou ruim, ante 9 por cento.

"O governo tem alguns problemas. Isso causa certo desconforto, principalmente em situações específicas, como impostos, segurança e saúde", analisou o gerente executivo de políticas econômicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flavio Castelo Branco.

"Mas a figura da presidente ela conseguiu dissociar e ganhar alguns pontos em relação a avaliação do governo", acrescentou Castelo Branco.

Para ele, as substituições de ministros e a postura mais dura nas negociações com o Congresso --que tem complicado a relação com a base aliada-- têm impacto positivo para Dilma na população.

"A postura política num sistema presidencialista como o nosso, demonstrando que tem comando da situação, se transforma em avaliação positiva", analisou. Para ele, a presidente conseguiu inclusive capitalizar as trocas de ministros envolvidos em denúncias de irregularidades que foram substituídos.

O executivo da CNI lembrou, porém, que há limites para essa postura intransigente, já que o sistema político brasileiro "funciona na base da concentração" entre os poderes.

Para Castelo Branco, Dilma está perdendo uma boa oportunidade para promover mudanças mais profundas na economia, um vez que seu capital político está aumentando. Além da melhora na aprovação pessoal, aumentou também a confiança da população na presidente.

Segundo a pesquisa, a parcela dos que confiam em Dilma subiu para 72 por cento, ante 68 por cento, enquanto a dos que não confiam passou para 24 por cento, ante 26 por cento.

"(A popularidade) seria um fator positivo para tratar de questões mais complexas de impacto mais estruturante da economia, como aperfeiçoamento do sistema tributário", disse.

Outro dado positivo para Dilma, considerando os índices recordes do seu antecessor e padrinho político, para 60 por cento, o governo Dilma é igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 15 por cento, o atual governo é melhor, enquanto 23 por cento acreditam ser pior.

DE OLHO NA ECONOMIA

Apesar dos atuais problemas econômicos, diz a CNI, a população ainda não sente os impactos disso no emprego e na renda, o que colabora para uma avaliação positiva constante do governo e da presidente.

"As dificuldades que temos no setor industrial ainda não se manifestaram no mercado de trabalho como um todo... Embora de dezembro pra cá, do ponto de vista da economia, as dificuldades possam ter se acentuado, essa percepção com certeza está distante", avaliou Castelo Branco.

Para ele, se a situação econômica não se deteriorar, a tendência é que o governo e a presidente continuem bem avaliados no longo prazo.

Olhando as nove áreas pesquisadas, a avaliação do governo melhorou ou se manteve estável em todas. Ainda assim, em saúde, segurança pública, combate à inflação, taxa de juros e impostos, a maioria da população desaprova as ações e políticas do governo, com destaque para a última, que é desaprovada por 65 por cento.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 16 e 19 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

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