sábado, 7 de janeiro de 2012

Corte militar na Europa é o maior em 20 anos

 

Segundo estimativas, gasto com armas pode cair até 15% em meados da década, maior redução desde fim da Guerra Fria

 

Jamil Chade - CORRESPONDENTE / GENEBRA

GENEBRA - A crise econômica obrigou os países da Otan a fazer o maior corte de gastos militares desde o fim da Guerra Fria, há 20 anos. Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou uma redução de US$ 450 bilhões nos próximos dez anos. Na Europa, porém, os cortes têm sido constantes e ainda maiores em termos proporcionais.

Gerard Longuet, ministro de defesa da França, discursa para tropas da Otan - Ahmad Nazar/AP

Ahmad Nazar/AP

Gerard Longuet, ministro de defesa da França, discursa para tropas da Otan

Segundo estimativas, os países da aliança atlântica podem chegar em meados da década gastando até 15% a menos em armas. Na Grã-Bretanha, o governo propôs um corte de 8% até 2015, uma redução de US$ 45 bilhões. Encomendas foram canceladas, o desenvolvimento de novas armas foi adiado e o Exército será reduzido em 17 mil homens.

Na Alemanha, os cortes serão os maiores desde a 2.ª Guerra. Até 2013, o país reduzirá seus gastos em 6%. Por ano, isso representa uma redução de 9 bilhões. Berlim ainda reduzirá o número de soldados em 40 mil e também deve cancelar a compra de aviões e navios.

Entre 2011 e 2013, a França espera reduzir seus gastos militares em 3,5 bilhões. Em Madri, o rei Juan Carlos disse ontem que a era de austeridade não poupará os militares. No orçamento de 2012, 340 milhões do Ministério da Defesa foram cortados. Na Espanha, o que mais preocupa são as dívidas acumuladas pelo Exército.

No início da década, Madri modernizou sua capacidade militar, comprometendo até 2025 mais de 30 bilhões, 3% do PIB espanhol. Até hoje, pagou só 5 bilhões e alguns dos equipamentos podem ser devolvidos.

"A maioria dos países europeus cortou gastos militares em 2011", disse ao Estado Samuel Perlo-Freeman, do Instituto de Pesquisa Paz Internacional de Estocolmo (Sipri). Em 2010, segundo ele, a Europa reduziu 2,8% de seu orçamento militar. "É uma tendência para os próximos anos."

Os cortes fizeram o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, alertar que aliança deve perder influência e espaço para países como China e Índia. Para Freeman, porém, a crise pode ser uma oportunidade para que a Europa repense sua estratégia de defesa e opte por operações conjuntas. "Já há sinais disso", disse.

Superior Tribunal de Justiça consegue habeas corpus soltando prefeito de Pacajus

 

O prefeito de Pacajus, Pedro José (PSDB), foi solto na tarde desta sexta-feira (5), por volta das 17h30. A concessão do pedido do habeas corpus foi dada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler. Pedro José terá liberdade com tempo indeterminado, até que a Justiça se pronuncie por decisão contrária.

No último 15 de dezembro, durante a operação deflagrada pelo Ministério Público do Ceará em conjunto com a Polícia Civil, foram encontradas nas residências de gestores do município armas e munição. Na residência do prefeito, por exemplo, foram apreendidos R$ 45 mil em espécie e um veículo Hilux SW4, alugado por contrato em nome do Município. Os gestores e demais envolvidos são acusados da prática dos crimes de desvio de recursos públicos, peculato, lavagem de dinheiro público, quadrilha ou bando, fraude em procedimentos licitatórios e enriquecimento ilícito.

Dentre os envolvidos, estão Pedro José Philomeno Gomes Figueiredo (Prefeito Municipal de Pacajus);Luciana Pereira Figueiredo (filha do prefeito); Jorge Clementino Diego (genro do prefeito); Érica Leandro de Alencar (procuradora do Município); Antônio Héder Holanda da Silva (secretário de Finanças); Neudeci Honorato Erculano (esposa do secretário de Finanças); Valmir de Sousa Falcão (secretário municipal); Anercília Maria de Sousa (presidente da Comissão de Licitação); Francisco Carlos Alves Martins (presidente da Câmara Municipal); Jocélio Bezerra Almeida (vereador); e Vitório Andson de Sousa Lima (contador da Câmara Municipal).

Foram afastados dos seus respectivos cargos os seguintes secretários municipais: Erisvaldo Oliveira da Silva (Educação); Geruza Maria Albuquerque (Trabalho e Desenvolvimento Social) e Ana Maria Maia Menezes (Saúde).

Fonte: STJ

Radialista Júnior Lopes morre em acidente de trânsito

 


O radialista Francisco Júnior Mesquita, 32 anos, morreu na manhã deste sábado, 7, após sofrer acidente de trânsito. Júnior Lopes como era mais conhecido, era natural de Santa Quitéria, mas precisamente da localidade de Macaraú, atuava como setorista (repórter), do Guarany de Sobral, para a Rádio Caiçara, e funcionário da Fábrica de Calçados Grendene.
O acidente que vitimou o radialista aconteceu por volta das 5h, na Avenida Pericentral, por trás do Colégio Farias Brito Sobralense. Ele pilotava uma motocicleta quando perdeu o controle após bater no muro de proteção e em seguida chocar-se com um poste causando a sua morte.
Segundo informações Júnior Lopes foi visto na noite de sexta-feira e manhã deste sábado, no Bar Oiticica e momentos antes de sofrer o acidente foi visto nas imediações da Avenida Doutor Guarany. O corpo do radialista Júnior Lopes, foi removido para o IML de Sobral.

Postado por WILSON GOMES

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Previdência: benefícios acima do mínimo têm reajuste de 6,08%

 

InfoMoney – 1 hora 3 minutos atrás

 

SÃO PAULO - Com o reajuste do salário mínimo, agora em R$ 622, os benefícios da Previdência Social acima do piso também serão reajustados. De acordo com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o aumento será 6,08% e a portaria com os novos valores deve ser publicada no DOU (Diário Oficial da União) na próxima semana.

Segundo o Ministério da Previdência Social, o reajuste dos benefícios de até um salário mínimo atingirá 19,2 milhões de segurados e representará um impacto líquido de R$ 14,8 bilhões nos benefícios pagos pelo INSS em 2012. Pelo menos 311 mil beneficiários que, em 2011, recebiam ligeiramente acima do mínimo, agora passarão a receber o piso previdenciário. Eles terão o reajuste superior a 6,08% e terão ganho real garantido até 2015.

Já o aumento para quem ganha acima do piso previdenciário representará um impacto líquido de R$ 7,6 bilhões.

Reajustes variam conforme o mês do benefício De acordo com o ministério, os benefícios pagos pelo INSS em data posterior ao mês de fevereiro de 2011 serão reajustados de acordo com os percentuais indicados na tabela abaixo:

Data de início do benefício

Reajuste

até janeiro de 2011

6,08%

em fevereiro de 2011

5,09%

em março de 2011

4,53%

em abril de 2011

3,84%

em maio de 2011

3,10%

em junho de 2011

2,52%

em julho de 2011

2,29%

em agosto de 2011

2,29%

em setembro de 2011

1,86%

em outubro de 2011

1,41%

em novembro de 2011

1,08%

em dezembro de 2011

0,51%

Fonte: Previdência Social

Tabela de contribuição Também foram estabelecidas as novas alíquotas de contribuição do INSS dos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos. Essas alíquotas – relativas aos salários pagos em janeiro - deverão ser recolhidas a partir de fevereiro. Confira:

Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos

Salário de contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimentos ao INSS (%)

até R$ 1.174,86

8%

de R$ 1.174,87 a R$ 1.958,10

9%

de R$ 1.958,11 a R$ 3.916,20

11%

Turismo terá câmara setorial para afastar o temor de alta de preços generalizada

 

A equipe econômica do governo também estuda a mudança de classificação de equipamentos para parques temáticos e hotéis, onde TVs e aparelhos de ar-condicionado seriam rotulados como investimento e teriam corte de impostos.

Uma das preocupações do governo é evitar que o setor aumente os preços, a exemplo do que ocorreu nas Olimpíadas de Atenas. Para lucrar mais com o evento, a cidade aumentou todos os preços e o país ficou com a imagem de ser muito caro e afastou turistas. Por isso, a equipe econômica analisa um pedido dos empresários, que conta com total respaldo do Ministério do Turismo: a redução do custo da energia elétrica para o setor.

Para ter certeza de que os preços não vão disparar, o governo quer criar uma câmara setorial para o turismo e fechar um acordo com o setor para que não haja uma alta generalizada", mostra a reportagem.

http://www.ivonildolavor.com/

O que levar na bolsa de praia?

 

 

 

 

 

Um dos mandamentos da beleza é não ir de make à praia. Afinal, pode manchar, obstruir os poros e causar alergia. Além de questões estéticas, já que o make pode atrapalhar o bronzeado e derreter.

Mas quem dá o veredicto são os dermatologistas. Até pode usar maquiagem na areia, desde que ela contenha algum fator de proteção solar. E o mercado de beleza tem essa solução. Hoje em dia é possível usar protetores solares faciais do tipo base, que protegem e maquiam ao mesmo tempo. Usados com bom senso eles podem dar ao seu rosto um aspecto de maquiado natural.

O ideal é evitar qualquer tipo de exagero. Uma maquiagem leve, só para realçar alguns pontos como boca e bochechas é o suficiente.

Mas saiba o que é essencial levar: protetor facial, com uso exclusivo para o rosto, principalmente para quem se expõe diretamente ao sol, protetor solar para o corpo, protetor labial.

O protetor solar é extremamente essencial para proteger sua pele do excesso de sol, evitando problemas, queimaduras e até mesmo o câncer de pele, por isso nunca se esqueça de colocar o seu protetor solar na bolsa da praia.

Os protetores para lábios e cabelos evitam queimaduras na região mais sensível do rosto e o ressecamento dos fios quando são expostos ao sol, e eles são super pequenos e cabem perfeitamente na bolsa.

Você pode levar um pente de madeira para desembaraçar os fios, quando aplicar um produto para cabelos e água termal, para refrescar a pele e ainda amenizar as vermelhidões causadas pelo sol. E repelente, se você analisar que a praia tem mosquitos, borrachudos ou insetos que possam incomodar e atrapalhar o passeio. Prevenir é sempre a melhor solução!

http://vilamulher.terra.com.br/o-que-levar-na-bolsa-de-praia-2-1-13-826.html

Invasão de objetos nos céus de Quixadá.

 

Pedra do ET em Quixadá-CE

Cidade que é internacionalmente conhecida por ter um dos privilegiados locais para salto de Asa Delta e Parapentes, onde já sediou campeonatos internacionais, nacionais e foi matéria de reportagens por todo mundo. A cidade que é encurralada por "Monólitos", conforme os ufólogos um dos pontos da terra onde seria mais fácil para um contato imediato.

Ultimamente foi detectado nos céus quixadaenses alguns objetos não identificados sobrevoando, principalmente nos finais de semana, são de vários tamanhos e cores, e encanta a todos que tem encontrado um desses por aí, voando ou aterrissado em algum ponto da cidade. Não precisa ficar com medo ou chamar a "NASA", são apenas aeromodelos que caiu na graça de todos que gostam de curtir uma aventura ou até mesmo um passatempo divertido. São modelos de diversos tamanhos tem avião, helicóptero, asa delta, carros enfim todos divertem-se e ainda faz a alegria de quem assiste as peripécias das máquinas voadoras.Na região centro a moda pegou e foi com um grande adesão, já existe inclusive um Clube o Clube de Modelismo de Quixadá - CMQ, agregando os adeptos a esta fascinante diversão. O CMQ já esteve em Crateús no sertão dos inhamuns e Boa Viagem onde fez varias demonstrações com os aeromodelos levando um grande público a assistir as peripécias das pequenas máquinas.

Por Celio Pinto

Colaboração Célio Cavalcante

Bolsa Família transferiu R$ 16,7 bi à população de baixa renda em 2011

 

Valor representa acréscimo de 19,4% em relação aos R$ 13,4 bilhões de 2010 e comprova a priorização da transferência de renda às famílias com crianças e jovens, com o aumento dos benefícios variáveis e a destinação a grávidas e nutrizes

O Programa Bolsa Família transferiu neste ano R$ 16,7 bilhões a 13,3 milhões de famílias em todo o Brasil. O valor representa acréscimo de 19,4% em relação aos R$ 13,4 bilhões de 2010. Reforçada pelo Plano Brasil Sem Miséria, a transferência de renda priorizou o combate à pobreza infantil e juvenil com reajustes diferenciados para essas faixas etárias e ampliação – de três para cinco por família – do limite de benefícios variáveis vinculados ao público de até 15 anos.

O aperfeiçoamento do programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) começou no início de 2011, com reajuste de 45% no benefício variável para crianças e adolescentes de até 15 anos e de 15% para o público de 16 e 17 anos. Com o reajuste, o pagamento mensal passou de R$ 1,2 bilhão em março para R$ 1,4 bilhão no mês seguinte, devido à aplicação dos novos valores. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta, com base nas informações do Censo de 2010, que 40% dos 16,2 milhões de pessoas extremamente pobres – público-alvo do Brasil Sem Miséria – têm até 14 anos.

No segundo semestre, novas iniciativas foram incorporadas ao Bolsa Família. Em setembro, o MDS aumentou o limite dos benefícios variáveis de três para cinco por família, para crianças de até 15 anos. Essa medida permitiu o pagamento de 1,3 milhão de novos benefícios. Em novembro, começou a ser pago o benefício a nutrizes (destinado a crianças de até 6 meses de idade), desde que a família as inscreva no Cadastro Único.

As grávidas também começaram a receber um benefício em dezembro. Neste caso, só recebem o valor de R$ 32 durante nove meses aquelas que fizerem o pré-natal nos postos de saúde. Nas duas situações, só ocorre o pagamento para a família até o limite de cinco benefícios.

Busca Ativa – Em novembro, foram pagos 69 mil benefícios variáveis a nutrizes e em dezembro (veja informações por estado abaixo) esse número atingiu 93 mil, significando mais R$ 2,9 milhões. O pagamento a grávidas em dezembro chegou a 25,3 mil benefícios, com acréscimo de R$ 809,7 mil na folha de pagamento. Além dessas alterações, o programa superou a meta anual de inclusão de 320 mil novas famílias.

O pagamento de dezembro está disponível para 13,35 milhões de famílias. Estimativas iniciais indicam que aproximadamente 800 mil famílias extremamente pobres ainda não eram atendidas pelo programa. O desafio do MDS é fazer essas inclusões até 2013. Para reforçar a procura pela população extremamente pobre, o MDS adotou no início do ano a ação estratégica de Busca Ativa em parceria com estados e municípios para localizar e identificar a população que permanece fora dos programas sociais. Muitos municípios criaram equipes volantes para buscar a população extremamente pobre. No ano, 407 mil famílias com renda de até R$ 70 por pessoa foram identificadas e cadastradas.

Monitoramento – As mudanças representaram acréscimo mensal de R$ 200 milhões no pagamento do benefício. Os valores dos benefícios hoje variam de R$ 32 a R$ 306, dependendo do perfil econômico e da quantidade de filhos de até 17 anos. Em março, eram de R$ 22 a R$ 200. Podem ser pagos cinco benefícios de R$ 32, dois de R$ 38 por adolescente de 16 e 17 anos, além dos R$ 70 destinados a famílias extremamente pobres (renda mensal por pessoa de até R$ 70), independentemente de filhos.

Uma das ações articuladas ao Bolsa Família envolve a educação. Conjuntamente, o MDS e o Ministério da Educação (MEC) acompanham a frequência escolar dos beneficiários e mantêm altos índices de monitoramento a cada bimestre. Assim, ao exigir o cumprimento da contrapartida educacional, garantem um direito de crianças e jovens. Em 2011, os dois ministérios firmaram parceria para priorizar escolas com maior índice de alunos beneficiários do Bolsa Família com o Mais Educação. A iniciativa, que prevê a permanência nas unidades de ensino nos dois períodos, contribui tanto para melhorar os indicadores educacionais da população de baixa renda quanto para retirar das ruas e do trabalho infantil a população pobre.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

O NOVO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ.

 

Tomou posse, na noite desta quarta feira(4), o novo procurador Geral de Justiça do Estado do Ceará, Alfredo Ricardo de Holanda Cavalcante Machado. O promotor ocupa o cargo durante o biênio 2012/2013.

Apesar de ser o segundo mais votado pelo Ministério Público, obtendo 149 votos na eleição interna realizada dia 2 de dezembro do ano passado, Ricardo Machado foi escolhido por Cid Gomes para ocupar a função. Além dele, a lista tríplice enviada ao governador continha os nomes do promotor João de Deus da Rocha Soares e da procuradora de Justiça Maria Neves Feitosa Campos.

O promotor Ricardo Machado é natural de Solonópole. Ele ingressou no Ministério Público em 1995 e já foi secretário Geral da Procuradoria Geral de Justiça do Ceará.

Por: Roberto Moreira

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Atividade Óvni: Luzes perseguem vigias em açude de Jaibaras/CE

 

Uma equipe do CSPU realizou sua primeira pesquisa de campo de 2012 na tarde-noite desta terça-feira, 03 de janeiro, no distrito de Jaibaras, município de Sobral.

As primeiras informações sobre este caso foram trazidas pelo membro do Centro, David Mendes, e davam conta de que dois pescadores tinha sido presenciado a aparição inusitada de luzes no meio do açude do distrito de Jaibaras.

Estiveram no local o Presidente do CSPU, Jacinto Pereira, o próprio David Mendes e Jânder Magalhães, que mantiveram contato e entrevistaram a principal testemunha do avistamento.

O CENÁRIO

Jaibaras é um distrito localizado aproximadamente 18 km da sede do município de Sobral/CE, onde fica localizado um dos maiores açudes da região norte do estado, denominado Aires de Sousa (foto), com áreas que chegam a profundidade de 15 metros e com capacidade de 104 milhões de metros cúbicos(Dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará).

Além de abastecer a cidade de Sobral, o açude é também serve como criadouro de peixes (tilápia), onde gaiolas (foto) são utilizadas para tal finalidade. Por questão de segurança, alguns proprietários contratam vigias, que passam toda a noite em embarcações no meio do açude, e foi justamente um desses homens que sofre o ataque da luz na madrugada do dia 28 de dezembro de 2011.


AS LUZES MISTERIOSAS NO AÇUDE

Nosso grupo conseguiu localizar o vigia que afirma ter sido vítima das luzes misteriosas, W.S.S, 21 anos, foi entrevistado pelo CSPU, mas preferiu não se identificar.

De acordo com o seu relato, por volta das 20h30 do dia 28/12/2011, duas luzes vermelhas muito brilhantes e em baixa altitude foram vistas fazendo movimentos retilíneos em alta velocidade, assemelhando-se a luzes traseiras de caminhão, percorrendo grandes distâncias sobre o açude.

Ao perceber a movimentação das luzes, o jovem informa ter ficado assustado, pois estava numa lancha sem motor e não teria como se deslocar com mais rapidez.

O jovem trabalhava com uma lanterna e após alguns minutos, percebeu que as luzes se dirigiam em sua direção e ao chegar a uma distância de três metros do barco, ele relata que acendeu a lanterna apontando para as luzes, momento em que elas se expandiram de forma impressionante numa imensa claridade, continuando em sua direção. Em frações de segundo, o jovem informa ter pulado na água e saiu nadando em desespero até a margem do açude, algo em torno de mil metros. Perguntado sobre ruídos, odores ou variação de temperatura das luzes, a testemunha afirma que não presenciou nenhuma dessas características, mas que ficou traumatizado com o caso e não mais voltou a exercer tal atividade.

Segundo relato de alguns moradores, essas luzes costumam aparecer nas proximidades do açude para alguns moradores, sempre no período da noite e nós do CSPU, continuaremos a investigar o caso das luzes de Jaibaras.

MERUOCA/CE TEVE REGISTRO SEMELHANTE

No vizinho município serrano de Meruoca/CE, foi registrada aparição de uma luz com características semelhantes as vistas em Jaibaras durante o mesmo período.

O caso ocorreu quando uma família de Sobral/CE, ao descer a serra num caminhão por volta de 22h, deparou-se com uma forte luz branca e azul nos céus daquela região. Segundo testemunhas, o fenômeno luminoso parecia com as luzes dos alienígenas do filme Guerra dos Mundos e se comportava como se estive procurando alguma coisa em cima das árvores, assemelhando-se a luzes de um scanner.

Nos próximos dias, um grupo do CSPU estará se deslocando até a cidade para investigar esses acontecimentos em busca de esclarecimento para comunicar aos seguidores do nosso Blog.

Por David Mendes e Jânder Magalhães

Comissão de Desenvolvimento Regional desenvolve 37 atividades em 2011


A Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Dedé Teixeira (PT), realizou 37 atividades durante o ano de 2011. Foram 12 audiências públicas, cinco reuniões ordinárias e sete extraordinárias, três seminários, quatro estudos técnicos, além de três reuniões e três visitas técnicas.
Com relação às audiências públicas, a Comissão debateu entre outros assuntos os impactos científicos, sociais e econômicos da construção do Acquário Ceará; a utilização do calcário e quartzito na Siderúrgica do Pecém, de iniciativa do presidente do colegiado; bem como a campanha pela Lei de Iniciativa Popular da Economia Solidária - Para um Brasil Justo e Sustentável.
Durante as reuniões, o colegiado aprovou matérias como a mensagem governamental 7.247/11, que autoriza a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) a conceder às empresas Porto do Pecém Geração de Energia S/A e MPX Pecém II Geração de Energia S/A, 50% de desconto sobre o valor da tarifa vigente para dispor de água bruta.
A Comissão aprovou ainda o projeto de indicação 194/11, de autoria do deputado Paulo Facó (PTdoB), que diz respeito à criação de um política estadual de apoio e incentivo aos serviços municipais de gestão ambiental. A proposta sugere que o Estado ajude os municípios no desenvolvimento de infraestrutura administrativa, de pessoal e de serviços necessários à gestão ambiental.
Também foi promovido um ciclo de palestras. Uma delas abordou o tema “Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura no Estado do Ceará”, tendo como palestrante o ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio Nóbrega Oliveira. Outra debateu o “Desenvolvimento Rural Sustentável com Abordagem Territorial”, ministrada pelo consultor nacional da Secretaria do Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA), Antônio Lacerda Souto.
Além de Dedé Teixeira, compõem a Comissão os deputados Roberto Mesquita (PV), vice-presidente; Ronaldo Martins (PRB), Paulo Facó e Leonardo Pinheiro (PR).
LS/LF

Fonte:
Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

e-Mail:
agencia@al.ce.gov.br

Twitter:
@Assembleia_CE

Encontro de Bois e Reisados de Sobral será no realizado no dia 8 de janeiro

 

Bois e reisados

A Prefeitura de Sobral promoverá no domingo, dia 8 de janeiro, às 19h, no Boulevard do Arco, o Encontro de Bois e Reisados de Sobral.
Durante todo o mês de janeiro, as apresentações serão realizadas em escolas, praças da cidade e nos distritos, além de pontos históricos e turísticos da cidade.
Com o importante apoio da Prefeitura de Sobral, 34 grupos de reisados entre adultos e infanto-juvenis estarão apresentando essa importante expressão da nossa cultura popular.

Fonte: Boletim Municipal de 04/01/2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS VOLTA A FISCALIZAR, E USARÁ O PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DOS MUNICÍPIOS

 

Presidente do TCM-Manoel Veras

Início de ano eleitoral e prefeituras são sempre alvo de denúncias de verbas públicas, por esse motivo o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) já está intensificando a fiscalização em municípios cearenses. De acordo com o presidente do TCM, Manoel Veras, em anos eleitorais o número de denúncias envolvendo gestores municipais acusados de praticar desvio de verbas públicas para campanhas aumenta.

Outra medida também será adotada pelo TCM a partir do me s de fevereiro, pois irão trabalhar com um Portal de Transparência dos Municípios.

Escrito por marcelo marques

Mais de R$ 1,5 bilhões podem ser devolvidos aos cofres públicos, diz CGU

 

Ao todo, o órgão concluiu 744 processos em 2011, que são encaminhados para o TCU para providências.

Por: Kyara Aires

O Governo pode recuperar R$ 1,8 bilhões para os cofres públicos após a conclusão de processos de tomadas de contas especiais, de acordo com a Controladoria Geral da União (CGU). Segundo a CGU, o valor representa um crescimento de quase 5,5% em relação ao ano de 2011 quando o órgão analisou e concluiu 744 processos que são encaminhados para o Tribunal de Contas da União (TCU) para providências.

A maioria dos processos de tomadas de contas especiais, encaminhados pelo governo federal ao TCU, tem como causa a "omissão do dever de prestar contas", seguido de "irregularidades na aplicação dos recursos".

Para o secretário federal de Controle Interno da CGU, Valdir Agapito, os processos de tomadas de contas especiais apontam, em cada ação de governo, as irregularidades que causaram prejuízos aos cofres da União.

"É com as TCE's [tomadas de contas especiais] que se apuram os casos em que houve prejuízo, quantificam-se esses prejuízos, identificam-se e notificam-se os responsáveis, e, ao final, elas são encaminhadas ao TCU, para o julgamento e a aplicação das penalidades", disse o secretário.

Bezerra nega favorecimento de Pernambuco no repasse de verbas de prevenção de desastres

 

 

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, negou hoje (4) que tenha beneficiado seu estado natal, Pernambuco, no repasse de recursos de prevenção de desastres naturais. Em 2011, Pernambuco recebeu R$ 98 milhões para projetos de prevenção, quase metade de toda a verba para ações desse tipo repassada pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) aos estados, de R$ 216 milhões, segundo dados do ministério.

“Não existe política partidária, miúda, pequena. Não posso aceitar discriminação contra nenhum estado, não se pode discriminar Pernambuco por ser o estado do ministro, não é correto”, defendeu-se, em longa entrevista coletiva.

Segundo Bezerra Coelho, Pernambuco foi o estado que apresentou os projetos mais urgentes e a seleção foi feita com base em critérios técnicos, com aval da Casa Civil da Presidência da República e do Ministério do Planejamento. “Pernambuco estava com projetos prontos, porque teve um dos maiores acidentes naturais da história deste país em 2010. Mais de 18 mil famílias foram desabrigadas ou desalojadas, mais de 80 mil pessoas foram atingidas, hospitais, escolas, pontes foram destruídos”, justificou.

Na lista de repasses de recursos de prevenção da Sedec a estados e municípios em 2011, São Paulo e Espírito Santo aparecem em seguida, com R$ 40 milhões e R$ 16 milhões, respectivamente.

Na avaliação do ministro, os recursos da Sedec não são o melhor parâmetro para avaliar a distribuição de verbas para prevenção de desastres naturais, porque, segundo ele, a maior parte do dinheiro está ligada ao orçamento do Ministério das Cidades, e não do Ministério da Integração.

“Não se pode fazer a leitura dos investimentos de prevenção fazendo apenas a leitura os recursos da Sedec, isso não é dizer toda a verdade. A verdade inteira é que os recursos de prevenção do governo estão, de forma muito mais ampla, no Ministério das Cidades, que tem R$ 11 bilhões para seleção de projetos relativos à prevenção, principalmente para proteção de morros e reforços de encostas”, comparou.

Em longa apresentação, o ministro ainda detalhou os repasses de recursos de assistência a vítimas de desastres e de reconstrução, que também estão ligados ao Ministério da Integração.

Bezerra Coelho estava de férias até a próxima segunda-feira (9), mas decidiu interromper a folga a e voltar hoje a Brasília, segundo ele, para acompanhar a situação das chuvas que atingem a Região Sudeste. “Em função da intensificação do quadro de chuvas, principalmente em Belo Horizonte, e após conversar por telefone com secretário Humberto Viana [secretário nacional de Defesa Civil], e com a ministra Gleisi Hoffmann [Casa Civil], tomamos a decisão de voltar a Brasília para checar todo o trabalho que deixamos encaminhado”, disse ele.

A misteriosa morte de 20 toneladas de peixe em Nordreisa

 

por DN.ptOntem

Peixes deram à costa numa praia do Norte da Noruega

Peixes deram à costa numa praia do Norte da Noruega Fotografia © REUTERS/Jan Petter Jorgensen/Scanpix

Cientistas rejeitam teorias da conspiração e procuram explicação lógica para a morte de centenas de milhares de arenques que deram à costa numa praia no Norte da Noruega

Os noruegueses que no passado dia 28 de dezembro passaram pela praia de Kvennes, na província de Nordreisa, ficaram chocados com o cenário que encontraram: 20 toneladas de arenques mortos cobriam o areal sem que houvesse qualquer explicação aparente para o sucedido.

Um outro caso misterioso: a morte de milhares de pássaros durante a passagem de ano numa pequena cidade do Arcansas, nos Estados Unidos, foi suficiente para dar azo a teorias da conspiração sobre um "apocalipse animal".

Contudo, a ideia é rejeitada por biólogos, que já equacionaram explicações para o caso norueguês: os peixes terão sido perseguidos por predadores e ficado presos na maré baixa ou uma tempestade poderá tê-los arrastado para a costa.

"O bacalhau e, claro, baleias assassinas" são os principais suspeitos, explicou Ole Kristian Berg, professor da Universidade Norueguesa de Ciências e Tecnologias ao jornal The Local. Berg disse que o arenque, bem alimentado com plâncton, costuma "vaguear durante algum tempo no inverno" antes de migrar para Sul, tornando-se assim numa presa fácil para predadores famintos.

CNJ – Brasil tem hoje 1.710 juízes sob investigação

“Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e publicado nesta terça-feira (3) pelo Valor Econômico mostrou que o Brasil tem, atualmente, 1.710 juízes sob investigação nos Tribunais de Justiça estaduais. Segundo o jornal, o número cresceu muito no último mês, passando de 693 em 14 de novembro para os 1,7 mil atuais, mas nem todos esses processos devem chegar ao fim. Isso porque o tema da polêmica entre o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, e a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, ainda não está decidido.

Apesar do crescimento nas investigações, elas podem não sair do papel, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida que o CNJ não pode avocar para análise própria os processos que estão em ritmo lento de apuração em vários tribunais do país. Se essa decisão se confirmar, os tribunais vão poder gastar o tempo que quiserem na apuração e o CNJ não terá como fazer nada a respeito, a não ser esperar que um dia os casos sejam enviados para que o conselho tome providências.

Ainda segundo o Valor, o crescimento do número de processos se deu depois que Peluso determinou o repasse de informações dos TJs para o CNJ. O jornal nota que a medida foi tomada para dar mais transparência às acusações contra os juízes, mas diz que muitas informações são mantidas em sigilo.

Nem as iniciais dos juízes sob investigação aparecem. Já o nome de quem fez a denúncia contra os juízes aparece por inteiro em vários Estados, como em Pernambuco, no Ceará e no Distrito Federal. Na Bahia, há até o nome de bancos que denunciaram juízes. Em São Paulo, os 191 processos contra juízes são resumidos em dois tipos de investigações: “apuração preliminar da conduta do magistrado” e “prática, em tese, de infração administrativa”. Ao prestar esse tipo de informações ao CNJ, o TJ paulista evita descrever, em detalhes, o que está sendo apurado contra os seus magistrados. (…) No DF e no Piauí, há processos contra juízes em que nem o que motivou a investigação é divulgado. No lugar onde o motivo deveria aparecer, há um espaço em branco. Mas, o nome do denunciante aparece por extenso. Há desde empresas e pessoas físicas até bancos e associações.”

(Valor Econômico)

Polícia Rodoviária Federal reforça segurança nas rodovias federais no CE

 

Por: Luciano Augusto

A Polícia Rodoviária Federal no Ceará (PRF) realiza plano emergencial de reforço do policiamento ostensivo nas rodovias federais que cortam o Ceará. Por ordem da superintendência regional, todo o efetivo da PRF cearense está à disposição da área operacional.

De acordo com o núcleo de comunicação social da PRF, os policiais que iriam tirar férias nos próximos dias terão suas férias adiadas e os que trabalham em serviço administrativo estão sendo redirecionados para o serviço de policiamento ostensivo. Além disso, todos estão trabalhando em escalas especiais de reforço.

A PRF também requisitou ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, reforços de policiais, viaturas, armamentos e aeronaves, que devem estar chegando ainda esta semana.

"O objetivo da PRF não é interferir nas negociações da Polícia Militar do Estado do Ceará com o Governo do Estado, mas minimizar os efeitos do déficit de policiamento para a população, contribuindo para a contenção da violência, efetivamente nos trechos urbanos que fazem parte da área de circunscrição da PRF, como os acessos a Fortaleza pela BR 116 e pela BR 222, trabalhando para evitar que a situação se transforme em uma reação em cadeia", ressalta o Núcleo de Comunicação Social da PRF.

Com menores juros da história, Tesouro capta US$ 750 milhões no exterior

 

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Tesouro Nacional captou US$ 750 milhões de investidores norte-americanos e europeus com taxa de juros de 3,449% ao ano – o menor valor da história para emissões no exterior. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2021, feita ontem (3).

O governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, ou seja, de 3,449% ao ano.

Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Para papéis de dez anos, a menor taxa até agora tinha sido de 4,188% ao ano, obtida numa captação em julho de 2011. A emissão de hoje foi o primeiro lançamento de títulos da dívida externa em 2012. O último lançamento de títulos públicos no exterior havia ocorrido em novembro do ano passado.

Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.

A taxa do título brasileiro foi 150 pontos maior que a dos títulos do Tesouro americano de dez anos. Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo. Segundo técnicos do Tesouro Nacional, a proximidade da faixa indica que a dívida brasileira está cada vez com menos risco de calote.

O Tesouro pretende ofertar mais US$ 75 milhões ao mercado asiático nas próximas horas. O resultado final da emissão será anunciado hoje(4) pela manhã. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais amanhã (6).

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Policiais militares e bombeiros grevistas aceitam proposta; acordo está nas mãos de Cid Gomes

 

Fonte: O POVO Online/Fortaleza

 

Há pouco, a procuradora geral de Justiça, Socorro França, no papel de intermediadora, ligou para o comando de greve e fez a proposta, já aceita

03.01.2012| 19:58

A decisão agora está na mão do governador Cid Gomes, para encerrar a greve de policiais militares e bombeiros, que já dura cinco dias. Há pouco, a procuradora-geral de Justiça, Socorro França, no papel de intermediadora, ligou para o comando de greve e fez a proposta, já aceita.

Foram atendidas três das seis reivindicações dos grevistas. São elas:

1) O Governo pagará R$ 859,00 a policiais que atuam no turno C (madrugada) com este valor sendo incorporado ao salário;
2) Todos os policiais, sem exceção, saem das 44 horas para 40 horas semanais;
3) Será concedida a anistia ampla e irrestrita a todos os que participaram do movimento grevista nos últimos cinco dias.

Tão logo a proposta feita pela procuradora foi repetida pelo telefone, o comando e os policiais grevistas acampados no prédio da 6ª Companhia do 5º Batalhão da PM, no bairro Antônio Bezerra, se reuniram e aceitaram o que foi sugerido.

O Governo só aceitará negociar as outras três reivindicações com a paralisação encerrada. São elas:

1) Vale-refeição, que passará de R$ 6,00 para R$ 10,00;
2) Destituição do código disciplinar militar e criação de código de ética;
3) Regularização das promoções.

O fim da greve seria nesta terça-feira, 3, mas a volta ao trabalho será a partir de amanhã – se o governador selar o acordo.

O documento já está sendo enviado de volta ao Palácio da Abolição, com a assinatura dos líderes do movimento grevista, Flávio Sabino (Associação de Cabos e Soldados), Pedro Queiroz (da entidade nacional da categoria) e o capitão Wagner Souza (suplente de deputado, no exercício do mandato). Também deverá assinar o documento o procurador geral do Estado, Fernando Oliveira.

A decisão sobre o fim da greve deve sair nas próximas horas.

O POVO estava na sala no momento da negociação.

Comercio de Sobral fechado em plena tarde

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Nunca tinha visto isso em Sobral. O centro comercial da cidade totalmente fechado no meio do expediente da tarde por medos dos arrastões de ladrões. Estes, estão fazendo a festa com a greve dos policiais militares. Só mesmo arrogância e falta de disposição para o diálogo para chegar a esse ponto. Tentar impor a posição do governo estadual, nem sempre vai dar certo. Fazer terminar um movimento grevista prometendo negociar depois e não negociando a contento, trás descrédito a outras categorias e pode levar a situações imprevistas como esta da segurança (ou insegurança). Os cidadãos, pagadores de impostos, não podem ficar a mercê de bandidos enquanto ambos os lados exibem os dentes ao invés de dialogar, ainda não é tarde demais para resolver essa situação, antes que ela gere dividendos políticos eleitorais.

A (contra) ameaça nuclear

 


 

Leonam dos Santos Guimarães

Um medo exagerado de armas nucleares tem levado a muitas políticas que insistem no erro de considerar que elas são desenvolvidas pelos países com intuito de ameaçar. A História nos mostra que a busca pela sua posse é muito mais uma resposta à ameaça percebida do que a preparação para uma agressão.
Gênesis
Um personagem pouco conhecido, o físico húngaro Leo Szilard, é a quem se deve o invento das armas nucleares. Foi ele quem, ao tomar conhecimento da interpretação correta de Lize Meitner e Otto Frisch sobre os resultados dos experimentos de Otto Hahn, que identificaram o fenômeno da fissão nuclear do urânio na Alemanha Nazista em 1939, concebeu a possibilidade de, com base nesse fenômeno físico recém descoberto, montar um dispositivo explosivo, tendo chegado a depositar uma patente de tal artefato na Grã-Bretanha.
Como judeu refugiado do nazismo na Grã-Bretanha, a possibilidade de que essa mesma idéia pudesse ser concebida na Alemanha o obcecava. Szilard tinha razão, já que isso era realmente muito provável sabendo-se que os experimentos que lhe deram origem foram feitos lá e o regime nazista contava com eminentes físicos nucleares, dentre eles Heisenberg. Com efeito, este último veio a ser o líder dos incipientes esforços nazistas nesse sentido que, entretanto, nunca chegaram nem de perto do êxito.
Szilard viajou aos EUA para convencer Einstein, já então personagem mundialmente conhecido e respeitado, dessa possibilidade. Teve êxito em convencê-lo a assinar a famosa carta Einstein-Szilard, datada de 2 de agosto de 1939, que afirmava ao Presidente Roosevelt que a arma nuclear era tecnicamente viável e incentivava os EUA a dar início imediato a um programa científico e tecnológico para desenvolvê-la.
Einstein posteriormente se arrependeu de ter assinado a carta, já que ela levou não só ao desenvolvimento, mas também ao seu uso contra populações civis. Ele justificava sua decisão ao grande perigo que havia da Alemanha Nazista ser a primeira a desenvolvê-la e à certeza de que ela a usaria quando a obtivesse.
A carta de Einstein-Szilard foi o catalisador do Projeto Manhattan, que desenvolveu e testou as primeiras armas nucleares. Obviamente esse projeto foi uma resposta a uma grave ameaça percebida. O êxito americano sobreveio com o primeiro teste, denominado “Trinity”, de um artefato de plutônio em 16 de julho de 1945.
As razões da decisão pelo uso das primeiras bombas sobre Hiroxima (artefato de urânio, em 6 de agosto de 1945) e Nagazaki (artefato de plutônio, em 9 de agosto seguinte), desenvolvidas em resposta a essa suposta ameaça que, com rendição da Alemanha em 7 de maio 1945, não se concretizou, é até hoje tema controverso.
Entretanto, um dos fatores que certamente pesou nessa decisão do presidente Trumman foi o fato de que, pouco antes dos bombardeios, a URSS ter declarado guerra ao Japão e estar se preparando para invadi-lo pelo norte, o que poderia fazer antes que os americanos o fizessem pelo sul.
Note-se que a revolução chinesa de Maozedong ainda estava na “Longa Marcha”, mas já existiam fortes indícios que poderia ser vitoriosa, como realmente o foi, ampliando em muito a ameaça de domínio comunista do extremo oriente.
Além disso, durante a Conferência de Yalta, 4-11 de fevereiro de 1945, Roosevelt sugeriu a Stalin que seu país detinha uma nova e formidável arma. Certamente a inteligência soviética sabia de mais detalhes.
Logo, a decisão de usar as bombas foi também uma resposta à ameaça dos soviéticos que, após terem assumido o controle de grande parte da Europa, pudessem fazer o mesmo no Japão. Isto tornava a rendição incondicional do Japão o mais breve possível uma máxima prioridade do governo americano.
URSS
Com efeito, os soviéticos chegaram a invadir as Ilhas Sakalina, no extremo norte do Japão, 88 dias antes do bombardeio de Hiroxima, mas a rendição incondicional que se seguiu aos bombardeios nucleares os impediu de ocupar maiores parcelas do território japonês, que foi rapidamente ocupado pelos EUA.
Obviamente, após os bombardeios nucleares sobre as cidades japonesas, os soviéticos se sentiram fortemente ameaçados pelo poderio nuclear americano e elevaram o programa de desenvolvimento de armas nucleares, que já existia de forma incipiente, a máxima prioridade nacional, envolvendo inclusive expressivas ações de espionagem nos EUA, dos quais o mais conhecido é o caso do casal Rosemberg.
A URSS obteve êxito em 29 de agosto 1949, com seu primeiro teste do artefato RDS-1 denominado “First Lightning” (Joe-1 na nomenclatura americana).
Grã-Bretanha
Os britânicos, por sua vez, se sentiram fortemente ameaçados pelas armas nucleares soviéticas, que naquela época ainda não tinham meios apropriados de lançamento para atingir os EUA. Desenvolveram, então, suas próprias, obtendo êxito em 1952, com uma série de testes realizados no sítio de Nevada, nos EUA e, finalmente, seu primeiro teste independente em 14 de outubro de 1953 (“Operation Totem”), realizado na Austrália.
Apesar da aliança com os EUA e da grande vontade política de afirmação do poder nacional, as experiências históricas britânicas com a influência da política de isolacionismo americana, e conseqüente demora dos EUA em se engajarem nas duas guerras mundiais, certamente contribuíram para amplificar a percepção da ameaça russa. O “guarda-chuva” americano de proteção não foi considerado suficiente à época.
França
Durante a primeira guerra da Indochina, em 1954, os franceses em dificuldades pediram apoio material à Grã-Bretanha para desenvolverem sua arma nuclear, em resposta à ameaça que representava o avanço das forças de Ho Chi Minh. Entretanto, esse auxílio não chegou a tempo e a França foi fragorosamente derrotada em Dien Bien Phu em 7 de maio de 1954.
Nesse mesmo ano um programa de desenvolvimento de armas nucleares foi formalmente lançado pelo presidente Mendès-France, obtendo êxito em 13 de fevereiro de 1960, com o teste “Gerboise Bleue”, no deserto da Argélia. Esse fato reafirmou a posição francesa como potência mundial após o revés indochinês. Note-se que na ocasião do teste francês, a guerra da Argélia estava em andamento e a posse da arma nuclear não impediu a derrota francesa em 1962.
China
Desde a vitória do comunista Maozedong sobre o nacionalista Chiang Kai-Shek, apoiado pelos EUA, em 1 de outubro 1949, a China passou a se sentir ameaçada pelos americanos, especialmente pelo reconhecimento do governo de Taiwan e não reconhecimento do governo comunista de Pequim. Esta situação que permaneceu até 23 de novembro de 1971, quando a China comunista assumiu o assento da China nacionalista no Conselho de Segurança da ONU.
O apoio chinês à Coréia do Norte durante a guerra da Coréia (1950-53), na qual os EUA consideraram seriamente o uso de armas nucleares e, posteriormente, ao Vietnam do Norte, durante a segunda guerra da Indochina (1962-75) fez com que as pressões americanas sobre a China se exacerbassem, incluindo um severo embargo econômico.
É célebre a frase do General McArthur, comandante militar dos EUA durante a guerra da Coréia: “não há substituto para a vitória”. Isso foi dito no contexto da proposição de uso de armas nucleares no conflito, o que não foi aceito pelo governo americano da época.
A China, à época, era o “país pária” (“rogue state”, no jargão americano recente), por excelência. Nesse contexto, a ameaça americana era percebida de forma aguda pela China. Com efeito, o país desenvolveu um programa de armas nucleares que alcançou êxito em 16 de outubro de 1964 testando o chamado “artefato 59-6” em Lop Nur, sem ajuda direta dos soviéticos.
A Rússia via com preocupação uma China nuclearizada considerando a deterioração das relações entre os dois países desde o final dos anos 50. Com efeito, o rompimento sino-soviético ocorreu, chegando a ocorrerem choques fronteiriços de março a setembro de 1969.
Israel
A independência do estado de Israel foi declarada em 14 de maio de 1948 e os estados árabes vizinhos atacaram o país no dia seguinte. Desde então, a percepção de ameaça em nada diminuiu, pelo contrário, tendo o país travado uma série de guerras subseqüentes.
Obviamente, como resposta a essa ameaça, já em 1949 os israelenses iniciaram, ainda de forma incipiente, um programa de desenvolvimento de armas nucleares. Esse programa tomou grande impulso em 1956, com a transferência de tecnologia da França, que a mesma época acelerava seu próprio programa, materializada pela venda do reator grafite-gaz plutonígeno de Dimona, que opera até hoje.
O momento exato em que o programa israelense teve êxito é controverso. Há fontes que afirmam que já durante a guerra dos seis dias, em junho de 1967, Israel possuía algumas poucas armas. Certamente após essa guerra, Israel passou a produzir em escala armas nucleares, como resposta ao aumento da ameaça.
Por razões evidentes, Israel nunca aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) de 1968.
Em 1973 a ameaça voltou a se concretizar com a Guerra do Yom Kippur, ocasião em que diversas fontes afirmam que Israel avaliou seriamente o uso de seu armamento nuclear, a chamada “Opção Sansão”, caso não tivesse detido o avanço das tropas árabes sobre seu território, muito limitado geográficamente.
Note-se aqui que o Sansão bíblico derrubou as colunas do templo sobre seus inimigos e sobre si próprio. Entretanto, seu povo não se encontrava dentro do templo. Cabe, portanto, a dúvida quanto a real possibilidade do governo de Israel “derrubar o templo” com todo sua população, locais sagrados e infraestrutura dentro dele.
Índia
Já em 1946, no momento da criação do estado indiano, seu primeiro-ministro, Nehru, num discurso histórico afirmou
“Enquanto o mundo for constituído da forma que é, cada país terá que conceber e usar os dispositivos mais modernos para sua proteção. Não tenho dúvida que Índia irá desenvolver suas pesquisas científicas e espero que os cientistas indianos utilizarão a energia atômica para fins construtivos. Mas se a Índia estiver ameaçada, ela irá inevitavelmente tentar defender-se por todos os meios à sua disposição”
Tal tipo de ameaça existia desde a criação do estado indiano, decorrente das fortes tensões geradas pela simultânea criação do Paquistão. Entretanto, foi outra ameaça a que se consubstanciou de 20 de outubro a 20 de novembro de 1962, com a eclosão da guerra contra a China por disputas fronteiriças. Esse conflito foi notável pelas condições adversas em que grande parte dos combates tiveram lugar, a altitudes de mais de 4.250 metros.
O apoio que a Índia deu ao Tibete na sublevação contra a China em 1959, chegando a dar asilo ao Dalai Lama, líder do levante, foi fator determinante desse conflito. Note-se que o Dalai Lama permanece até hoje na Índia liderando o governo tibetano no exílio, ou seja, as tensões permanecem, vide os conflitos civis que continuam se repetindo no Tibete.
Fato curioso é que a guerra sino-indiana coincidiu com a crise dos mísseis de Cuba. Esse evento histórico tem sido considerado como aquele em que a humanidade mais próximo chegou de uma guerra nuclear. Entretanto, nem russos nem americanos lançaram mão da sua “opção Sansão”, reforçando a dúvida quanto a possibilidade de em algum momento uma nação venha a decidir “derrubar o templo” sobre si mesma.
Obviamente, a Índia respondeu a ameaça chinesa e àquela decorrente das tensões com o Paquistão, que se exacerbaram após a guerra com a China, com um programa de desenvolvimento de armas nucleares que teve êxito em 18 de maio de 1974, com o teste denominado “Buda sorridente”.
Esse programa contou com a ajuda involuntária do Canadá, que transferiu a Índia um reator de água pesada com o qual foi produzido o plutônio usado no artefato. Note-se que a Índia, engajada que estava nesse programa, nunca aderiu ao TNP.
Paquistão
O Paquistão, em resposta à ameaça decorrente das tensões com a Índia e a informações que a mesma estaria próxima de obter sua arma nuclear, lançou seu programa de desenvolvimento em 1972. Em 1974, em resposta ao primeiro teste nuclear indiano, o primeiro-ministro do Paquistão, Ali Bhutto anunciou:
“Se a Índia constrói a bomba, nós comeremos grama e folhas por mil anos, mesmo ficando com fome, mas nós também construiremos a nossa. Os cristãos têm a bomba, os judeus têm a bomba e agora os hindus têm a bomba. Por que os muçulmanos não teriam a bomba?”
O programa paquistanês, evidente resposta a ameaça indiana foi impulsionado pelas atividades ilícitas do Dr. Kahn na Holanda, obtendo informações técnicas sobre as centrífugas de enriquecimento de urânio da empresa URENCO. O êxito foi demonstrado em 28 de maio de 1998, com o teste de cinco artefatos (operação Chagai I) poucas semanas após o segundo teste nuclear da Índia (operação Shakti, 11-13 de maio de 1998).
Após o êxito do programa paquistanês, o Dr. Kahn, movido por interesses comerciais próprios, criou um “mercado negro”, ofertando materiais e componentes para centrífugas de enriquecimento de urânio, com envolvimento, do lado da demanda, da Líbia, Coréia do Norte e Iran. Desmascarada sua rede de tráfico, ele chegou a ser posto sob reclusão domiciliar pelo governo paquiatanês.
África do Sul
Tendo sido proscrito pela comunidade internacional e sofrido severas sanções, além das enormes tensões raciais que gerou, o regime do “Apartheid” da África do Sul sempre se percebeu fortemente ameaçado, tanto interna como externamente. No início da década de 70, com o atabalhoado processo de descolonização de suas possessões na África levado a cabo por Portugal, que desembocou na Revolução dos Cravos de 1974 e na derrubada da ditadura Salazar, eclodiram guerras civis em Angola e Moçambique.
A África do Sul de um lado e a URSS de outro, mergulharam fundo nessas sangrentas guerras civis. As facções comunistas se impuseram e a África do Sul, portanto, se sentiu fortemente ameaçada pela propagação dessas guerras ao seu próprio território, tendo chegado a invadir o sul de Angola.
A África do Sul sofreu vários reveses frente às tropas oponentes e, considerando a importância geopolítica de seu território para a URSS, bem como as tensões raciais internas, criadas pelo próprio regime, se percebeu fortemente ameaçada.
A resposta a essa forte ameaça, como sempre ocorre com países que tenham uma razoável capacidade econômica e técnico-científica, foi acelerar o programa de desenvolvimento de armas nucleares.
O momento do êxito desse programa é incerto, mas em 1976-77 foram concluídos 2 poços profundos para testes subterrâneos, que nunca chegaram a ser usados. Em 22 de setembro de 1979 ocorreu o célebre “incidente Vela” que constituiu o teste nuclear de um pequeno artefato numa balsa flutuando ao sul do Cabo da Boa Esperança. Existem fortes evidências que esse teste foi realizado em colaboração com Israel que, por suas características geográficas não tem a menor possibilidade de realizá-los em seu território.
Em 1989, com a vitória de Nelson Mandela e queda do regime de “Apartheid”, a África do Sul desmontou seu arsenal nuclear, composto por seis artefatos, sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
À parte da mudança de regime, note-se que a percepção de ameaça tinha se extinguido com a retirada dos soviéticos das guerras civis nos países vizinhos há alguns anos.
Ucrânia, Kazaquistão e Bielo-Rússia
Em 1991 sobrevém o caso especial dos países surgidos após a dissolução da URSS que possuíam armas nucleares soviéticas em seus territórios: Ucrânia, Kazaquistão e Bielo-Rússia.
Nos dois últimos, a devolução das armas foi feita de forma relativamente simples e rápida devido às “relações íntimas” que esses países tinham e continuam mantendo com a Rússia, de onde eles não percebem nenhuma ameaça.
O caso da Ucrânia é mais complexo. Apesar de compartilharem uma história comum com a Rússia (a palavra “Rússia” se origina do nome do rio Rus, que fica na Ucrânia), as duas regiões, apesar de irmanadas, acumularam tensões desde o final do Império Russo, passando pela Revolução de Outubro e pelas duas guerras mundiais.
Pelo menos na parte ocidental e sul da Ucrânia, com maior influência européia, existe uma percepção difusa de que os Russos poderiam ser uma ameaça a partir do momento que o país se tornou independente pela primeira vez na sua história.
Havia, portanto, forças políticas internas que desejavam que as armas passassem a ser propriedade da Ucrânia. Após árduo processo de negociação, as armas foram devolvidas, mas tendo a Rússia dado contrapartidas econômicas (dentre elas a garantia de fornecimento de combustível para as usinas nucleares ucranianas) e políticas (garantias de não-agressão).
Isto significa que, dissipada, ou pelos menos muito reduzida, a percepção de ameaça, os ucranianos abriram mão das armas nucleares, assim como os sul-africanos.
Talvez, se a Rússia e o resto da comunidade internacional tivessem exercido fortes pressões sobre a Ucrânia, com sanções e toda a receita habitual, o processo de desarmamento nuclear não tivesse ocorrido. Isso seria viável na medida em que, diferentemente do Kazaquistão e Bielo-Rússia, na Ucrânia existia capacidade técnica e infraestrutura industrial para manter e mesmo desenvolver esse arsenal.
Líbia
Por diversas razões, mas principalmente pelo apoio explícito de Muhamar Kadafi ao terrorismo, as potências ocidentais exerceram forte pressão política sobre a Líbia, também com sanções e toda a receita habitual. Os EUA chegaram a posicionar uma força-tarefa na costa do país e executar ações de bombardeio naval e aéreo de sua capital, uma delas causando a morte do próprio filho de Kadafi.
As tentativas mal sucedidas de desenvolvimento de armas nucleares pela Líbia foram, portanto, uma clara resposta a essas ameaças. Sem infraestrutura técnico-científica adequada, a Líbia baseou seu programa na rede de tráfico de equipamentos criada pelo paquistanês Dr. Kahn, tendo sido desmascarada pela apreensão de cargas suspeitas em navio apreendido no Mediterrâneo.
Após esse evento, negociações com os EUA, que certamente reduziram a percepção de ameaça, fizeram Kadafi abandonar seu programa, que tinha muito poucas chances de êxito, em 2003.
Iraque
Em 1975, Saddam Hussein, então Vice-Presidente do Iraque, na mesma linha da declaração do Presidente Paquistanês Ali Bhutto, declarou que a compra do Reator de Pesquisa Osirak na França, com capacidade de produzir plutônio adequado à produção de armas nucleares (“weapon grade”), era o primeiro passo para se chegar à “bomba islâmica”. Só se pode especular se essa afirmação era uma fanfarronice ou o lançamento de um real programa de desenvolvimento de armas nucleares.
O fato é que o reator foi construído em 1977 e, em 1980, eclodiu a guerra Iran-Iraque, que se arrastou até 1988. Em 1980, os iranianos atacaram Osirak infligindo alguns danos. Em 1981 os israelenses o destruíram com um ataque aéreo pouco antes de ser feito o carregamento do seu primeiro núcleo de combustível nuclear.
A guerra com o Iran terminou em 1988 sem um vencedor, mas com enormes prejuízos humanos e materiais para ambos os lados e sem terem sido resolvidas as questões que lhe deram origem. Terminada a guerra, a percepção de ameaça ao país era clara e o Iraque lançou com forte ímpeto um programa de desenvolvimento de armas nucleares.
Em 1990, o Iraque invadiu o Koweit, dando início à primeira Guerra do Golfo. Derrotado pela coalizão que se formou, o Iraque foi submetido a inúmeras sanções impostas pela ONU, com severas conseqüências econômicas e sociais para a população do país. A ONU impôs também a busca e destruição de toda a capacidade nuclear que existia no país.
Isto foi feito até 1998, período em que os inspetores da ONU encontraram diversas instalações que demonstravam a existência de um programa relativamente avançado, quando o Iraque cessou toda cooperação com a ONU.
Em 2003 o Iraque foi invadido por tropas americanas e britânicas e sua ocupação permanece até o momento. Essa chamada segunda campanha no Golfo foi motivada pela “guerra ao terror” deflagrada pelo governo Bush após o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, com a intenção de interromper um suposto programa de desenvolvimento de armas nucleares que teria renascido após 1998. Nenhum indício de tal renascimento foi efetivamente encontrado.
Sob a ressalva da real intenção de produzir armas nucleares por meio do plutônio produzido pelo reator Osirak, o programa de desenvolvimento de armas nucleares lançado pelo Iraque após a guerra com o Iran pode ser atribuído à percepção de ameaça existente no Iraque com relação a Israel e Iran. As severas sanções impostas ao Iraque depois da primeira guerra do Golfo, entretanto, parecem não terem motivado um renascimento do programa após 1998, talvez devido à absoluta carência de recursos.
Cabe aqui ressaltar que o Iraque de Saddam Hussein não tinha armas nucleares graças aos controles da AIEA impostos após a primeira guerra do Golfo. Não estava desestabilizando a região nem o mundo e a intervenção militar de 2003, liderada pelos EUA, foi feita unilateralmente, sobre aplauso ou silêncio da comunidade internacional, com uma justificativa não fundamentada.
A segunda guerra do Golfo criou novas tensões que ainda não encontraram adequado encaminhamento e, principalmente, amplificou a percepção de ameaça percebida pelos países da região, em especial o Iran.
Coréia do Norte
O espetacular surto de desenvolvimento que levou a Coréia do Sul de uma condição de país mais pobre do que o Brasil e do que a própria Coréia do Norte na década de 60, a país desenvolvido hoje, certamente fez nascer no seu vizinho do norte uma percepção de ameaça, amplificada pela decadência que ele sofreu no mesmo período. A queda do muro de Berlin em 1989 induzia uma quase certeza de que o “muro” do paralelo 38 cairia em seguida, por razões bastante semelhantes.
Essa ameaça levou o regime de Pyongyang a promover um programa de desenvolvimento de armas nucleares que foi interrompido em 21 de outubro de 1994, após o “Agreed Framework” firmado com o governo Clinton. Esse acordo previa uma série de compensações à Coréia do Norte, dentre as quais a construção de duas usinas nucleares PWR para geração de energia elétrica em troca do descomissionamento de reator plutonígeno grafite-gás de Yongbyon.
O acordo, entretanto, não foi plenamente cumprido pelos americanos e sul-coreanos e, como conseqüência, a Coréia do Norte retirou-se do TNP em 2003 e, em 9 de outubro de 2006, anunciou ter realizado com êxito seu primeiro teste nuclear. Esse teste, segundo análises da inteligência ocidental, não teve pleno êxito e, em 25 de maio de 2009, foi realizado um segundo teste com sucesso.
Ao fracasso do “Agreed Framework” podem ser imputadas várias razões. Entretanto, certamente muito contribuiu o interesse que americanos e sul-coreanos têm na unificação da península, nos mesmos moldes da Alemanha, faz com que qualquer auxílio político e econômico seja visto como uma contribuição à continuidade do regime comunista do norte, o que seria contrário ao objetivo maior de uma Coréia unida sob égide do sul.
O regime norte-coreano parece essencialmente envolvido em um processo de extorsão de ajuda e reconhecimento externo visando sua perpetuação num contexto político, econômico e social que lhe é totalmente desfavorável. É claro que a “dinastia Kim” sabe que o uso de suas armas, de eficácia duvidosa, representaria o fim do regime, exatamente o que ele não quer.
Uma política viável em relação a isso seria reduzir o nível de ameaça e esperar enquanto ele continua tentando obter contrapartidas políticas e econômicas da comunidade internacional, em especial os EUA e a Coréia do Sul. Isso certamente é melhor do que conduzir políticas de sanções e pressão que somente aumentam a grande miséria em que vive o povo da Coréia do Norte, com pouco ou nenhum efeito sobre seu regime.
Iran
A teocracia do Iran desde seu estabelecimento se sentiu fortemente ameaçado pelos EUA. Os americanos davam todo apoio ao regime do Xá Reza Pahlevi, criado após a derrubada do regime nacionalista de Mossadegh, promovida pelas potências ocidentais, lideradas pela Grã-Bretanha. Os EUA se envolveram firmemente na resistência do Xá à chamada “revolução verde” islâmica, liderada pelo Aiatolá Komeini, sem sucesso.
Vitoriosa a revolução, se seguiram uma série de crises entre o Iran e os EUA, dentre as quais se destaca a malfadada tentativa de resgate de reféns americanos durante o governo Carter. Esse evento certamente ficou gravado na psique da sociedade americana, que até hoje requer um desagravo.
À ameaça americana, se somou a ameaça iraquiana, já que após o cessar-fogo da guerra que travaram os dois países, era conhecido o empenho de Saddam Hussein em obter a arma nuclear. A segunda guerra do Golfo, em 2003, com a invasão e ocupação do Iraque, precedida pela invasão e ocupação do Afganistão, países que fazem fronteira respectivamente a oeste e a leste com Iran, amplificaram em muito a ameaça percebida pelo regime islâmico do Iran.
A resposta a essa ameaça ampliada foi acelerar o programa de desenvolvimento da tecnologia de enriquecimento de urânio, tornando-o máxima prioridade nacional. Entretanto, diferentemente da Coréia do Norte, o Iran sempre afirmou que esse programa é para fins pacíficos, considerando que o país tem um programa de implantação de usinas nucleares em parceria com a Rússia.
A mais alta autoridade religiosa do Iran, o aiatolá Khamenei, chegou até mesmo a afirmar que as armas nucleares contrariam os preceitos da religião muçulmana, uma postura oposta às declarações anteriores de Ali Bhutto e Saddam Hussein. Note-se, entretanto, que nenhum desses dois políticos eram autoridades religiosas.
Adicionalmente, o Diretor Geral da AIEA, Yukiya Amano, empossado em dezembro de 2009, declarou não existirem nos documentos oficiais da Agência nenhuma evidência de que o Iran estivesse buscando a capacitação para desenvolver armas nucleares.
Uma análise serena do caso indica que, muito provavelmente, o governo iraniano pretende cumprir suas promessas de uso pacífico. Entretanto, o Iran certamente busca a capacitação na produção do material nuclear que, potencialmente, poderia ser produzido para fabricação de um artefato. Parece, porém, que seria muito pouco provável o Iran tomar a decisão de realmente produzir esse material, pelo menos no curto e médio prazo, já que isso certamente implicaria na queda do seu próprio regime islâmico, dada a fortíssima e justificada reação internacional que sobreviria.
Possivelmente o Iran quer ascender à posição de “ser capaz de”, similar à posição dos demais países que dominam a tecnologia de enriquecimento de urânio sem possuírem, nem almejarem possuir armas nucleares. Isto por si só já representa um efeito de dissuasão real, ainda que limitado, face às ameaças percebidas.
A AIEA propôs ao Iran uma troca de suas cerca de 1,8 toneladas de urânio enriquecido a nível compatível com o uso em usinas nucleares (cerca de 3,5%) pelo combustível nuclear para seu reator de pesquisas e produção de radiosótopos (dentre eles aqueles de uso na medicina), enriquecido a 20%. O enriquecimento seria feito na Rússia e o combustível fabricado na França. O Iran rejeitou a proposta e anunciou dar inicio ao enriquecimento a 20% nas suas instalações.
Face à intransigência do Iran, a comunidade internacional liderada pelos EUA segue no momento a receita usual de aumentar o nível de ameaça ao Iran brandindo sanções e toda sorte de pressões políticas.
Esse aumento no nível de ameaça, se corretamente dosado, pode levar o Iran a retornar às negociações sobre a proposta da AIEA, podendo se chegar a condições aceitáveis para as ambas as partes.
Note-se que o Brasil é o único país não nuclearmente armado que já produziu urânio a 20% sob salvaguardas abrangentes da AIEA. Este urânio foi usado para fabricação do combustível do reator IEA-R1 do IPEN, em São Paulo, similar ao reator iraniano.
Entretanto, um aumento no nível da ameaça acima da dose correta, com severas sanções e pressões podendo chegar ao paroxismo de uma ação militar contra as instalações nucleares iranianas, certamente estimularia muito o governo iraniano a mudar de posição, não cumprindo as inúmeras promessas feitas de usos pacíficos de suas unidades de enriquecimento.
Cabe, porem, ressalvar que a postura dura patrocinada pelos EUA possivelmente sofre a influência do objetivo maior de descontinuar o apoio material e financeiro que o regime islâmico fornece às facções palestinas que mantêm sob pressão constante o estado de Israel, o que tem impedido novos acordos de paz no Oriente Médio, justamente tão desejada por toda a humanidade.
Conclusões
A aplicação de diplomacia para redução do nível de ameaça percebido pelos potenciais proliferantes, incluindo medidas políticas, econômicas e sociais compensatórias, no esforço de dissuadir esses países de continuar os seus programas de desenvolvimento de armas nucleares, já demonstrou ser útil para solução de crises de proliferação nuclear.
Analisando os casos históricos, tudo faz crer que uma abordagem negociada, como a adotada no caso da Ucrânia, seria muito mais eficaz, evitando os danos que as eventuais sanções poderão causar ao povo dos países a elas submetido.
Essa abordagem foi adotada pelo governo Clinton face da Coréia do Norte em 1994, não tendo obtido os resultados esperados porque os acordos não foram efetivamente cumpridos pelos americanos e sul-
coreanos, justamente influenciados pelo seu objetivo maior que seria a unificação da península.
Um processo de negociação do abandono de programas de desenvolvimento de armas nucleares que considere a redução do nível de ameaça percebido, com medidas econômicas e sociais compensatórias pode ser visto como uma ação humanitária em favor da população dos países proliferantes, em geral muito carentes.
O desafio que a comunidade internacional enfrenta é o de estabelecer estratégias de dissuasão e de contenção de países potencialmente proliferantes estruturadas e evitar a tentação de revidar impensadamente sob motivação do medo exagerado ou de “objetivos maiores” não explicitamente declarados.
Embora a não-proliferação nuclear deva ter uma alta prioridade política, ela deveria ser resolvida com soluções de compromisso que evitem políticas que possam levar à morte de dezenas ou centenas ou milhares de pessoas sob o jugo de sanções.
Bibliografia
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Gold, Dore, The Rise of Nuclear Iran: How Teheran Defies the West, Regnery Publishing, Washington, EUA, 2009

TINHA QUE APARECER UMA DESEMBARGADORA....É A FORÇA DO PODER DITATORIAL.

 

A Desembargadora Sérgia Miranda, do Tribunal de Justiça do Ceará, acatou o pedido da Procuradoria Geral do Estado, e determinou o imediato retorno dos Policiais Militares e Bombeiros Militares ao trabalho.

Segundo a desembargadora todos os bens do estado, devem ser reintegrados. Caso a ordem seja descumprida, cada militar deve pagar R$ 500 diários e cada associação R$ 15 mil.

DO BLOG - Uma pena que a JUSTIÇA só enxerque um lado. É o braço curto da bondade em favor do poder vigente. Tudo feito na MARRA, sem nenhum respeito aos trabalhadores. NOTA ZERO para essa DESEMBARGADORA, que nunca foi eleita e muito menos concursada para a função do cargo que exerce...

O Cargo de desembargador(a) é função indicada pelo Governador do Estado, infelizmente é assim que funciona.

Do Blog do Bené Fernandes

Reservas internacionais crescem 22% em 2011 e atingem US$ 352 bilhões

 

 

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Banco Central (BC) divulgou hoje (2) que as reservas internacionais brasileiras encerraram o ano passado com o volume recorde de US$ 352,012 bilhões, ou US$ 63,437 bilhões a mais que os US$ 288,585 bilhões registrados no final de 2010.

Houve, portanto, um crescimento de 21,98% em 2011, como decorrência, em grande parte, das compras feitas pelo BC no mercado à vista de câmbio para conter a desvalorização da moeda norte-americana. Notadamente no primeiro semestre do ano, quando a forte entrada de dólares no mercado interno levou o banco a fazer intervenções quase diárias.

Isso, apesar da adoção de medidas para dificultar a especulação financeira de investidores estrangeiros, como o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas negociações de curto e médio prazos, bem como nos empréstimos tomados por brasileiros lá fora.

Mesmo assim, o dólar atingiu cotação mínima de R$ 1,54 em 2011, no dia 26 de julho, fazendo com que o governo baixasse, no mesmo dia, a Medida Provisória 539, que autorizava o Conselho Monetário Nacional (CMN) a estabelecer condições específicas. Dentre elas, a cobrança de até 25% do valor da operação com títulos ou valores mobiliários que envolva derivativos de outros ativos financeiros.

Além do maior custo financeiro nas aplicações externas, o movimento especulativo com dólar começou a perder força depois que o BC inverteu, no final de agosto, o processo de política monetária. A taxa básica de juros (Selic), em alta nos sete primeiros meses do ano, caiu, então, de 12,5% para 12% ao ano.

A redução da Selic, reprisada nas duas reuniões seguintes do Comitê de Política Monetária (Copom), fez com que a taxa básica de juros encerrasse o ano em 11%. A mudança na política monetária e as medidas de encarecimento das operações externas fizeram com que a cotação do dólar começasse a se recuperar, e em outubro o BC abandonou as intervenções diárias no mercado de câmbio.

Balança comercial teve superávit de US$ 29,8 bilhões em 2011

 

 

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 29,79 bilhões em 2011. O resultado é o maior desde 2007, segundo dados divulgados hoje (2) pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. O saldo foi 47,8% superior ao registrado em 2010.

De janeiro a dezembro do ano passado, as exportações somaram US$ 256 bilhões. O valor é 26,8% maior que o registrado no mesmo período de 2010. As importações no período foram recordes, somando US$ 226 bilhões, aumento 24,5% ante o mesmo período do ano anterior.

Nos 251 dias úteis do ano passado, as exportações ficaram em US$ 256,041 bilhões, com média diária de US$ 1,02 bilhão. As importações totalizaram US$ 226,251 bilhões, com média por dia útil de US$ 901,4 milhões.

No mês de dezembro, as vendas externas alcançaram US$ 22,129 bilhões, valor recorde para os meses de dezembro. O mesmo ocorreu com as importações que totalizaram US$ 18,312 bilhões. Mesmo com os números positivos para os meses analisados, houve recuo de 7,6% e 21,4%, respectivamente, frente os resultados analisados em novembro.

Segundo a secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o decréscimo é atribuído ao momento econômico de incertezas em relação à crise econômica. “Foi um mês importante para exportações e importações, e para o comércio exterior brasileiro. Destacamos queda no ritmo de exportações quando comparado a novembro é reflexo do cenário internacional”.

Edição: Rivadavia Severo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Energia do Morgado para o Brasil

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Ontem estive na Praia de Morgado no Distrito de Aranaú, no município de Acaraú-CE, um parque eólico com 19 torres com cata-ventos girando sem parar. Segundo informações conseguidas no local, tudo isto pertence a empresários argentinos que produzem 28 megawatts de energia que é vendida direto para a CHESF

Salário mínimo de R$ 622 acumula ganho real de 66% desde 2002, calcula Dieese

 

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que desde 2002 o salário mínimo teve crescimento nominal de 211%, saltando de R$ 200 para os R$ 622 a partir de hoje. Descontada a inflação do período, o ganho real foi 65,96%.

O percentual de aumento real de 2012 (9,2%) é o segundo maior na última década, graças a Lei nº 12.382/2011 que prevê a restituição da perda da inflação no ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apurado no penúltimo ano pelo IBGE. Nota técnica do Dieese estima que o novo mínimo é “o maior valor real da série das médias anuais desde 1984”. O departamento também calcula que com o novo mínimo será possível comprar 2,25 cestas básicas, a maior proporção desde 1979.

Segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado pelo salário mínimo. O maior grupo está entre os beneficiários da Previdência Social (19,7 milhões de segurados); seguidos de empregados (12,8 milhões de trabalhadores); trabalhadores por conta própria (8,7 milhões de pessoas) e mais de cinco milhões de empregados domésticos. O reajuste deverá irrigar a economia com R$ 47 bilhões mensais e gerar R$ 22,9 bilhões de incremento na arrecadação tributária.

Cada real acrescido no salário mínimo tem impacto de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. O peso na massa de benefícios é 46% das contas da Previdência. Cerca de 68% do total de seus beneficiários terão o reajuste.

A legislação do salário mínimo estabelece que além do valor mensal, o governo estabeleça valores correspondentes ao pagamento diário e por hora relativos ao mínimo. Assim, o trabalhador receberá R$ 20,73 por dia trabalhado ou R$ 2,83 por hora.

Edição: Rivadavia Severo

Réveillon no Ceará com sete mortos e 22 feridos nas estradas

“As Polícias Rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE) registraram 24 acidentes, que deixaram 22 pessoas feridas e sete mortes nas estradas cearenses, neste fim de semana de Réveillon. Os acidentes mais graves ocorreram nas rodovias estaduais, onde foram registradas seis mortes, segundo a PRE.

Ao todo, entre sábado e as 20 horas de ontem, o órgão contabilizou nove acidentes, com seis mortes e oito pessoas feridas. Na manhã de ontem, uma colisão entre um carro e uma motocicleta foi registrada na CE-162, em Paraipaba, a 93 quilômetros de Fortaleza. O passageiro do carro, José Pereira Carneiro, de 87 anos, morreu no local.

No sábado, 31, por volta de 4 horas da madrugada, dois motociclistas morreram ao colidirem frontalmente, no quilômetro 27 da CE-356, em Baturité, distante 93 quilômetros da Capital. Segundo a PRE, morreram Francisco Sérgio Galdino dos Santos, 36, e Bruno Wesley da Silva Gonçalves, 17 anos. Este último, de acordo com a Polícia, não usava capacete e não possuía habilitação.

Em Canindé, o capotamento de um veículo, por volta das 8h30min, deixou morto o motorista José Rodrigues da Silva, 52. O acidente aconteceu na CE-257. Já em Quixadá, no Sertão Central, por volta de 11h20min de ontem, Sérgio Isaac do Nascimento de Sousa morreu vítima de atropelamento. O acidente aconteceu no km 153 da CE-256. Segundo a PRE, o condutor que teria atropelado a vítima fugiu do local do acidente.

Estradas federais

Nas BRs que cortam o Ceará, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 15 acidentes, com 14 feridos, até a noite de ontem. Uma morte foi registrada, na tarde de ontem, no quilômetro 193 da BR-116, em Limoeiro do Norte. Daniela Moura Campelo, passageira de um veículo que colidiu lateralmente com outro carro, morreu no local.”

(O POVO)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Governador Cid Gomes decreta situação de emergência

O governador Cid Gomes, conforme o artigo 88, inciso XIX, da Constituição Estadual, e considerando a situação de anormalidade e instabilidade institucional face o cometimento de crimes e infrações disciplinares por militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, decretou situação de emergência em todo o Ceará. O Decreto n° 30.799 foi assinado na última sexta-feira (30) tem efeito imediato e já foi publicado no Diário Oficial do Ceará. O estado de emergência permite mais agilidade e flexibilidade para que o Estado possa agir para garantir a segurança da população.
"Fica decretada situação de emergência em todo o território do Estado do Ceará, para todos os fins necessários e úteis ao atendimento da situação emergencial e ao restabelecimento do estado de normalidade e proteção da integridade e tranquilidade da sociedade cearense", diz o decreto.
Entre as medidas de emergência estão o reforço da Força Nacional de Segurança, Exército Brasileiro e a cessão (empréstimo) de 159 veículos recém-adquiridos para uso da segurança. Esses carros são da Secretaria da Saúde do Estado e seriam repassados para municípios na próxima Terça-feira (3), para serviços básicos de saúde. Acabada a situação de emergência os veículos serão entregues.
31.12.2011
Coordenadora de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil
comunicacao@casacivil.ce.gov.br

Sistema identifica traseiro do condutor para evitar roubo de carros

 

 

foto DR

Sistema identifica traseiro do condutor para evitar roubo de carros

Dispositivo analisa os contornos e a forma das nádegas do condutor e a pressão que exerce sobre o banco

Investigadores japoneses do Instituto Avançado de Tecnologia Industrial estão a desenvolver um sistema que evite o roubo de veículos através do reconhecimento do traseiro do condutor habitual.

De acordo com o jornal espanhol La Vanguarda, o invento identifica a pessoa que se senta no banco do condutor, que está dotado de 360 sensores ligados a um computador que, com esses dados, constrói um mapa do traseiro do indivíduo em causa.

Se o mapa não coincidir com o padrão do traseiro do condutor habitual, o computador acionará um alarme.

Este dispositivo analisa os contornos e a forma das nádegas do condutor e a pressão que exerce sobre o banco. Os inventores deste novo sistema, que querem coloca-ló à venda dentro de poucos anos, garantem que o grau de fiabilidade é de 98%.

Segundo a equipa de investigadores, liderada por Shigeomi Koshimizu, este sistema tem menos inconvenientes e menos stress do que outras medidas de segurança biométricas, como os leitores de impressões digitais e os scanners de pupilas oculares.

O invento tem provocado muita curiosidade na Internet, onde têm sido colocadas várias dúvidas. Como a de saber o que acontece se o condutor habitual ganhar ou perder peso ou se será possível desligar o sistema quando o veículo é emprestado a terceiros.