Agentes estão cumprindo 25 mandados de busca e apreensão e três
de prisão preventiva nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais
(Foto: ABr)
247 - A
Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (30) a 22ª fase da
Operação Lesa Pátria com o objetivo de identificar os responsáveis pelo
financiamento e estímulo aos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando
manifestantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram
as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a PF, os agentes estão cumprindo 25 mandados de busca e
apreensão e três de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal
Federal, nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais. A
indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados também foi
determinada. A estimativa é que os danos ao patrimônio público cheguem a
R$ 40 milhões.
Os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação
criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização
de bem especialmente protegido.
Indicado pelo PP para o Ministério do Esporte, André Fufuca é
investigado pela PF no Maranhão por compra de votos na eleição de 2018,
quando foi reeleito deputado federal
André Fufuca (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Mateus Coutinho, Brasil de Fato
- Indicado do PP para o Ministério do Esporte do governo Lula em meio a
uma pressão do presidente da Câmara Arthur Lira (AL) e do centrão para
aumentar o espaço na Esplanada dos Ministérios, André Fufuca é
investigado pela Polícia Federal (PF) no Maranhão por compra de votos na
eleição de 2018, quando foi reeleito deputado federal pelo partido no
estado.
O Brasil de Fato teve acesso ao inquérito, que a PF pediu para ser
prorrogado por mais 90 dias no último dia 16 de novembro para poder
ouvir mais oito pessoas que mantiveram contato com os suspeitos de
comprar votos nas vésperas da eleição. Os documentos mostram, segundo a
Polícia Federal, que anos antes de Fufuca cogitar virar ministro dos
Esportes, já havia apoiador dele negociando chuteira de futebol em troca
de voto.
Além disso, a investigação inclui um episódio envolvendo apoiadores
do hoje ministro escondendo sacola de dinheiro em um bueiro ao ver os
agentes da PF chegando ao local onde estaria ocorrendo a compra de
votos, e até foto de um empresário com uma montanha de dinheiro a dois
dias da eleição em 2018. No dia seguinte, o mesmo empresário, que tinha
contato direto com Fufuca, indicou em troca de mensagens que o então
candidato teria "soltado dinheiro".
Procurado sobre o episódio, o Ministério do Esporte informou que "o
ministro André Fufuca não compactua com qualquer ato ilícito, não é
responsável por ação de terceiros e confia que a justiça vai esclarecer
todos os fatos".
'Bolos de dinheiro na churrascaria' - A investigação que
envolve o hoje ministro dos Esportes começou em Santa Luzia, município
do interior do Maranhão com população de 57 mil habitantes, localizado a
cerca de 300 km da capital São Luis. Naquele ano, Fufuca foi o segundo
candidato a deputado federal mais votado no município, com 4.325 votos.
Considerando sua votação total em 2018, a cidade foi a quinta onde ele
mais obteve apoio.
Mas segundo a investigação da Polícia Federal, o bom desempenho pode estar ligado à compra de votos.
As suspeitas surgiram durante uma ronda de rotina da Polícia Federal
na noite antes do primeiro turno das eleições daquele ano, em 6 de
outubro de 2018. Na ocasião, a equipe que estava na cidade recebeu
denúncia feita por um morador ao delegado da Polícia Civil local de que
apoiadores de André Fufuca estariam aglomerados em uma churrascaria com
bolos de dinheiro para comprar votos.
A equipe da Polícia Federal, então, foi até duas churrascarias do
município e, em uma delas, encontrou uma aglomeração de carros com
adesivos da campanha de Fufuca e apoiadores do deputado. No local,
também estava o vice-prefeito do município, Juscelino da Cruz Filgueira
Junior, com um maço de dinheiro na mão que, segundo ele, seria de
apostas.
"Num primeiro momento, houve perfeita coincidência entre a
aglomeração de pessoas vinculadas à campanha do Deputado Federal André
Fufuca numa churrascaria, conforme narrado na denúncia, contudo não
havia naquele momento, elementos suficientes para a caracterização de
crime eleitoral", afirmou o delegado Wedson Cajé Lopes no relatório que
encaminhou à Justiça Eleitoral para pedir a abertura do inquérito.
Sacola de dinheiro no bueiro - Os policiais, então, seguiram
nas buscas e, utilizando um veículo descaracterizado, encontraram uma
casa às margens de uma rodovia que dá acesso à cidade. Lá, se depararam
com o movimento de cinco veículos com adesivos de Fufuca e pessoas
entrando e saindo da residência. Foi acionada, então, uma viatura da PF
que estava fazendo ronda. Quando ela chegou ao local, foram
identificados três suspeitos que estavam guardando em uma caminhonete em
frente à residência uma caixa com material de campanha de Fufuca.
Um deles chegou a esconder um saco de dinheiro em um bueiro próximo
ao ver a PF se aproximando. O material, porém, acabou sendo descoberto
pelos agentes, que revistaram também a caminhonete. Na sacola, estavam
R$ 5.850 em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 e, na caminhonete, estava uma
caixa de papelão com santinhos de Fufuca que foi apreendida junto com o
dinheiro e os celulares dos três suspeitos.
A dona da casa, Vanda Maria da Silva, por sua vez, afirmou aos
policiais que as pessoas que foram a sua residência eram amigos que
estariam lá pelo seu aniversário. A PF solicitou o documento de
identidade dela e viu que o aniversário era em maio. Confrontada com a
informação, ela pediu desculpas pela mentira e os agentes decidiram
levar os três homens suspeitos para depor. Como não havia delegacia da
PF na cidade, eles foram todos levados para o fórum da Justiça estadual
no município, que estava funcionando como um cartório itinerante da
Justiça Eleitoral naquele período de eleição.
Lá, os três suspeitos prestaram depoimento: um empresário do ramo de
eventos, Marcus Vinicius Oliveira Sales, um dono de uma loja de carros,
Francisco Vieira da Silva, e seu filho, Caio Rubens Vieira da Silva. De
acordo com prestação de contas da campanha de Fufuca à Justiça
Eleitoral, nenhum deles trabalhou para a campanha do então deputado
naquele ano e somente Caio trabalhou, oficialmente, na campanha de
Fufuca em 2022, serviço pelo qual recebeu R$ 10 mil. Os depoimentos e os
conteúdos encontrados no celular dos três indicam que eles teriam
atuado sim para Fufuca e outros políticos em 2018.
Um dos depoimentos mais importantes foi o do empresário do ramo de
eventos Marcus Vinícius Oliveira Sales, que é do município de Santa
Inês, o mesmo onde nasceu Fufuca. Ele afirmou que o dinheiro apreendido
era de sua atividade de "promotor de evento" para pagar bandas que
teriam sido contratadas. Ele disse que havia recebido uma parte da
verba, cerca de R$ 2,4 mil, de um secretário do município de Governador
Newton Belo, também do interior do Maranhão, para pagar uma banda para
um show que estaria previsto. Ele, porém, negou ter contrato com a
prefeitura para o suposto show e disse que havia transferido o valor
para a banda naquele mesmo dia.
Ele disse ainda que outra parte do valor, cerca de R$ 2 mil, eram
referentes à "sangria de caixa" - retirada não programada - da venda
de um outro show que iria acontecer. Na versão do empresário, a venda
foi feita por uma farmácia que pertencia a sua sogra e que teria um
caixa separado para a venda de ingressos do show. Ele afirmou ainda ter
pedido para um outro suspeito, Caio Rubens Vieira da Silva, na época com
18 anos, esconder o pacote "porque tinha receio de que a Polícia
pensasse que se tratava de valores para a compra de votos".
'To aqui em Santa Luzia atrás de voto' - Dos três suspeitos,
foi no celular de Marcus Sales que a Polícia Federal encontrou o
telefone de André Fufuca na agenda e até uma conversa direta entre ele e
o então parlamentar, além de um conjunto de conversas com outros
interlocutores em que o assunto compra de votos era tratado abertamente.
Na conversa com Fufuca pelo aplicativo Whatsapp em 12 de setembro
daquele ano, registrada no relatório da Polícia Federal, Marcus Sales
pede "material de divulgação" ao parlamentar e afirma que gostaria de
uma "ajuda" do deputado para um bloco dele, no município de Santa Inês,
no ano seguinte: "Bom dia André, manda ai as artes suas amigo. Eu não
quero nada de você, nem se preocupe, só quero que ano que vem você me
ajude no meu bloco em Santa Inês. Em janeiro".
Fufuca responde: "Vou mandar amigo. Quer quais?". "Todas, pode mandar
ai pra ficar postando", responde o empresário que é seguido pelo
deputado concordando com o pedido "Blz(sic). Obrigado".
"Fazer um adesivaço (sic) aqui seria bom também. Mas vamos pra cima
que vai dar certo", seguiu o empresário, que tem uma firma de realização
de eventos e não aparece nas prestações de conta de campanha de Fufuca,
seja em 2018 ou em 2022.
No dia 6 de outubro, um dia antes do primeiro turno da eleição
naquele ano, Marcus Sales encaminha um print de fotos para o deputado e
afirma: "Bora espocar(sic) essas urnas". A mensagem foi encaminhada às
16h47 e ficou sem resposta.
Mas às 22h34 daquele dia, Fufuca encaminha a seguinte mensagem para o
empresário: "Amanhã conto com seu empenho, vamos a vitória, com fé em
deus". Sales, que em pouco tempo depois iria ser abordado pela PF
respondeu: "Tamo junto. To aqui em Santa Luzia com Ló atrás de voto".
"Ló" era o apelido de Francisco Vieira, que foi flagrado pela PF junto
com Caio e Marcus.
'Conferindo dinheiro pra comprar voto' - Em paralelo às
conversas com o deputado que tentava a reeleição, a PF localizou uma
série de mensagens, tanto em conversas individuais de Marcus com outros
interlocutores, quanto em um grupo de Whatsapp intitulado "Os Lindos",
usado por ele e outras pessoas que a PF está buscando identificar, em
que a compra de votos é tratada abertamente.
No grupo "Os Lindos" um interlocutor identificado na agenda de Marcus
como "Bruno" chega a enviar, no dia 5 de outubro, uma foto do
empresário em uma mesa com um bolo de dinheiro e fala sobre compra de
votos. "Foto iá vazou sio(si). Taxinha conferindo dinheiro pra comprar
voto". Ao que Marcus comenta: "Tem ali que foi 100 mil". Para a PF
"Taxinha" seria um dos apelidos dados a Marcus Sales pelo grupo.
A reportagem entrou em contato com o telefone do interlocutor
identificado somente como Bruno. Uma pessoa que se identificou como
Bruno atendeu, disse que conhece Marcus Sales e, ao ser confrontado com
as mensagens presentes no relatório da PF, disse que se tratou de uma
brincadeira. "Você acha que se fosse sério iríamos compartilhar?". A
"brincadeira" toda ocorreu a dois dias do primeiro turno das eleições
naquele ano.
A conversas polêmicas seguiram no dia seguinte, dentro do grupo e em
trocas de mensagens com outros interlocutores. Às 16h49 do dia 6 de
outubro, véspera da votação, Marcus Sales tem uma conversa direta no
Whatsapp somente com outro interlocutor, identificado na agenda como
"Careca": "André Fufuca vai espocar (sic) essas urnas. O homem tá com o
doido (sic)", afirma Sales, ao que Careca responde com uma pergunta:
"Soltou o dinheiro?". E a resposta de Sales é curta: "Demais".
Na sequência, Careca ainda comenta: "Josimar também deve ter soltado.
Comprando votos por ai". A PF não faz nenhuma análise específica sobre o
nome de Josimar, mas, naquele ano, o deputado federal eleito com mais
votos no estado do Maranhão foi Josimar Maranhãozinho, na época do PR e
atualmente filiado ao PL e que responde a outros inquéritos no Supremo
Tribunal Federal (STF). Formalmente o parlamentar não aparece como
investigado neste inquérito da PF sobre compra de votos e, procurada, a
defesa de Josimar informou que o parlamentar "desconhece completamente
os fatos e as pessoas mencionadas".
Naquele mesmo dia, o grupo "Os Lindos" seguiu com conversas sobre
compra de votos. As 10h13 da manhã, Marcus Sales encaminha uma foto
segurando um santinho de Fufuca, ao que Careca responde comentando com
uma mensagem de áudio: "MS hoje compra voto pra Fufuca". O relatório da
PF não explica como continua a conversa.
Mais tarde, às 18h45 daquele dia, pouco tempo antes de Marcus Sales
pedir para Caio esconder um saco de dinheiro em um bueiro, Careca
pergunta no grupo: "Já comprou uns 100 primo?". De acordo com a PF, na
conversa não fica claro para quem do grupo seria a pergunta, mas às
18h46 Marcus Sales escreve que está em Santa Luzia e comenta: "Sair
daqui com mais de 100 votin (sic)".
Às 18h47, Bruno comenta no grupo: "Felipe soltou 1 milhão na mão do
Fofão. Agora o omi se elege". A mensagem não deixa claro a quem ele se
refere, e, questionado por telefone pela reportagem sobre essa frase,
Bruno encerrou a chamada.
Na sequência, naquele mesmo dia, Marcus comenta: "Careca, voto casado
aqui o povo quer 100. Tá difícil". A reportagem entrou em contato com o
telefone registrado em nome de Careca na agenda de Marcus. Uma mulher
identificada como Cléo atendeu e disse que não conhecia ninguém com esse
nome.
'Cai atrás aí de uns 'votinho véio' de 30 conto, de 20, de 50' - Em
outra conversa, ocorrida no dia 4 de outubro diretamente com um
interlocutor identificado como Caio Ló por meio de mensagens de áudio no
Whatsapp, Marcus fala abertamente em sair distribuindo dinheiro nas
vésperas da votação. E pede apoio para Caio Ló, que se compromete a
ajudar.
"Ei macho. Tu tem que vim pra 'nóis' ir pedir voto... voto pra ANDRÉ
FUFUCA. 'Nóis' tem é que cair no campo. Deixa o dinheiro aqui pra
'nóis'. Pra 'nóis'... lá do escritório 'nóis' sai distribuindo", diz o
áudio, segundo a transcrição da Polícia Federal. Abaixo, a íntegra da
conversa transcrita pela PF:
No dia 6 de outubro, os dois seguem conversando por áudios de
Whatsapp e Marcus pede uma transferência de R$ 5 mil para Caio Ló. Em
troca, ele repassaria a quantia em espécie para o interlocutor.
"Já no dia 06/10 2018, véspera das eleições, Marcus pergunta para
Caio Ló se ele consegue realizar uma transferência de R$ 5 mil e Marcus
daria em 'espécie' para Caio Ló. Caio Ló pede para Marcus ir até ele",
afirma a PF no relatório sobre as conversas, sem mostrar a transcrição.
A reportagem tentou contato com o telefone do interlocutor de Marcus
identificado como Caio Ló, mas ele não atendeu e nem respondeu à
mensagem pelo Whatsapp. O Brasil de Fato também tentou ligar para Marcus
Sales, mas ele tampouco atendeu ou respondeu às mensagens de Whatsapp.
Procurado, o advogado Willey Azevedo, que representa Francisco Vieira
e seu filho Caio Vieira, afirmou que todas as provas produzidas pela
Polícia Federal seriam irregulares, pois os celulares foram apreendidos
sem ordem judicial, e que todas as ilicitudes da ação da PF seriam
questionadas no momento oportuno.
O delegado da PF responsável pela abertura do inquérito em 2018,
Wedson Cajé Lopes, tomou os depoimentos no fim da noite do dia 6 e, no
dia 7 de outubro, encaminhou toda a documentação e um relatório à juíza
eleitoral, que autorizou no mesmo dia a abertura do inquérito e a quebra
de sigilo dos aparelhos que foram apreendidos.
O caso se arrasta na Polícia Federal do Maranhão desde então. Apesar
do grande volume de informações identificado, a PF ainda aguarda o
retorno de companhias telefônicas para identificar alguns dos
interlocutores dos diálogos encontrados nos celulares e precisa ouvir
mais pessoas que aparecem nos diálogos aqui citados e em outras
conversas suspeitas. Até o momento, pelo que consta nos autos, Fufuca
não foi chamado para depor sobre o episódio.
O crime de compra de votos tem uma prescrição de oito anos, portanto,
em tese o caso poderia prescrever em 2026. Entretanto, se o Ministério
Público considerar haver provas suficientes e apresentar uma denúncia
antes, o prazo para contagem do tempo de prescrição para de contar.
Segundo apurou a reportagem, como não há uma delegacia da PF na
cidade de Santa Luzia, toda apuração é conduzida por policiais que ficam
na sede da superintendência da Polícia Federal no Maranhão, localizada
na capital São Luiz, a cerca de 300 quilômetros de Santa Luzia. A
distância acaba se tornando um obstáculo para uma apuração rápida sobre o
caso, pois eventuais diligências que a polícia tenha que fazer na
região envolvem o deslocamento de agentes para a cidade, com pagamento
de diárias para um caso que é mais um entre vários outros em apuração
pela equipe.
Da mesma forma, a perícia do conteúdo que estava nos aparelhos
celulares tampouco foi feita na cidade de Santa Luzia. No caso do
celular de Marcus Sales, onde foi encontrada a maior parte das
informações de interesse da PF, o relatório com a análise do conteúdo,
cujos trechos foram usados nesta reportagem, só foi concluído em
setembro de 2019, quase um ano após a operação.
Ainda assim, os autos indicam que o inquérito teria ficado parado
entre 11 de agosto de 2021 e 24 de maio de 2022, período em que não foi
juntada nenhuma informação nova pela PF nos autos.
Em janeiro deste ano, um novo delegado, chamado Diego Augusto Frota
Alves, assumiu o caso e, no último dia 16 de novembro, pediu a
prorrogação por mais 90 dias para ouvir ainda oito pessoas, incluindo o
Careca, que aparece nas mensagens mencionadas nessa matéria.
Ministro da Justiça determina que PF ajude nas investigações.
"Terrível crime cometido contra a policial Vaneza Leão", disse Flávio
Dino
Vaneza Lobão (Foto: Reprodução)
247 - A
Policial Militar Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta na porta de casa na
noite desta sexta-feira (24), na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz,
Zona Oeste da Cidade do Rio.
Vaneza era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar
(DPJM) e trabalhava no setor de inteligência da delegacia, dedicada à
investigação de milicianos e contraventores. A unidade é subordinada à
Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
De acordo com informações preliminares, os assassinos já aguardavam a
policial no momento em que ela abria a garagem para entrar com seu
carro, segundo informa o G1.
De acordo com o relato da PM, criminosos armados atiraram contra a
policial na porta da casa dela e fugiram. Ela foi morta com tiros de
fuzil disparados por bandidos encapuzados, que estavam em um carro
preto.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou a morte e afirmou que a resposta deve ser rápida e dura.
"Há indícios que sejam milicianos que ela investigava. Ela fazia parte da nossa Corregedoria", comentou o governador.
No início da tarde deste sábado, o ministro da Justiça e Segurança
Pública, Flávio Dino, lamentou a morte da policial e disse que a Polícia
Federal vai ajudar no caso.
"Lamentamos o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Leão,
no Rio de Janeiro. Minha solidariedade à família e aos colegas da
corporação. Orientei a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de
competência das autoridades estaduais", afirmou o ministro.
Nas redes sociais, a irmã mais velha de Vaneza se manifestou.
"Eu morri, morri quando me disseram que você se foi! Você sempre será
o amor da minha vida, minha filha, minha melhor amiga, a sua lealdade
com os seus jamais será esquecida. Covardia, revolta, é o que meu
coração sangra. Daria minha vida para você viver em meu lugar", disse a
nutricionista Andreza Lobão.
O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil por informações que ajudem a identificar os suspeitos do crime.
A Delegacia de Homicídios e a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foram acionadas.
Desde o início do ano, 52 agentes de segurança foram mortos no Rio de
Janeiro. De acordo com o Disque Denúncia, entre os mortos, 46 eram
policiais militares.
Na madrugada deste sábado (25), durante diligências para tentar
localizar os suspeitos do crime, a PM prendeu um miliciano no loteamento
Madean, em Santa Cruz. Uma arma foi apreendida com o criminoso, mas a
polícia diz que ainda não é possível confirmar se ele participou do
assassinato de Vaneza.
Na essência, a lei trata de estrutura, organização, competências específicas e funcionamento de unidades
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
247 - O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que
institui a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis. O texto, publicado
em edição extra do Diário Oficial da União de quinta-feira (23),
estabelece diretrizes gerais para a corporação no país e garante sua
integração com o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
O presidente decidiu vetar, por inconstitucionalidade e contrariedade
ao interesse público, alguns dispositivos que permitiam interferência
na organização político-administrativa dos estados. Também vetou ações
que restringiam a autonomia dos entes federativos e que previam
contratação em unidades de saúde por mero processo seletivo sem
aprovação prévia em concurso público.
Na essência, a lei trata de estrutura, organização, competências
específicas e funcionamento de unidades. Aborda requisitos para acesso a
cada cargo, com as devidas promoções e progressões, além das
atribuições funcionais, com direitos, prerrogativas, garantias, deveres e
proibições A lei também traz regras para concurso e uma lista de
benefícios para integrantes da ativa e aposentados.
Percentual dos que aprovam o governo vai a 53%, contra 38% que desaprovam
Lula com trabalhadores (Foto: Ricardo Stuckert)
247 – Uma
nova pesquisa de opinião realizada em todo o Brasil pelo instituto
IPRI/FSB (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem) revelou dados
positivos sobre a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Com uma amostra representativa de 2.000 entrevistas domiciliares
e uma margem de erro de 2 pontos percentuais, a pesquisa fornece uma
visão detalhada das percepções dos brasileiros em relação ao atual
governo.
A avaliação do governo Lula mostra uma mudança notável, indo de
estabilidade para uma melhora percebida pelos entrevistados. A categoria
"ótimo/bom" apresentou uma oscilação mínima, dentro da margem de erro
de 2 pontos percentuais, diminuindo 2 pontos percentuais em comparação
com a pesquisa anterior realizada em 29 de outubro. No entanto, a
categoria "ruim/péssimo" registrou uma queda significativa de 5 pontos
percentuais, aparentemente migrando para a classificação "regular", que
experimentou um aumento correspondente de 5 pontos percentuais.
Os números revelam a seguinte distribuição na avaliação de governo:
38% de ótimo/bom (40% em 29/out)
29% de regular (24% em 29/out)
28% de ruim/péssimo (33% em 29/out)
4% NS/NR (3% em 29/out)
Além disso, a pesquisa examinou a aprovação do governo, revelando que
a taxa de desaprovação também encolheu 5 pontos percentuais, passando
de 43% para 38%.
53% aprovam (51% em 29/out)
38% desaprovam (43% em 29/out)
7% NS/NR (6% em 29/out)
Os resultados da pesquisa também incluem uma análise sobre a
expectativa versus a realidade. A maioria dos entrevistados expressou
uma visão mais otimista em relação ao governo do que inicialmente
esperavam.
42% consideram melhor do que esperavam (35% em 29/out)
23% consideram igual ao que esperavam (27% em 29/out)
32% consideram pior do que esperavam (35% em 29/out)
3% NS/NR (2% em 29/out)
Quando questionados sobre as expectativas para os próximos 6 meses,
uma maioria significativa dos entrevistados acredita em uma melhora na
situação.
52% acreditam que vai melhorar (49% em 29/out)
21% acreditam que vai ficar igual (19% em 29/out)
22% acreditam que vai piorar (28% em 29/out)
4% NS/NR (3% em 29/out)
Esses resultados refletem uma mudança positiva na percepção pública
em relação ao governo Lula, indicando uma tendência favorável que pode
ter impactos significativos no cenário político brasileiro nos próximos
meses.
Policiais apreenderam quatro botes, com motores de popa, e
estimam um prejuízo avaliado em dezenas de milhões ao crime organizado
(Foto: ABR)
247 - Uma
operação conjunta das Polícias Militar e Federal, com o apoio do
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), resultou na apreensão
de aproximadamente 2.000 quilos (kg) de entorpecentes entre maconha tipo
skunk e cocaína, oriundas da Colômbia. A substância estava em um
acampamento utilizado por traficantes, na região do município de Santa
Isabel do Rio Negro (AM). Policiais apreenderam quatro botes, com
motores de popa. O prejuízo estimado ao crime organizado é de R$ 36,6
milhões.
O ministro Flávio Dino comentou a operação. “Menos duas toneladas de
drogas nas mãos do crime. Com apreensões de drogas, de bens ilegais,
bloqueio de contas bancárias e combate à lavagem de dinheiro, estamos
descapitalizando as organizações criminosas”, disse.
De acordo com Romano Costa, diretor de Operações Integradas e de
Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública
(Diopi/Senasp/MJSP), a "estratégia sistêmica de enfrentamento, com foco
em uma das principais ações nossas, que é a de descapitalização e de
recuperação de ativos das organizações, demonstra que estamos no caminho
certo, pois o nível de eficiência das nossas ações está cada vez
maior".
Coordenado pelo MJSP, por meio da Diretoria de Operações Integradas e
de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, o programa
Guardiões das Fronteiras tem o objetivo de aumentar e fortalecer a
presença do Estado e a efetividade de controle nas fronteiras do país,
atuando de forma permanente em 14 estados brasileiros (AM, AP, AC, RR,
RO, PA, TO, RN, GO, MS, MT, PR, SC e RS).
Ao articular a integração das atividades operacionais e de
inteligência das instituições de segurança pública, o programa visa à
atuação conjunta e coordenada entre os órgãos federais e as secretarias
de segurança pública dos estados no combate à criminalidade organizada.
A Operação Hórus é uma força-tarefa permanente dos Guardiões da
Fronteira, do MJSP, e conta com o apoio das forças de segurança dos
estados onde atua, incluindo todos os fronteiriços, além das polícias
civis e militares de cada unidade federativa. Também participam da ação
conjunta as Polícias Federal, Rodoviária Federal e Penal, e o Exército
Brasileiro.
A
Chamada 'Grande Imprensa' vive de vender notícias. Como notícias boas
são ruins de ibope e por isso mesmo não dão bom retorno financeiro, ela
prefere divulgar notícias ruins, assim aumenta seu faturamento. Sempre
que ocorre um crime envolvendo um branco racista, alguém da Direita
ultra conservadora, um fascista ou um bolsomínio, esta imprensa, também
chamada de imprensa tradicional, ou não divulga, ou minimiza o fato. Até
parece que crimes cometidos por alguém dessas camadas sociais, não são
novidades que mereças grandes destaques nessa parte das mídias. A tal
imprensa trata isso como se fosse uma coisa tolerável. Mas quando um
negro, um LGBT, um sem teto, um sem terra ou um militante de esquerda,
cometem algum crime contra algum branco racista ou alguém da Direita
ultra conservadora, um fascista ou um bolsomínio (que são pertencentes a
uma nova categoria chamada de "gente de bem"), aí sim, recebem chamadas
de capas em jornais, revistas, nas emissoras de rádios e nos programas
de televisão de grande audiência.
Os crimes de má gestão pública,
envolvimento com drogas, milícia e de corrupção que essa "gente de bem"
cometem, também não tem muito destaque nos jornalões como deveriam
ter.
Mas recebem grandes destaques, qualquer denuncia de qualquer
crime (ou suposto crime) envolvendo petistas ou alguém do governo Lula.
Aí sim, são matérias de capa em jornais, revista e na imprensa falada,
por vários dias. Como acontece muitas vezes, ao se investigar os fatos,
se descobre que aquilo que foi noticiado com tanta ênfase, não
correspondia totalmente a verdade. O pior de tudo é que depois de já
terem faturado muito com a divulgação de uma inverdade, esses mecanismos
de divulgação, não se retratam, não são punidos e fica tudo por isso
mesmo.
Essa parte da Mídia Brasileira a qual eu me refiro, é
bancada pela burguesia em todas suas nuances e é para esses
endinheirados que ela trabalha e trabalhou desde sempre. Até porquê a
Esquerda Progressistas, não dispõe de meios financeiros para bancar essa
imprensa tão bem remunerada. Mas quando progressistas chegam ao
governo, elas fazem de tudo para abocanhar as verbas destinadas para
divulgações de suas ações governamentais.
Esse comportamento
dessa parte da imprensa, está fazendo com que o povão dê mais
credibilidade para as Mídias alternativas, que são mais livres para
divulgar os fatos como eles acontecem em tempo real e sem serem editados
em grandes redações, de forma a atender interesses de ricos e
poderosos.
Hoje amanheci pensando no quanto a chamada Grande Imprensa brasileira, não gosta do Brasil. Vivem defendendo privatizações de estatais, mesmo que os compradores sejam estatais de outros países. Mas se calam quando as que já foram privatizadas prejudicam os seus usuários. Defende um déficit zero, mas não falam nada contra a quantidade de emendas dos deputados que são impositivas e não estão no orçamento. Apoiam o agronegócio beneficiado com juros baixos e produzem para exportar e são contra agricultura familiar que produz o que vai para as mesas dos brasileiros e sem agrotóxicos. Defende os interesses neoliberais de outros países em detrimento das ações progressistas de nosso Governo. Ficam procurando qualquer coisa que possa ser usada para denegrir nosso governo e nosso país e não divulgam os acertos das políticas governamentais. Até o crescimento de nossa economia é criticado por essa imprensa que age com espírito de vira latas.
Jornal paulista também saiu em defesa das ações do estado de Israel, atacadas como terroristas pelo presidente Lula
Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)
247 – Assim como o jornal O Globo,
o Estado de S. Paulo também publicou editoriais nesta quarta-feira com
agressões ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão de o líder
brasileiro ter condenado as ações terroristas do estado de Israel contra
o povo palestino. "O presidente Lula da Silva considera que a ofensiva
de Israel contra o Hamas é 'terrorista', ao, segundo ele, 'não levar em
conta que mulheres e crianças não estão em guerra'. Numa só frase, o
petista distorceu completamente o cenário da guerra, igualou situações
inigualáveis e confirmou sua incapacidade de perceber a complexidade do
mundo, prisioneiro que é do ranço ideológico de uma esquerda primitiva",
escreveu o editorialista.
O jornal também assumiu a linha de Israel está apenas se defendendo –
e não promovendo genocídio e limpeza étnica contra a população
palestina. "Lula deveria saber que nenhuma criança palestina estaria
morrendo em bombardeios israelenses em Gaza se Israel não tivesse sido
covardemente atacado por terroristas do Hamas no dia 7 de outubro
passado; Lula deveria saber que o Hamas usa crianças como escudos
humanos e hospitais como esconderijos e que esse grupo terrorista nunca
se importou que as crianças e os doentes morressem sob bombas
israelenses, pois o objetivo é desmoralizar Israel perante a opinião
pública mundial", aponta ainda o editorial.
Em outra agressão, o jornal também afirma que "há um imperativo
imoral no discurso do demiurgo petista: a barbárie é plenamente
justificada se for realizada em nome das causas que seu partido e a
esquerda defendem".
Ao contrário do que aponta o texto, Lula tem se destacado na cena
internacional ao propor uma saída negociada para a paz, como o Brasil
fez quando presidiu o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Jornal da família Marinho tem defendido a tese de que o genocídio em Gaza é uma ação de autodefesa de Israel
(Foto: Ricardo Stuckert)
247 – O jornal O Globo, da família Marinho, atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em editorial
publicado nesta quarta-feira. O motivo: Lula tem denunciado as ações
terroristas de Israel contra a população palestina, que já resultaram em
mais de 11 mil assassinatos de civis, sobretudo de mulheres e crianças,
incluindo ataques a vários hospitais.
Segundo o Globo, Lula fez um "paralelo descabido" ao classificar como
terroristas as ações de Israel, assim como fez em relação ao Hamas.
"Desde o início, a postura de Lula tem mostrado desequilíbrio. Embora
tenha condenado o ataque terrorista do Hamas e feito uma
videoconferência com familiares das vítimas — entre as quais havia três
brasileiros —, não recebeu nenhum representante de entidade judaica. Em
vez disso, duas semanas depois dos ataques confraternizou com o roqueiro
Roger Waters, acusado de antissemitismo por sua militância em favor do
boicote mundial a Israel", escreve o editorialista.
O Globo diz ainda que classificar as ações de Israel como terroristas
são "um abuso de linguagem, como tantos outros que Lula costuma
cometer". O Globo, que tem defendido na essência as ações de Israel, diz
que "de um líder, exige-se mais comedimento nas palavras — e,
sobretudo, mais equilíbrio num conflito que mobiliza tanta dor e
paixão".
Operação, feita de forma conjunta com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cumpre 27 mandados de busca e apreensão
(Foto: ABr)
247 - A Polícia Federal (PF), deflagrou
nesta terça-feira (14), em conjunto com a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), a Operação Minuano para desmantelar uma organização
criminosa responsável por fraudes em fundos de investimento, que teria
resultado em um prejuízo de até R$ 451 milhões a Regimes Próprios de
Previdência Social (RPPS) de servidores públicos em diversos estados.
Mais de 100 policiais federais foram mobilizados para cumprir 27
mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Porto
Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Paulo e Rio de Janeiro.
A operação também inclui medidas cautelares, como a suspensão de
atividades financeiras e o bloqueio de contas e ativos no valor de até
R$ 451 milhões, estimado como prejuízo causado aos RPPS.
A investigação teve início com informações coletadas na Operação
Gatekeepers, realizada em 2018, e revelou que o grupo criminoso captou e
desviou cerca de R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência
Pública em estados como Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Minas
Gerais, Ceará, Paraná, Amapá, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato
Grosso do Sul e Maranhão.
Além dos danos financeiros, a PF identificou pagamentos indevidos a
dirigentes dos RPPS por meio de consultorias vinculadas ao grupo. Os
investigados podem ser responsabilizados por uma série de crimes,
incluindo gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira,
estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira,
negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de
ativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em caso de condenação, as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão.
A contraofensiva das Forças Armadas ucranianas fracassou
completamente. O Ocidente deve parar de esperar por um milagre, de
acordo com artigo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine.
“O Exército russo estava perfeitamente preparado, o que foi fatal para os ucranianos.
Colunas blindadas [da Ucrânia] foram destruídas em campos minados, os
soldados estavam sob constante fogo de artilharia, as perdas foram
enormes”, ressalta a publicação.
Além disso, Kiev recebeu apenas uma pequena parte das armas prometidas e, enquanto as discussões sobre o fornecimento de equipamentos ocidentais estavam em andamento, o Exército russo teve tempo para fortalecer sua defesa, escreve a mídia.
Segundo o artigo, a Ucrânia pôs a barra muito alta. O
autor da publicação lembra as palavras do chefe do serviço de
inteligência da Ucrânia, Kirill Budanov, que disse que as Forças Armadas
ucranianas “recuperariam” a Crimeia até o verão europeu.
Portanto, quando a ministra das Relações Exteriores da Alemanha,
Annalena Baerbock, disse em Kiev que a União Europeia logo se estenderia
“de Lisboa a Lugansk”, ela parecia estar esperando por um milagre, resumiu o artigo.
Anteriormente, o comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, afirmou à revista The Economist que as Forças Armadas ucranianas estão em um beco sem saída — “muito provavelmente, não haverá um avanço profundo e bonito”, afirmou.
As Forças Armadas ucranianas conduzem uma contraofensiva nas regiões a sul de Donetsk, Artyomovsk e Zaporozhie há seis meses, lançando nas batalhas brigadas treinadas pela OTAN e armadas com equipamentos estrangeiros. Mas elas não conseguiram obter sucesso em nenhuma das seções do front.
А contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia não está apenas estagnada, ela falhou completamente, disse o presidente russo
Vladimir Putin. A Ucrânia perdeu 90 mil militares em suas tentativas de
“alcançar resultados a qualquer custo”, como se “esse não fosse o seu
povo”, de acordo com Putin.
A conclusão é de que houve uma “gestão caótica” no controle de
valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o
Ministério Público e homologados por Moro
Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Conjur
- A inspeção feita pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na 13ª Vara
Federal de Curitiba voltou a constatar que a gestão feita pelo ex-juiz
Sergio Moro era bastante caótica.Não há inventário mostrando onde foram
guardados todos os itens apreendidos, como obras de arte, e não foi
possível identificar uma série de bens e recursos, entre eles os
confiscados no exterior. A informação é do colunista Lauro Jardim, do
jornal O Globo, e foi confirmada pela revista eletrônica Consultor Jurídico.
O resultado parcial da correição extraordinária, divulgado em agosto
deste ano, já demonstravam a bagunça da 13ª Vara. A conclusão é de que
houve uma “gestão caótica” no controle de valores oriundos de acordos de
colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público e
homologados por Moro.
Por meio desses acordos, o grupo de procuradores de Curitiba recolheu
e repassou à Petrobras R$ 2,1 bilhões entre 2015 e 2018, com
autorização da 13ª Vara Federal, a título de ressarcimento pelos desvios
praticados.
Esses valores permitiram à Petrobras, que era investigada por
autoridades americanas, firmar acordo no exterior, segundo o qual o
dinheiro que seria devido fora do Brasil acabaria investido na criação
de uma fundação com o objetivo de organizar atividades anticorrupção.
Um outro levantamento, desta vez feito pelo Tribunal de Contas da
União, identificou irregularidades na destinação de valores obtidos em
acordos de leniência na ordem de R$ 22 bilhões. Segundo o TCU, o
dinheiro foi movimentado sem que houve qualquer preocupação com
transparência.
Em julgamento de setembro, o ministro Bruno Dantas, presidente do
TCU, lembrou a tentativa da “lava jato” de Curitiba de criar um fundo
bilionário com dinheiro da Petrobras, a ser administrado pelos próprios
procuradores, para investir no que chamavam de “projetos de combate à
corrupção”. Também disse que o TCU deve frear a transferência de
patrimônio do Estado para viabilizar interesses de agentes públicos.
“A grande verdade é que nós temos promotores e procuradores
espalhados pelo Brasil que viraram verdadeiros gestores públicos. E o
pior: sem a responsabilidade que os gestores públicos têm. O que está
acontecendo é a transferência de patrimônio do Estado brasileiro para a
gestão de agentes da lei. É disso que nós estamos tratando nesta tarde”,
disse na ocasião.
Partido comandado por Gleisi Hoffmann saltou de 183 para 234 administrações municipais, desde que Lula voltou à presidência
Luiz Inácio Lula da Silva e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)
247 – O Partido dos Trabalhadores (PT) está
experimentando um notável crescimento em suas fileiras, impulsionado
pelo chamado "efeito Lula" após a vitória do presidente nas eleições do
ano passado. Em um movimento estratégico visando as eleições municipais
de 2024, o partido abriu suas portas para novos filiados, registrando a
migração de 51 prefeitos, incluindo alguns do Partido Liberal (PL),
ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os números revelam um aumento
significativo, elevando o total de prefeituras sob comando petista de
183 para 234, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
Esse crescimento não é uniforme, sendo particularmente marcante nos
estados do Piauí, Ceará e Bahia, todos governados por membros do PT. No
entanto, o fenômeno também se estendeu a outros estados, como Rio Grande
do Norte, Rio de Janeiro, Maranhão e Mato Grosso do Sul, indicando uma
expansão mais ampla. A projeção é de que o número de prefeitos filiados
ao PT continue a crescer até abril de 2024, prazo final para novas
filiações visando as próximas eleições municipais.
O processo de atração de novos membros parece estar relacionado ao
cenário político nacional e ao prestígio do presidente Lula. Analistas
apontam que a autonomia dos prefeitos, aliada a custos baixos para
migração partidária, contribui para essa movimentação, especialmente em
municípios mais dependentes de recursos federais. O desafio para o PT
será manter o ímpeto positivo, enfrentando disputas locais e garantindo a
coesão interna diante das diferentes filiações e backgrounds
ideológicos dos novos membros. O partido enfrentará um teste crucial nas
eleições de 2024, quando a consolidação desse crescimento será posta à
prova.
O casal morto no confronto com a Polícia Militar foi identificado
Cantor Leonardo (Foto: Reprodução/TV Globo)
247 - O casal morto no confronto com a
Polícia Militar que aconteceu depois que um avião com quase meia
tonelada de pasta base de cocaína pousou numa fazenda do cantor
Leonardo, em Jussara, a 270 km de Goiânia, foi identificado. Segundo a
Polícia Técnico-Científica, Valmir Quintino e Kathly Lucas Machado foram
levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.
Reportagem do portal G1 indica
que o homem usava um documento falso no momento do confronto.
Posteriormente, a equipe chegou à verdadeira identidade dele. A polícia
ainda investiga qual a relação entre o casal.
A Polícia Militar disse que Kathly, de 48 anos, é natural de
Araguaína, no Tocantins, e Valmir é natural de Goiânia, mas na
identidade falsa ele apresentava ser natural de Patos, na Paraíba. A
informação é de que ambos eram moradores de Goiás há anos.
Segundo a PM, eles estavam em uma caminhonete branca Hilux Toyota com
436 kg de pasta base de cocaína que estava no avião. Segundo a
corporação, eles pertencem ao grupo armado e estavam às margens da
rodovia, momento em que iniciou-se o confronto.
O modo mais
fácil de acabar com os conflitos em Gaza, na Ucrânia e em outros países,
é cortar as fontes de financiamento. Ou seja, substituir as importações
desses países belicistas por produtos de outros países produtores.
Espero que o Brasil comece a fazer isso o mais rápido possível
Estimativa é que a tabulação e organização dos dados sobre a
espionagem ilegal de opositores e críticos do governo Bolsonaro seja
concluída em até 30 dias
247 - A Polícia Federal (PF) conseguiu
recuperar os cerca de 30 acionamentos de monitoramento ilegal realizados
por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para rastrear a
movimentação de adversários políticos, críticos, opositores,
jornalistas e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o
governo Jair Bolsonaro (PL).
“O material foi recuperado e agora os peritos estão em pleno trabalho
de identificar o extenso material. Ou seja, identificar os
proprietários dos números de telefone monitorados. A área técnica da PF
estima que esse trabalho de tabulação e organização leve cerca de 30
dias para ser concluído”, diz o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.
O esquema de monitoramento ilegal veio à tona no dia 20 de outubro,
quando a PF deflagrou a operação Últma Milha. A ação resultou na prisão e
exoneração de dois servidores da Abin, além do afastamento de um
diretor da agência. Na ocasião, a PF identificou que apenas cerca de 1,8
mil monitoramentos estavam intactos.
A partir desses dados, a PF pôde identificar como a Abin agia durante
o governo Bolsonaro, no período compreendido entre 2019 e maio de 2021,
quando o programa estava em uso. O restante dos dados havia sido
apagado no início das investigações, conforme suspeita da PF.
“Em paralelo, a Polícia Federal investiga quem teve acesso aos
monitoramentos, quem os fez, quem mandou que fossem produzidos e que
ações concretas os responsáveis pelo rastreamento fizeram a partir dos
dados colhidos — como a produção de dossiês dos monitorados”, destaca a
reportagem.
De acordo com o MPF-MG, a ferramenta de invasão, que opera por
meio de um malware, permite acesso completo ao conteúdo dos computadores
das vítimas
(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
247- O Ministério Público Federal
(MPF) de Minas Gerais está conduzindo uma investigação sobre a suspeita
de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizou ilegalmente
um segundo sistema de espionagem para invasões em massa de
computadores. A decisão de incluir esse sistema nas investigações em
curso foi tomada pelo procurador Carlos Bruno Ferreira da Silva.
De acordo com o despacho do procurador, a investigação do possível
uso ilegal desse sistema é considerada um "tema conexo" à apuração
original, que estava relacionada ao sistema FirstMile, usado pela Abin
para rastrear pessoas com base na geolocalização de celulares, sem
autorização judicial.
A suspeita de existência desse segundo sistema ilegal de invasão em
massa de computadores está sendo apurada pela Polícia Federal e foi
divulgada pelo apresentador da Globonews,
Cesar Tralli. A ferramenta de invasão, que opera por meio de um
malware, permite acesso completo ao conteúdo dos computadores das
vítimas, de acordo com fontes ligadas ao caso.
A espionagem clandestina pode ocorrer de diversas maneiras, como o
envio de um e-mail malicioso, uma mensagem de texto, o uso do WhatsApp
em computadores ou até mesmo por acesso físico, como a inserção de um
pendrive na máquina. O mais preocupante é que a vítima infectada não tem
conhecimento da invasão, enquanto os espiões conseguem acessar
imediatamente todo o conteúdo do computador.