sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Décimo terceiro deve injetar R$ 102 bilhões na economia em 2010

O pagamento do 13º salário deverá injetar na economia brasileira até o fim deste ano mais R$ 102 bilhões, segundo projeções do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgadas nesta quinta-feira. O montante – que considera os trabalhadores do mercado formal, aposentados e pensionistas – representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

O valor é 20% maior que o estimado em 2009, quando R$ 85 bilhões foram adicionados à economia por conta do pagamento do 13º salário em todo País.

Segundo o Dieese, cerca de 74 milhões de brasileiros receberão 13º salário neste ano, um crescimento de 5,85% frente ao registrado em 2009. “Estima-se que 4,9 milhões de pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão ou se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício”, disse o instituto.

Os trabalhadores formais respondem por 61,4% do total, enquanto empregados domésticos representam 3,1% e aposentados ou pensionistas da Previdência Social, 38,6%. “Aproximadamente outras 1 milhão de pessoas (ou 1,3% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União”, completou o Dieese.

Setores

Na análise por setores de atividade econômica, os trabalhadores do setor de serviços – incluindo administração pública, receberão 62% do total pago com 13º em 2010. Os empregados da indústria terão 22%, os comerciários 13%, os contratados pela construção civil, 4,6%, e os trabalhadores da agropecuária, 2%.

O maior valor médio deve ser paga para os trabalhadores do setor de serviços, com R$ 1.888. “O setor industrial aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 1.803 e o menor 13º salário (R$ 900) foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia”, disse o instituto.

Regiões

Os Estados do Sudeste deverão responder pela maior fatia de pagamentos de 13º em 2010, com 51,4% do total. A região Sul, por sua vez, terá 15,4%, enquanto o Nordeste ficará com 14,9%. As regiões Centro-Oeste e Norte terão, respectivamente, 8,5% e 4,3%.

De acordo com o Dieese, o maior valor médio para o benefício, considerando todas as categorias de beneficiados, deverá ser pago em Brasília, com R$ 2.850, enquanto o menor deverá ficar com o Maranhão, com R$ 830.

Em São Paulo, deverão ser pagos R$ 31,2 bilhões com 13º, cerca de 31% do total do Brasil e 60% da região Sudeste. “Esse montante representa em torno de 2,6% do PIB estadual”, disse o Dieese.

Cerca de 19,7 milhões de trabalhadores paulistas receberão o benefício. “São Paulo registra ainda o segundo maior valor médio (R$ 1.578), atrás apenas do Distrito Federal”, completou o instituto.
Portal iG

Nenhum comentário:

Postar um comentário