sábado, 23 de novembro de 2013

Conferência da ONU sobre clima fica à beira de colapso

 

Negociadores de cerca de 195 países estão empenhados em estabelecer as bases para um novo acordo mundial do clima

Nina Chestney e Megan Rowling, da

Getty Images

Gelo derretendo, aquecimento global

Aquecimento global: "as conversações de Varsóvia, que deveriam ser um passo importante para um avanço, estão agora à beira de produzir praticamente nada", disse principal negociador da China para o clima

Varsóvia - Desentendimentos sobre quando nações ricas e pobres vão fixar metas para cortes nas emissões de gases do efeito estufa e a respeito da ajuda aos países em desenvolvimento por causa de mudanças climáticas ameaçavam afundar as conversações da ONU sobre o clima em seu último dia, nesta sexta-feira.

Negociadores de cerca de 195 países estão empenhados em estabelecer as bases para um novo acordo mundial do clima que está previsto para ser firmado em 2015, em Paris, e entrar em vigor a partir de 2020, mas poucas medidas concretas emergiram das duas semanas de negociações em Varsóvia.

"As conversações de Varsóvia, que deveriam ser um passo importante para um avanço, estão agora à beira de produzir praticamente nada", disse o principal negociador da China para o clima, Su Wei.

Aproximadamente 800 representantes de 13 organizações não governamentais abandonaram as conversações na quinta-feira, exasperadas com a falta de progresso no encontro, que provavelmente se estenderá pela noite, até sábado.

A expectativa era que a conferência produzisse pelo menos um cronograma que garantisse metas de cortes ambiciosos nas emissões e o compromisso de financiamento na questão climática a tempo para o acordo em Paris. Mas a seleção e a formulação das questões travaram em questões politicamente sensíveis.

Nações ricas querem enfatizar metas de reduções futuras de emissões para todos, enquanto países em desenvolvimento dizem que os industrializados deveriam liderar a fixação de metas e arcar com a maior parte da conta, porque historicamente eles são responsáveis pela maior parte dos poluentes.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ninguém gosta de ver sua cidade suja

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Quando saia da Radio Pioneira encontrei esse trabalhador da limpeza pública de Sobral. Perguntei seu nome e ele disse se chamar Antônio Raimundo da Silva, depois cumprimentá-lo perguntei: Se o senhor fosse prefeito de Sobral por um dia, qual seria sua ação como gestor do município? Respondeu encima das buchas (como diz no sertão), “mandava limpar os bairros de Sobral, que estão uma sujeira só.”

A falta de educação no transito de Sobral

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Isto foi encontrado embaixo da passarela do mercado de Sobral, estacionados em área proibida.

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Na Praça do São João, estacionado na rampa de acesso dos cadeirantes

Petistas condenam Elmano e Catanho em reunião anti-Cid

 

A direção estadual do PT e vários deputados do partido fizeram duras críticas a Elmano de Freitas e Valdemir Catanho, após ambos terem participado de reunião com os principais opositores do governador Cid Gomes

 

 

Marcos Robério marcosroberio@opovo.com.br

Não pegou nada bem no PT a informação de que o novo presidente municipal do partido, Elmano de Freitas, e o articulador Valdemir Catanho - braço direito da ex-prefeita Luizianne Lins - participaram de reunião com os principais opositores do governador Cid Gomes (Pros). Colegas de sigla condenam a atitude dos petistas e alegam que eles estão indo contra as determinações do partido, cuja ampla maioria é hoje aliada do governador.

O novo presidente estadual do PT, Diassis Diniz, classifica como “extremamente grave” a presença de Elmano e Catanho no encontro e diz que a questão deverá ser tratada quando o novo comando tomar posse, no dia 10 de dezembro. “O Elmano e o Catanho estão desautorizados a fazer isso, porque tivemos uma tese homologada durante a eleição interna”, afirma Diniz. A tese que saiu vitoriosa na eleição é da manutenção do atual arco de alianças, com vistas a fortalecer o palanque regional para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Críticas de deputados

Entre os parlamentares petistas, o discurso também foi de duras críticas a Elmano e Catanho. “Lógico que é errado. As pessoas precisam respeitar as decisões partidárias, se não, pra que adianta partido?”, questiona Artur Bruno. Ele chamou a articulação de “samba do crioulo doido” e criticou a presença de petistas no grupo. Até Antônio Carlos, que também é ligado a Luizianne, fez ressalvas à conduta. Mesmo dizendo que conversas como essas são normais, afirmou que, se fosse chamado para uma dessas reuniões, não compareceria caso o PSDB também estivesse presente. Catanho preferiu não comentar as críticas e disse que isso deve ser tratado internamente. As ligações para o celular de Elmano, na tarde de ontem, não foram atendidas.

Saiba mais

Os governistas minimizaram a movimentação dos opositores e disseram que é natural que a oposição saia na frente para definir candidaturas.

“Mas temos nomes melhores que qualquer nome que eles indicarem”, afirma o vice-líder do Governo, Júlio César Filho (PTN).

“Temos o melhor governo e estamos presentes nos 184 municípios. (...) Quem tem que falar o que vai fazer é a oposição”, disse Mauro Filho.

Anotações sobre uma farsa (II)

 

Era preciso expor José Dirceu ainda mais - e também José Genoíno - à execração pública. Concentrar neles toneladas de ressentimento sem fim.


Eric Nepomuceno

STF

Quando se postulava a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, o então juiz Joaquim Barbosa procurou José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo de Lula (2003-2007). Apresentou um pedido de rotina: apoio para que seu nome fosse levado ao presidente, a quem cabe indicar os membros da corte suprema.
Dirceu recebeu o pedido, e comentou com o postulante: “Bom mesmo será o dia em que os que pretendem chegar ao Supremo obtenham sua indicação por seus próprios méritos, e não por indicações políticas como a que está me pedindo”.
Barbosa foi escolhido por Lula porque Lula queria ser o primeiro presidente a indicar um negro para a corte máxima do país. De origem humilde, Barbosa construiu sua carreira graças a um esforço descomunal. Teria méritos profissionais mais que suficientes para chegar aonde chegou. Mas não chegou por eles.
Antes, tentou entrar na carreira diplomática. Acabou frustrado pelo elitismo dominante na corporação: o teste psicológico do Itamaraty que o derrotou menciona uma personalidade insegura, agressiva, com profundas marcas de ressentimento. Com isso, não fez outra coisa além de reforçar a agressividade, a prepotência, o autoritarismo e, enfim, o ressentimento do candidato. Não terá sido a única razão, mas certamente contribuiu para que toda essa história desse no que deu.
O sistema judiciário brasileiro está, como todo o sistema político, impregnado de vícios de raiz. A condução mediática e espetaculosa do julgamento que levou Dirceu e Genoíno para a cadeira é prova cristalina dos desmandos do Supremo Tribunal Federal.
Joaquim Barbosa tem vasta e sólida experiência. Não é um aventureiro doidivanas: sabe muito bem o que faz. E fez o que fez, ao expedir os mandados de prisão de maneira tão insólita, de propósito.
José Dirceu é uma espécie de ódio pessoal. Mais do que prendê-lo, era preciso expô-lo ainda mais – e também José Genoíno – à execração pública. Concentrar neles toneladas acumuladas de ressentimento sem fim.
Não há outra explicação para que a ordem expedida aos responsáveis pela sua execução tenha sido tão absurdamente imprecisa. A pena a que estão condenados implica, necessariamente, legalmente, constitucionalmente, outro tipo de tratamento. Joaquim Barbosa tem plena consciência disso. Tecnicamente, ao menos, não há como negar essa consciência.
Mas parece que nada disso importa. O que importa é que agora ele, paladino do moralismo hipócrita que viceja neste país, tem uma ampla e luminosa alameda para caminhar rumo a uma estrepitosa carreira política na maré da direita mais hipócrita.
Alguma vez, algum dia, esse país exumará essa história, da mesma forma que está exumando, junto aos restos mortais do presidente Jango Goulart, os detalhes das manipulações impostas ao país pelas suas elites malandras. Agora, com meio século de atraso, admite-se que a farsa perpetrada por parlamentares submissos à elite civil que fez dos militares seus marionetes de ocasião seja desmascarada. A começar, aliás, pelo começo: a tal revolução do 31 de março de 1964 não passou de um golpe torpe perpetrado no dia primeiro de abril de 1964. O dia da mentira.
Algum dia se conhecerá a verdade, os bastidores dessa farsa consagrada pelo Supremo Tribunal Federal e construída e alimentada pelos grandes blocos que controlam os meios de comunicação deste país. Meios que não informam: deformam. Juízes que, em sua maioria, não fazem justiça: são figuras de um grande teatro de absurdos.

Créditos da foto: STF

Senado aprova projeto da minirreforma

 

Por Ricardo Brito | Estadão Conteúdo – 10 horas atrás

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 20, projeto de lei que promove a minirreforma eleitoral. A proposta, sem grandes mudanças nas regras para a disputa, foi chamada de "perfumaria" e de "nanorreforma" por integrantes do PT e de outros partidos da base aliada e da oposição. O texto, que seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff, terá validade para as eleições de 2014, segundo informou a então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, em recente visita ao Congresso.


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A proposta manteve a proibição para que as concessionárias e permissionárias de serviços públicos pudessem realizar doações eleitorais, como é o caso de empresas de telefonia, coleta de lixo e distribuidoras de energia. A Câmara dos Deputados e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado haviam aberto uma brecha para empresas acionistas, sócias ou ainda aquelas com razão social diferente do concessionário pudessem fazer doações já nas próximas eleições.

Atualmente, o governo federal é o principal "sócio" de empresas concessionárias no País - recentemente, lançou o maior pacote de concessões da história, estimado em R$ 500 bilhões. Diante da reação, a proposta final tirou essa possibilidade.

A proposta limitou a contratação de cabos eleitorais, que também constava no texto que tinha passado pela Câmara e pela CCJ do Senado. Ela fixou parâmetros para a contratação de militantes e mobilizadores de rua, que, em média, corresponde a um cabo eleitoral para mil eleitores. Essa média é elevada conforme a relevância do cargo que está sendo disputado, ou seja, um candidato a presidente da República poderá contratar mais cabos eleitorais que um concorrente a deputado federal, por exemplo.

O projeto proíbe, por exemplo, o uso de cavaletes com propagandas em vias públicas, a pintura de muros de imóveis e o chamado "envelopamento" com anúncios em carros particulares, permitindo apenas que se fixe adesivos de no máximo 50 centímetros por 40 centímetros no vidro traseiro. O texto também limita os gastos com alimentação de pessoal a 10% do valor arrecadado e 20%, no caso de despesas com transporte.

Outra mudança é proibir a troca, até a véspera da eleição, que se substituam candidatos ficha-suja ou que tivesse outro tipo de problemas. Isso permitia o lançamento de candidaturas secretas, uma vez que na urna ou cédula de votação constava um determinado candidato, embora o eleitor votasse em outro. Agora a troca só pode ocorrer até a 20 dias do prazo da eleição.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Deputados repudiam "casuísmo midiático" contra réus da ação penal 470

 

Em nome do Partido dos Trabalhadores, o deputado Raul Pont repudiou, na sessão plenária desta terça-feira (19), a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que determinou, na última quinta-feira (14), a prisão de ex-dirigentes petistas processados na ação penal nº 470. Segundo Pont, a medida permitiu um "casuísmo midiático protagonizado pelos grandes meios de comunicação, que por três dias utilizaram manchetes contra o Partido dos Trabalhadores e expuseram os réus a todo o tipo de constrangimento, numa ação que ainda não transitou em julgado". O parlamentar disse ainda que eles foram levados a fazer um tour turístico a São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, acompanhados por todos os meios de comunicação.

Pont desafiou os deputados em plenário a identificarem os parlamentares de outras siglas que também estão na ação penal nº 470. Ele acentuou a forma preconceituosa e manipulatória com que a mídia nacional concentrou a crítica em duas ou três figuras de um mesmo partido. Pont lembrou, por exemplo, que o coronel Brilhante Ustra, comandante da Operação Bandeirantes entre 1971 e 1973 e responsável por sequestros e mortes de presos políticos, continua solto.

O líder da bancada petista na Assembleia, deputado Edegar Pretto, disse que petistas foram expostos, condenados e presos irregularmente por aquele que deveria cumprir a lei, o presidente da Suprema Corte. Segundo Pretto, o Partido do Trabalhadores está de cabeça erguida, porque não nasceu num palácio, nem em gabinete e muito menos em parlamento. "O partido nasceu nas ocupações de terra, nas portas das fábricas, no meio intelectual e entre religiosos progressistas, para combater a corrupção e a desigualdade", relembrou.

Pretto disse, ainda, que "se hoje temos pleno emprego e o salário mínimo hoje é de R$ 400 é graças ao governos de Lula e Dilma e não aos governos de Fernando Henrique Cardoso, período que o salário era de R$ 70". Ele acrescentou que, há duas semanas, o PT recebeu 400 mil filiados para votar democraticamente na escolha de suas representações municipais, estaduais e nacional. O líder afirmou que se o discurso de alguns deputados fosse verdadeiro, eles fariam uma campanha nacional em suas siglas e pediriam para sair e entregar os cargos no governo federal.

Publicado em 19/11/2013 às 18:04

Kiko Machado

E se Barbosa virar réu nas cortes internacionais?

 

Postado por Esmael  em 17 nov 2013 | 53 Comentários

Setores do PT e PCdoB querem levar Joaquim Barbosa à cortes internacionais; partidos acusam presidente do STF de aplicar “golpe político” ao decretar prisões de Genoino e Dirceu; Pizzolato, ex-diretor do BB, está refugiado na Itália, de onde poderá promover campanha internacional pela liberdade de presos políticos; ítalo-brasileiro, ele pede novo julgamento no país da bota; “E se um tribunal italiano considerar o Pizzolato inocente?”, questiona o irrequieto senador Roberto Requião, da Comissão de Relações Exteriores do Senado; juristas veem ilegalidades nas penas impostas aos réus, haja vista não haver provas suficientes aos crimes imputados a eles; mundos políticos e acadêmicos também já perguntam: “E se Barbosa virar réu nas cortes internacionais?”.

Setores do PT e PCdoB querem levar Joaquim Barbosa à cortes internacionais; partidos acusam presidente do STF de aplicar “golpe político” ao decretar prisões de Genoíno e Dirceu; Pizzolato, ex-diretor do BB, está refugiado na Itália, de onde poderá promover campanha internacional pela liberdade de presos políticos; ítalo-brasileiro, ele pede novo julgamento no país da bota; “E se um tribunal italiano considerar o Pizzolato inocente?”, questiona o irrequieto senador Roberto Requião, da Comissão de Relações Exteriores do Senado; juristas veem ilegalidades nas penas impostas aos réus, haja vista não haver provas suficientes aos crimes imputados a eles; mundos políticos e acadêmicos também já perguntam: “E se Barbosa virar réu nas cortes internacionais?”.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, ao ficar sabendo que em fuga o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, pediu novo julgamento na Itália, não titubeou para dar uma sapecada no Supremo Tribunal Federal (STF): “E se um tribunal italiano considerar o Pizzolato inocente?”, questionou o irrequieto parlamentar paranaense.

Requião tem razão no ponto levantado, mas a questão pode ganhar proporção ainda maior em virtude das relações que dois dos presos políticos — José Genoíno e José Dirceu, ex-presidentes do PT — têm na Europa e América Latina. Pizzolato, ex-candidato ao governo do Paraná pelo partido em 1990, quer fazer de sua condenação uma plataforma de acusação internacional contra perseguição política do judiciário brasileiro.

E se Joaquim Barbosa, presidente do STF, virar réu nas cortes internacionais?

Tudo pode acontecer, pois a correlação de forças no campo político internacional favorece os petistas acusados. Eles sempre mantiveram laços programáticos com a socialdemocracia europeia e boa vizinhança com os partidos socialistas, dentro e fora do poder mundo afora.

A velha mídia e Barbosa não contavam com a astúcia de Pizzolato, que empreendeu fuga cinematográfica via o Paraguai. O “olé” do petista deixou a “obra” incompleta e poderá a médio prazo trazer dor de cabeça ao STF e aos barões da mídia nacional (clique aqui para ler mais). Ou seja, podem se tornar réus de cortes internacionais.

PT e PCdoB, dois partidos-irmãos que estão no governo, veem golpe do judiciário nas prisões de Dirceu e Genoíno (clique aqui para relembrar). Essas agremiações, juntamente com outras agremiações, praticamente deram “sinal verde” para que Pizzolato, a partir da Itália, desenvolva uma campanha internacional pelo julgamento de Joaquim Barbosa.

Resumo da ópera: é o feitiço virando contra o feiticeiro.

Barbosa determina pena alternativa a não-petistas

 

Edição/247 Fotos: Reprodução | STF:

Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB; Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval e José Borba, ex-deputado federal (PMDB-PR) deverão pagar de multa e prestar serviços comunitários por terem sido condenados a pena abaixo ou igual a quatro anos; Palmieri cumprirá pena de quatro anos; Borba, dois anos e seis meses e Quadrado, três anos e seis meses

19 de Novembro de 2013 às 21:42

Agência Brasil

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou hoje (19) a execução das penas de três condenados a penas alternativas na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB; Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval e José Borba, ex-deputado federal (PMDB-PR) deverão pagar de multa e prestar serviços comunitários por terem sido condenados a pena abaixo ou igual a quatro anos.

Palmieri cumprirá pena de quatro anos; Borba, dois anos e seis meses e Quadrado, três anos e seis meses. Barbosa determinou também a expedição das cartas de sentença ao juiz de Direito da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas do Distrito Federal, Nelson Ferreira Júnior. O documento informa o regime de pena, o valor da multa e o tipo de serviço que será cumprido.

De acordo com as cartas de sentença enviadas por Barbosa, Borba terá que pagar multa de 300 salários mínimos para entidade pública, não poderá  exercer cargo ou função pública pelo período da condenação. Palmieri pagará 150 salários mínimos a entidade pública e também não poderá exercer função pública. Além do pagamento de 300 salários mínimos, Quadrado deverá que prestar serviços comunitários  de uma hora por dia de condenação.

Na sexta-feira (15), Barbosa determinou  a prisão de 12 réus condenados no processo do mensalão.  Foram presos o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas; e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares; José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural; o publicitário Marcos Valério; Kátia Rabello, ex-presidenta do Banco Rural; o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG); Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios de Marcos Valério; Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-presidente do PT e deputado federal (SP) José Genoino.

Edição: Marcos Chagas

Mediante Crise de Energia Nuclear colocando o Planeta em Risco, Japão Inaugura Imensa Usina Solar!

 

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A Kyocera, empresa japonesa de eletrônicos, inaugurou neste mês a maior usina solar do país asiático. A instalação pode fornecer energia para 22.000 lares – e, o que deve ser o mais importante, ela não corre o risco de derreter, ferir trabalhadores ou espalhar água radioativa no Oceano Pacífico.

A usina tem um nome bem imponente – Mega Usina de Energia Solar Kagoshima Nanatsujima – e localiza-se em uma enseada no extremo sul do Japão, o que significa que é bastante segura mesmo em ameaças de tempestades e tsunamis – embora esteja nas sombras de Sakurajima, um vulcão ativo. Mas não importa o que aconteça ao longo das próximas décadas, Nanatsujima não representa quase nenhuma ameaça para as comunidades próximas.

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O desastre de Fukushima não é o único fator favorecendo a expansão da produção de energia solar no Japão. O país instituiu um programa de grande escala para encorajar a construção de novas usinas – e, mais importante de tudo, incentivar consumidores a escolherem energia solar no lugar de formas mais tradicionais de energia.

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Esta política, que começou em 2012, é chamada “tarifa de energia”. Em sua essência, ela subsidia o alto custo da energia solar em relação a outras fontes – oferecendo pagamentos a proprietários de usinas solares para cobrir parte dos seus custos. Como o Washington Post explicou em junho, o sistema de energia solar do Japão deve dobrar em tamanho neste ano graças à “explosão” das usinas:

A tarifa de energia é um legado de Naoto Kan, o impopular primeiro ministro japonês da época do desastre de Fukushima, que decidiu após os vazamentos que a energia atômica era perigosa demais para um país com tanta possibilidade de terremotos. Então, Kan fez um acordo com o partido de oposição: ele renunciaria após o parlamento cooperar na aprovação de algumas medidas legislativas, incluindo um projeto de lei de energia renovável que estabeleceu a tarifa.

Em resumo, Kan sacrificou sua carreira política em troca de um acordo para encorajar o uso de energia solar no país. Dois anos depois, parece que ele acertou ao fazer isso.

http://osbastidoresdoplaneta.wordpress.com/

Japão: usina nuclear de Fukushima afunda e poderia causar uma catástrofe global.


As últimas notícias do Japão comocionam do mundo. A situação precária na usina nuclear de Fukushima, no Japão continua a piorar. O chão sob o reator 4 da energia nuclear está afundando e pode se tornar uma catástrofe global sem precedentes.
Durante uma entrevista recente, Mitsuhei Murata, o ex-embaixador do Japão para a Suíça e Senegal, explicou que o solo abaixo da unidade fabril 4 está afundando, e toda a estrutura é muito provável que à beira do colapso total.

Isso é muito preocupante como 4 Unidade tem atualmente mais de 1.500 barras de combustível nuclear, e um grupo de 37 milhões de curies de radiação mortal, desencadeado, poderia fazer grande parte do mundo completamente inabitável. A unidade 4 contém a piscina de resfriamento elevada infame que foi seriamente danificada após o catastrófico terremoto e tsunami que atingiu o 11 de março de 2011.
Segundo o secretário do ex-primeiro-ministro japonês Naoto Kan, o chão debaixo da unidade 4 já afundou em cerca de 31,5 centímetros do desastre, e este colapso ocorreu de forma desigual. Se a terra continua a afundar-se, o que é esperado, ou se outro terremoto, mesmo tão baixo como uma magnitude seis ocorrem na região, toda a estrutura poderia entrar em colapso, o que seria completamente esvaziar a piscina de resfriamento e causar um colapso catastrófico.

"Se entrar em colapso a unidade 4, o pior caso será uma fusão, e um incêndio, resultante na atmosfera. Essa será a crise sem precedentes que o homem já experimentou. Ninguém será capaz de chegar perto das plantas ... uma vez que todas tenham se fundido e causado um incêndio ", Murata disse durante a entrevista. "Muitos cientistas dizem que, se a Unidade quatro colapsa, não apenas o Japão conhecerá a ruína, mas o mundo também enfrentam a pior das calamidades".

Porque existem 31 unidades nucleares de um tipo semelhante à Unidade 4 em os EUA, o governo dos EUA tem estado a subestimar o desastre para proteger a sua própria reputação, Murata afirma. Esta é, de facto, a razão principal pela qual pouco tem sido relatada sobre a gravidade da Fukushima após a catástrofe. O império norte-americano, em outras palavras, não quer que o mundo, nem o povo americano saiba que exista a possibilidade de literalmente dezenas de situações que ocorrem em Fukushima em solo dos EUA, deve vir desastre certo.

 

Julio Barone Neto

Destaque merecido

Chegando o momento importante!aguarde.

 

Em mais uma demonstração de quem realmente trabalha em prol do desenvolvimento e do bem estar do povo de sua terra, o Prefeito Municipal de Groaíras– Adail Albuquerque Melo, juntamente a 1ª Dama do município Elisabeth Ximenes tiveram seus trabalhos junto a população do município, reconhecido por mais uma fonte de pesquisa que trabalha no sentido de mostrar para o Brasil e para o mundo, os verdadeiros administradores políticos.
O Diretor da Revista Eles e Elas e Presidente do Serviço de Assistência aos Prefeitos do Interior – SAPI, Carlos Alberto Cavalcante informou ao Prefeito Groaíras e a 1ª Dama por meio de convite enviado á seu gabinete, que o nome dos mesmos consta da lista das autoridades homenageadas pela Revista Eles & Elas escolhidos numa pesquisa realizada pelo SAPI, sigilosamente e com ética em todos os 184 municípios do Estado do Ceará.
Na solenidade, que acontecerá ás 20h, do dia 18 de novembro, no Buffet Cambebas, em Fortaleza, o Prefeito Adail Melo e a 1ª Dama Elisabeth Ximenes receberão o Troféu 40 Anos da SAPI, ao lado de mais 29 prefeitos agraciados e 29 1ª Damas. Ambos foram escolhidos por, segundo a pesquisa, estarem entre os 30 melhores gestores do Estado.
Detalhe
Nem todos os municípios terão como homenageados o Prefeito e 1ª Damas, ha município que apenas será homenageado o Prefeito, e outros que só será homenageado a 1ª Dama, Groaíras no então ganha destaque com ambos homenageados.
Em Tempo:
Além dessa homenagem, a 1ª Dama Elisabeth, que também é secretária de Assistência Social receberá o Premio Responsabilidade Social 2013, por estar entre as 50 melhores secretárias do Brasil, isso dentre os 5.564 municípios do Brasil.

PF prende 25 suspeitos de pedofilia, 2 no CE

 

A Polícia Federal deflagrou, ontem, a Operação Glasnost de combate à pedofilia no Ceará e em outros 10 estados. No total, foram expedidos pela Justiça Federal cerca de 80 mandados de busca e apreensão e 25 prisões foram efetuadas, sendo 24 delas em flagrante e uma preventiva. Durante a Operação, duas pessoas suspeitas de envolvimento com a produção e o compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet foram detidas no Ceará. Uma delas na Capital e outra em Juazeiro do Norte.
De acordo com a PF, a investigação, que vem sendo realizada há dois anos, identificou que quase uma centena de brasileiros participa da rede criminosa. Mais de 200 suspeitos continuam sob investigação. Além do Ceará, a PF realizou a Operação nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Goiás. Conforme a PF, “os acusados compartilhavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até de bebês, em muitos casos sendo abusados sexualmente por adultos, e os enviavam para contatos no Brasil e no exterior”.
SUSPEITOS
Entre os suspeitos já identificados, há pessoas de variadas idades e profissões, incluindo um policial militar, um soldado da Aeronáutica, professores, e um chefe de grupo de escoteiros. Um dos acusados, segundo a PF, “abusava sexualmente da própria filha, de apenas cinco anos de idade, e compartilhava imagens destes abusos na internet com outros pedófilos ao redor do mundo”.
A Polícia explicou ainda que, ao longo dos quase 24 meses de investigação, providências imediatas foram tomadas em todos os casos em que foram identificados abusadores, a fim de que os abusos fossem, prontamente, interrompidos. Os policiais envolvidos com a “Operação Glasnost” também identificaram que há envolvimento de brasileiros residentes nos Estados Unidos. Esses suspeitos estão sendo investigados com a colaboração do FBI.
MATERIAL COLETADO
O nome da operação, “Glasnost”, de acordo com a PF, é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida, porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens das crianças na internet, bem como para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo. O material coletado durante o cumprimento dos mandados, ontem, será periciado e analisado pela PF para que sejam identificados abusadores e produtores de material pornográfico infanto-juvenil.
PRISÕES EM FLAGRANTE
CIDADE
Indaiatuba (SP)                1
Cachoeira Paulista (SP)            1
Fortaleza (CE)                1
Juazeiro (CE)                1
Londrina (PR)                1
Apucarana (PR)                1
Campo Mourão (PR)            1
Porto Alegre (RS)            3
Rio de Janeiro (RJ)            1
São Paulo (SP)                9
Andradas (MG)                1
Curitiba (PR)                4

Postado por pompeumacario

Dia da Consciência Negra é referência na luta por igualdade racial, afirma Luiz Alberto

 

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O Brasil comemora nesta quarta-feira (20) o Dia Nacional da Consciência Negra. Feriado em 1.047 municípios, a data lembra a morte do líder negro Zumbi dos Palmares, símbolo da luta pela liberdade e valorização do povo afro-brasileiro. Segundo o presidente da Frente Parlamentar pela Igualdade Racial, deputado Luiz Alberto (PT-BA), a data deve servir de referência histórica para a conquista e ampliação dos direitos da população negra do País.
“Nessa data (20 de novembro), o País precisa refletir sobre as conquistas que ocorreram nos últimos anos em relação aos direitos do povo negro. Entre essas ações, a adoção do Estatuto da Igualdade Racial, das cotas nas universidades públicas, e mais recentemente, o envio ao Congresso do projeto enviado pela presidenta Dilma Rousseff em regime de urgência, que prevê a adoção das cotas nos concursos públicos federais”, destacou Luiz Alberto. 
Para o deputado Paulão (PT-AL), “a data merece nossa reverência, não no sentido de comemoração, mas no sentido de analisar as conquistas obtidas até aqui e discutir outros avanços que ainda precisam acontecer para que, de fato, a igualdade racial seja uma realidade no Brasil”.
O deputado Luiz Couto (PT-PB) também ressaltou a importância da data. “É preciso assumir a condição da negritude para que possamos buscar cada vez mais a melhoria das condições e uma participação efetiva dos negros e das negras na política, na economia, na vida social, na cultura e também na questão da educação”.
O Projeto de Lei 6738/13, do Poder Executivo, reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. A proposta, que tramita em regime de urgência constitucional, estabelece prazo de 45 dias para votação do projeto na Câmara e o mesmo período para o Senado. 
Entre outras medidas de interesse da comunidade negra no âmbito do legislativo, Luiz Alberto citou ainda o projeto que propõe o fim dos autos de resistência. A proposta   (PL 4471/12), de iniciativa do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), altera o Código de Processo Penal e prevê a investigação das mortes e lesões corporais cometidas por policiais durante o trabalho. Atualmente estes casos são registrados pela polícia como autos de resistência ou resistência seguida de morte e não são investigados.
Cotas nos parlamentos- Também tramita na Câmara a Proposta de Emenda a Constituição
(PEC 116/11) que cria cotas para parlamentares negros nos parlamentos. De autoria dos deputados petistas Luiz Alberto e João Paulo Cunha (SP), a proposta reserva vagas na Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal, por cinco legislaturas, a parlamentares negros.
A admissibilidade da proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda apreciação da comissão especial para analisar o assunto.

Quem aposta contra o Brasil sempre perde, afirma Dilma Rousseff

 

Brasília - DF, 19/12/2012. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega do Prêmio Finep de Inovação 2012 no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff destacou, ontem, em sua conta no Twitter, a robustez fiscal do Brasil. Ela lembrou que o primeiro dos cinco pactos lançados depois da manifestações de junho foi pela estabilidade fiscal e que a inflação está abaixo da meta de 6,5% anuais, além de o país contar com reservas internacionais de US$ 376 bilhões.
“E somos um dos poucos grandes países a apresentar um superávit primário. Segundo projeções, apenas seis economias do G-20 (Arábia, Itália, Brasil, Turquia, Alemanha e Coréia do Sul) terão superávit primário em 2013. E mais importante: construímos nossa estabilidade – inflação controlada, superávit fiscal e altas reservas – aumentando renda e emprego. O Brasil tem uma economia sólida e, por isso, tem recebido investimentos externos vultuosos, como comprova o leilão de Libra. Quem aposta contra o Brasil sempre perde”, afirmou.

Corte secreta autorizou que NSA ampliasse espionagem após abusos

 

Por Joseph Menn

SAN FRANCISCO, 19 Nov (Reuters) - Um tribunal secreto dos Estados Unidos autorizou a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) a ampliar a quantidade de dados coletados nas comunicações por e-mail dos norte-americanos, apesar de saber que a agência excedia sistematicamente os limites de um programa menor, segundo documentos recém-divulgados.

Em um voto de 117 páginas divulgado na segunda-feira após solicitação judicial de ativistas, o juiz John Bates, da Corte de Vigilância da Inteligência Estrangeira, cita vários problemas envolvendo a NSA, como a coleta de outras categorias de informação, além das que haviam sido previamente autorizadas pela corte, e a partilha mais ampla de dados dentro da própria agência do que seria permitido.

Segundo Bates, "os analistas da NSA tornaram prática geral disseminar a outras agências relatórios de inteligência contendo informações sobre pessoas dos EUA", como endereços de e-mail.

Historicamente, o foco da NSA é a busca por informações no exterior, mas desde os atentados de 11 de setembro de 2001 ela intensificou suas operações domésticas para tentar localizar pessoas dentro dos EUA que colaborem com terroristas ou espiões.

O tribunal autoriza que a NSA busque norte-americanos que tenham tido contato eletrônico com pessoas que por sua vez tenham ligação com indivíduos hostis ao país. Às vezes, no entanto, os analistas faziam buscas envolvendo nomes que não tinham ligações comprovadas com terroristas ou agentes estrangeiros, segundo o juiz.

A NSA estava autorizada a partilhar indícios criminais com outros órgãos policiais, mas em outros casos deveria borrar os endereços de e-mail para proteger as identidades de cidadãos dos EUA por causa da proteção oferecida na Quarta Emenda constitucional contra buscas injustificadas.

Em comparação ao programa inicial, Bates disse que o segundo "abrange um volume muito maior de comunicações, sem limitar a autorização solicitada a fluxos de dados com uma concentração relativamente grande de comunicações de potências estrangeiras".

Mas, após aceitar procedimentos para limitar a difusão de informações identificadoras de norte-americanos, ele aprovou o programa.

O voto divulgado na segunda-feira está bastante censurado, com páginas inteiras e até a data ocultadas. Mas as duras críticas restantes ecoam um voto judicial divulgado anteriormente, com críticas à conduta da NSA por partilhar endereços de e-mail e outras informações.

Em nota que acompanha o documento revelado na segunda-feira, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional escreveu que o segundo programa foi descontinuado em 2011, depois que "um exame revelou que o programa não estava mais atendendo às expectativas operacionais da NSA".

Também nesta nota, as autoridades de inteligência declararam que o primeiro programa foi abandonado depois que o tribunal secreto apontou as irregularidades.

Mas outros programas de coleta maciça de informações prosseguem, segundo documentos vazados pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden, e é possível que o segundo programa também tenha sido abandonado sob pressão do tribunal.

A decisão judicial recém-revelada mostra ainda que a NSA tentou, com sucesso parcial, prolongar seu acesso aos resultados do programa abandonado.

(Reportagem de Joseph Menn) da Reuters

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Guimarães faz o que o PT não fez: defende os seus

 

Edição/247 Fotos: Ag. Brasil | Folhapress | Divulgação:

Após divulgação de nota pouco crítica da Direção Nacional do PT sobre as ilegalidades nas prisões dos condenados na AP 470, o líder do partido na Câmara, José Guimarães, faz duras acusações ao presidente do STF, Joaquim Barbosa; "manifesto perplexidade e profunda contrariedade com as ilegalidades cometidas pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, na condução do caso dos réus da Ação Penal 470 que foram condenados à prisão, entre eles os companheiros José Dirceu e José Genoíno, ex-presidentes do PT. Não se pode atropelar a lei para dar demonstrações de vaidade e buscar os holofotes da mídia, como tem feito o presidente da Suprema Corte", afirma

18 de Novembro de 2013 às 20:38

247 - Se a Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores, que se reuniu nesta segunda-feira (18), fez uma defesa envergonhada dos condenados na Ação Penal 470, presos na última sexta-feira (15), após mandados confusos emitidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o líder do partido na Câmara, José Guimarães, foi bem mais enfático ao apontar ilegalidades nas prisões de José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares. 

"Em nome da Bancada do PT na Câmara, manifesto perplexidade e profunda contrariedade com as ilegalidades cometidas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na condução do caso dos réus da Ação Penal 470 que foram condenados à prisão, entre eles os companheiros José Dirceu e José Genoíno, ex-presidentes do Partido dos Trabalhadores.
Não se pode atropelar a lei para dar demonstrações de vaidade e buscar os holofotes da mídia, como tem feito o presidente da Suprema Corte. A transformação, na prática, do regime de prisão semiaberto para o fechado, por exemplo, configurou manifestação de desprezo à lei, ao pleno do STF e, por extensão, à sociedade brasileira", afirmou.

Abaixo a nota na íntegra:

NOTA DO LÍDER DO PT SOBRE PRISÕES DECRETADAS PELO PRESIDENTE DO STF

Em nome da Bancada do PT na Câmara, manifesto perplexidade e profunda contrariedade com as ilegalidades cometidas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na condução do caso dos réus da Ação Penal 470 que foram condenados à prisão, entre eles os companheiros José Dirceu e José Genoíno, ex-presidentes do Partido dos Trabalhadores.
Não se pode atropelar a lei para dar demonstrações de vaidade e buscar os holofotes da mídia, como tem feito o presidente da Suprema Corte. A transformação, na prática, do regime de prisão semiaberto para o fechado, por exemplo, configurou manifestação de desprezo à lei, ao pleno do STF e, por extensão, à sociedade brasileira. O mandado de prisão expedido pelo presidente do STF, ao não especificar o regime de cumprimento das penas, desrespeitou direitos dos companheiros e ainda colocou em risco a vida do deputado José Genoíno (PT-SP), cardiopata recém-operado. Inadmissível também, no dia da Proclamação da República, a transferência de Dirceu e Genoíno para Brasília, com o claro objetivo de espetacularização midiática.
Entendemos como arbitrária a prisão de nossos companheiros, já que seus recursos não foram julgados, configurando mais um dos inúmeros casuísmos perpetrados pela Suprema Corte ao longo da AP 470. Trata-se de uma grave violação ao direito de defesa, princípio fundamental no Estado democrático de direito. Repetimos que foram condenados sem provas, num processo nitidamente político e influenciado pela mídia conservadora, com objetivos políticos e eleitorais e ideológicos.
Em nome da Bancada, rogo para que os ministros da Suprema Corte redobrem os esforços para que a lei seja cumprida, e que o cumprimento das penas não fira a dignidade dos réus e tampouco sirva de pretexto para aventuras midiáticas que chamusquem a imagem e a moral de pessoas que foram condenadas num processo questionável, no qual a mídia jogou todo o seu peso para influir no julgamento. A democracia é incompatível com atitudes ao arrepio da lei. Os demais ministros do STF devem agir rapidamente para restaurar a dignidade da Corte.
Reafirmamos que na gênese desta crise está a organização do nosso sistema político, que prevê financiamento privado de campanhas e privilegia o marketing político pessoal em detrimento de programas e Partidos, essenciais ao processo democrático.
Para romper com essa lógica é que o PT tem estado à frente da luta pela Reforma Política, pelo financiamento público exclusivo de campanhas, pela lista partidária pré-ordenada com paridade de gênero e pela ampliação da democracia participativa.
Deputado José Guimarães-PT/CE
Líder da Bancada na Câmara

PRF APREENDE GRANDE QUANTIDADE DE MADEIRA ILEGAL

 

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    A equipe de plantão no posto PRF de Sobral, nesta segunda-feira, 18 de novembro de 2013, abordou três caminhões carregados com madeira, todos oriundos do estado do Pará. Durante a fiscalização foram encontradas irregularidades concernentes às quantidades de madeira transportada, ou seja, a quantidade de madeira registrada nas Guias Florestais para Transporte de Produtos Florestais Diversos era inferior à quantidade apurada nas medições efetuadas e o peso declarado nas notas fiscais também era inferior ao obtido nas pesagens realizadas.

                   As madeiras apreendidas são de espécies variadas (Maçaranduba, Timborana, Cupiúba, Ingá, Louro e Ipê), embora a apreensão tenha ocorrido no estado do Ceará, são todas nativas da floresta amazônica e procedentes de desmatamento ilegal.

                   Dois caminhões tinham como destino as cidades de Mossoró e Tibau, no Rio Grande do Norte; já o terceiro caminhão seguia para Fortaleza/CE.

                   Ainda no mesmo plantão, por volta das 20:00h foi apreendido mais um veículo do tipo carreta com 35,27 m³ de madeira com as mesmas irregularidades dos três anteriores, também oriundo do estado do Pará e com destino a Panamirim/RN

                   No total foram apreendidos 97,40 m³ de madeira e os veículos foram autuados por 22,13 toneladas de excesso de peso.

                   Os quatro veículos, suas cargas e seu condutores foram encaminhados ao escritório do IBAMA em Sobral/CE.

Manifesto: Dallari e Bandeira repudiam Barbosa

 

E o futuro do Estado de Direito ?

Na foto, ministros chegam para sessão solene no Supremo

Os outros ministros do Supremo não vão fazer nada diante de uma violação que só o desejo do espetáculo justifica?
E o futuro do estado de Direito ?
O Conversa Afiada reproduz manifesto que tem os juristas Dalmo Dallari e Celso Bandeira de Mello entre os signatários:
A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal de mandar prender os réus da Ação Penal 470 no dia da proclamação da República expõe claro açodamento e ilegalidade. Mais uma vez, prevaleceu o objetivo de fazer do julgamento o exemplo no combate à corrupção.
Sem qualquer razão meramente defensável, organizou-se um desfile aéreo, custeado com dinheiro público e com forte apelo midiático, para levar todos os réus a Brasília. Não faz sentido transferir para o regime fechado, no presídio da Papuda, réus que deveriam iniciar o cumprimento das penas já no semiaberto em seus estados de origem. Só o desejo pelo espetáculo justifica.
Tal medida, tomada monocraticamente pelo ministro relator Joaquim Barbosa, nos causa profunda preocupação e constitui mais um lamentável capítulo de exceção em um julgamento marcado por sérias violações de garantias constitucionais.
A imprecisão e a fragilidade jurídica dos mandados expedidos em pleno feriado da República, sem definição do regime prisional a que cada réu teria direito, não condizem com a envergadura da Suprema Corte brasileira.
A pressa de Joaquim Barbosa levou ainda a um inaceitável descompasso de informação entre a Vara de Execução Penal do Distrito Federal e a Polícia Federal, responsável pelo cumprimento dos mandados.
O presidente do STF fez os pedidos de prisão, mas só expediu as cartas de sentença, que deveriam orientar o juiz responsável pelo cumprimento das penas, 48 horas depois que todos estavam presos. Um flagrante desrespeito à Lei de Execuções Penais que lança dúvidas sobre o preparo ou a boa fé de Joaquim Barbosa na condução do processo.


Um erro inadmissível que compromete a imagem e reputação do Supremo Tribunal Federal e já provoca reações da sociedade e meio jurídico. O STF precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente.
A verdade inegável é que todos foram presos em regime fechado antes do “trânsito em julgado” para todos os crimes a que respondem perante o tribunal. Mesmo os réus que deveriam cumprir pena em regime semiaberto foram encarcerados, com plena restrição de liberdade, sem que o STF justifique a incoerência entre a decisão de fatiar o cumprimento das penas e a situação em que os réus hoje se encontram.
Mais que uma violação de garantia, o caso do ex-presidente do PT José Genoíno é dramático diante de seu grave estado de saúde. Traduz quanto o apelo por uma solução midiática pode se sobrepor ao bom senso da Justiça e ao respeito à integridade humana.
Tais desdobramentos maculam qualquer propósito de fazer da execução penal do julgamento do mensalão o exemplo maior do combate à corrupção. Tornam também temerária a decisão majoritária dos ministros da Corte de fatiar o cumprimento das penas, mandando prender agora mesmo aqueles réus que ainda têm direito a embargos infringentes.

Querem encerrar a AP 470 a todo custo, sacrificando o devido processo legal. O julgamento que começou negando aos réus o direito ao duplo grau de jurisdição conheceu neste feriado da República mais um capítulo sombrio.
Sugerimos aos ministros da Suprema Corte, que na semana passada permitiram o fatiamento das prisões, que atentem para a gravidade dos fatos dos últimos dias. Não escrevemos em nome dos réus, mas de uma significativa parcela da sociedade que está perplexa com a exploração midiática das prisões e temem não só pelo destino dos réus, mas também pelo futuro do Estado Democrático de Direito no Brasil.
19 de Novembro de 2013
Juristas e advogados
-  Celso Bandeira de Mello - jurista, professor emérito da PUC-SP
-  Dalmo de Abreu Dallari - jurista, professor emérito do USP
-  Pedro Serrano - advogado, membro da comissão de estudos constitucionais do CFOAB
-  Pierpaolo Bottini - advogado
-  Marco Aurélio de Carvalho – jurista, professor universitário e secretário do setorial jurídico do PT.
-  Antônio Fabrício - presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas e Diretor Financeiro da OAB/MG
-  Bruno Bugareli - advogado e presidente da comissão de estudos constitucionais da OAB-MG
-  Felipe Olegário - advogado e professor universitário
-  Gabriela Araújo – advogada
-  Gabriel Ciríaco Lira – advogado
-  Gabriel Ivo - advogado, professor universitário e procurador do Estado.
-  Jarbas Vasconcelos – presidente da OAB/PA
-  Luiz Guilherme Conci - jurista, professor universitário e presidente coordenação do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos do CFOAB
-  Marcos Meira - advogado
-  Rafael Valim - advogado e professor universitário
-  Weida Zancaner- jurista e advogada
Apoio dos partidos e entidades
-  Rui Falcão - presidente nacional do PT
-  Renato Rabelo – presidente nacional do PCdoB
-  Vagner Freitas – presidente nacional da CUT
-  Adílson Araújo – presidente nacional da CTB
-  João Pedro Stédile – membro da direção nacional do MST
-  Ricardo Gebrim – membro da Consulta Popular
-  Wellington Dias - senador, líder do PT no Senado e membro do Diretório Nacional – PT/PI
-  José Guimarães - deputado federal, líder do PT na Câmara e secretário nacional do PT
-  Alberto Cantalice - vice-presidente nacional do PT
-  Humberto Costa – senador e vice-presidente nacional do PT
-  Maria de Fátima Bezerra - vice-presidente nacional do PT, deputada federal PT/RN
-  Emídio de Souza - ex-prefeito de Osasco e presidente eleito do PT/SP
-  Carlos Henrique Árabe – secretário nacional de formação do PT
-  Florisvaldo Raimundo de Souza - secretário nacional de organização do PT
-  Francisco Rocha – Rochinha – dirigente nacional do PT
-  Jefferson Lima - secretário nacional da juventude do PT
-  João Vaccari Neto - secretário nacional de finanças do PT
-  Laisy Moriére – secretária nacional de mulheres PT
-  Paulo Frateschi - secretário nacional de comunicação do PT
-  Renato Simões - secretário de movimentos populares do PT
-  Adriano Diogo – deputado estadual PT/SP e presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALESP
-  Alfredo Alves Cavalcante – Alfredinho – vereador de São Paulo – PT/SP
-  André Tokarski – presidente nacional da UJS
-  André Tredezini – ex-presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto
-  Arlete Sampaio - comissão executiva nacional do PT e deputada distrital do DF
-  Alexandre Luís César - deputado estadual/MT e membro do diretório nacional do PT/MT
-  Antônio Rangel dos Santos - membro do diretório nacional PT/RJ
-  Artur Henrique - ex-presidente da CUT e diretor da Fundação Perseu Abramo – PT
-  Benedita da Silva - comissão executiva nacional e deputada federal PT/RJ
-  Bruno Elias - PT/SP
-  Carlos Magno Ribeiro - membro do diretório nacional do PT/MG
-  Carlos Veras –presidente da CUT/PE
-  Carmen da Silva Ferreira – liderança do MSTC (Movimento Sem Teto do Centro)/FLM (Frente de Luta por Moradia)
-  Catia Cristina Silva – secretária municipal de Combate ao Racismo – PT/SP
-  Dirceu Dresch - deputado estadual/SC
-  Doralice Nascimento de Souza - vice-governadora do Amapá
-  Edson Santos - deputado federal – PT/RJ
-  Elói Pietá - membro do diretório nacional – PT/SP
-  Enildo Arantes – vice-prefeito de Olinda/PE
-  Erik Bouzan – presidente municipal de Juventude – PT/SP
-  Estela Almagro - membro do diretório nacional PT/SP e vice-prefeita de Bauru
-  Fátima Nunes - membro do diretório nacional – PT/BA
-  Fernanda Carisio - executiva do PT/RJ
-  Frederico Haddad – estudante de Direito/USP e membro do Coletivo Graúna
-  Geraldo Magela - membro do diretório nacional – PT/DF
-  Geraldo Vitor de Abreu - membro do diretório nacional – PT
-  Gleber Naime – membro do diretório nacional – PT/MG
-  Gustavo Tatto – presidente eleito do Diretório Zonal do PT da Capela do Socorro
-  Humberto de Jesus – secretário de assistência social, cidadania e direitos humanos de Olinda/PE
-  Ilário Marques - PT/CE
-  Iole Ilíada - membro do diretório nacional – PT/SP
-  Irene dos Santos - PT/SP
-  Joaquim Cartaxo - membro do diretório nacional – PT/CE e vice-presidente do PT no Ceará
-  João Batista - presidente do PT/PA
-  Joao Guilherme Vargas Netto - consultor sindical
-  João Paulo Lima – ex-prefeito de Recife e deputado federal PT/PE
-  Joel Banha Picanço - deputado estadual/AP
-  Jonas Paulo - presidente do PT/BA
-  José Reudson de Souza - membro do diretório nacional do PT/CE
-  Juçara Dutra Vieira - membro do diretório nacional – PT
-  Juliana Cardoso - presidente municipal do PT/SP
-  Juliana Borges da Silva – secretária municipal de Mulheres PT/SP e membro do Coletivo Graúna
-  Laio Correia Morais – estudante de Direito/PUC-SP e membro do Coletivo Graúna
-  Lenildo Morais - vice-prefeito de Patos/PB
-  Luci Choinacki – deputada federal PT/SC
-  Luciana Mandelli - membro da Fundação Perseu Abramo – PT/BA
-  Luís César Bueno - deputado estadual/GO e presidente do PT de Goiânia
-  Luizianne Lins – ex-prefeita de Fortaleza e membro do diretório nacional do PT/CE
-  Maia Franklin – ex-presidenta do Centro Acadêmico XI de Agosto
-  Marcelo Santa Cruz – vereador de Olinda/PE
-  Márcio Jardim - membro da comissão executiva estadual do PT/MA
-  Márcio Pochmann – presidente da Fundação Perseu Abramo
-  Margarida Salomão - deputada federal – PT/MG
-  Maria Aparecida de Jesus - membro da comissão executiva nacional – PT/MG
-  Maria do Carmo Lara Perpétuo - comissão executiva nacional do PT
-  Maria Rocha – vice-presidenta do diretório municipal PT/SP
-  Marinete Merss - membro do diretório nacional – PT/SC
-  Markus Sokol – membro do diretório nacional do PT/SP
-  Marquinho Oliveira - membro do diretório nacional PT/PA
-  Mirian Lúcia Hoffmann - PT/SC
-  Misa Boito - membro do diretório estadual – PT/SP
-  Nabil Bonduki – vereador de São Paulo/SP – PT/SP
-  Neyde Aparecida da Silva - membro do diretório nacional do PT/GO
-  Oswaldo Dias - ex-prefeito de Mauá e membro do diretório nacional – PT/SP
-  Pedro Eugenio – deputado federal PT/PE
-  Rachel Marques - deputada estadual/CE
-  Raimundo Luís de Sousa – PT/SP
-  Raul Pont - membro do diretório nacional PT/RS e deputado estadual/RS
-  Rogério Cruz – secretário estadual de Juventude – PT/SP
-  Romênio Pereira - membro do diretório nacional – PT/MG
-  Rosana Ramos - PT/SP
-  Selma Rocha - diretora da Escola Nacional de Formação do PT
-  Silbene Santana de Oliveira - PT/MT
-  Sônia Braga - comissão executiva nacional do PT, ex-presidente do PT no Ceará
-  Tiago Soares - PT/SP
-  Valter Pomar – membro do Diretório Nacional do PT/SP
-  Vilson Oliveira - membro do diretório nacional – PT/SP
-  Virgílio Guimarães - membro do diretório nacional – PT/MG
-  Vivian Farias – secretária de comunicação PT/PE
-  Willian César Sampaio - presidente estadual do PT/MT
-  Zeca Dirceu – deputado federal PT/PR
-  Zezéu Ribeiro – deputado estadual do PT/BA
Apoios da sociedade civil
-  Rioco Kayano
-  Miruna Genoíno
-  Ronan Genoíno
-  Mariana Genoíno
-  Altamiro Borges – jornalista
-  Andrea do Rocio Caldas – diretora do setor de educação/UFPR
-  Emir Sader – sociólogo e professor universitário/UERJ
-  Eric Nepomuceno – escritor
-  Fernando Morais – escritor
-  Fernando Nogueira da Costa – economista e professor universitário
-  Galeno Amorim – escritor e gestor cultural
-  Glauber Piva – sociólogo e ex-diretor da Ancine
-  Gegê – vice-presidente nacional da CMP (Central de Movimentos Populares)
-  Giuseppe Cocco – professor universitário/UFRJ
-  Henrique Cairus – professor universitário/UFRJ
-  Hildegard Angel - jornalista
-  Ivana Bentes – professora universitária/UFRJ
-  Izaías Almada – filósofo
-  João Sicsú – economista e professor universitário/UFRJ
-  José do Nascimento Júnior – antropólogo e gestor cultural
-  Laurindo Lalo Leal Filho – jornalista e professor universitário
-  Luiz Carlos Barreto – cineasta
-  Lucy Barreto – produtora cultural
-  Maria Victória de Mesquita Benevides – socióloga e professora universitária/USP
-  Marilena Chauí – filósofa e professora universitária/USP
-  Tatiana Ribeiro – professora universitária/UFRJ
-  Venício de Lima – jornalista e professor universitário/UNB
-  Xico Chaves – artista plástico
-  Wanderley Guilherme dos Santos – professor titular de teoria política (aposentado da UFRJ).

DIVULGADO EDITAL DO CONCURSO PARA BOMBEIROS DO CEARÁ

 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por intermédio da Academia Estadual De Segurança Pública Do Ceará (Aesp), e a Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará, divulgou na noite desta Segunda-feira (18), na edição do Diário Oficial do Estado, o Edital do concurso público para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva dos cargos de Tenente do Quadro de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar; Tenente do Quadro de Oficiais da Polícia Militar e Soldados do Quadro do Corpo de Bombeiros Militar. A seleção prevê a contratação de 30 Oficiais dos Bombeiros, sendo 10% das vagas destinadas às mulheres (03 vagas), e 200 oficiais da Polícia Militar, somando 180 homens e 20 mulheres. O edital prevê ainda a seleção de 270 soldados dos Bombeiros Militares, sendo destinadas 5% às mulheres (14 vagas). Confira AQUI o link para baixar o Edital. 

Dilma tem 43%, Aécio, 14%, e Campos, 7%, indica pesquisa Ibope

 

Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (18) aponta que a presidente Dilma Rousseff tem 43% das intenções de voto e venceria no primeiro turno se a eleição de 2014 fosse hoje e os adversários fossem o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), considerado atualmente o cenário mais provável da disputa.

Nessa hipótese, Aécio soma 14% das intenções de voto e Campos, 7%, segundo o Ibope. As opções por voto nulo ou branco acumulam 21%. Outros 15% disseram não saber em quem votar ou não responderam.

Na pesquisa anterior realizada pelo Ibope e divulgada no dia 24 de outubro, Dilma tinha 41%, Aécio, 14%, e Campos, 10%.

Dilma também venceria no primeiro turno nos cenários em que são incluídos pelo PSB  Marina Silva e pelo PSDB, José Serra.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores de 7 a 11 de novembro em 142 municípios do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Rui Falcão repudia STF e chama militância contra 'criminalização do PT'

 

por Redação da RBA publicado 15/11/2013 21:16, última modificação 15/11/2013 21:16

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Rui Falcão, presidente do PT: julgamento injusto e político, para criminalizar o PT

São Paulo – Logo após a confirmação de que o STF expedira ordens de prisão imediata de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) condenados no julgamento da Ação Penal 470, o caso mensalão, o presidente da legenda, Rui Falcão emitiu nota em que afirma que a Suprema Corte do país cometeu "casuísmo jurídico", ao decidir sem ter julgado os recursos interpostos pelas defesas dos réus.

Falcão reafirma que cabe aos companheiros de partido acatar a ordem judicial, mas reforça a visão de que o julgamento foi injusto, além de manifestar solidariedade aos integrantes do partido presos. "O PT reitera sua convicção de que nenhum de nossos filiados comprou votos no Congresso Nacional, nem tampouco houve pagamento de mesada a parlamentares."

Por fim, o presidente da legenda antecipa que convocará a militância para mobilizar-se contra tentativas de criminalização do partido.

Leia a íntegra:

A determinação do STF para a execução imediata das penas de companheiros condenados na Ação Penal 470, antes mesmo que seus recursos (embargos infringentes) tenham sido julgados, constitui casuísmo jurídico e fere o princípio da ampla defesa.

Embora caiba aos companheiros acatar a decisão, o PT reafirma a posição anteriormente manifestada em nota da Comissão Executiva Nacional, em novembro de 2012, que considerou o julgamento injusto, nitidamente político, e alheio a provas dos autos. Com a mesma postura equilibrada e serena do momento do início do julgamento, o PT reitera sua convicção de que nenhum de nossos filiados comprou votos no Congresso Nacional, nem tampouco houve pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve da parte dos petistas condenados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal para enriquecimento.

Expressamos novamente nossa solidariedade aos companheiros injustiçados e conclamamos nossa militância a mobilizar-se contra as tentativas de criminalização do PT.

Rui Falcão
Presidente Nacional do PT

Carta ao povo brasileiro, da Filha de genuíno, emociona

Carta ao povo brasileiro, da Filha de genuíno, emociona

 

Sexta, 19 Outubro 2012

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A carta aberta ao povo brasileiro, escrita por sua filha, circula nas redes sociais. O teólogo Leonardo Boff, em entrevista à TV Petroleira, assegurou: “Pelo menos um dos condenados eu tenho a certeza de que é inocente: José Genuíno”.

Carta aberta aos brasileiros da filha de José Genoíno

A coragem é o que dá sentido à liberdade

Com essa frase, meu pai, José Genoíno Neto, cearense, brasileiro, casado, pai de três filhos, avô de dois netos, explicou-me como estava se sentindo em relação à condenação que hoje, dia 9 de outubro, foi confirmada. Uma frase saída do livro que está lendo atualmente e que me levou por um caminho enorme de recordações e de perguntas que realmente não têm resposta.

Lembro-me que quando comecei a ser consciente daquilo que meus pais tinham feito e especialmente sofrido, ao enfrentar a ditadura militar, vinha-me uma pergunta à minha mente: será que se eu vivesse algo assim teria essa mesma coragem de colocar a luta política acima do conforto e do bem estar individual? Teria coragem de enfrentar dor e injustiça em nome da democracia?

Eu não tenho essa resposta, mas relembrar essas perguntas me fez pensar em muitas outras que talvez, em meio a toda essa balbúrdia, merecem ser consideradas...

Você seria perseverante o suficiente para andar todos os dias 14 km pelo sertão do Ceará para poder frequentar uma escola? Teria a coragem suficiente de escrever aos seus pais uma carta de despedida e partir para a selva amazônica buscando construir uma forma de resistência a um regime militar? Conseguiria aguentar torturas frequentes e constantes, como pau de arara, queimaduras, choques e afogamentos sem perder a cabeça e partir para a delação? Encontraria forças para presenciar sua futura companheira de vida e de amor ser torturada na sua frente? E seria perseverante o suficiente ao esperar 5 anos dentro de uma prisão até que o regime político de seu país lhe desse a liberdade?

E sigo...

Você seria corajoso o suficiente para enfrentar eleições nacionais sem nenhuma condição financeira? E não se envergonharia de sacrificar as escassas economias familiares para poder adquirir um terno e assim ser possível exercer seu mandato de deputado federal? E teria coragem de ao longo de 20 anos na câmara dos deputados defender os homossexuais, o aborto e os menos favorecidos? E quando todos estivessem desejando estar ao seu lado, e sua posição fosse de destaque, teria a decência e a honra de nunca aceitar nada que não fosse o respeito e o diálogo aberto?

Meu pai teve coragem de fazer tudo isso e muito mais. São mais de 40 anos dedicados à luta política. Nunca, jamais para benefício pessoal. Hoje e sempre, empenhado em defender aquilo que acredita e que eu ouvi de sua boca pela primeira vez aos 8 anos de idade quando reclamava de sua ausência: a única coisa que quero, Mimi, é melhorar a vida das pessoas...

Este seu desejo, que tanto me fez e me faz sentir um enorme orgulho de ser filha de quem sou, não foi o suficiente para que meu pai pudesse ter sua trajetória defendida. Não foi o suficiente para que ganhasse o respeito dos meios de comunicação de nosso Brasil, meios esses que deveriam ser olhados através de outras tantas perguntas...

Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação? Se sentiria feliz, praticamente em êxtase, em poder noticiar a tragédia de um político honrado? Acharia uma excelente ideia congregar 200 pessoas na porta de uma casa familiar em nome de causar um pânico na televisão? Teria coragem de mandar um fotógrafo às portas de um hospital no dia de um político realizar um procedimento cardíaco? Dedicaria suas energias a colocar-se em dia de eleição a falar, com a boca colada na orelha de uma pessoa, sobre o medo a uma prisão que essa mesma pessoa já vivenciou nos piores anos do Brasil?

Pois os meios de comunicação desse nosso país sim tiveram coragem de fazer isso tudo e muito mais.

Hoje, nesse dia tão triste, pode parecer que ganharam, que seus objetivos foram alcançados. Mas ao encontrar-me com meu pai e sua disposição para lutar e se defender, vejo que apenas deram forças para que esse genuíno homem possa continuar sua história de garra, HONESTIDADE e defesa daquilo que sempre acreditou.

Nossa família entra agora em um período de incertezas. Não sabemos o que virá e para que seja possível aguentar o que vem pela frente pedimos encarecidamente o seu apoio. Seja divulgando esse e/ou outros textos que existem em apoio ao meu pai, seja ajudando no cuidado a duas crianças de 4 e 5 anos que idolatram o avô e que talvez tenham que ficar sem sua presença, seja simplesmente mandando uma palavra de carinho. Nesse momento qualquer atitude, qualquer pequeno gesto nos ajuda, nos fortalece e nos alimenta para ajudar meu pai.

Ele lutará até o fim pela defesa de sua inocência. Não ficará de braços cruzados aceitando aquilo que a mídia e alguns setores da política brasileira querem que todos acreditem e, marca de sua trajetória, está muito bem e muito firme neste propósito, o de defesa de sua INOCÊNCIA e de sua HONESTIDADE. Vocês que aqui nos leem sabem de nossa vida, de nossos princípios e de nossos valores. E sabem que, agora, em um dos momentos mais difíceis de nossa vida, reconhecemos aqui humildemente a ajuda que precisamos de todos, para que possamos seguir em frente.

Com toda minha gratidão, amor e carinho,

Miruna Genoíno

Pizzolato explica que foi à Itália para garantir direito a novo julgamento

 

Por Redação - do Rio de Janeiro

Em “Nota pública”, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470 a mais de 12 anos de prisão, explica o porquê de se mudar para a Itália, como adiantou o Correio do Brasil, com exclusividade na noite passada. O documento ao qual o CdB teve acesso chega à Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro neste sábado. Pizzolato, em carta aberta, reafirma sua decisão de, “consciente e voluntariamente fazer valer” seu legítimo direito de liberdade “para ter um novo julgamento”.

Advogados ouvidos pela reportagem do CdB, na véspera, concordam com Pizzolato quanto ao exercício do direito de buscar uma nova chance de provar sua inocência, em um país no qual sua outra cidadania o permitirá mostrar que, no Brasil, o julgamento conhecido como ‘mensalão’ teve “motivação política”. Pizzolato também afirma, na nota, que não se submeterá “às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália”.

– O Artigo V do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, que trata dos Direitos Fundamentais, afirma que tampouco haverá o retorno forçado do cidadão ao país de origem se, “pelo fato pelo qual for solicitada, a pessoa reclamada tiver sido ou vier a ser submetida a um procedimento que não assegure os direitos mínimos de defesa”, como é o caso de Pizzolato que, como cidadão comum, foi julgado por um tribunal de última instância, sem direito à apelação – afirmou um jurista ouvido, na véspera e que, por razões pessoais, prefere manter o anonimato.

As condições miseráveis dos presídios brasileiros também servirão de argumento para que Pizzolato seja mantido na Itália, pois, ainda segundo aquele advogado, “qualquer corte italiana concordaria que ‘se houver fundado motivo para supor que a pessoa reclamada será submetida a pena ou tratamento que de qualquer forma configure uma violação dos seus direitos fundamentais’, o réu deverá ser protegido”. Pizzolato, desde o início do julgamento do ‘mensalão’, denunciou o relator, ministro Joaquim Barbosa, por esconder o fato de que o dinheiro do Visanet (empresa conjunta entre o Banco do Brasil e a empresa multinacional de cartões de crédito Visa, entre outros sócios) foi aplicado de forma correta e não se trata de recursos públicos.

Leia, agora, na íntegra, a declaração de Pizzolato:

Nota Pública

Minha vida foi moldada pelo princípio da solidariedade que aprendi muito jovem quando convivi com os franciscanos e essa base sólida sempre norteou meus caminho.

Nos últimos anos, minha vida foi devassada e não existe nenhuma contradição em tudo o que declarei seja em juízo ou nos eventos p´públicos que estão disponíveis na internet.

Em meados de 2012, exercendo meu livre direito de ir e vir, eu me encontrava no exterior acompanhando parente enfermo quando fui, mais uma vez, desrespeitado por setores da imprensa.

Após a condenação decidida em agosto, retornei ao Brasil para votar nas eleições municipais e tinha a convicção de que no recurso eu teria \êxito, pois existe farta documentação a comprovar minha inocência.

Qualquer pessoa que leia os documentos existentes no processo constata o que afirmo.

Mesmo com intensa divulgação pela imprensa alternativa – aqui destaco as diversas edições da revista Retrato do Brasil – e por toda a internet, foi como se não existissem tais documentos, pois ficou evidente que a base de toda a ação penal tem como pilar, ou viga mestra, exatamente o dinheiro da empresa privada Visanet. Fui necessário para que o enredo fizesse sentido. A mentira do “dinheiro público” para condenar… Todos. Réus, partido, ideias, ideologia.

Minha decepção com a conduta agressiva daquele que que deveria pugnar pela mais exemplar isenção, é hoje motivo de repulsa por todos que passaram a conhecer o impedimento que preconiza a Corte Interamericana de Direitos Humanos ao estabelecer a vedação de que um mesmo juiz atue em todas as fases de um processo, a investigação, a aceitação e o julgamento, posto a influência negativa que contamina a postura daquele que julgará.

Sem esquecer o legítimo direito moderno de qualquer cidadão em ter garantido o recurso a uma corte diferente, o que me foi inapelavelmente negado.

Até desmembraram em inquéritos paralelos, sigilosos, para encobrir documentos, laudos e perícias que comprovam minha inocência, o que impediu minha defesa de atuar na plenitude das garantias constitucionais. E o cúmulo foi utilizarem contra mim um testemunho inidôneo.

Por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália.

Agradeço com muita emoção a todos e todas que se empenharam com enorme sentimento de solidariedade cívica na defesa de minha inocência, motivados em garantir o estado democrático de direito que a mim foi sumariamente negado.

Henrique Pizzolato

Fac-símile da nota entregue à Polícia Federal, pela defesa de Pizzolato

Fac-símile da nota entregue à Polícia Federal, pela defesa de Pizzolato

domingo, 17 de novembro de 2013

O dia que o jornalismo emporcalhou a história: UOL e “a capa de Genoíno”

 

novembro 15th, 2013 by mariafro

Hoje a jornalista Ana Helena Tavares escreveu:

Um dia triste para quem escolheu o jornalismo como forma de luta e não como forma de luz. A sociedade do espetáculo se regozija com sua própria desgraça. A República é apunhalada no dia de sua proclamação. E o Brasil permanece o país do faz-de-conta. Tristes lentes as dos repórteres que estão em frente à casa de Genoíno. Queriam registrar ali um palácio, mas só o que veem é uma casa simples. As imagens serão achincalhadas pela História.

Daí abro a página da uol pra ver uma foto de Genoíno postada por uma amigo no Face e fico estarrecida com a desinformação da legenda:

Esta chamada e legenda devem entrar para a história da vergonha alheia da fotolegenda do fotojornalismo. Daquelas imensas mesmo, praticadas por aqueles da imprensa que não fazem a menor questão de lidar com a realidade.

A ‘capa’ que o/a desinformado/a da UOL se refere é um painel bordado por Rioco em 2012* (durante o julgamento da AP470) e simboliza a solidariedade dos companheiros que visitaram Genoíno quando ele passou um longo tempo sem sair de casa após o achincalhe do jornalixo produzido pela grande mídia. Genoíno, que sempre viveu no mesmo bairro, não podia nem ir à padaria próxima a sua casa sem ser hostilizado.

**Rioco fez então muito pássaros, um para cada amigo que não o abandonou, que não achou que a solidariedade fosse coisa privada. Rioco fez uma releitura de Mario Quintana: ‘eles passarão, eu passarinho’.

Foto: Débora Cruz

Por isso Genoíno se cobriu com este manto de solidariedade de seus companheiros de luta e demonstração de amor da sua companheira de uma vida inteira.

E UOL, pelo amor, deixa de ignorância, punhos cerrados levantados para a geração da esquerda da década de 1960 é sinal de luta, de resistência a tudo que vocês representam, seus energúmenos!


A dupla – Smith e John Carlos que levantou os punhos cerrados com luvas pretas, repetindo o gesto dos “panteras negras”. Naquele momento a ação dos atletas simbolizava a luta pelos direitos civis dos negros estadunidenses nos pódios olímpicos. Pelo ato político a dupla foi expulsa das olimpíadas.

Não é gratuito, portanto, o fato de José Dirceu repetir o mesmo gesto de sua geração ao ser preso no mesmo dia que Genoíno.

Não é gratuito que Joaquim Barbosa tenha feito isso em 15 de novembro.

Atualização: Quem me contou a história da confecção do painel foi Débora Cruz, também autora da foto. Mas dois leitores que participaram da confecção corrigiram a informação, reproduzo o depoimento deles:

*Por C. Nicolau

“O bordado foi feito em 2012, como solidariedade ao momento que passava, durante o julgamento (?). Eu estava lá.”

**Por Natalina Ribeiro:

Apenas um retoque: a ideia e a iniciativa do painel foi da Rioko. Os pássaros foram bordados por inúmeras mãos de pessoas solidárias ao Genoíno e sua família, durante o julgamento do STF – mulheres, homens, crianças. Muitos, mesmo não sabendo bordar, deram sua contribuição para a confecção deste painel. Genoíno, estamos aqui!

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Minha foto

Data: 29/11/13

Pauta: Análise da casuística ufológica.

Abertura: 19hs Abertura com Jacinto Pereira.

Informes e depoimentos: Com palavra facultada a todos;

Palestra: Os Exilados de Capela - Somos, por acaso, nativos ou ETs?Com uma visão Histórica, Científica e Espírita.

Palestrante: O Ufólogo e espírita Antônio Romão Silva.

O local será a Sala um da CDL de Sobral, que fica situado na Rua Dr. João do Monte 826, no Centro, Sobral-CE.

O horário: 19 às 22:00hs.

Em tempo: A entrada é Franca.

Antônio Romão Silva: Inspetor PRF aposentado, Engenheiro de Operação - Edificações, por formação e especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

STF age como oposição porque partidos não conseguem cumprir papel

 

STF age como oposição porque partidos não conseguem cumprir papel<br /><br />O STF tornou-se um bunker incrustado no coração da democracia, que mais colabora para manter as deficiências do sistema político do que para saná-las.<br />Maria Inês Nassif<br /> <br />Escrevo com atraso a segunda coluna sobre as dificuldades da oposição partidária brasileira (leia aqui a primeira, O canto do cisne do PSDB e do DEM), mas isso pode ter sido providencial. Coincide com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão dos condenados do chamado Mensalão sem o trânsito em julgado de toda a ação.<br /><br />As pessoas que concordam com a intromissão do STF em assuntos que a Constituição define como de competência do Legislativo dizem que os ministros do STF legislam porque o Congresso não cumpre a sua função. Se for possível sofismar sobre essa máxima, dá para concluir que o STF age como oposição porque os partidos políticos, que deveriam fazer isso, não conseguem atuar de forma eficiente e se constituírem em opção de poder pelo voto.<br /><br />O Supremo, na maioria das vezes em dobradinha com o Ministério Público, tem atuado para consolidar um poder próprio, que rivaliza com o Executivo e o Legislativo, isto é, atua em oposição a poderes constituídos pelo voto. Tornou-se um bunker poderoso incrustado no coração da democracia, que mais colabora para manter as deficiências do sistema político do que para saná-las; e que mais se consolida como uma instância máxima de ação política do que como uma instituição que deve garantir justiça.<br /><br />Essas afirmações não são uma opinião, mas uma constatação. O STF, nos últimos 11 anos, a pretexto de garantir direito de minorias, legislou para manter o quadro partidário fragilizado nas ocasiões em que o Legislativo – que não gosta muito de fazer isso – tentou mudá-lo. Como magistrado, seleciona réus e culpados e muda critérios e regras de julgamento para produzir condenações e dar a elas claro conteúdo político. O julgamento do caso do chamado Mensalão do PT foi eivado de erros, condenou sem provas e levará para cadeia vários inocentes. Casos de corrupção que envolvem partidos de oposição caminham para a prescrição.<br /><br />Como legislador, o STF derrubou as tentativas do Congresso de fazer valer as cláusulas de barreira para funcionamento dos partidos no Legislativo, votadas pela Constituinte de 1988 e que foram adiadas ao longo do tempo. Elas serviriam para “enxugar” o quadro partidário das legendas de aluguel. <br /><br />Em 2008, o Supremo referendou decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que perderia o mandato o político que, eleito por um partido, migrasse para outro depois da eleição. Embora teoricamente defensável, a decisão de obrigar políticos eleitos à fidelidade partidária apenas fechou a porta usada regularmente pelo políticos para reacomodação do quadro partidário depois das eleições, ou de interesses políticos nas vésperas de um novo pleito.<br /><br />Num sistema político-partidário imperfeito como o brasileiro, a possibilidade de trocar de legenda era fundamental para o político.  Dada a dificuldade dos políticos eleitos por partidos tradicionais de sobreviver sem o apoio do governo federal, era comum que, empossado um novo governo, houvesse uma migração de políticos oposicionistas para partidos da base aliada. Isso manteve inalterado o número de partidos por um bom par de anos, embora em número excessivo; e dava um certo fôlego aos novos governos para compor maiorias parlamentares cuja ausência, num sistema político como o brasileiro, poder inviabilizar um governo.<br /><br />Na ausência dessa brecha, e sem  que houvessem mudanças no sistema político que tornassem adequadas as punições para infidelidade partidária, a decisão do STF escancarou outra porta: abriu uma única exceção para a migração parlamentar, a criação de um novo partido. O PSD foi criado pelo grupo do ex-prefeito Gilberto Kassab em 2010, logo após as eleições, para dar uma alternativa aos integrantes do DEM que constataram que a desidratação eleitoral do ex-PFL naturalmente levaria o partido à extinção, mesmo com o nome novo; e que passar mais quatro anos na oposição, para a maioria dos políticos que lá estavam, também era uma sentença de morte. O PSD foi uma acomodação pós-eleitoral. A criação do Solidariedade e do PROS (e da Rede também, se o partido de Marina Silva tivesse obtido registro no TSE) serviram à acomodação pré-eleitoral no quadro partidário.<br /><br />Se tudo continuar como está, os períodos de reacomodação das forças políticas sempre exigirão a criação de novas legendas.<br /><br />O STF foi o artífice de um novo processo de pulverização partidária que certamente tornará mais frágil o quadro partidário e mais deficiente a ação legislativa. E tem inibido o Congresso de legislar sobre partidos e eleições, quase que fixando os dois temas como reserva de mercado do Judiciário. A decisão do ministro Gilmar Mendes, este ano, de sustar a tramitação de um projeto no Legislativo que impedia ao parlamentar que mudasse para outro partido levar junto o seu correspondente em Fundo Partidário e horário eleitoral gratuito (que ficaria com o partido pelo qual foi eleito), foi uma barbaridade jurídica que, se não tinha muito futuro no plenário do SFT, surtiu o efeito de intimidar o Parlamento de seguir adiante.<br /><br /><br />Diante desses fatos, é possível concluir, sem margem de erro, que não apenas os interesses dos integrantes do Congresso estão em desacordo com uma reforma política. Um risco igualmente grande de fracasso de uma mudança legal efetiva no sistema partidário e eleitoral reside no Poder Judiciário.<br /><br />No caso do Mensalão, o STF não julgou. Os réus já estavam condenados antes que o julgamento se iniciasse. O hoje presidente do tribunal e relator da ação, Joaquim Barbosa, deu inestimável ajuda para que isso acontecesse. A orquestra tocou rigorosamente sob sua batuta, salvo o honroso desafino do revisor da ação, Ricardo Lewandowski. Seria louvável se o julgamento servisse para mostrar à sociedade que até poderosos podem ser condenados, se o processo não deixasse dúvidas de sua intenção de fazer justiça. As  condenações, todavia, foram fundamentadas em erros visíveis a olho nu. É um contrassenso: para fazer a profilaxia política, condena-se culpados, inocentes e quem estava passando por perto mas tinha cara de culpado.<br /><br />Basta uma análise breve do julgamento para constatar que, não se sabe com que intenção, Barbosa construiu uma acusação sobre um castelo de cartas: como precisava existir dinheiro público para que a acusação de desvio de dinheiro público vingasse, forjou o ex-diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato, como o “desviador” de uma enorme quantia do Fundo Visanet, que não era público e que não foi desviado. Pizzolato vai para a cadeia sem que em nenhum momento, como diretor de Marketing, tivesse poder de destinar dinheiro do fundo. É uma situação tão absurda que as campanhas contratadas pela agência DNA, que servia por licitação feita no governo anterior ao Banco do Brasil, foram veiculadas pelos maiores órgãos de comunicação, que continuam a falar do desvio embora o dinheiro tenha entrado no caixa de cada um deles.<br /><br />O STF considerou que a culpa de José Dirceu dispensava provas e que a assinatura de José Genoíno, então presidente do PT, num empréstimo feito pelo partido, que foi quitado ao longo desses anos e considerado legal pelo TSE na prestação de contas do partido, tornava o parlamentar culpado. Foram decisões politicamente convenientes e aplaudidas por isso por parcela da população. Esse foi um erro cometido pela elite brasileira, um grande erro – e torço para que ela perceba isso a tempo. Condenar sem provas e sem evidências, quando o STF é a instituição que condena, pode se tornar uma regra, não uma exceção. Qualquer brasileiro poderá estar sujeito a isso a partir de agora. A visão subjetiva dos ministros do STF terá o poder de prevalecer sobre qualquer fato objetivo.<br /><br />Esses dois padrões de decisão do STF só podem ser entendidos se tomados conjuntamente. São ações que dão sobrevida aos partidos de oposição, ao manter o partido do governo sob constantes holofotes, de preferência em vésperas de eleições; e ao mesmo tempo mantém os partidos enfraquecidos por constantes intervenções em leis eleitorais e partidárias, o que dá à mais alta Corte brasileira poder constante de intervenção sobre assuntos político. <br /><br />http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FSTF-age-como-oposicao-porque-partidos-nao-conseguem-cumprir-papel%2F4%2F29542&fb_action_ids=10200343833678337&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map={%2210200343833678337%22%3A1411068642461012}&action_type_map={%2210200343833678337%22%3A%22og.recommends%22}&action_ref_map=[]

O STF tornou-se um bunker incrustado no coração da democracia, que mais colabora para manter as deficiências do sistema político do que para saná-las.


Maria Inês Nassif

Arquivo

Escrevo com atraso a segunda coluna sobre as dificuldades da oposição partidária brasileira (leia aqui a primeira, O canto do cisne do PSDB e do DEM), mas isso pode ter sido providencial. Coincide com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão dos condenados do chamado Mensalão sem o trânsito em julgado de toda a ação.
As pessoas que concordam com a intromissão do STF em assuntos que a Constituição define como de competência do Legislativo dizem que os ministros do STF legislam porque o Congresso não cumpre a sua função. Se for possível sofismar sobre essa máxima, dá para concluir que o STF age como oposição porque os partidos políticos, que deveriam fazer isso, não conseguem atuar de forma eficiente e se constituírem em opção de poder pelo voto.
O Supremo, na maioria das vezes em dobradinha com o Ministério Público, tem atuado para consolidar um poder próprio, que rivaliza com o Executivo e o Legislativo, isto é, atua em oposição a poderes constituídos pelo voto. Tornou-se um bunker poderoso incrustado no coração da democracia, que mais colabora para manter as deficiências do sistema político do que para saná-las; e que mais se consolida como uma instância máxima de ação política do que como uma instituição que deve garantir justiça.
Essas afirmações não são uma opinião, mas uma constatação. O STF, nos últimos 11 anos, a pretexto de garantir direito de minorias, legislou para manter o quadro partidário fragilizado nas ocasiões em que o Legislativo – que não gosta muito de fazer isso – tentou mudá-lo. Como magistrado, seleciona réus e culpados e muda critérios e regras de julgamento para produzir condenações e dar a elas claro conteúdo político. O julgamento do caso do chamado Mensalão do PT foi eivado de erros, condenou sem provas e levará para cadeia vários inocentes. Casos de corrupção que envolvem partidos de oposição caminham para a prescrição.
Como legislador, o STF derrubou as tentativas do Congresso de fazer valer as cláusulas de barreira para funcionamento dos partidos no Legislativo, votadas pela Constituinte de 1988 e que foram adiadas ao longo do tempo. Elas serviriam para “enxugar” o quadro partidário das legendas de aluguel. 
Em 2008, o Supremo referendou decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que perderia o mandato o político que, eleito por um partido, migrasse para outro depois da eleição. Embora teoricamente defensável, a decisão de obrigar políticos eleitos à fidelidade partidária apenas fechou a porta usada regularmente pelo políticos para reacomodação do quadro partidário depois das eleições, ou de interesses políticos nas vésperas de um novo pleito.
Num sistema político-partidário imperfeito como o brasileiro, a possibilidade de trocar de legenda era fundamental para o político.  Dada a dificuldade dos políticos eleitos por partidos tradicionais de sobreviver sem o apoio do governo federal, era comum que, empossado um novo governo, houvesse uma migração de políticos oposicionistas para partidos da base aliada. Isso manteve inalterado o número de partidos por um bom par de anos, embora em número excessivo; e dava um certo fôlego aos novos governos para compor maiorias parlamentares cuja ausência, num sistema político como o brasileiro, poder inviabilizar um governo.

Na ausência dessa brecha, e sem  que houvessem mudanças no sistema político que tornassem adequadas as punições para infidelidade partidária, a decisão do STF escancarou outra porta: abriu uma única exceção para a migração parlamentar, a criação de um novo partido. O PSD foi criado pelo grupo do ex-prefeito Gilberto Kassab em 2010, logo após as eleições, para dar uma alternativa aos integrantes do DEM que constataram que a desidratação eleitoral do ex-PFL naturalmente levaria o partido à extinção, mesmo com o nome novo; e que passar mais quatro anos na oposição, para a maioria dos políticos que lá estavam, também era uma sentença de morte. O PSD foi uma acomodação pós-eleitoral. A criação do Solidariedade e do PROS (e da Rede também, se o partido de Marina Silva tivesse obtido registro no TSE) serviram à acomodação pré-eleitoral no quadro partidário.

Se tudo continuar como está, os períodos de reacomodação das forças políticas sempre exigirão a criação de novas legendas.
O STF foi o artífice de um novo processo de pulverização partidária que certamente tornará mais frágil o quadro partidário e mais deficiente a ação legislativa. E tem inibido o Congresso de legislar sobre partidos e eleições, quase que fixando os dois temas como reserva de mercado do Judiciário. A decisão do ministro Gilmar Mendes, este ano, de sustar a tramitação de um projeto no Legislativo que impedia ao parlamentar que mudasse para outro partido levar junto o seu correspondente em Fundo Partidário e horário eleitoral gratuito (que ficaria com o partido pelo qual foi eleito), foi uma barbaridade jurídica que, se não tinha muito futuro no plenário do SFT, surtiu o efeito de intimidar o Parlamento de seguir adiante.

Diante desses fatos, é possível concluir, sem margem de erro, que não apenas os interesses dos integrantes do Congresso estão em desacordo com uma reforma política. Um risco igualmente grande de fracasso de uma mudança legal efetiva no sistema partidário e eleitoral reside no Poder Judiciário.
No caso do Mensalão, o STF não julgou. Os réus já estavam condenados antes que o julgamento se iniciasse. O hoje presidente do tribunal e relator da ação, Joaquim Barbosa, deu inestimável ajuda para que isso acontecesse. A orquestra tocou rigorosamente sob sua batuta, salvo o honroso desafino do revisor da ação, Ricardo Lewandowski. Seria louvável se o julgamento servisse para mostrar à sociedade que até poderosos podem ser condenados, se o processo não deixasse dúvidas de sua intenção de fazer justiça. As  condenações, todavia, foram fundamentadas em erros visíveis a olho nu. É um contrassenso: para fazer a profilaxia política, condena-se culpados, inocentes e quem estava passando por perto mas tinha cara de culpado.
Basta uma análise breve do julgamento para constatar que, não se sabe com que intenção, Barbosa construiu uma acusação sobre um castelo de cartas: como precisava existir dinheiro público para que a acusação de desvio de dinheiro público vingasse, forjou o ex-diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato, como o “desviador” de uma enorme quantia do Fundo Visanet, que não era público e que não foi desviado. Pizzolato vai para a cadeia sem que em nenhum momento, como diretor de Marketing, tivesse poder de destinar dinheiro do fundo. É uma situação tão absurda que as campanhas contratadas pela agência DNA, que servia por licitação feita no governo anterior ao Banco do Brasil, foram veiculadas pelos maiores órgãos de comunicação, que continuam a falar do desvio embora o dinheiro tenha entrado no caixa de cada um deles.
O STF considerou que a culpa de José Dirceu dispensava provas e que a assinatura de José Genoíno, então presidente do PT, num empréstimo feito pelo partido, que foi quitado ao longo desses anos e considerado legal pelo TSE na prestação de contas do partido, tornava o parlamentar culpado. Foram decisões politicamente convenientes e aplaudidas por isso por parcela da população. Esse foi um erro cometido pela elite brasileira, um grande erro – e torço para que ela perceba isso a tempo. Condenar sem provas e sem evidências, quando o STF é a instituição que condena, pode se tornar uma regra, não uma exceção. Qualquer brasileiro poderá estar sujeito a isso a partir de agora. A visão subjetiva dos ministros do STF terá o poder de prevalecer sobre qualquer fato objetivo.
Esses dois padrões de decisão do STF só podem ser entendidos se tomados conjuntamente. São ações que dão sobrevida aos partidos de oposição, ao manter o partido do governo sob constantes holofotes, de preferência em vésperas de eleições; e ao mesmo tempo mantém os partidos enfraquecidos por constantes intervenções em leis eleitorais e partidárias, o que dá à mais alta Corte brasileira poder constante de intervenção sobre assuntos político.