domingo, 3 de maio de 2015

Amazônia Azul, a nova fronteira brasileira

 

por Fabíola Ortiz*

Um petroleiro navega na baía de Guanabara, na costa do Rio de Janeiro. A cerca de 250 quilômetros da costa fica uma jazida de petróleo pré-sal, a grande riqueza econômica da chamada Amazônia Azul. Foto: Fabíola Ortiz/IPS

Um petroleiro navega na baía de Guanabara, na costa do Rio de Janeiro. A cerca de 250 quilômetros da costa fica uma jazida de petróleo pré-sal, a grande riqueza econômica da chamada Amazônia Azul. Foto: Fabíola Ortiz/IPS

Rio de Janeiro, Brasil, 27 de maio de 2015 (Terramérica)- O Oceano Atlântico é a última fronteira no leste do Brasil, mas ainda é uma incógnita a dimensão total de sua biodiversidade, e a pesquisa científica e a proteção em torno dela segue atrasada com relação à exploração de recursos como o petróleo.

A Amazônia Azul, como as autoridades brasileiras chamam essa região rica em biodiversidade e recursos energéticos de seu mar patrimonial, possui área semelhante à da selva tropical brasileira ou cerca de metade do território continental do país. Por essa costa também saem 95% das exportações brasileiras, segundo dados oficiais.

A plataforma marítima brasileira guarda 90% das suas reservas petrolíferas provadas e 77% das gasíferas. E o grande desafio é proteger as riquezas da Amazônia Azul ao longo dos 8.500 quilômetros de costa.

“Não nos fixamos na grandiosidade desse território. Para se ter uma ideia, a Amazônia Azul se compara ao tamanho da Índia”, afirmou ao Terramérica o diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense, Eurico de Lima Figueiredo. Para este cientista político, “não estamos preparados para cuidar dela, mesmo sendo considerada uma prioridade política e econômica do país”.

Figueiredo, que presidiu a Associação Brasileira de Estudos de Defesa entre 2008 e 2010, assegurou que a Amazônia Azul é uma expressão que busca denominar territórios vinculados aos novos tratados do direito marítimo internacional. O Brasil está entre os dez países do mundo com maior plataforma continental, em um oceano como o Atlântico, que mantém oculta uma incalculável riqueza marinha, com grandes potencialidades econômicas, científicas e tecnológicas.

Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de cada país inclui seu mar territorial, de 12 milhas náuticas desde a linha de base, a zona contígua, que chega até as 24 milhas, e o mar patrimonial, que alcança até 200 milhas náuticas (370 quilômetros lineares). No caso do Brasil, a ZEE originalmente superava os 3,5 milhões de quilômetros quadrados.

A esse território o país solicitou o acréscimo de outros 963 mil quilômetros quadrados, que diferentes instituições nacionais, incluídas as científicas, reivindicam, argumentando que representam o seguimento natural do talude de sua plataforma continental. A Comissão de Limites da Plataforma Continental da Convenção, formada por 148 países, até agora deu razão ao Brasil na incorporação à sua ZEE de 771 mil quilômetros quadrados, enquanto permanece pendente a decisão sobre o restante.

A reivindicação brasileira, ao menos na expansão da plataforma concedida até agora, atende os requisitos da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) e dá ao país beneficiado poder para explorar os recursos existentes na área ampliada e o obriga a manter responsabilidades em seu manejo.

O reconhecimento a favor do Brasil, ainda que não seja total, não deixa de levantar desconfiança entre alguns vizinhos, pelos imensos interesses econômicos na plataforma continental adicional concedida.

Mapa oficial de parte da Amazônia Azul, a grande fronteira ocidental no Atlântico brasileiro, cuja proteção e pesquisa seguem atrás de seu desenvolvimento econômico, principalmente petroleiro. Foto: Governo do Brasil

Mapa oficial de parte da Amazônia Azul, a grande fronteira ocidental no Atlântico brasileiro, cuja proteção e pesquisa seguem atrás de seu desenvolvimento econômico, principalmente petroleiro. Foto: Governo do Brasil

Figueiredo explicou que agora o grande desafio é monitorar e proteger sua plataforma marítima. “Não temos plena soberania em relação aos territórios marítimos. A sociedade brasileira não sabe da necessidade e importância de se proteger a Amazônia Azul. Há uma grande carência em relação às nossas necessidades”, ressaltou.

Em 2005 foi aprovado um plano de modernização da Marinha com investimento estimado em US$ 30 bilhões até 2025. A defesa de um país é complexa, segundo Figueiredo, pois reúne dimensões como a militar, a econômica ou a técnica e a científica.

Atualmente, a velocidade com que são explorados os recursos marinhos – como os hidrocarbonos situados sob uma camada de sal de mais de dois mil metros, a 250 quilômetros da costa e a sete mil metros de profundidade – é muito mais rápida do que o ritmo das pesquisas científicas. Os depósitos de pré-sal, descobertos há uma década, colocariam o Brasil entre os dez países com maiores reservas de hidrocarbonos do mundo, enquanto já fornecem 27% dos mais de três milhões de barris equivalentes de petróleo e gás que o país produz por dia.

“Essa região pertence ao Brasil. O país assumiu compromissos junto à ONU para monitorar e estudar os recursos vivos e não vivos, como petróleo, gás e minérios. Se não a preservarmos, vamos perder essa grande riqueza”, pontuou ao Terramérica o oceanógrafo David Zee, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em sua opinião, o Brasil está longe de cumprir os compromissos assumidos junto à comunidade internacional.

“A ONU nos impõe deveres e pesquisa científica. Temos que tratar com mais cuidado nossos recursos marinhos”, afirmou Zee. Além da riqueza hidrocarbonífera, em grande parte da ZEE se sobrepõe o bioma da Mata Atlântica, que se estende por 17 Estados brasileiros, 14 deles costeiros.

A organização SOS Mata Atlântica afirma que as zonas costeiras e marinhas representam a transição ecológica entre ecossistemas terrestres e marinhos, como mangues, dunas, escarpas, baías, estuários, arrecifes, corais e praias. A riqueza biológica desses ecossistemas converte as áreas marinhas em grandes “viveiros” naturais. Além disso, o litoral é composto por águas frias ao sul e quentes a nordeste, contribui para a diversidade biológica e dá abrigo a numerosas espécies de fauna e flora.

Entretanto, só 1,5% da zona marítima brasileira está sob alguma figura de proteção, ressalta a organização. Nesse contexto, assegurar a soberania nacional sobre as águas jurisdicionais ainda é um grande desafio político e militar. Em março, cerca de 15 mil militares e 250 embarcações e aeronaves da Marinha brasileira participaram da Operação Amazônia Azul, a maior já realizada em suas águas patrimoniais.

“Esta foi uma oportunidade de capacitação para garantir a segurança da navegação, a repressão a crimes e o patrulhamento em alto mar. A missão abrangeu toda a extensão territorial do Brasil”, disse à IPS o capitão de corveta Thales da Silva Barroso Alves, comandante de um dos três patrulheiros oceânicos que o país possui para monitorar a Amazônia Azul.

Essas embarcações fiscalizam a muito extensa costa em “áreas de grande interesse econômico, exploração e acidentes. A pesca ilegal também é recorrente”, ressaltou Thales. O capitão afirmou que a extração dos recursos do mar deve ser feita de forma “consciente e sustentável”, com a finalidade de preservar a biodiversidade.

O cientista político Figueiredo compartilha desse ponto de vista. “Defender a Amazônia Azul passa por nossa capacidade de desenvolver meios técnico-científicos para proteger a biodiversidade nessa área tão extensa”, enfatizou. Envolverde/Terramérica

* A autora é correspondente da IPS.

http://envolverde.com.br/terramerica/terramerica-amazonia-azul-a-nova-fronteira-brasileira/

'O lixo se queixa de Lula por ter sido comparado à Veja e à Época'

 

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Jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, escreve uma "carta" do lixo para o ex-presidente, após seu discurso no 1º de Maio: "Eu existo para que o planeta fique limpo, ou razoavelmente limpo. Proporciono emprego honesto para uma categoria humilde e simpática: os lixeiros. Por que, então, me comparar à Veja e à Época?"

3 de Maio de 2015 às 06:55

247 – Após seu discurso na última sexta-feira, 1º de Maio, o ex-presidente Lula recebeu uma "carta" do lixo, reclamando por ter sido comparado às revistas Época e Veja. O texto é de Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo.

"Eu existo para que o planeta fique limpo, ou razoavelmente limpo. Proporciono emprego honesto para uma categoria humilde e simpática: os lixeiros. Por que, então, me comparar à Veja e à Época?", questiona o lixo.

Em sua fala, que rebatia reportagem de capa da revista Época dessa semana, sobre uma investigação contra Lula, o ex-presidente afirmou:

"Ah, lá na Operação Lava, tão esperando que alguém cite o nome do Lula. Ah, porque o objetivo é pegar o Lula. Aí vêm essas revistas brasileiras que são um lixo, não valem nada, falando a mesma coisa".

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/179362/DCM-'O-lixo-se-queixa-de-Lula-por-ter-sido-comparado-à-Veja-e-à-Época'.htm

Sem projeto, direita se unifica pelo ódio

 

Itamar Aguiar/Futura Press/Folha: PORTO ALEGRE,RS,24.07.2013:TARSO GENRO/ABERTURA EXPOINTER - Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro discursa na cerimônia de lançamento da 36ª edição da Expointer, na manha desta quarta-feira (24), durante almoço na Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia

RS 247 - O ex-governador gaúcho Tarso Genro postou um comentário no Twitter sobre o que move a oposição e a mídia brasileira em sua recente ofensiva contra o ex-presidente Lula. "Ataques a Lula mostram que a grande mídia e a direita autoritária não tem unidade, nem projeto, nome para 18. Querem se unificar pelo ódio", disse ele.

No fim de semana, Lula foi atacado pela revista Época como "operador" de um suposto esquema de vantagens no BNDES. Leia, abaixo, reportagem do 247 a respeito:

POR QUE 'LULA DE NOVO' ASSUSTA TANTO A GLOBO?

A capa de Época deste fim de semana contra o ex-presidente Lula é tão ruim, mas tão ruim que não conseguiu repercussão nem no Jornal Nacional, da Globo; eis os motivos: (1) Silvia Faria, diretora de jornalismo da TV Globo, não engole o estilo de Diego Escosteguy, que dirige a parte policial de Época; (2) a reportagem extrapola os limites da canalhice ao condenar Lula como "operador" de um esquema, a partir de uma denúncia de caráter político aberta há uma semana (!!!) pelo Ministério Público; (3) o que o texto demonstra é, na verdade, o lobby de Época em favor de uma empreiteira chinesa, a Gezhouba, e não o de Lula em favor da Odebrecht; diante de uma matéria que envergonha o jornalismo, a questão: por que tanto medo de que as cenas acima, de Lula tomando posse em 2002 e 2006, voltem a se repetir?

247 - Com uma das reportagens mais canalhas dos últimos anos, Época bem que tentou, mas não conseguiu nem 30 segundos de Jornal Nacional.

Trata-se da capa que retrata o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como "operador" de um esquema no BNDES para favorecer a construtora Odebrecht.

As provas? Quais seriam? Alguma condenação? Algum batom na cueca? Nada.

Apenas a investigação aberta há apenas uma semana – isso mesmo, uma semana – pelo Ministério Público Federal.

Eis o texto da revista:

"ÉPOCA obteve, com exclusividade, documentos que revelam: o núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil".

Em tempos normais, antes da contaminação do jornalismo por uma agenda política e ideológica ensandecida, essa descoberta mereceria, no mínimo, uma nota de rodapé.

A matéria, que produziu a capa escandalosa de Época, portanto, envergonha o jornalismo e também mancha a reputação do Ministério Público, comandado por Rodrigo Janot, como demonstra artigo do jornalista Luís Nassif (leia aqui).

Lobby em favor de empreiteiras chinesas

Época, que pertence à Globo, não conseguiu ser repercutida no Jornal Nacional, também da Globo, por múltiplas razões. A principal, o fato de a matéria ser um traque. A segunda, a péssima imagem que Silvia Faria, diretora de Jornalismo da Globo, tem do jornalista Diego Escosteguy, que dirige a parte policial de Época.

O terceiro é outro aspecto polêmico da reportagem. O texto de Época é nascido do lobby. Em vez de revelar lobby de Lula em favor da Odebrecht, demonstra apenas que a revista fez lobby por uma empreiteira chinesa derrotada pela construtora brasileira na China e na América Latina.

Ao comentar uma obra na República Dominicana, Época entrega o ouro:

"As concorrentes da Odebrecht contestaram imediatamente na Justiça o resultado da licitação. Em abril de 2014, dias após a Odebrecht assinar o contrato, advogados do grupo chinês Gezhouba alertaram o BNDES, em ofício, da pendência judicial".

Certo, portanto, na visão de Época seria o BNDES não financiar uma obra de uma construtora brasileira, e abrir as portas para a expansão de empreiteiros chineses, num momento de grande disputa geopolítica – quem quiser saber mais a respeito, deve pesquisar sobre a expressão "Chináfrica".

Aliás, as empreiteiras chinesas têm notórios lobistas que vêm se movimentando com frequência por Brasília e por redações de veículos de comunicação nas últimas semanas.

Medo de Lula em 2018

Época não saiu no JN, mas cumpriu uma missão para a Globo: a de tentar colocar mais uma pedra no caminho da eventual volta de Lula, em 2018. A esse respeito, eis o que escreveu o jornalista Leandro Fortes, no texto "jornalismo de encomenda":

Aí, um núcleo do Ministério Público em Brasília abre uma "investigação" porque descobriu que o ex-presidente Lula, como todos os ex-presidentes do planeta, usa de seu prestígio no exterior para conseguir negócios para empresas brasileiras.

Logo em seguida, a "investigação" é entregue à revista Época.

Quem ainda tem alguma dúvida de que, com a ajuda de parte do Judiciário, o Ministério Público vai trabalhar para tentar interditar a candidatura de Lula, em 2018?

Ao que Lula respondeu: "pois é o seguinte, não me chame pra briga, porque eu sou bom de briga e eu gosto dessa briga" (saiba mais aqui).

http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/179364/Tarso-sem-projeto-direita-se-unifica-pelo-ódio.htm

Reduzir maioridade para crimes hediondos pode afetar jovens acusados de tráfico

 Lílian Beraldo

O tráfico de drogas é uma das infrações mais praticadas pelos jovens em conflito com a lei. Em 2014, o envolvimento com o comércio ilegal de entorpecentes levou 2,9 mil adolescentes às varas especiais da Infância e Juventude da capital paulista. O número representa 21,6% do total de casos e só é superado pelas acusações de roubo, 4,3 mil casos – 32,4% do total.

Com as discussões sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, os jovens com esse tipo de envolvimento têm ainda mais chance de serem afetados. “Ele pode ser considerado um traficante e tratado como autor de um crime hediondo”, alerta o advogado e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo, Ariel de Castro Alves.

Entre os projetos que propõe a alteração da idade em que a pessoa pode responder criminalmente, há propostas de redução apenas para os crimes considerados hediondos, caso do tráfico de drogas.

De 2010 a 2014, foram apreciados 14,1 mil casos de tráfico pelas varas especiais da Infância e da Juventude da capital paulista.

Em todo o país, 5,8 mil adolescentes passaram por medida socioeducativa em 2013, acusados de envolvimento com a venda de entorpecentes. Segundo dados preliminares do levantamento anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), o número representa 23,46% do total de atos infracionais.

Saiba Mais

Apesar dos reflexos para os acusados de tráfico, os argumentos dos defensores da redução da maioridade para os crimes hediondos se baseiam, em geral, em atentados contra a vida.

“Crimes como o homicídio qualificado, o latrocínio e o estupro não podem ensejar apenas a retribuição por um ato infracional. Nessas graves hipóteses, cabe instituir a responsabilidade penal plena, submetendo o menor de 18 anos a processo penal e privação de liberdade, em caso de condenação”, diz o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 382 de 2014, do deputado Akira Otsubo (PMDB-MS) que pede a mudança da idade penal para crimes hediondos.

A proposta de Otsubo é uma das 38 apensadas à proposta principal – a PEC 171/1993 – que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos e foi admitida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no final de março. Agora, a proposta está sendo analisada por uma comissão especial da Câmara dos Deputados. O deputado Laerte Bessa (PR-DF), ex-delegado e ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, foi escolhido para ser o relator da proposta. Para Bessa, a comissão tem o importante dever de regulamentar uma situação que está sendo exigida pela sociedade brasileira.

Em 2014, os crimes contra a vida representaram 0,84% dos 13,4 mil processos apreciados nas varas da Infância e Juventude de São Paulo. Somados, os processos por latrocínio e homicídio totalizaram 114 casos no ano.

No panorama nacional, o homicídio ficou em terceiro lugar entre os atos cometidos por jovens que passaram por medidas socioeducativa em 2013, com 8,81% dos casos. O latrocínio, em oitavo, com 1,94% das infrações. Os dois crimes juntos totalizaram 2,7 mil ocorrências de um total de 25 mil, segundo dados do Sinase.

Em audiência pública realizada esta semana na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário Brasileiro, na Câmara dos Deputados, o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Renato Campos de Vitto, disse que o sistema não tem condições de internar adolescentes. Para de Vitto, se a maioridade penal for reduzida, haverá aprofundamento do déficit de vagas, que hoje é de 216,4 mil.

Na última quarta-feira (29), a presidenta Dilma Rousseff criticou as proposta que reduzem a maioridade penal. “Toda experiência demonstra que redução não resolve a questão da violência”, destacou Dilma em um evento para juventude rural. Na quinta-feira (30), nove ministros que ocuparam a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) desde o governo Fernando Henrique Cardoso assinaram um manifesto em que se posicionam contrários à redução da maioridade.

Fonte: Agência Brasil

EM TEMPO: Minha sugestão para sanar o problema dos jovens envolvidos com droga (e os adultos tambem), é mandar todos eles para a Indonésia.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Isto pode ser verdade?

A Ligação do Large Hadron Collider, com Símbolo de Shiva TRIDENT de Destruição e Catástrofes

Nos tempos antigos, de acordo com Platão, Poseidon é o deus do mar, das tempestades e terremotos. Um dos símbolos de Poseidon é o Trident, uma arma celestial antigo capaz de destruir toda a criação.

Equivalente de Poseidon é o hindu Shiva (deus Hindu da destruição). Tanto a sua ferramenta mais importante de arma era o Trident. Uma enorme tridente mostra uma geoglyph pré-histórico no Peru. Ele aponta diretamente para as "Linhas de Nazca" A figura tridente perto supostas pistas de pouso antigos de Nazca é cortar dois pés no chão e é 595 pés de altura e possíveis criou milhares de anos atrás.

A geoglyph que simboliza um tridente, feita por uma raça extraterrestre, como um sinal de que eles têm armas de destruição em massa? Também nos tempos modernos, o Trident é um símbolo de destruição e catástrofes. British European Airways Voo 548 foi um voo de passageiros agendado a partir de Londres Heathrow para Bruxelas em 18 de Junho de 1972, que caiu logo após a decolagem, matando todas as 118 pessoas a bordo. O tipo e nome do avião: A Hawker Siddeley Trident 1C. O tipo de aeronave Trident foi envolvido em 9 acidentes graves e mortais.

Imagem à esquerda: Logo Trident da Malásia. Direito Image:. Símbolo tridente de Ucrânia

e na história recente, temos o voo da companhia aérea malaia falta MH370 eo vôo da linha aérea malaia MH17 abatido sobre a Ucrânia e a coincidência, símbolo da Ucrânia é um tridente. Na hora de ambos os desastres havia exercícios militares em essas áreas. Ambos os exercícios foram chamados Trident. Para este ano de 2015, novamente há dois exercícios militares. 1. Em 3 de maio um treinamento naval bilateral entre os EUA e Canadá, e está ocorrendo nas águas a oeste Vancouver Island, British Columbia e de 2. Um exercício militar terá lugar a partir de 28 setembro - 6 novembro 2015, em vários locais em todo a Alliance incluindo a Itália, Portugal e Espanha e acho que os próximos exercícios são chamados de Trident. Se nós estamos falando sobre o tridente do hindu Shiva (Shiva - O destroyer do Mundo) e sabemos que Shiva é dito residir em Mt. Kailash no Himalaia cerca de 300 milhas a partir de Kathmandu Nepal nos lembramos da estátua estranho e oculto de Shiva em frente a facilidade CERN.

Sem dúvida, eles conhecem a história de Shiva e nós pode se perguntar se é sua intenção de desafiar Shiva ou não, colocando a estátua. Sabemos que CERN iniciou recentemente o seu Large Hadron

Collider e no exato momento em partículas de energia ocorreu na Suíça a 7,8 terremoto no Nepal ocorreu. (Veja abaixo vídeo). Aqueles cientista brincando de deus e talvez eles não sabem que Shiva atingiu-os no rosto com um terremoto destruidor no Nepal como uma advertência não desvendar os mistérios sobre o universo e suas origens. E agora os cientistas trabalhando no Large Hadron Collider descobriram um objeto misterioso em um tubo de vácuo do Collider, mas eles dizem que o objeto não identificado não é um problema, desde que não se move e se mantém estável.

E se ele se move? É tudo conectado e por isso começa ....

Fonte:ufosightingshotspot

Veja o vídeo no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=xN6fDP9lHK8&feature=player_embedded

Fonte: http://ufosonline.blogspot.com.br/

Link de vídeos usados na última palestra do CSPU

https://youtu.be/0s1XjoNf68o

Essa palestra nós assistimos enquanto esperávamos os participantes da nossa reunião ufológica, mas o vídeo usado no debate foi o deste link:

 https://youtu.be/Ci8pK60YkWc

Um abraço a todos

Jacinto Pereira

Vagner Freitas ao 247: 'Este 1º de Maio é mais nervoso'

 

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Presidente da CUT, maior central sindical do País, diz que o Dia do Trabalhador deste ano "é diferente por conta da conjuntura"; "O PL 4330 [da terceirização] faz o Brasil retroagir à década de 30. Esse Primeiro de Maio é muito mais nervoso do que o dos outros anos", afirma; líder sindicalista promete "parar o Brasil" caso o projeto passe no Senado como está e anuncia que o feriado será de manifestações contra a "sanha conservadora" que tem se levantado no Congresso sob a liderança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); ato da entidade terá a presença do ex-presidente Lula no centro da capital paulista

1 de Maio de 2015 às 06:12

Gisele Federicce, 247 – O Primeiro de Maio deste ano é "muito mais nervoso" se comparado aos anteriores, na avaliação do presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas. Em entrevista ao 247, ele explicou que o motivo é a "conjuntura". "O Projeto de Lei 4330 [que regulamenta a terceirização] faz o Brasil retroagir à década de 30", afirmou.

O presidente da CUT teve na última terça-feira 28, junto com outros líderes sindicais, uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tratar do assunto. A avaliação do encontro foi positiva e a expectativa das centrais é de que o senador coloque o projeto em um debate mais profundo do que ocorreu na Câmara, onde, sob a liderança do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o texto foi aprovado com pressa e sob críticas de irregularidades na votação.

De acordo com Freitas, caso passe no Senado da forma como está, a CUT e outras centrais sindicais vão "parar o Brasil" com uma greve geral, pedindo o veto da presidente Dilma Rousseff. O formato atual da proposta permite às empresas terceirizarem atividade-fim, além da atividade-meio, como funciona atualmente. Como exemplificou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) ao 247 (leia aqui), aprovado o novo texto, os hospitais poderiam passar a terceirizar médicos, e as escolas, professores.

O presidente da CUT anuncia que haverá este ano um grande movimento contra a ameaça dos direitos trabalhistas e contra a "sanha conservadora" que tem se levantado no Congresso para afetar o trabalhador, liderada por Eduardo Cunha. Ao menos no evento da CUT, que acontece no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. A central é a maior do Brasil, representando 2,3 mil sindicatos. O ato terá a presença do ex-presidente Lula, que também falará contra a terceirização, e do presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Segunda maior central do País, representante de 1,6 mil sindicatos, a Força Sindical, que faz oposição ao governo, manterá seu tradicional evento na praça Campo de Bagatelle, na zona norte, com shows e sorteios de automóveis. A entidade focará sua pauta em protesto contra as medidas provisórias 664 e 665, que modifica o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensões por morte. As medidas são sugestões da equipe econômica de Dilma e fazem parte do ajuste fiscal do governo. A terceira maior central, UGT, que entrou recentemente na luta contra o PL 4330, decidiu não realizar eventos neste Primeiro de Maio.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

Qual sua avaliação sobre a reunião com o presidente do Senado, nessa semana, a respeito do PL 4330?

Foi positiva. O presidente avisou a opinião pública brasileira que no Senado o projeto vai entrar em processo de discussão diferente do que na Câmara. Ele disse que não há prazo para isso e, uma coisa que eu achei muito importante, disse que se nesse processo o Brasil optar pela terceirização como atividade-fim, estará optando pela precarização em relação à qualidade do trabalho.

Como o Senado deveria agir em relação ao texto, na avaliação da CUT?

Eu sugeri duas coisas separadas: uma é regularizar os trabalhadores terceirizados que estão precarizados. O que eu acho é que deveria se apresentar outro projeto para regularizar os 12,7 milhões de trabalhadores que estão na terceirização. Em relação aos outros 40 milhões de trabalhadores registrados sob o regime CLT, eliminar o "projeto do Cunha", que é como eu estou chamando, para acabar com a proposta de terceirizar as atividades-fim. Subtrair o parágrafo segundo, que fala dessa possibilidade.

O senador Renan Calheiros disse que não cabe às centrais dizer o que o Senado deve fazer. Qual seu comentário sobre essa declaração?

Eu acho que o Senado, como a Câmara, é a casa do povo. É a ressonância do que acontece na sociedade. Isso é normal da democracia. Os movimentos fazem suas reivindicações e o Senado tem que agir a partir de uma maioria. Não são as centrais que mandam, nem os empresários, mas o Senado é uma caixa de ressonância.

O que representa a adesão da UGT na luta contra o PL 4330?

Eu acho que todas as centrais têm que estar contra. A UGT tomou uma posição correta. Metade dos funcionários é contratada direta e metade é terceirizada, então ela teve uma dificuldade interna, mas foi correto.

Quais os planos para o 1º de Maio? Vai ter greve?

Vai ser o primeiro enfrentamento às manifestações de março e de abril, de descontentamento ao governo. A pauta é muito sobre o PL 4330 e mais as MPs 664 e 665, que também tratam de benefícios aos trabalhadores. Além disso, tem nossa pauta histórica, que inclui o fator previdenciário, e ainda a resistência à sanha conservadora contra os direitos dos trabalhadores no Congresso. Obviamente o movimento [do 1º de Maio] é um processo de condução para a greve. Se o PL 4330 passar no Senado permitindo a terceirização como atividade-fim, vamos parar o Brasil, até para pedir para que a Dilma vete.

Este 1º de Maio é diferente dos outros? Se sim, em que sentido?

Ele é diferente porque a conjuntura é diferente, o 4330 faz o Brasil retroagir à década de 30. Esse 1º de Maio é muito mais nervoso do que o dos outros anos por causa da conjuntura.

Do Brasil 247

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Executiva do PSB aprova fusão com PPS

 

Humberto Pradera   :

29 de Abril de 2015 às 19:51

247 - A Executiva Nacional do PSB aprovou a fusão com o PPS, em decisão tomada nesta quarta-feira (29) em Brasília. Apesar da decisão da diretoria do PSB de Carlos Siqueira com o PPS de Roberto Freire depende de aprovação em convenção nacional dos dois partidos, além de trâmites legais. "Vamos iniciar agora as tratativas para organizar o novo partido da esquerda democrática brasileira, que sirva de plataforma de diálogo com o século 21, com o novo mundo contemporâneo", disse o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).

Carlos Siqueira, presidente Nacional do PSB, destacou o ganho para o partido como para a sociedade com a união dos dois partidos, já que o PPS também tem uma trajetória histórica de reconhecimento nacional. “Vamos construir juntos essa nova trajetória”, disse. “Nós estamos oferendo à sociedade brasileira uma nova força de esquerda democrática, progressista, que ocupará um espaço no espectro da política nacional”, salientou Siqueira.

O presidente socialista explicou que o PSB passará ainda por três etapas antes da aprovação final do processo de fusão. Siqueira se reunirá com os presidentes estaduais do PSB e com as bancadas federais na Câmara e no Senado. Além disso, haverá Congresso Nacional Extraordinário em junho para aprovar a fusão. O PPS também realizará Congresso no mesmo dia para autorizar a união. Se a fusão se confirmar, a nova legenda será a quarta maior bancada na Câmara, atrás do PMDB, PT e PSDB. No Senado será a quarta bancada igualando-se ao PDT, atrás apenas do PMDB, PT e PSDB.

A nova legenda, caso a fusão se concretize, terá sete senadores, 45 deputados federais, 92 deputados estaduais, quatro governadores, 588 prefeitos e 5.831 vereadores, além de 792 mil filiados.

Do Brasil 247

'Richa cometeu crime de responsabilidade e cabe impeachment'

 

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Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

Vendo o governador Beto Richa dar sua versão dos fatos no Jornal Nacional, a impressão que se tem é a de que ele não sabe o que a sua polícia fez nesta quarta-feira diante da Assembleia Legislativa do Paraná. Ou, então, ainda não lhe caiu a ficha.

Essas hipóteses, porém, são descartáveis; é óbvio que Richa não só sabe o que aconteceu, mas, também, absolutamente tudo o que aconteceu foi sob suas ordens. Apesar disso, em sua declaração ao Jornal Nacional ele mentiu escancaradamente logo após as imagens da tevê Globo contarem uma história muito diferente da sua.

Assista, abaixo, ao trecho da reportagem do principal telejornal da Globo que mostra os policiais atacando aqueles que Richa diz, em seguida, que não foram os responsáveis pela “agressão aos policiais”.

Ao JN, Richa disse, textualmente, que sua tropa só atacou quem a atacou. Palavras dele: “Temos imagens de pessoas infiltradas que não são do movimento dos professores”. Porém, imagens fartamente distribuídas pela internet e o que se vê no JN, dizem outra coisa. Mostram a polícia de Richa atacando indiscriminadamente.

Na foto abaixo, momento em que a polícia paranaense atira bombas de gás contra manifestantes estáticos, que nada faziam.

A foto no alto desta página mostra muito bem quem foi que Beto Richa atacou – ou mandou atacar: a qualquer um que estivesse no local ou nas cercanias. A reportagem da Globo mostra que até crianças foram afetadas. Há mais de 200 feridos. Alguns, com gravidade.

Ainda que Richa possa ter algum vídeo mostrando que alguém fez algo errado, ele promove essa barbaridade? Ataca indiscriminadamente, tal qual cachorro louco?

Não há muito o que falar: o governador do Paraná pôs em risco as vidas de muitas pessoas, inclusive daquelas que disse que protestavam pacificamente, para, supostamente, repelir um ataque que atribuiu a “infiltrados”.

Depois, contradizendo-se, atribuiu tudo à CUT e ao PT, como sempre fazem os tucanos quando têm que se defender de qualquer acusação. Mas o fato é que ele não podia mandar atacar qualquer um que estivesse na rua só porque diz que alguns “infiltrados” atacaram sua polícia.

Richa cometeu crime de responsabilidade. O procurador-geral do Estado tem que mover ação contra ele e pedir seu impeachment. Se a Assembleia Legislativa do Paraná não acatar a Procuradoria, tem que sofrer intervenção da Justiça Federal. Se o procurador-geral do Paraná não denunciá-lo, tem que ser denunciado ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Richa vai se safar do crime que cometeu em 29 de abril de 2015? Se isso acontecer, será inaugurada uma nova era no país. Uma era de sombra. Um Estado policial e – como disseram recentemente – “medievalesco” terá se instalado no Brasil.

A partir da impunidade de Richa, no Brasil passa a valer tudo. E o pior é que isso, como sempre, vai acabar valendo para os dois lados.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/179040/'Richa-cometeu-crime-de-responsabilidade-e-cabe-impeachment'.htm

"Beto Richa não tem mais condições de governar"

 

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Em entrevista ao 247, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que acompanhou, da Assembleia Legislativa, o massacre promovido pela Polícia Militar do Paraná contra os professores, que deixou cerca de 200 feridos, afirma que o governador tucano Beto Richa perdeu as condições de governabilidade; "o clima é de indignação absoluta e de revolta no Paraná", afirma Requião; segundo o senador, Richa só se mantém no cargo graças ao apoio da imprensa paranaense e nacional; "como é que chamam de isso de confronto? era um elefante contra uma formiga"; Requião diz ainda que o Paraná foi tomado por uma "quadrilha", que elevou repasses das empresas estatais para acionistas privados, enquanto assalta os professores

29 de Abril de 2015 às 21:18

Paraná 247 - O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que acompanhou, de dentro da Assembleia Legislativa, a repressão promovida pela Polícia Militar do governador Beto Richa, do PSDB, contra os professores estaduais, descreveu, ao 247, o que presenciou.

– Foi um massacre. Uma violência absurda contra idosos, mulheres, jovens... Aqui, em Curitiba, o sentimento é de indignação, perplexidade e revolta.

Requião foi à Assembleia, acompanhado da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ambos tentaram convencer os parlamentares a não votar o pacote fiscal de Richa, que confisca R$ 2 bilhões da previdência dos servidores para tapar rombos no orçamento.

– Esse parlamento envergonhou o Paraná. Todos se venderam ao Beto. Votaram em troca de emendas e de pequenas benesses em suas localidades.

Segundo Requião, embora Richa tenha conseguido aprovar o pacote, ele perdeu as condições morais de permanecer no cargo.

– Não tem a menor condição de governar. Antes desse massacre, a rejeição dele já era de 80%. Agora, vai bater no teto.

O senador diz que Richa só se mantém no cargo graças ao apoio quase absoluto da imprensa paranaense, que se replica também em veículos nacionais.

– Como é que chamam de confronto um massacre que deixa 200 feridos? Era um elefante contra uma formiga.

O parlamentar diz, ainda, que o Paraná foi tomado por uma "quadrilha".

– O Beto elevou a distribuição de dividendos das estatais, como Copel e Sanepar, para os sócios privados e esmagou os professores.

O que fazer diante desse quadro?

Segundo ele, agora os parlamentares pedirão um posicionamento do Ministério da Previdência sobre o confisco de R$ 2 bilhões dos fundos dos servidores.

Requião avalia que, depois do massacre deste 29 de abril, os professores dificilmente retomarão as aulas no Paraná.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/179034/Beto-Richa-não-tem-mais-condições-de-governar.htm

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O problema não é a TV, é a armação. Seus “estrategistas” não enxergam o obvio

 

28 de abril de 2015 | 13:03 Autor: Fernando Brito

lobao

Conversa fiada, claro, esta história de que a ideia de Dilma Rousseff não falar na TV no 1° de Maio é para “privilegiar as redes sociais”.

É obvio que se trata de uma tentativa de deixar que sigam minguando as manifestações de hostilidade dos grupos de direita com um novo panelaço.

Duas ou três mil caçarolas batendo em São Paulo, na Zona Sul do Rio, na Savassi, em BH ou nos Moinhos de Vento, em Porto Alegre, multiplicadas pelo poder de foco da mídia se transformariam, é claro, numa nova “onda de protestos”, corresponda ou não isso à atitude da população.

Porque, como observa com razão Paulo Henrique Amorim, a mídia – com a Globo à frente – calou a Presidenta eleita pelo voto da maioria dos brasileiros.

Mas há algo que, ao que parece, os estrategistas (não sei se uso aspas) da Presidente parecem não ter percebido ou desconsideram.

É que é nas redes sociais que se armam os eventos “espontâneos” que, depois, viram fatos na mídia.

E é dentro das “instituições republicanas” que se monta o clima de “roubalheira generalizada” que domina os jornais.

As ameaças à democracia brasileira estão lá, no comportamento desarvorado da Polícia Federal, do MP e da mídia.

Todos tratados a pão-de-ló em mais de um década de PT.

Que acreditou no que a elite brasileira jamais acreditou ou acreditará.

Que o Brasil é “um país de todos”.

Não é, nunca foi e, a depender dela nunca será.

Mas para que seja o país da maioria, de imensa maioria, é preciso fazer escolhas.

Ir à TV neste 1° de maio é irrelevante.

Relevante é que o discurso da esquerda foi mantido fora do eixo.

Talvez uma contagem de expressões nos discursos presidenciais mostre que “classe média” apareceu muito mais que “trabalhador”.

“Trabalhadores do Brasil” sempre foi um “populismo demodé”.

É isso que fez e faz falta, muito mais que uma fala na televisão para “cumprir o ritual”.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=26517

“Petrobras continua alvo de ataque especulativo do mercado, para favorecer petroleiras estrangeiras”

 

Petrobras e Sibá

“Com a preciosa ajuda da oposição PSDB/ DEM, partidos que agem como vassalos dos interesses externos”

O REGIME DE PARTILHA, O PRÉ-SAL E OS INTERESSES NACIONAIS

por Sibá Machado*, via e-mail

O povo brasileiro precisa ser informado: A Petrobras continua sendo alvo de um ataque especulativo das chamadas forças do mercado — leia-se principalmente as petroleiras estrangeiras — com a preciosa ajuda da oposição PSDB/ DEM, partidos que agem como vassalos dos interesses externos.

Uma das ações principais contra o interesses do povo brasileiro está sendo implementada no Congresso Nacional, onde tramitam projetos de iniciativa dos dois partidos de oposição com o objetivo de acabar com o regime de partilha no pré-sal, voltando-se ao modelo de concessão, criado pelo governo FHC em 1997, justamente para favorecer o capital estrangeiro.

É preciso ampla mobilização de diferentes setores da sociedade brasileira para evitar esse retrocesso promovido por forças reacionárias e apartadas da soberania e dos interesses nacionais. O regime de partilha no pré-sal, aprovado durante o governo do presidente Lula, significa que, em vez de entregar a maior parte dessa riqueza do povo brasileiro a empresas estrangeiras, ela vai para a União. O sistema subordina a exploração do pré-Sal ao projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do país, dinamizando várias cadeias produtivas.

RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO

O regime de partilha vai garantir que do petróleo que jorra das profundezas do mar sejam gerados, nas próximas décadas, 1 trilhão e 300 bilhões de reais para a área de educação e saúde, graças à nova legislação sancionada pela presidenta Dilma em 2013. O regime de partilha significa mais de 70% dos royalties para a educação — dinheiro que irá para todas as prefeituras do País. É para impulsionar nosso desenvolvimento econômico e social. O regime de concessão significa escoar essas riquezas nacionais para as petrolíferas estrangeiras, como era antes, no governo do PSDB.

A importância estratégica da Petrobras não pode ser confundida com eventuais problemas que têm ocorrido, com irregularidades cometidas por funcionários e empresas que prestavam serviços à estatal. Esses recursos serão ressarcidos, os que forem responsabilizados serão punidos pela Justiça. E uma nova governança para a estatal aponta para dias melhores.

Mas o importante é frisar que a Petrobras adquiriu nova feição, tornou-se uma das maiores petrolíferas do mundo a partir de um olhar do PT sobre o que significam interesses nacionais e como o petróleo pode ajudar no desenvolvimento nacional. É preciso deixar bem claro- essa é uma visão oposta ao neoliberalismo do PSDB, que, se pudesse, teria vendido a preço de banana toda a empresa, como fez com outros setores estratégicos da economia brasileira, como a Companhia Vale do Rio Doce e a área de telecomunicações.

Outro dado: Na era do governo do PSDB, as compras de embarcações e plataformas, pela Petrobras, eram feitas em Cingapura e outros países da Ásia, o que gerou emprego e avanço em ciência e tecnologia lá fora, quando poderia gerar estes benefícios aqui no Brasil

Mas isso mudou. O setor naval no Brasil, que no governo FHC contava com menos de 2 mil trabalhadores, agora emprega quase 80 mil pessoas.

GERAÇÃO DE EMPREGOS NO BRASIL

Hoje, em vez de exportarmos emprego para Ásia, Europa e Estados Unidos, como fazia o PSDB, recuperamos a capacidade de participar do restrito clube da construção naval. Assim, estamos formando uma nova geração de engenheiros e de outros profissionais que estão atendendo à nova demanda da nossa indústria naval, que está conectada com as descobertas do pré-sal.

Importante assinalar que todos estes investimentos foram feitos com uma política de conteúdo local de forma a se produzir no País os insumos para a empresa, numa ação de estímulo à indústria e pesquisa nacionais, com geração de empregos e renda em território brasileiro. Destacam-se as encomendas à indústria naval no Brasil, envolvendo sondas de perfuração, plataformas de produção e navios .

Não devemos esquecer que o entreguismo (prática subserviente de parte da elite brasileira, que atua como serviçal, para repassar riquezas nacionais a grupo estrangeiros) faz parte do ideário demotucano.

Lembremos: Além de entregar a maior parte das riquezas do petróleo às empresas estrangeiras, o PSDB quase entregou a própria Petrobras. É preciso recordar que o governo Fernando Henrique iniciou o processo de privatização ao vender nas bolsas de Nova York e São Paulo quase 70% das ações da empresa que dão direito a dividendos sobre os seus lucros. Faltou pouco para abrir mão também do controle estatal sobre a empresa e vender a mais valiosa de nossas empresas, como fez com tantas outras riquezas do povo brasileiro.

Os tucanos são tão alienados e entreguistas que tentaram até mudar o nome de Petrobras para Petrobrax – claro, “bras” não soa bem aos ouvidos de quem prefere escrever Brasil com Z. Mas a Petrobras soube resistir a essas investidas antinacionais. Com Lula e Dilma a empresa renasceu, valorizou-se, investiu como nunca em tecnologia, tornou-se capaz de buscar a 7 mil metros de profundidade o petróleo que se transformará em mais educação, saúde, desenvolvimento econômico e social para o país. Com o pré-sal, nossa produção média passará de 2,1 milhões de barris/dia em 2015 para 5,2 milhões no período 2020/2030. Serão cada vez mais livros, escolas, hospitais, médicos, professores. Com Lula e Dilma, além de petróleo, a Petrobras produz as grandes transformações da nossa história.

São essas conquistas que devem ser destacadas, não a campanha antinacional movida contra a empresa, tanto pela oposição como por setores da mídia que não escondem também sua subserviência aos interesses estrangeiros. Não se pode enxovalhar a imagem de uma empresa que é símbolo da nacionalidade brasileira. Empresa construída com sangue e suor dos brasileiros e que é uma das maiores empresas de petróleo do mundo.

Mas os entreguistas, os alinhados às causas antinacionais, não pensam assim. Para eles, tudo que é nacional deve ser entregue aos estrangeiros. Eles têm complexo de inferioridade. Como dizia Nelson Rodrigues- complexo de vira-latas. Os governos do PT e aliados conseguiram transformar o país positivamente nos últimos doze anos, e a Petrobras teve papel central no processo. O regime de partilha integra as ações estratégicas para impulsionar o desenvolvimento do Brasil. Para promover essas mudanças, bastou acreditarmos em nosso país e em suas potencialidades. Não podemos permitir uma volta ao passado.

*Sibá Machado é deputado federal (PT-AC) e líder do partido na Câmara

http://www.viomundo.com.br/denuncias/petrobras-continua-sendo-alvo-de-ataque-especulativo-das-chamadas-forcas-do-mercado-com-a-preciosa-ajuda-da-oposicao-psdb-dem.html

PT vai à Justiça para reaver mandato de Marta

 

Divulgação : Marta Suplicy, lamenta, dona Canô

247 - O PT deverá entrar na Justiça para reaver o mandato da senadora Marta Suplicy, que entregou, nesta terça-feira (28), a sua carta de desfiliação do partido. "Só nos resta buscar nossos direitos", disse o vice-presidente do diretório nacional do PT, Jorge Coelho. "A gente só lamenta que tenha sido desta maneira, sem debate e sem condições de contrapor os argumentos dela", disse ele em entrevista ao jornal O Globo.

Jorge Coelho destacou que não será fácil para o partido reaver o mandato da senadora, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem decidido manter os mandados de outros senadores que trocaram de legenda. Marta está deixando o PT para candidatar-se à Prefeitura de São Paulo pelo PSB nas eleições municipais do próximo ano.

"É uma perda para os dois lados. Historicamente, todos os que saíram do PT para tentar uma aventura fora se deram muito mal. Pau que bate em Chico bate em Francisco", disse um dos coordenadores do PT, Francisco Rocha. Segundo ele, uma eventual candidatura de Marta Suplicy não afetam as chances de reeleição do atual prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT).

Brasil 247

PT diz que Marta “desrespeitou a militância”

 

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247 – Em nota divulgada no início da noite desta quinta-feira 28, o PT rebateu as críticas feitas pela senadora Marta Suplicy, que pediu hoje sua desfiliação ao partido. A legenda afirma que "nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da senadora", que foi "sucessivamente prestigiada", tendo assumido os cargos de deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes ministra.

A sigla disse ainda que Marta "desrespeitou a militância que sempre a apoiou" e considera que, apesar dos motivos expostos em carta divulgada por Marta Suplicy, em que disse que o partido "desviou de seu caminho", as "razões reais de sua saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um 'personalismo desmedido'". Marta pretende se candidatar à Prefeitura de São Paulo pelo PSB em 2018.

Leia abaixo texto publicado pela Agência PT de Notícias:

Em nota, PT critica postura antiética de Marta Suplicy

O Partido dos Trabalhadores recebeu com indignação o anúncio oficial da desfiliação da senadora Marta Suplicy. A legenda considera que, apesar dos motivos expostos em carta divulgada pela parlamentar, as razões reais de sua saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um "personalismo desmedido".

Em nota assinada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão; pelo Presidente Estadual do PT/SP, Emídio de Souza; e pelo Presidente Diretório Municipal/SP, Paulo Fiorilo; o PT afirma nunca ter cerceado as atividades partidárias ou parlamentares da senadora.

O texto diz ainda que Marta Suplicy desrespeitou a militância que sempre a apoiou, ao renegar a própria história e desonrar o mandato.

Leia a íntegra da nota:

"Nota oficial

O PT recebe com indignação a carta da senadora Marta Suplicy oficializando sua desfiliação do PT.

Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras. Por isso, resolveu buscar espaços em outros partidos.

Ao contrário de suas alegações, nunca o PT cerceou suas atividades partidárias ou parlamentares. Sucessivamente prestigiada, com o apoio da militância e das direções, Marta Suplicy foi deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes ministra.

Lamentavelmente, a senadora retribui, com falta de ética e acusações infundadas, a confiança que o PT lhe conferiu ao longo dos anos.

Ao renegar a própria história e desonrar o mandato, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou e destila ódio por não ter sido indicada candidata à Prefeitura de São Paulo em 2012.

Finalmente, é triste ver que a senadora jogue fora a coerência cultivada como militante do PT e passe a se alinhar, de forma oportunista, com aqueles que sempre combateu e que sempre a atacaram.

Rui Falcão - Presidente Nacional do PT

Emídio de Souza - Presidente Estadual do PT/SP

Paulo Fiorilo - Presidente Diretório Municipal/SP"

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/178852/PT-diz-que-Marta-“desrespeitou-a-militância”.htm

terça-feira, 28 de abril de 2015

Brasil trabalha pela industrialização, diz Dilma

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR:

Pernambuco 247 – Contra um discurso pregado por líderes da oposição, que vendem a 'desindustrialização' do País, a presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta terça-feira 28 a fábrica da Jeep, parte do polo automotivo empreendido pelo grupo Fia Chrysler na cidade de Goiana, em Pernambuco. O polo recebeu investimentos de mais de R$ 7 bilhões, sendo R$ 3 bilhões apenas na fábrica da Jeep, que empregará nove mil pessoas, sendo 82% nordestinos e 78% pernambucanos.

"O Brasil vai continuar trabalhando para criar um ambiente de negócios cada vez mais favorável à indústria brasileira em geral e à indústria automobilística. Todas as empresas são muito bem-vindas, seja para instalar fábricas, para expandir unidades já existentes", discursou Dilma, em um megaevento que deu início aos trabalhos da unidade. A presidente destacou por mais de uma vez a decisão do governo do PT, nos últimos 12 anos, de se investir no Nordeste.

"Nos últimos anos, fizemos uma escolha transformadora para Pernambuco", disse, lembrando que o ex-governador Eduardo Campos, morto no ano passado em um acidente aéreo, era pernambuco, assim como é o ex-presidente Lula. "Esta fábrica é exemplo concreto de um compromisso do governo federal com o desenvolvimento regional e nacional", afirmou. "Somos parceiros incondicionais do desenvolvimento do Nordeste", acrescentou a presidente em sua fala.

Ela destacou ainda que o País precisa, "para crescer e se tornar forte, que as regiões se tornem fortes. Daí a importância desse projeto, que mostra também a capacidade do povo nordestino e do povo pernambucano". Dilma também falou sobre a necessidade dos ajustes fiscais – "são pontuais e necessários" e assegurou que eles "não vão ofuscar o quadro da indústria automotiva no Brasil".

Em seu discurso, ela fez uma breve menção à Lava Jato, quando reafirmou que a Petrobras está "virando uma página" sobre esse tema, acrescentando que a refinaria Abreu e Lima, que fica em Pernambuco e é um dos alvos de investigação da Polícia Federal por superfaturamento de contratos e pagamentos de propina, "é elemento fundamental" para que se instale um polo petroquímico no estado.

Nova fábrica em Pernambuco traz desenvolvimento para a região

O Polo Automotivo da Jeep trará desenvolvimento econômico e geração de emprego para o estado nordestino. A multinacional tem como estratégia a produção de veículos para o mercado brasileiro e para exportação partindo dessa base no Nordeste. O carro que está sendo produzido da fábrica de Goiana sai da linha de produção com um índice de nacionalização de mais de 70%. O objetivo é chegar a 80%.

O complexo empregará até o final do ano mais de nove mil trabalhadores. Deste contingente, 82% são nordestinos e 78% pernambucanos. Muitos nunca haviam trabalhado na indústria automobilística, mas foram treinados, alguns no exterior, e acabaram produzindo um carro com excelência.

Um estudo realizado pela consultoria Ceplan projeta que, em 2020, o polo automotivo vai contribuir com 6,5% do PIB de Pernambuco. Será uma curva ascendente, considerando que já em 2015, primeiro ano de operação, terá participação de 2,5% no conjunto de riquezas produzidas dentro do Estado. Essa geração de riquezas será feita predominantemente com o emprego de mão de obra local, o que significa que produzirá efeitos sociais positivos.

O investimento no polo automotivo superou os R$ 7 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões na fábrica Jeep, R$ 2 bilhões no Parque de Fornecedores e o restante destinado a desenvolvimento de produtos e outros investimentos. Desse total, R$ 1,9 bilhão recebeu financiamento da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional. A previsão é que sejam produzidos 250 mil veículos por ano.

http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/178792/Brasil-trabalha-pela-industrialização-diz-Dilma.htm

Brasileiro e mais sete são fuzilados na Indonésia

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Danilo Macedo e Ivan Richard - Repórteres da Agência Brasil

Preso desde 2004 em Jacarta, capital da Indonésia, por transportar 6 quilos de cocaína em pranchas de surfe e condenado à pena de morte em 2005, o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi fuzilado hoje (28), às 14h25, no horário de Brasília.

A informação foi confirmada à Agência Brasil pelo encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Jacarta, Leonaro Carvalho Monteiro. Segundo ele, antes do fuzilamento, Gularte recebeu a visita de um padre que também era seu guia espiritual. De acordo com Monteiro, após o cumprimento da sentença, os corpos começaram a ser preparados e em cerca de duas horas serão levados para Jacarta.

Além de Gularte, sete estrangeiros (da Austrália, Filipinas, Nigéria e de Gana) e um indonésio estavam na lista de executados de hoje. Todos foram fuzilados, exceto a filipina Mary Jane Veloso, única mulher no grupo. A retirada dela da lista de execuções de hoje ocorreu após uma mulher que supostamente a recrutou para levar drogas à Indonésia ter se entregado às autoridades filipinas.

A execução por fuzilamento ocorreu na prisão de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta. Mais cedo, Leonardo Carvalho Monteiro, que está no local, informara que não havia nada mais a fazer.

Segundo Carvalho, uma prima de Rodrigo, Angelita Mauxfekdt, que acompanhou os últimos meses de Gularte na prisão, foi informada do cumprimento da pena e esteve com o brasileiro por volta das 14h (4h no horário de Brasília).

Antes da execução, Carvalho informou que estaria ao lado de Angelita, em uma sala próxima do local da execução. Pela lei da Indonésia, após o cumprimento da pena, é feito o reconhecimento do corpo pelos familiares e representantes da embaixada de seu país, no caso de estrangeiros.

Os condenados receberam a notificação da execução no sábado (25). De acordo com a lei local, o aviso deve ocorrer pelo menos 72 horas antes do cumprimento da pena.

Em janeiro, a Indonésia executou outro brasileiro, Marco Acher, também condenado por tráfico de drogas. O fuzilamento de Archer gerou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. O embaixador brasileiro no país, convocado pela presidenta Dilma à época, num gesto de desagravo do governo brasileiro, ainda não reornou à Indonésia.

O país asiático, que retomou as execuções em 2013, após cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 condenados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/178799/Brasileiro-e-mais-sete-são-fuzilados-na-Indonésia.htm

Caixa Econômica reduz teto de financiamento para imóveis usados

 

A Caixa Econômica Federal vai reduzir a cota de financiamento para imóveis usados (LTV na sigla em inglês) a partir de maio e focar somente em moradias novas, conforme informou o banco ao Broadcast. A medida é mais uma adotada para amenizar a escassez de recursos que enfrenta por conta da redução dos depósitos na poupança, principal fonte de funding para o crédito imobiliário.

Para operações com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), o limite vai passar de 80% para 50% no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 70% para 40% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). As alterações começam a valer a partir do dia 04 de maio. As operações de habitação popular, porém, não tiveram alteração, segundo a Caixa.

"A redução do LTV (para imóveis usados) será um grande choque de demanda por imóveis usados já que poucas famílias têm condições de dar entrada de 50% do valor do imóvel", avaliam Guilherme Vilazante e Daniel Gasparete, do Bank of America Merril Lynch (BofA), em relatório ao mercado. Acrescentam ainda que há riscos de medidas mais restritivas para imóveis novos e, consequentemente, aumento dos distratos.

No feirão deste ano, o banco não conseguiu repetir o mesmo desempenho da edição anterior. Foram negociados cerca de R$ 3,02 bilhões no primeiro fim de semana do evento, cifra quase 14% menor que os R$ 3,5 bilhões registrados em igual intervalo do feirão de 2014. A presidente da Caixa, Miriam Belchior, disse, questionada pelo Broadcast, que o banco espera, ao menos, repetir o resultado do ano passado. A 10ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria totalizou R$ 15,6 bilhões em negócios.

Com Informações do Estadão

 

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Publicado no Unisinos.

A lei da terceirização é boa? A resposta para essa pergunta depende muito da posição no mercado que você ocupa. Ela terá consequências diversas para patrões e trabalhadores, e atingirá de forma diferente o setor público e o privado. De acordo com o texto aprovado na Câmara na noite desta quarta, empresas particulares podem terceirizar todas as atividades, tanto as atividades-meio (que são aquelas que não são inerentes ao objetivo principal da companhia), quanto as atividades-fim, que dizem respeito à sua linha de atuação.

A advogada trabalhista e professora da PUC-SP Fabíola Marques afirma que a nova lei da terceirização só é boa para o patrão, “que vai terceirizar sempre que isso lhe trouxer uma redução de custos”. De acordo com ela, a medida trará economia na folha de pagamento e nos encargos trabalhistas das empresas. Mas uma consequência direta dessa economia é “a redução do valor pago ao empregado terceirizado, que terá sua situação precarizada”. Ou seja, se o empresário gasta menos ao terceirizar, o valor pago à companhia contratada – que conta com sua própria hierarquia e também busca o lucro – será menor, e o salário que essa empresa paga a seus funcionários será mais baixo do que o recebido antes.

Segundo Marques, outra faceta negativa da terceirização para os trabalhadores é o enfraquecimento dos sindicatos, o que também afetaria negativamente os salários. O projeto de lei não garante a filiação dos terceirizados no sindicato da atividade da empresa, o que pode ser prejudicial. “Se antes o faxineiro de um banco fazia parte do sindicato dos bancários, que é forte, após a terceirização ele integrará a entidade de classe da empresa terceirizada”, afirma Marques.

Os terceirizados podem passar a ser representados por diferentes categorias, e perdem benefícios conquistados pelo setor, como piso salarial maior e plano de saúde, além de ver seu poder de barganha reduzido. Por sua vez, os sindicatos fortes também são prejudicados pela terceirização, uma vez que irão ver o seu número de filiados minguar.

O mercado alega que com o modelo atual, as empresas acabam arcando com muitos encargos – incluindo eventuais processos trabalhistas -, o que gera um receio de contratar e prejudica a criação de postos de trabalho. Com a alteração na lei aprovada, existe um discurso do setor de que, com parte das responsabilidades compartilhadas com uma terceirizada – caberá a ela arcar com encargos trabalhistas -, haveria um aumento no número de vagas no mercado e um incremento no emprego. Esse ponto é questionado por centrais sindicais e especialistas, já que nada garante que haverá um aumento de contratações.

“Não existe relação direta entre a lei da terceirização e a abertura de novas vagas de trabalho”, afirma André Cremonesi, juiz titular da 5a vara do Trabalho de São Paulo. De acordo com ele, “no dia seguinte à sanção da lei as empresas começarão a terceirizar sua força de trabalho”. Ele acredita que em um processo gradual, “não da noite para o dia”, haverão menos trabalhadores contratados diretamente e mais terceirizados, sendo que o percentual de pessoas que podem se ver “nessa situação precária” chega, em teoria, “a quase 100% do total de 100 milhões de pessoas economicamente ativas [incluindo trabalhadores informais, microempresários e etc]”. Segundo ele, atualmente 12 milhões de pessoas são terceirizadas.

Ele acredita que, caso a lei seja sancionada, haverá “uma avalanche de ações trabalhistas, com muita gente questionando a constitucionalidade da terceirização”. O magistrado afirma que como muitas vezes a terceirizada não tem patrimônio, o pagamento das indenizações ficará a cargo da empresa contratante. “Essa lei é um retrocesso”. Cremonesi afirma que este processo irá reduzir o poder de compra do trabalhador, e pode provocar uma queda no consumo no médio prazo.

A polêmica em torno do assunto ainda continua. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou a terceirização da atividade fim como uma “pedalada” no direito do trabalhador, abrindo uma frente de conflito com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor da lei, que poderia atrasar o envio do projeto ao Senado.

Gaudio Ribeiro, assessor de ministro no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenador dos cursos jurídicos do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) de Brasília, defende a nova lei, mas reconhece que as empresas terceirizadas “têm uma saúde financeira precária, trabalham no limite, e muitas vezes se veem obrigadas a suprimir direitos”. Ele afirma que frequentemente elas não concedem equipamentos de proteção e nem férias, “e consequentemente o número de acidentes de trabalho costuma ser mais elevado”.

Ribeiro acredita que o contrato ideal é “a contratação direta com prazo indeterminado”, mas que isso é inacessível “para uma grande parte da população economicamente ativa”. Logo, ele afirma que a terceirização pode abrir portas para que jovens entrem no mercado de trabalho, ainda que em condições mais precárias.

Outro ponto polêmico do projeto é que a Câmara reduziu de 24 para 12 meses o prazo que a empresa precisa esperar para poder recontratar algum funcionário que era contratado com base na CLT demitido para tornar-se terceirizado. Especialistas afirmam que esse ponto favorece ainda mais a precarização do trabalho, já que incentiva a terceirização de funcionários registrados.

E, caso seja sancionada como está pelo Senado e pela presidenta Dilma Rousseff, a medida pode valer para os contratos atuais. Ou seja, vale para novas contratações e para funcionários que já estão há anos em uma determinada empresa.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-lei-de-terceirizacao-e-boa-apenas-para-quem-e-patrao/

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Lava Jato, só o PT é punido? E os outros?

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, os procuradores que estão à frente da Operação Lava Jato deverão impor uma multa de R$ 200 milhões ao PT, valor equivalente ao citado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em suas delações premiadas.

O objetivo seria criminalizar o partido, classificando todas as suas doações, levantadas pelo ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso há uma semana, pelo chamado "caixa 1", como fruto de "propina". Sem recursos mínimos, o partido não teria meios para sobreviver, nem para disputar futuras eleições.

O Jornal do Brasil, comprometido com a verdade e com a ampla e irrestrita amplitude da investigação, questiona: onde está o mesmo rigor com os demais partidos e políticos envolvidos na Lava Jato? Onde estão as medidas com relação ao PP? Como anda a investigação com relação ao envolvimento de ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra? O fato de ele já ter falecido minimiza seu suposto envolvimento? Ninguém responde pelos supostos crimes? A forma exageradamente direcionada com que as medidas estão sendo tomadas deixa transparecer um viés de perseguição. Enquanto supostos corruptos são perseguidos, outros são privilegiados. - JB

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/04/jornal-do-brasil-quer-saber-lava-jato.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FEemp+%28Os+Amigos+do+Presidente+Lula%29&utm_content=FaceBook&m=1

PF desmantela outro esquema gigante de sonegação!

PF desmantela outro esquema gigante de sonegação!

Por Miguel do Rosário, sonega

Sonegômetro de BH. Fonte: Quanto Custa Brasil


A PF está se aprofundando em investigações contra os grandes sonegadores. Deve ter empresa de mídia e paneleiro com as pernas tremendo de medo…

Lembrando que a sonegação fiscal é sete vezes maior que a corrupção.

Mais informações sobre a sonegação no Brasil podem ser obtidas neste site.

***

Do site da PF.

PF desarticula grupo criminoso que provocou fraudes de R$ 500 milhões

17/04/2015

Natal/RN – A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (17/4) a “Operação Salt III”, visando prender integrantes de uma organização criminosa que desde a década de 90 especializou-se em praticar delitos de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, em Mossoró, região oeste do Rio Grande do Norte. Estima-se que o grupo já provocou prejuízos de R$ 500 milhões aos cofres públicos.

Participaram da operação cerca de 50 policiais federais, que deram cumprimento a 10 mandados de prisão.

Segundo as investigações, o grupo se utilizava do artifício de criar paper companies (empresas que só existem no papel) e fazia uso de laranjas para garantir o livre ingresso de receitas nos caixas de mais de 30 empresas envolvidas no esquema e que atuavam no ramo de plásticos, tecidos, combustíveis, resina, construção civil e na extração de sal.

O grupo criminoso também é suspeito de promover o branqueamento de capitais, ou seja, encobrir a origem dos bens e rendimentos (vantagens) obtidos ilicitamente, mediante complexo esquema de blindagem patrimonial contra as ações fiscalizadoras da Receita Federal.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte

http://www.ocafezinho.com/2015/04/20/pf-desmantela-outro-esquema-gigante-de-sonegacao/#sthash.iAq9UgLy.gbpl

As imagens dos protestos contra a Globo em todo o Brasil

 

publicado em 26 de abril de 2015 às 18:15

Em São Paulo a descomemoração do aniversário será na sede da emissora.Movimentos já iniciaram a marcha que saiu da estação Berrini.#Jornalistas Livres

Posted by Jornalistas Livres on Domingo, 26 de abril de 2015

Em São Paulo a PM até tentou impedir o ato contra a Rede Globo, mas acabou simpatizando. São 50 anos de Globo, 50 anos de manipulação, 50 anos espalhando uma visão distorcida do que é e do que poderia ser o Brasil. #jornalistaslivres

Posted by Jornalistas Livres on Domingo, 26 de abril de 2015

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No alto, vídeos dos Jornalistas Livres gravados em São Paulo; acima, manifestantes jogam tinta vermelha na Globo em Brasília

por Igor Fellipe

O Levante Popular da Juventude jogou tinta vermelha na sede da Globo em Brasília, em referência ao sangue de brasileiros derramado pela Ditadura, que a emissora apoiou politicamente, deu sustentação ideológica e ganhou benefícios econômicos.

O ato em Brasília contou com a participação de 500 pessoas, com apoio do MST, do movimento democratização da comunicação, diversos sindicatos e entidades estudantis.

O dia 26 de abril, dia do aniversário de 50 anos do grupo de mídia, é marcado por atos em todo o país contra o Império da Globo.

A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura!

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Início da manifestação em São Paulo, via twitter

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Pichação em Caruaru, Pernambuco, via Igor Fellipe

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“Descomemorando” em Brasília, via Facebook

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São Paulo, foto Pedro Alexandre

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Bagé, Rio Grande do Sul, foto Levante Popular da Juventude

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Porto Alegre, via Facebook

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Belo Horizonte, via Jornalistas Livres

http://www.viomundo.com.br/denuncias/as-imagens-dos-protestos-contra-a-globo-em-todo-o-brasil.html

A cara-de-pau dos antipetistas que apoiam Bolsonaro

 

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Os antipetistas bolsonaristas e a corrupção no Partido Progressista (PP)

por Kátia Gerab Baggio*

Não é mesmo impressionante que muitos dos que chamam todos os petistas de “petralhas” (o termo “criativo” inventado por Reinaldo Azevedo) — “julgando” a priori todos os integrantes do PT como corruptos, de maneira genérica — apoiem um tipo como Jair Bolsonaro?

Bolsonaro, um político e militar da reserva que — além de tudo o que sabemos sobre sua reiterada truculência — é do PP, o partido que tem o maior número de políticos investigados na Operação Lava Jato (nada menos do que 31 dos 49 nomes que constam na famosa “lista do Janot”).

Na verdade, não é impressionante, pois o discurso anticorrupção dessas pessoas é só um pretexto para endossar um pensamento direitista, contrário a qualquer projeto político que pretenda, ainda que de forma limitada, enfrentar as gigantescas desigualdades brasileiras.

Vale registrar, também, que o engenheiro paranaense Paulo Roberto Costa — um dos principais articuladores e beneficiados pelos esquemas de corrupção na Petrobras, corrupto confesso e delator, já condenado pela Justiça Federal em primeira instância — foi indicado para assumir a Diretoria de Abastecimento da empresa (em 2004, no governo Lula) pelo então deputado federal José Janene (falecido em 2010), do Partido Progressista. Janene era do PP do Paraná, fez carreira política em Londrina, cidade natal do doleiro Alberto Youssef, também já condenado em primeira instância. Todo esse esquema envolve o PP e, ao que tudo indica, começou no Paraná.

Lembro que Paulo Roberto Costa é funcionário de carreira da Petrobras desde 1978 e que começou a assumir diretorias na empresa durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (foi diretor da Gaspetro de 1997 a 2000).

Então é assim: essa gente apoia Bolsonaro, que é do partido de Janene. Os esquemas de Paulo Roberto Costa irrigaram as campanhas de candidatos do PP. Paulo Maluf é do partido de Bolsonaro. Mas nada disso incomoda os bolsonaristas que gritam, nas redes e nas ruas, contra os “corruPTos”.

Considero que o governo Dilma deveria romper com o Partido Progressista. Esse é um partido da direita fisiológica, que com frequência vota contra o governo no Congresso. Isso aconteceu novamente no dia 22 de abril, na votação que aprovou a emenda que permite a terceirização das atividades-fim. O PP orientou sua bancada na Câmara pelo “sim” (a orientação do governo federal era pelo “não”) e, dos 31 votos do partido, apenas 3 foram “não”.

Grande parte dos políticos do PP (senão a maioria), principalmente nos estados do sul e sudeste, apoiou Aécio nas eleições de 2014.

No segundo governo Dilma, o PP ocupa o Ministério da Integração Nacional, com o ministro Gilberto Occhi, que já havia ocupado o cargo de ministro das Cidades de março a dezembro de 2014. O Ministério da Integração é responsável por obras importantes, como a da transposição do Rio São Francisco.
Para os bolsonaristas, o envolvimento de integrantes do PP em casos de corrupção não é sequer mencionado. O que interessa, para eles, é endossar o discurso autoritário e militarista do deputado federal mais bem votado do Rio de Janeiro em 2014, com 464 mil votos.

Um parêntese: o eleitorado do Rio, que elegeu Bolsonaro com a maior votação para a Câmara dos Deputados, também elegeu Marcelo Freixo (PSOL) com a maior votação para a Assembleia Legislativa, com 350 mil votos. Flávio Bolsonaro, filho de Jair, também foi eleito deputado estadual no Rio, pelo mesmo PP. E foi o terceiro mais bem votado, com 160 mil votos. Os outros filhos de Jair também são políticos: Carlos é vereador no Rio, pelo PP, e Eduardo é deputado federal pelo PSC de São Paulo, o Partido Social Cristão, o mesmo de Marco Feliciano e do pastor Everaldo. É a direita reunida no PP e PSC (e em outros partidos, como bem sabemos).

O PP, aliás (assim como o DEM), é herdeiro da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido criado em 1966 para dar sustentação política ao governo ditatorial militar.

No programa da ARENA, de 1975, o partido assim se posicionou: “Expressão política da Revolução de Março de 1964, que uniu os brasileiros em geral, contra a ameaça do caos econômico, da corrupção administrativa e da ação radical das minorias ativistas, a ARENA é uma aliança de nosso povo, uma coligação de correntes de opinião, uma aliança nacional”.

Como se pode ver, nada muito diferente do discurso dos que foram às ruas nos dias 15 de março e 12 de abril para “unir o Brasil contra a corrupção”, principalmente daqueles que pediram “intervenção militar”.

Bolsonaro, defensor da ditadura militar (ele recusa o termo ditadura), pediu sua desfiliação do Partido Progressista no dia 14 de abril, mas sem a perda do mandato…

Seu pedido se deu em razão da corrupção no partido? Da presença de dezenas de pepistas na lista de investigados na Operação Lava Jato? Não. Deu-se porque o deputado fluminense afirma “não ter espaço” no partido para realizar os “seus sonhos”. Bolsonaro quer ser candidato à presidência em 2018…

Alguém poderia me perguntar: porque usar meu tempo com alguém como Jair Bolsonaro?

Por dois motivos:

1) para ressaltar, mais uma vez, a hipocrisia de quem defende Bolsonaro como se ele não fosse de um partido envolvido em tantos casos de corrupção como o PP;

2) porque essa direita truculenta, de viés fascista, está crescendo no país, como não víamos desde o processo de redemocratização, e é necessário, para defender a democracia, combater esse avanço.

São tipos como os bolsonaristas os que entulham as redes de ataques a qualquer pessoa que defenda políticas sociais e a diminuição das desigualdades. Tudo em nome do “combate à corrupção”. Lembrando que, em 1964, o discurso dos golpistas era o mesmo.

* Professora de História das Américas na UFMG.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/katia-gerab-a-cara-de-pau-dos-antipestistas-que-apoiam-bolsonaro.html

13 mil acidentes de trabalho são registrados por ano no Ceará

Às vésperas do Dia da Segurança e Saúde no Trabalho, comemorado em 28 de abril, o Ceará ainda apresenta números elevados de acidentes de trabalho. Nos últimos três anos, foram registrados 40 mil acidentes dessa natureza no Estado. Somente em 2013, ocorreram 13,8 mil acidentes de trabalho no Ceará, o que dá uma média de 38 trabalhadores acidentados por dia. Os números fazem parte do último levantamento realizado pelo Ministério da Previdência Social.

De acordo com os dados da Previdência Social, 68 trabalhadores cearenses morreram no ambiente de trabalho em 2013 e 296 ficaram incapacitados permanentemente para exercer suas atividades. O Estado aparece em 12º no ranking nacional de acidentes de trabalho e em terceiro no Norte e Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco e Bahia.

“Esses números não representam a realidade, porque metade dos acidentes de trabalho que ocorrem no país não são comunicados à Previdência”, ressalta o juiz do trabalho Carlos Alberto Rebonatto. A falta da comunicação ao órgão, segundo o magistrado, pode privar o trabalhador de vários benefícios, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente.

No Brasil, foram registrados 718 mil acidentes de trabalho com 2.737 mortes. 14.837 trabalhadores ficaram incapacitados de forma permanente. A construção civil ainda é um dos setores da economia responsáveis pelos maiores índices de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 61.800 trabalhadores sofreram algum tipo de acidente nos canteiros de obras, durante o ano de 2013.

Prevenção: No dia 28 de abril, o Tribunal Regional do Trabalho do Ceará e mais 40 instituições públicas e privadas, responsáveis pela promoção de políticas para redução do número de acidentes de trabalho no Estado, irão realizar várias atividades para marcar a data. Estão previstos atos públicos, distribuição de material educativo e visitas a grandes empresas e canteiros de obras. O Dia da Segurança e Saúde no Trabalho ainda será lembrado em sessões solenes na Assembleia Legislativa e na Câmara de Vereadores de Fortaleza.

Divisão de Comunicação Social do TRT/CE
Telefones: (85) 3388-9426 / 3388-9227 / 3388-9428
Email: csocial@trt7.jus.br
Twitter: www.trt7.jus.br/twitter

domingo, 26 de abril de 2015

Riqueza de 1% deve ultrapassar a dos outros 99% até 2016, alerta ONG

Manifestante protesta contra desigualdade (Foto: Thinkstock) Renda anual individual de parcela mais rica da sociedade pode chegar a R$ 7 milhões

A partir do ano que vem, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza do resto da população, segundo um estudo da organização não-governamental britânica Oxfam.

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A riqueza desse 1% da população subiu de 44% do total de recursos mundiais em 2009 para 48% no ano passado, segundo o grupo. Em 2016, esse patamar pode superar 50% se o ritmo atual de crescimento for mantido.

Leia mais: Fortuna de super-ricos é 'incontrolável', diz pesquisador

O relatório, divulgado às vésperas da edição de 2015 do Forum Econômico Mundial de Davos, sustenta que a "explosão da desigualdade" está dificultando a luta contra a pobreza global.

"A escala da desigualdade global é chocante", disse a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima.

"Apesar de o assunto ser tratado de forma cada vez mais frequente na agenda mundial, a lacuna entre os mais ricos e o resto da população continua crescendo a ritmo acelerado."

Desigualdade

A concentração de riqueza também se observa entre os 99% restantes da população mundial, disse a Oxfam. Essa parcela detém hoje 52% dos recursos mundiais.

Porém, destes, 46% estão nas mãos de cerca de um quinto da população.

Isso significa que a maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais. Em média, os membros desse segmento tinham um patrimônio individual de US$ 3.851 (cerca de R$ 10.000) em 2014.

Já entre aqueles que integram o segmento 1% mais rico, o patrimônio era de US$ 2,7 milhões (R$ 7 milhões).

A Oxfam afirmou que é necessário tomar medidas urgentes para frear o "crescimento da desigualdade". A primeira delas deve ter como alvo a evasão fiscal praticada por grandes companhias.

O estudo foi divulgado um dia antes do aguardado discurso sobre o estado da União a ser proferido pelo presidente americano Barack Obama.

Espera-se que o mandatário da nação mais rica - e uma das mais desiguais - do planeta defenda aumento de impostos para os ricos com o objetivo de ajudar a classe média.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150119_riquezas_mundo_lk

Como a China está redefinindo a arquitetura financeira global

 

João Fellet Da BBC Brasil em WashingtonCrédito: AFP No fim de 2014, 21 nações asiáticas aceitaram entrar no Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura (BAII) liderado pela China

No mesmo instante em que, na última sexta-feira, os líderes do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras agências multilaterais discutiam em seu tradicional encontro de primavera como revigorar suas operações, a poucas quadras dali, num prestigiado centro de pesquisas de Washington, o ministro chinês das Finanças, Zhu Guangyao, tentava tranquilizar a plateia afirmando que Pequim não pretende substituir a ordem econômica global.

Não parecia coincidência. Na véspera do encontro das duas organizações, fundadas sob a liderança dos Estados Unidos na metade do século passado e que desde então ditam as regras das transações econômicas globais, a China festejou a adesão de 56 países - entre as quais o Brasil - ao seu novo banco de desenvolvimento.

O Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento (BAII), que deverá ser lançado ainda neste ano e financiará obras no mundo todo, tem sido considerado a última tacada de Pequim para se contrapor à influência americana no FMI e no Banco Mundial.

Em outra frente, os chineses se aliaram a seus parceiros nos Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) para criar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que terá sede em Xangai e deverá ser inaugurado em 2016. Os Brics também preparam o lançamento do Arranjo Contingente de Reservas, um fundo nos moldes do FMI para socorrer membros do bloco em dificuldades.

Leia mais: Governo lançará programa de concessões em maio, diz Levy

Qual o futuro?

As ações chinesas levaram muitos a questionar na reunião de primavera do Banco Mundial e do FMI o que ocorrerá com essas organizações e outros bancos multilaterais quando as novas instituições amparadas por Pequim começarem a operar.

Em público, tanto o Banco Mundial, quanto o FMI deram as boas vindas às iniciativas chinesas. Mas os gestos de Pequim também reforçaram os apelos por reformas nessas instituições, para que se tornem menos burocráticas e cedam mais espaço para nações emergentes em seus círculos de decisão.

"É uma ótima notícia que um país como a China, sentada em mais de US$ 4 trilhões (R$ 12,1 trilhões) de reservas, ponha esses recursos a serviço do financiamento de infraestrutura e desenvolvimento em vez de investir em fundos de países ricos", diz à BBC Brasil Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), outra organização multilateral sediada em Washington.

Moreno afirma, porém, que a entrada da China nessa arena "força uma conversa sobre como nossas instituições, que têm muita experiência, podem ser mais ágeis e eficientes, e como podemos corrigir nossos processos".

Nos últimos anos, muitos países emergentes têm deixado de procurar bancos multilaterais para financiar obras de infraestrutura por causa das rígidas regras dessas organizações e de sua aversão a riscos.

Crédito: Stephen Jaffe Tanto o FMI, quanto o Banco Mundial em Washington deram boas vindas às iniciativas chinesas

Paralelamente, bancos estatais da China passaram a conceder empréstimos bilionários a operações chinesas no exterior. A estratégia é mais visível na África, onde chineses têm financiado e realizado uma série de obras - entre as quais estradas, ferrovias e conjuntos habitacionais - em troca de matérias-primas.

Para os governos africanos, a parceria com os chineses se mostrou uma alternativa às lentas e complexas negociações com bancos multilaterais e países desenvolvidos, que costumam fazer uma série de exigências para liberar seus recursos.

Já críticos ao modelo chinês dizem que os empréstimos de Pequim são mais sujeitos a desvios e ignoram boas práticas trabalhistas e ambientais.

Leia mais: Em reunião nos EUA, Brics aceleram criação de banco

'Dos bilhões aos trilhões'

Sob a presidência do coreano-americano Jim Yong Kim, o Banco Mundial parece disposto a ampliar seu quinhão no financiamento de grandes obras mundo afora. A organização aprovou em 2014 um financiamento para que a República Democrática do Congo conduza os estudos para erguer oito hidrelétricas no país.

Estima-se que a obra custará ao menos US$ 50 bilhões (R$ 152 bilhões), o que a tornaria um dos maiores projetos já financiados pelo Banco Mundial.

Aumentar o volume dos empréstimos é um dos maiores desafios da instituição. O Banco Mundial calcula que em 2014 os financiamentos do órgão e de outras agências multilaterais somaram US$ 135 bilhões, enquanto todas as formas de investimentos entre países - como as que a China realiza na África - atingiram US$ 1 trilhão.

O presidente do banco tem dito que é preciso passar "dos bilhões aos trilhões", e para isso defende que as organizações multilaterais se aproximem de bancos privados.

Reforma atrasada

O avanço chinês também tem reforçado as cobranças para que o FMI conclua a reforma do seu sistema de cotas para dar mais poder a Pequim e outras potências emergentes.

O processo se iniciou em 2010, mas para ser posto em prática ainda precisa ser ratificado pelo Congresso dos Estados Unidos, maior acionista do fundo e onde muitos legisladores temem que a reforma enfraqueça Washington perante os rivais russos e chineses.

Em entrevista durante o encontro em Washington, a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, cobrou os legisladores americanos a acelerar a aprovação para que "a instituição possa continuar a representar a comunidade inteira à medida que ela evolui".

O Brasil é um dos principais interessados na reforma. Em discurso à plenária do FMI no sábado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a demora em concluir o processo não só frustra os membros do fundo, como ameaça sua a capacidade de operar.

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy participou das reuniões do Banco Mundial e do FMI em Washington e é favorável à reforma do fundo

Leia mais: Brasil tem terceiro pior crescimento econômico do G20 em 2014

Apagando o fogo

O surgimento do BAII, o novo banco chinês de desenvolvimento, foi um dos principais temas discutidos nos corredores do evento da última semana em Washington.

Os Estados Unidos tentaram até a última hora enfraquecer a adesão de outros países ao banco, levantando dúvidas sobre a disposição chinesa em seguir padrões internacionais sobre a concessão de crédito.

Mesmo assim, até mesmo aliados próximos dos americanos - como Grã Bretanha, Coreia do Sul e Alemanha - decidiram integrar a organização, que deverá começar a operar até o fim deste ano.

Em Washington, o ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, tratou de acalmar os ânimos americanos.

Em evento no Atlantic Council, ele afirmou que o BAII não substituirá o Banco Mundial, mas sim o complementará.

Ele disse ainda que a China está empenhada em fortalecer o FMI e o Banco Mundial, mas que os órgãos precisam de reformas para melhor assistir países em desenvolvimento.

Entre os bancos multilaterais em Washington, o discurso também é conciliatório. Os líderes do BID, do FMI e do Banco Mundial já disseram querer cooperar com as novas instituições chinesas.

O governo chinês também deverá buscar a aproximação. Observadores avaliam que Pequim está interessada na vasta expertise dessas instituições, o que tornaria a relação vantajosa para os dois lados.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/04/150418_bancos_desenvolvimento_china_jf_rm