quarta-feira, 30 de julho de 2014

Os BRICS se institucionalizam. E agora?

 

O grupo vai tentar influenciar a construção de uma nova ordem internacional multipolar

por Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais — publicado 28/07/2014 13:33

Por Adhemar Mineiro

Nos dias 14 e 15 de julho desse ano, aconteceram em Fortaleza importantes reuniões que tiveram talvez como principal consequência a institucionalização do bloco de países conhecido como BRICS. Se desde a sua criação os BRICS tinham passado de uma sigla a um importante elemento de coordenação nos temas relevantes da política internacional e da atuação em fóruns como o FMI, o BIRD, a OMC, o G-20, e outros, a partir de Fortaleza, em particular com a criação do Acordo Contingente de Reservas e do Novo Banco de Desenvolvimento, deram um importante salto institucional de organização que os obrigará daqui para frente a estreitarem ainda mais suas relações e sua convivência estratégica.

Antes de tudo, é importante observar que, embora os principais resultados da reunião tenham sido na área econômica e financeira, com as resoluções sobre o acordo de reservas e o banco dos BRICS, o principal saldo das reuniões é político. O que acaba refletindo a própria lógica das reuniões, em que no primeiro dia se encontram as autoridades monetárias e financeiras (presidentes dos Bancos Centrais e ministros de Fazenda/Finanças dos cinco países) e, no dia seguinte, se reúnem os chefes de Estado e/ou de Governo (momento chamado de “Cúpula”). No caso dessa última reunião ainda houve um terceiro momento, que ocorreu em Brasília, onde os chefes de Estado e/ou Governo dos BRICS se reuniram com os chefes de Estado e/ou Governo da Unasul (países da América do Sul), reforçando o caráter político do grupo.

No que se refere aos dois principais pontos definidos, o Acordo Contingente de Reservas tem como principal objetivo criar mais uma barreira de proteção financeira contra eventuais turbulências internacionais e ataques especulativos. É importante apontar que desde o segundo semestre de 2012, ao menos quatro dos países do grupo (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) têm sido submetidos a flutuações bruscas nos valores de suas moedas causados em especial por movimentos de saídas de divisas, em função da volatilidade crescente da economia internacional explicada por mudanças na política monetária dos EUA apontando o fim do chamado “quantitative easing” (expansão monetária), tensões diversas na geopolítica mundial (em particular no Oriente Médio e Ucrânia, mas também geradas por processos políticos nacionais em países emergentes) e flutuações bruscas no preço de commodities agrícolas, minerais e energéticas (nas quais Rússia, África do Sul e Brasil baseiam, de distintas formas, suas exportações). Assim, o estabelecimento do Acordo pode ser visto, resumidamente, como um consórcio de reservas pelo qual os países membros se defendem de movimentos eventuais contra um deles ou, ainda, como um acerto no qual a China, detentora de reservas de mais de US$ 1 trilhão, coloca parte de suas reservas para defender eventualmente os parceiros nos BRICS contra turbulências financeiras, sob algumas condições.

O Acordo é na verdade um compromisso entre os países de disponibilizarem, caso requerido, parte de suas reservas na proteção dos demais. O Acordo envolve um “fundo” total de 100 bilhões de dólares, divididos em partes diferentes entre os vários países (a China se compromete em disponibilizar 41 bilhões de dólares, Brasil, Rússia e Índia disponibilizam igualmente 18 bilhões de dólares cada, e a África do Sul disponibiliza 5 bilhões de dólares – a aritmética do “fundo” também é política, já que apesar da China disponibilizar bem mais do que os outros, observa-se que esse valor não chega a representar a maioria dos recursos). Já o acesso máximo aos recursos é limitado de forma diferente para cada um dos países, de acordo com um multiplicador. Mas, curiosa e contraditoriamente para quem está construindo pouco a pouco as fundações de um sistema que se vai se autonomizando das instituições de Bretton Woods (FMI e Banco Mundial), o Acordo prevê que o acesso a 30% dos recursos máximos ao qual cada país pode demandar só depende de um acerto com os outros quatro países, mas para acessar mais recursos do que esses 30% (daí até o total disponível para cada país) requer um compromisso também com o FMI.

Finalmente, cabe observar que o Acordo pode ser ampliado para incluir outros países, desde que aprovado por um “Conselho de Governo” (formado por um representante de cada membro, sendo este o presidente do Banco Central, o Ministro da Fazenda ou posto equivalente). Esse Conselho também pode definir sobre a eventual ampliação do fundo, e sobre regras e procedimentos mais gerais. O Conselho deve tomar decisões por consenso e é responsável pelas deliberações estratégicas e de alto nível. Além do Conselho, o outro organismo de gestão do fundo é uma espécie de Comitê Permanente (“Standing Committee”), composto de um diretor e um diretor adjunto de cada um dos membros, escolhido preferencialmente nos países entre dirigentes do Banco Central, responsável por decisões de caráter mais executivo no Acordo, e onde a deliberação guarda uma relação (embora não seja absolutamente direta) com a proporção de fundos colocados. Em princípio estimula-se que o organismo decida por consenso entre os membros.

A iniciativa de operacionalização do Acordo segue uma estratégia desenhada de complementar os recursos das instituições de Bretton Woods com uma série de novos recursos, levada adiante desde a crise financeira do fim do século passado (segunda metade dos anos 1990) que envolveu em momentos diferentes vários países, entre eles o Brasil em 1998-1999. O grande modelo aqui é o dos países asiáticos, que organizaram uma espécie de “Fundo Monetário” asiático a partir dos acordos conhecidos como “de Chiang Mai”, mas o exemplo foi reproduzido com formatos e volumes de recursos diferentes, e na América Latina temos como exemplo desse processo o FLAR (Fundo Latino Americano de Reservas) que chegou a ser ativado com a crise financeira de 2007-2008.

Já a iniciativa do Novo Banco de Desenvolvimento tem como ponto de partida a necessidade de novos recursos para projetos de desenvolvimento de interesse dos países do grupo BRICS e de outros com os quais se relacionam, tomando em consideração de um lado a limitação dos bancos multilaterais hoje existentes, como o Banco Mundial, e de outro o limite a uma atuação mais internacionalizada dos bancos de desenvolvimento hoje existentes nos países BRICS (como o BNDES, no caso brasileiro, que até vem se internacionalizando e hoje conta com escritórios fora do Brasil em Montevidéu, no Uruguai, em Londres, na Inglaterra, e em Johannesburgo, na África do Sul, mas que tem claros limites a uma estratégia mais focada no exterior pela própria legislação que o criou).

Diferentemente do caso do Acordo de Reservas, onde o que fica consorciado são parcelas das reservas existentes nos bancos centrais, no caso do Banco os recursos são provenientes dos orçamentos nacionais (ou seja, no caso brasileiro, devem ser aprovados pelo Congresso Nacional), e exatamente por isso e por uma série de definições operacionais e de estratégia que ainda faltam, a aprovação do Banco não significa que a nova estrutura fique imediatamente operacional (se estima um período de cerca de dois anos para que o Banco se torne operacional). A outra diferença aqui é que no caso do Banco, a integralização do capital se fará em partes iguais pelos países membros (a princípio, os cinco países BRICS), em um processo até integralizar 50 bilhões de dólares (10 bilhões de dólares por parte de cada um dos BRICS), estando ainda previamente aprovado que poderá este valor chegar até 100 bilhões de dólares.

Foi definido ainda que o banco deverá se focar em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, embora não haja muito clareza a respeito desses projetos (os esclarecimentos dados no período anterior a definição de Fortaleza e imediatamente posterior à criação do Banco foram ainda insuficientes). Por “desenvolvimento sustentável” se argumenta que o banco tomará as definições da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentado das Nações Unidas no Rio de Janeiro em 2012 (conhecida como “Rio + 20”), enquanto a definição de infraestrutura segue suficientemente ambígua (projetos de saneamento ou habitação, ou extensão da malha ferroviária urbana, por exemplo, são projetos de infraestrutura social, mas pode-se considerar uma ferrovia que ligue uma mina ao porto para viabilizar pura e simplesmente um projeto exportador também como infraestrutura – de transportes, nesse caso, embora pouco tenha de social, pois pode beneficiar apenas uma grande empresa exportadora). Em todo caso, aparentemente se aponta que o Banco, visando reduzir o risco de projetos nesse primeiro momento, deveria focar seus financiamentos no setor público, ou seja, em projetos com garantias dos governos nacionais.

Além da divisão das quotas igualitariamente no primeiro momento (isto pode mudar no futuro, desde que seja aprovado pelas regras de decisão, tanto no que se refere à participação igualitária, quanto no que diz respeito a participação restrita apenas aos cinco países BRICS, que ficam conhecidos nos acordos como “membros fundadores” do Banco), outros mecanismos foram adotados para tentar apontar uma divisão equitativa de poder no Banco, como a definição da sede em Xangai (China), e o escritório em Johannesburgo (África do Sul), além da presidência indiana do Banco, da presidência russa do Conselho de Governadores (um ministro de cada país, responsável pelas decisões estratégicas do Banco) e a presidência brasileira do Conselho de Administração (composto de altos dirigentes dos ministérios de Fazenda/Finanças dos países membros e responsável pelas decisões executivas do Banco). No caso da presidência do Banco e de ambos os conselhos, o critério é que seja rotativa entre os países membros.

Vale observar que neste primeiro momento, caberá aos conselhos e à presidência do Banco preparar o caminho para que este se torne operacional. Isto significa uma série de definições estratégicas e com respeito ao funcionamento que vão completar o desenho do Novo Banco de Desenvolvimento já presentes no Convênio Constitutivo[2], o que dá aos vários países (e, o que talvez nos interesse mais de perto, ao Brasil como primeiro presidente do Conselho de Administração) papel relevante nestas definições. O Convênio Constitutivo aponta que os cinco países membros do BRICS são membros fundadores, mas qualquer país membro das Nações Unidas pode se tornar um membro do Banco, assim como podem haver membros tomadores de empréstimo e outros não interessados em tomar recursos – todos estes, evidentemente, para se tornar membros deverão fazer aportes de recursos. As deliberações nas instâncias do Banco são tomadas de acordo com as cotas de participação dos membros (como no caso do FMI e do Banco Mundial). A ideia ainda é ter uma estrutura deliberativa e operacional enxuta, isto é, evitar a constituição de burocracias pesadas como no caso das estruturas do FMI e do Banco Mundial.

Uma ponderação razoável feita por vários movimentos que organizaram em Fortaleza reuniões paralelas às reuniões oficiais foi que sem uma definição de apoio a um novo modelo de desenvolvimento, o novo Banco pode seguir o caminho das instituições hoje existentes, reforçando um modelo de desenvolvimento que tem cristalizado a posição de vários países como exportadores de commodities agrícolas, energéticas e minerais para o resto do mundo, estando portanto em uma posição subordinada do ponto de vista do funcionamento da economia mundial, como importadores de produtos manufaturados e serviços de alta qualidade. Não existe garantia no processo de criação do novo banco de que não seja assim, e muito provavelmente sem um enorme processo de pressão política em contrário, é muito provável que este acabe sendo o caminho.

A decisão de criação de mecanismos de defesa frente a turbulências financeiras (Acordo de Reservas) e de financiamento ao desenvolvimento (Novo Banco de Desenvolvimento) obriga politicamente, ao criar mecanismos permanentes que têm que ser administrados pelos cinco países, a que esses países institucionalizem mais suas relações, e não apenas aprofundem a coordenação entre eles, como era até aqui. Agora, além de funcionar como uma “fração” nas discussões estratégicas no interior do G-20, o grupo BRICS passa pela primeira vez a ter estruturas operativas comuns, o que é uma novidade que terá que se ver daqui por diante como vai funcionar. Esta é uma grande novidade.

A criação dessas estruturas financeiras se dá em um primeiro momento em consonância com a estrutura pré-existente estabelecida na Conferência de Bretton Woods, que faz setenta anos agora em 2014. Entretanto, em especial nos últimos 20 anos, muitas tentativas de modificação e reforma desse sistema foram tentadas, e especialmente a partir de 2008, com a institucionalização do chamado G-20, vários países ditos emergentes, e em especial os que constituem os BRICS, vêm tentando fazer mudanças no sistema, em especial no que se refere ao seu processo de tomada de decisões. Nesse sentido, a criação desses mecanismo financeiros pelos BRICS, assim como várias outras iniciativas em nível regional (na América do Sul, poderia se falar ainda na constituição do Banco do Sul, por exemplo) vêm pouco a pouco alterando o desenho inicial feito há 70 anos atrás. Assim, é importante ver daqui para frente como as coisas vão efetivamente funcionar. Não está descartada a possibilidade de que um novo desenho da arquitetura financeira internacional esteja sendo construído na prática, dadas as enormes dificuldades de reformar o sistema construído em Bretton Woods.

Ou seja, com essa maior institucionalização, há que verificar que peso os chamados BRICS podem ter na constituição de uma nova ordem internacional multipolar e também no rascunho efetivo do desenho de uma nova ordem financeira internacional.

*Integrante da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP) e do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)

http://www.cartacapital.com.br/internacional/os-brics-se-institucionalizam-e-agora-9831.html

Organizações pedem que Brasil rompa relações com Israel

 

Documento, protocolado no escritório da Presidência da República em São Paulo, é encabeçado pelo movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções

Camila Maciel, da

Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Policiais palestinos no local de um bombardeio da Força Aérea de Israel, em Khan Younis, Faixa de Gaza

Organizações brasileiras pede o fim das relações do Brasil com Israel

São Paulo - Um manifesto com mais de 80 assinaturas de organizações da sociedade civil e de ativistas políticos pede ao governo brasileiro medidas mais enérgicas em relação à Israel como forma de sanção pelos ataques à Faixa de Gaza.

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O documento, protocolado no escritório da Presidência da República em São Paulo no dia 25, é encabeçado pelo movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e pede o rompimento imediato das relações militares, comerciais e diplomáticas com Israel.

As entidades cobram também o fim do Acordo de Livre Comércio do Mercosul com o país e de contratos com empresas israelenses.

No texto, as entidades lembram que os ataques iniciados por Israel no início deste mês já resultaram na morte de mais de 600 palestinos (o número já passa de mil), sendo a maioria civis, 3 mil feridos e 40 mil desabrigados. “É imperativo, nesse sentido, isolar militar, econômica e politicamente Israel. Não se trata apenas de um dever moral do Estado brasileiro, mas também de uma obrigação jurídica”, assinala o manifesto.

As organizações que assinam o documento destacam que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) considerou ilegal a construção de um muro por Israel na Cisjordânia. O manifesto lembra ainda o apelo internacional de ganhadores do Nobel da Paz e acadêmicos para que os países assumam um embargo militar a Israel.

“Na contramão disto, lamentavelmente, o Brasil permanece o quarto maior importador de tecnologia militar israelense no mundo”, criticam os signatários.

Um dos contratos, segundo o manifesto, é mantido com a Elbit Systems, através de subsidiárias.

A empresa israelense é responsável pela construção de veículos aéreos não tripulados que são usados nos ataques à Gaza. Além disso, é uma das 12 companhias envolvidas na construção do “muro do apartheid”, de acordo com o manifesto. Para as entidades, os palestinos se tornaram “verdadeiros laboratórios humanos das armas vendidas depois para o Brasil e o mundo”.

Em relação ao Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e Israel, as organizações lembram que ele já foi suspenso temporariamente em julho de 2006, quando ocorreu o ataque israelense ao Líbano e à Gaza. Elas pedem, portanto, a suspensão do acordo por tempo indeterminado ou até que o país cumpra as leis internacionais. Por fim, as entidades pedem a condenação pública das prisões políticas, do tratamento desumano aos prisioneiros e a libertação imediata de todos os presos políticos palestinos.

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/organizacoes-pedem-que-brasil-rompa-relacoes-com-israel

Dois novos buracos gigantes são encontrados na Sibéria, e cientistas ainda estão perplexos

 

Por: Omar Kardoudi
28 de julho de 2014 às 10:10

buraco

Lembra-se do buraco gigante que apareceu misteriosamente na Sibéria há duas semanas? Bem, mais dois buracos enormes foram encontrados na região, segundo o Siberian Times.

Eles são menores do que o primeiro – que tem 80 m de diâmetro e 60 m de profundidade – mas têm a mesma estrutura dele. Os cientistas ainda estão intrigados com a origem dessas formações.

>>> Como o buraco gigante na Sibéria, Rússia, pode ter se formado

Buraco de Antipayuta

buracos siberia (1)

Este buraco foi encontrado perto da aldeia de Antipayuta, no distrito de Taz. Ele tem um diâmetro de 15 m e também está na Península de Yamal, porém fica a algumas centenas de quilômetros do primeiro buraco.

Mikhail Lapsui, representante do parlamento regional, visitou a área de helicóptero:

Seu diâmetro é de cerca de 15 m. Também há terra na parte exterior, como se ela tivesse sido lançada por uma explosão subterrânea. De acordo com os moradores locais, o buraco se formou em 27 de setembro de 2013. Observadores dão várias versões: a primeira diz que inicialmente havia fumaça no local e, em seguida, houve um estouro brilhante. Na segunda versão, um corpo celeste caiu lá.

Marina Leibman, cientista-chefe do Earth Cryosphere Institute, diz ao Siberian Times:

Eu ouvi falar sobre o segundo funil de Yamal, no distrito de Taz, e viu as fotos. Sem dúvida, precisamos estudar todas essas formações. É necessário ser capaz de prever a sua ocorrência. Cada novo funil fornece informações adicionais para os cientistas.

Buraco de Nosok

buracos siberia (2)

Este funil foi encontrado por pastores perto da aldeia de Nosok, na região de Krasnoyarsk, a leste de Yamal. Ele tem 4 m de diâmetro e uma profundidade estimada entre 60 e 100 m. De acordo com os moradores, o buraco tem uma forma perfeita de cone, e um deles disse:

Isso não parece uma obra humana, mas também não se parece com uma formação natural.

A principal teoria para explicar esses buracos envolve a fuga de gás: o gelo no solo derrete e bolsões de gás escapam de forma violenta, nem sempre causando explosões ou fogo. Infelizmente, especialistas ainda não chegaram a um consenso sobre sua formação. [Siberian Times]

terça-feira, 29 de julho de 2014

Piloto de caça Su-25 da Ucrânia assume ter derrubado Boeing da Malásia

 

Ucraniano deu entrevista a publicação alemã e contou detalhes da tragédia

29/07/2014 7h3

Um piloto ucraniano assumiu, em entrevista ao site alemão Wahreit fuer Deutschland (Verdade para a Alemanha), a responsabilidade pela queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, em Donetsk, na quinta-feira, 17. Ele afirmou que pilotava um Su-25 da Força Aérea da Ucrânia e que disparou contra o avião comercial que saiu de Amsterdã para Kuala Lumpur.

Segundo o piloto, cujo nome foi mantido em segredo, provavelmente o caça que aparece nas fotos de satélite apresentadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia é o avião que conduzia. Ele explica que a aeronave, além de mísseis, estava equipada com um canhão de dois canos de 30 milímetros, que teria utilizado para abater o Boeing 777.

O Boeing 777 malaio foi abatido quando sobrevoava a Ucrânia

Comentários
  • GUERREIRO29/07/14 08:40

    BOM, VAMOS VER QUAL VAI SER AGORA A REAÇÃO DOS EUA, POIS SÓ SABE ACUSAR O RUSSIA, ESTE PILOTO COM CERTEZA QUERIA MATAR O PRESIDENTE PUTIN.

  • Miguel Simões de Lima29/07/14 09:54

    É muito bom que esse senhor, tenha assumido que derrubou o avião. E agora vamos esperar o que os EUA e a UE tem a dizer. Após acusar diversas vezes os rebeldes pró - Rússia de ter abatido o avião com mísseis fornecidos pela Rússia, além de ter injuriado o Presidente Vladimir Putim e causar sanções econômicas ao Povo Russo. Será que o mundo é os grandes líderes mundiais já não se cansaram das mentiras dos EUA? Cabe ao Governo Russo, exigir dos EUA e da UE, as devidas retratações públicas, bem como as devidas punições aos golpistas que hoje se dizem governantes da Ucrânia. E que essa atitude de EUA, UE e do Governo Ucraniano, sirva para a reflexão do povo Ucraniano e permitam descortinar seus olhos para a estúpida e absurda troca que estão se submetendo e assim selando um futuro para seus filhos, repleto de mentiras, falsas acusações e sacrifícios que não redundarão em dignidade, justiça e evolução social.

http://www.diariodarussia.com.br/internacional/noticias/2014/07/29/piloto-de-caca-su-25-da-ucrania-assume-ter-derrubado-boeing-da-malasia/

Tem candidato que acha mais fácil copiar do que criar

Aécio Neves diz que, se eleito, manterá Mais Médicos e Bolsa Família

Postado em 16 de julho de 2014 às 12:41 pm

O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira (16) que, se eleito, pretende manter os programas sociais do governo do PT que “dão certo”, como o Mais Médicos e o Bolsa Família.

“Política é copiar o que dá certo e aprimorar, nós vamos manter e aprimorar. Não há nenhum constrangimento nisso”, declarou.

O tucano disse que pretende pagar aos doutores cubanos do programa Mais Médicos o mesmo valor que os estrangeiros, mas não respondeu como vai fazer isso durante sabatina realizada pelo UOL e pela “Folha”, com o SBT e a rádio Jovem Pan.

Os médicos do programa do governo federal de outras nacionalidade ganham em média R$ 10 mil e os cubanos US$ 1.245, ou cerca de R$ 3.000 líquidos. Os cubanos representam 80% da força de trabalho do Mais Médicos.

“A questão do Mais Médicos é importante sim, não tem porque não reconhecer, mas não pode ser tratada como uma panaceia, não é justo para com os brasileiros. O PT assumiu em 2003, o governo gastava 54% com saúde. Passaram 11 anos e a participação é de apenas 45%. Treze mil leitos foram fechados (…) não houve planejamento.

Após ser questionado como Aécio faria para equiparar os salários já que isso alteraria o programa como é hoje, o candidato evitou explicar como isto seria possível. Durante toda a pergunta, o candidato não respondeu de forma objetiva como será reformulado, caso seja eleito.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/aecio-neves-diz-que-se-eleito-mantera-mais-medicos-e-bolsa-familia/

Por que só cobram Dunga por sonegação?

 

Só ele?

Só ele?

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Eu só queria entender o seguinte: por que a Receita Federal cobrar de Dunga 900 mil reais é notícia e a Receita Federal cobrar da Globo quase mil vezes mais não é.

Nenhuma sociedade pode florescer à base de sonegação. Fato. Mas por que os holofotes estão em Dunga e esquecem a Globo?

Foi a Folha que trouxe a informação de que Dunga está sendo cobrado.

A mesma Folha, depois de dar constrangidamente uma nota sobre a sonegação da Globo, simplesmente silenciou sobre o assunto, como se ele não existisse.

Mas existe.

Repito: nenhuma sociedade funciona quando se espraia o vício da sonegação.

Recentemente, a Alemanha enfrentou um drama. O presidente do Bayern, Uli Hoeness, um cidadão exemplar, referência de conduta para todos os alemães, foi flagrado num caso de sonegação.

A Alemanha ficou chocada.

O governo se pronunciou: a Alemanha não poderia funcionar com aquele tipo de comportamento.

O dinheiro do imposto constrói escolas, paga professores, faz hospitais etc etc.

Hoeness foi rapidamente julgado e condenado a cinco anos de prisão. Ele poderia apelar para tentar reduzir a pena.

Mas, depois de uma conversa com a filha, decidiu não recorrer. Era uma forma de se redimir, ou ao menos buscar a redenção.

Clap, clap, clap.

Para Hoeness, pelo gesto grandioso depois da pequenez da sonegação. E para a Alemanha, pela cultura de retidão nos compromissos dos indivíduos perante a coletividade.

O que dói, no Brasil, é a diferença de tratamento.

Dunga prevarica e é manchete. A Globo prevarica em dose mil vezes maior e só é cobrada na internet.

Quando casos similares forem tratados de maneira igual, o Brasil será uma sociedade avançada.

Por enquanto, infelizmente, como no grande livro de Orwell, alguns brasileiros são mais iguais que os outros – bem mais iguais.

Paulo Nogueira

Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Cientistas captam ondas de rádio vindas de fora do Planeta Terra

24 de Julho de 2014

Astrônomos conseguiram confirmar a procedência cósmica dos sinais de rádio detectados pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico. Os misteriosos impulsos se repetem milhares de vezes durante o dia, ainda que com a duração de uma fração de segundo. Essa é a primeira leva de ondas detectada por um instrumento que não seja o radiotelescópio Parkes, na Austrália, segundo os pesquisadores. Até o momento, a falta de resultados similares por parte de outros centros de observação no mundo permitia acreditar que os sinais captados correspondiam a fontes terrestres, ou, pelo menos, próximas da Terra.

"Nosso resultado é importante porque elimina qualquer dúvida de que essas ondas de rádio não sejam realmente de origem cósmica", garantiu Victoria Kaspi, professora de astrofísica da Universidade de McGill, Canadá. "As ondas de rádio mostram que todos os sinais têm origem muito além da nossa galáxia, o que é uma perspectiva muito emocionante", concluiu.

O grande desafio dos pesquisadores agora é determinar a origem exata das emissões. Entre a vasta gama de possibilidades, especula-se que as ondas poderiam ser originadas da evaporação de buracos negros, da fusão de estrelas de nêutrons ou de explosões de magnetars, estrelas de nêutrons com campos magnéticos extremamente fortes. Como as explosões duram apenas uma fração de segundo, detectá-las é difícil, mesmo acontecendo cerca de 10 mil vezes por dia.

Fonte:

The Blaze

http://seuhistory.com/noticias/cientistas-captam-ondas-de-radio-vindas-de-fora-do-planeta-terra

5 perguntas. Aécio, vamos conversar ?

 

Cadê o registro na Anac do aecioporto do Papai ?​

Do Muda Mais:

Dois aeroportos e cinco perguntas que pairam no ar


Amanhã completa uma semana desde que foi revelado que o governo de Minas teria construído um aeroporto na fazenda do tio de Aécio Neves. Depois veio a público o fato de a construtora do aeroporto haver doado dinheiro para a campanha tucana, e de que o uso de dinheiro público em propriedades privadas não é exatamente novidade em MG. Além disso, veio à tona a história do aeroporto de Montezuma, onde o pai de Aécio tinha uma agropecuária. Mas de lá pra cá, ao invés de explicações, só surgiram mais dúvidas. O senador pouco aparece em público e não dá respostas a ninguém. Por isso muitas perguntas ainda pairam no ar. Vamos a elas:
1) Por que dos 14 aeroportos previstos pelo governo de Minas, apenas dois saíram do papel?
O programa ProAero , lançado em 2003 pelo então governador Aécio Neves previa 14 novos aeroportos para Minas Gerais. Acontece que, daqueles, apenas dois saíram do papel: o Regional da Zona da Mata e, vejam só, o de Cláudio! Andrelândia, Barão de Cocais, Brumadinho, Buenópolis, Chapada Gaúcha, Itabira, Lagoa da Prata, Mantena, Monte Santo de Minas, Ouro Preto, Sete Lagoas e Volta Grande ainda estão no aguardo das obras, como afirmou reportagem da Folha de S.Paulo de hoje . Por que apenas dois saíram do papel e um deles é exatamente o de Cláudio, onde a família de Aécio tem fazenda?
2) Por que o aeroporto de Cláudio, concluído em 2010, ainda funciona irregularmente?
Ainda que o aeroporto de Cláudio tenha tido as obras concluídas em 2010, ele não tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar com o público. A Anac afirmou que irá solicitar “informações sobre a suposta utilização irregular do aeródromo local, ainda não homologado pela Agência”.
3) Aécio usa o aeroporto de Cláudio? Quem mais?
Opa, mas se o aeroporto não tem autorização para funcionar, como funciona? Isso não sabemos. Mas temos certeza de que ele funciona, como afirmou Múcio Tolentino, ex-prefeito de Cláudio e tio-avô de Aécio. “Aquilo sempre foi de uso público por mais de 50 anos”, disse ao Estadão, em matéria publicada hoje . Será mesmo que o “aeroporto era para todo mundo usar, até Aécio”? Quem tem avião particular no Brasil? Quem usa serviço de transporte aéreo fretado? Parece que esse pessoal precisa aprender como é que se faz para todo mundo usar um aeroporto.
E Aécio, usa rotineiramente o aeroporto de Cláudio? Já o usou alguma vez? Está difícil conseguir que o candidato responda a essa pergunta. Ontem, quando indagado novamente sobre o assunto, Aécio respondeu: “De novo? Essa matéria já foi mais que esclarecida. Todo homem público tem que esclarecer quaisquer questionamentos. O que é importante é que os esclarecimentos possam chegar à opinião pública. O Estado de Minas não fez um, fez mais de 30 aeródromos”. Depois, ainda disse: “há uma exploração política, e é natural que haja. Eu tenho a oferecer ao Brasil uma vida correta.”
4) Por que o governo de Minas admite pagar 20 vezes mais pelo terreno de Cláudio?
Em 2009, o governo de Minas ofereceu R$ 1 milhão em indenização pelo terreno de Cláudio. Mas o tio-avô de Aécio pediu mais, R$ 9 milhões, e a contenda corre na justiça. Entretanto, agora o estado cogita ser possível pagar R$ 20,5 milhões pelo terreno. O valor consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, como mostrou o R7 hoje . Na LDO de 2013 e 2014 , o valor máximo era de R$ 3,4 milhões. A Justiça, por enquanto, suspendeu a decisão para fazer nova perícia. Se o pagamento for confirmado, os gastos com indenização chegariam a R$ 33,9 milhões, mais do que o valor da construção do aeródromo.
5) Por que não há registro do aeroporto de Montezuma junto à Anac?
Sabe o aeroporto de Montezuma (cidade de apenas 7500 habitantes) cuja pista foi pavimentada na gestão de Aécio como governador, que fica onde a família do senador tem propriedades rurais, que fica na terra de uma agropecuária em que Aécio é sócio? Então, esse aeroporto não tem registro na Anac e por isso não pode ser usado pelo público. “Não há, junto à Anac, aeródromo cadastrado ou homologado em Montezuma. Também não há aeródromo no município em processo de homologação/cadastro junto à agência”, informou a Anac, em nota divulgada pela Folha hoje.
E aí, Aécio? Temos várias perguntas. Vamos conversar?

Clique aqui para ler “FHC no primeiro mundo: Yes, we care !”
Aqui para “Arrocho, você fez quantos aecioportos ?”
Aqui para “Bomba ! Apertem os cintos ! O piloto Aécio sumiu !”
E aqui para “O aecioporto do FHC ! Tucano é assim !”

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/07/27/5-perguntas-aecio-vamos-conversar/

Templo de Salomão em São Paulo

20 coisas surpreendentes sobre o templo da Igreja Universal

Na próxima quinta-feira, o Bispo Edir Macedo inaugura o Templo de Salomão - uma réplica do templo bíblico com capacidade de receber 10 mil pessoas por culto

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Beatriz Souza, de

Levitas da Igreja Universal recepcionam os convidados no primeiro evento do Templo de Salomão

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Levitas da Igreja Universal recepcionam os convidados no primeiro evento do templo

São Paulo - Na próxima quinta-feira será inaugurado o novo - e enorme - templo da Igreja Universal. O Templo de Salomão, construído na região do Brás, em São Paulo, é uma réplica do templo de mesmo nome descrito na Bíblia.

Veja a seguir alguns detalhes sobre o novo Templo de Salomão:

1. O Templo foi construído em um terreno de 35 mil metros quadrados - o equivalente a 5 campos de futebol.

2. O Templo de Salomão assume o posto de maior espaço religioso do país em área construída, que é 4 vezes maior do que o Santuário Nacional de Aparecida (SP). Aparecida tem 23,3 mil m² de área construída, enquanto o Templo Salomão tem 100 mil m².

3. A obra durou 4 anos e custou R$ 680 milhões.

4. O Bispo Edir Macedo mandou vir de Hebron, em Israel, 40 mil metros quadrados de pedras usadas na construção e decoração do Templo.

5. Doze oliveiras foram importadas do Uruguai para reproduzir o Monte das Oliveiras.

6. A capacidade do novo templo é de 10 mil pessoas.

7. As cadeiras que vão acomodar os milhares de féis foram trazidas da Espanha, segundo a Veja SP.

8. Cerca de 40 imóveis foram comprados no Brás por conta da obra, também segundo a Veja SP.

9. No altar, há uma esteira rolante destinada a carregar o dízimo pago pelos fiéis diretamente para uma sala-cofre, de acordo com a Veja SP.

10. Dez mil lâmpadas de LED foram instaladas no teto do salão principal.

11. Nas paredes há grandes menorás - candelabros de sete braços.

12. Na área construída há ainda espaço para 60 apartamentos de pastores que estão a trabalho no templo - incluindo um para o Bispo Edir Macedo.

13. O altar foi construído no formato da Arca da Aliança, local onde teriam sido guardados os Dez Mandamentos, segundo a Bíblia.

14. Cem metros quadrados de vitrais dourados foram instalados acima do altar, segundo a Veja SP.

15. O estacionamento do templo conta com 2000 vagas para carros, 241 para motos e 200 para ônibus.

16. Por enquanto, no período inaugural e de testes, só se poderá ir ao Templo em caravanas. Este foi um acordo com as autoridades, para que avaliasse o impacto no trânsito da região. Depois, qualquer pessoa, com seus próprios meios, poderá ir ao templo.

17. Além do Templo, há também um museu, chamado de Memorial. Lá, 12 colunas explicam a origem das 12 tribos de Israel.

18. Para as mulheres, é vetado o uso de “minissaias ou outros tipos de roupas curtas, decotadas ou sensuais”. Já os homens deverão deixar no armário as camisetas de times de futebol, bermudas, regatas e chinelos.

19. Foram usadas na obra 2.600 toneladas de ferro e 145 mil sacos de cimento.

20. Segundo a assessoria de imprensa da Igreja, a presidente Dilma Rousseff estará presente na inauguração do Templo. O ex-presidente Lula, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad também são esperados.

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/20-coisas-sobre-o-enorme-novo-templo-da-igreja-universal

Irã volta a se manifestar contra Israel quanto a Gaza

 

Iran General: We Will Hunt Down Israelis House To House

General do Irã :Nós iremos caçar israelenses casa por casa

28/07/2014

Reza Kahlili

O vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã prometeu iniciar vingança contra Israel por sua incursão militar em curso em Gaza, que já matou centenas de palestinos e dezenas de israelenses.

"Você [povo de Israel] são árvores sem raízes, que foram plantadas em terras islâmicas pelos britânicos," Brig. Gen. Hossein Salami disse no sermão da sexta-feira de oração da última semana em Teerã, Agência de Notícias Fars . Esta afirmação se refere a Declaração de Balfour, que levou ao desmantelamento do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial e da eventual criação do Estado de Israel em 1948.

"Vamos persegui-lo de casa em casa e vamos se vingar de cada gota de sangue derramado de nossos mártires da Palestina", disse Salami. “e este é o ponto de partida das nações islâmicas despertando para sua derrota."

O vice-comandante prometeu que a Palestina não vai mais manter a calma e citou uma declaração feita pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, o fundador do regime islâmico "Imam [Khomeini] com a afirmação de que Israel deve ser varrido da face da Terra, deu uma verdadeira mensagem para o mundo. Esta mensagem iluminou os muçulmanos e torna-se o conceito nas ruas da Síria, Líbano e Palestina ".

Salami, lembrando guerras anteriores que Israel lutou contra o Hezbollah no Líbano, disse: "O fim do regime sionista [Israel] chegou. ” Movimentos islâmicos estão armados, mísseis estão posicionados, e hoje testemunhamos como os braços da resistência em um canto do mundo islâmico estão controlando os acontecimentos em face do ataque trágico e bárbaro por parte do regime sionista contra os palestinos oprimidos e indefesos em Gaza. "

Salami culpou os EUA e Inglaterra para políticas e atividades de Israel na região e declarou: "O equilíbrio do poder mudará para o benefício do mundo islâmico, e avisem os sionistas que você é uma sociedade sem raízes, sem terra, sem raça, nenhuma história e nenhum elemento que constituem uma nação. Hoje, nenhum lugar na terra ocupada é segura para os sionistas ... hoje os mísseis da resistência palestina cobrirão muito mais longe do que os sionistas esperam.

"Estamos confiantes de que as promessas de Alláh vai se tornar realidade e, no fim do mundo islâmico será o cemitério da América e as políticas do regime sionista, juntamente com seus aliados na região. A bandeira do Islã será levantada ", adverte Salami concluindo.

O regime islâmico tem por longo treinado e armado Hezbollah e as forças palestinas para ataques contra Israel.” Em referência a armar ainda mais os palestinos, o alto-porta-voz do regime do Parlamento, Ali Larijani, disse em um comunicado quarta-feira : "A necessidade clara da Palestina é a sua necessidade de armas e necessidades básicas, e o Irã desempenha um papel importante na satisfação das necessidades claras de um povo palestino ".

Conforme relatado pelo The Daily Caller nesta quarta-feira , o líder supremo do regime islâmico, aiatolá Ali Khamenei, disse que a única solução para a região é a destruição de Israel, e que o confronto armado agora deve se expandir para além de Gaza.

"Estes crimes estão além da imaginação e mostraram a verdadeira natureza do regime de lobo e assassinos de crianças, (e) a única solução é a sua destruição", o aiatolá declarou a sua audiência. "No entanto, até esse momento, a expansão da resistência armada dos palestinos (de Gaza), a Cisjordânia é a única maneira de enfrentar este regime selvagem."Agência de Notícias Tasnim, que fica próxima à Guarda Revolucionária, informou na quarta-feira que, em uma carta, de 40 comandantes da Guarda de alto escalão alertavam a América que ela irá "certamente ser responsabilizada pelas conseqüências destes eventos [em Gaza]." Os comandantes incluído Ali Shamkhani, atual secretário de Conselho Supremo de Segurança Nacional do regime; Yahya Rahim Safavi, ex-comandante da Guarda e conselheiro atual para o líder supremo; e Ghasem Soleimani, o comandante das Forças Quds (responsável pelas atividades terroristas fora do Irã).

O regime foi concedido $ 2,8 bilhões em sanções alívio pela administração Obama em troca de um acordo sobre uma extensão de quatro meses para as conversações de Genebra na busca de uma solução pacífica para o seu programa nuclear ilegítimo. O regime islâmico havia recebido 7000000000 dólares em alívio de sanções após o acordo negociado em novembro passado com um prazo de seis meses para finalizar o acordo, mas que, até agora se recusou a voltar para baixo de sua demanda para continuar a desenvolver o seu programa nuclear. Ele também conseguiu excluir da seu programa de mísseis balísticos, que está sob sanções da ONU .

A Guarda Revolucionária anunciou na semana passada o seu primeiro míssil balístico anti-radar, chamado "Hormouz 1", e afirma que pode penetrar e destruir os sistemas de defesa de mísseis e pode agora destruir o sistema de defesa antimísseis de Israel o famoso Iron Dome , bem como qualquer sistema de defesa de mísseis Patriot . O anúncio disse que o míssil pode ser usado para atacar os sistemas de radar de navios de guerra americanos e porta-aviões no Golfo Pérsico.

Reza Kahlili é um pseudônimo para um ex-agente da CIA na Guarda Revolucionária do Irã e autor do premiado livro "A Time to trair" (Simon & Schuster, 2010). Ele faz parte do Grupo de Trabalho sobre Segurança Interna e Nacional e do conselho consultivo da Fundação para a Democracia no Irã (IDE

http://undhorizontenews2.blogspot.com.br/

China se prepara para desafiar EUA no espaço

 

China, espaço, armas

Colagem: Voz da Rússia

A China desenvolve tecnologias de mísseis para desafiar os Estados Unidos no espaço.

No dia 23 de julho a China realizou novo teste de um míssil destinado a destruir satélites na órbita terrestre. Os testes não incluíam a destruição do alvo. Esta informação foi divulgada pelo Departamento de Estado dos EUA citando fontes dos serviços secretos.

Este foi o primeiro teste realizado depois do apelo do presidente chinês Xi Jinping para um reforço da presença no espaço. O apelo foi feito em abril durante a inspeção a uma unidade da Força Aérea.

Na mesma altura Xi Jinping declarou pela primeira vez que a China deveria poder responder à militarização do espaço por parte dos países concorrentes, sobretudo os EUA. Ele prometeu desbloquear fundos suplementares para a criação de “um novo tipo de força militar”, de forma que o exército possua tudo o que necessite para reagir de forma rápida e eficaz a qualquer potencial situação de crise.

Esta é a segunda sequência de testes durante a atual direção. A primeira ocorreu em maio de 2013. Nessa altura a China colocou em órbita um interceptor cinético de sondas espaciais. Ele destrói o alvo com a força do impacto sem detonação de carga explosiva.

Entretanto, destruir um aparelho espacial do provável adversário não é o método mais eficaz, consideram os peritos. O método mais eficaz é atingi-lo de forma radioeletrônica ou com laser. Não é de excluir que foi isso que se testou desta vez. Pelo menos o analista político Vladimir Evseev não exclui a possibilidade da China já ter sistemas que neutralizem satélites com laser:

“A China aumenta suas diversas capacidades não apenas para atingir tecnicamente os satélites, mas também de os tornar cegos. Nomeadamente, através a colocação na proximidade do aparelho do provável adversário de microssatélites que o cercam, neutralizando sua visão. Isso deverá ser, provavelmente, o objetivo final dos seus projetos. Os trabalhos estão em curso, a questão é a fase em que se encontram. De qualquer forma, a China está se preparando para a possibilidade de haver guerra no espaço.”

Os EUA já comunicaram por diversas vezes aos representantes oficiais da China a sua preocupação pelo desenvolvimento de sistemas antissatélite. Os apelos para que os chineses se abstenham de desenvolver e testar esse tipo de armas são justificados por Washington com os interesses de segurança no espaço.

Os EUA receiam os avanços da China no espaço, diz o major-general Vladimir Dvorkin, perito do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais:

“Os norte-americanos são quem mais depende do espaço no apoio a quaisquer operações de reconhecimento e controle. Por isso eles, como é evidente, ficam preocupados quando os outros países desenvolvem ou testam sistemas que possam de alguma forma perturbar suas atividades espaciais. Os EUA temem que a China atinja um nível em que seu sistema antissatélites possa paralisar eficazmente a componente espacial de apoio militar.”

A China já lançou no espaço um sério desafio aos EUA. Agora ela continua competindo – precisamente na criação de armas antissatélite, considera o vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos Konstantin Sivkov:

“Isso é um sistema real que a China está desenvolvendo. Ela possui todas as capacidades e possibilidades para criar essas armas e ela está desenvolvendo-as. Temos de olhar para a China como para um país que conquistou seu lugar entre os mais avançados no plano tecnológico. Ela inda está um pouquinho atrasada, mas esse atraso poderá ser compensado nos anos mais próximos.”

O primeiro teste sério de uma arma antissatélite foi realizado pela China em 2007. Em órbita baixa, um míssil balístico destruiu um velho satélite meteorológico chinês. Por enquanto ainda não há dados que confirmem ser a China capaz de destruir aparelhos espaciais em órbitas geoestacionárias. Para isso é preciso ter um grupo espacial de ataque.

A Rússia e a China propuseram uma convenção internacional para proibição da colocação de armas no espaço, por isso os peritos supõem que a China não irá colocar quaisquer armas no espaço. Contudo, ela pretende obter esse potencial e parece estar trabalhando nesse sentido
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_28/China-se-prepara-para-desafiar-EUA-no-espaco-5035/

domingo, 27 de julho de 2014

BRICS – embrião "de um mundo não americano"?

 

BRICS, EUA, mundo

Foto: RIA Novosti/Mikhail Klimentiev

No Brasil, Fortaleza, decorreu a cúpula dos BRICS, durante a qual foi criado o Banco de Desenvolvimento e Arranjo Contingente de Reservas, chamando assim a atenção do mundo para o próprio projeto de desenvolvimento BRICS, bem como para o papel da China e da Rússia nesta organização. Poderá falar-se da criação do embrião “de um mundo não americano”?

Como são encaradas as possibilidades futuras dos BRICS por parte de Pequim e Moscou? Terão os BRICS novos membro, e será que, num futuro próximo, o projeto se tornará oficialmente numa Organização Internacional? Estas questões são estudadas no artigo do vice-diretor do Instituto de Estudos do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Serguei Luzyanin.

VR: Foi referida a criação do embrião “de um mundo não americano”. Porque é que os BRICS não gostam da América?

Serguei Luzyanin: A cúpula brasileira que agora terminou, ficou para a história enquanto o mais fértil encontro do “quinteto” - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A sua fertilidade não ficou apenas patente na criação de instrumentos financeiros – o Banco de Desenvolvimento e Arranjo Contingente de Reservas – mas, sobretudo, no nível de empenho dos líderes dos BRICS – no auge da Guerra Fria 2.0, quando os americanos tentam esmagar qualquer um que age à revelia das “recomendações” de Washington – em criarem o seu embrião “de um mundo não americano”.

No futuro, outros projetos poderão estar ligados ao desenvolvimento dos BRICS (Organização de Cooperação de Xangai, RIC). O importante é que, de fato, existe a concepção “de um mundo não americano” que se desenvolve ativamente e se enche de conteúdo concreto. Os BRICS parece que se estão a tornar no epicentro deste novo fenômeno. Não é preciso ser um político habilidoso para sentir que os povos e as civilizações dos países em vias de desenvolvimento estão cansados de “padrões norte-americanos” impostos. Aliás, padrões para tudo, economia, ideologia, forma de pensar, os “valores” propostos, vida interna e externa, etc.

O mundo inteiro viu nos seus ecrãs de televisão o aperto-de-mão dos cinco líderes dos BRICS, ao qual, passado uns dias, se juntou praticamente toda a América Latina. É discutível se, neste impulso comum, existiu uma maior dose de contas pragmáticas ou de solidariedade emocional, mas, uma coisa é certa, nele não houve qualquer amor por América. E isso ainda é uma forma polida de colocar as coisas.
VR: E quanto à adesão da Argentina, quem, no Sul, irá “apoiar” os EUA?
SL: Para a Índia os BRICS são uma oportunidade de reforço na Ásia Austral e de desenvolvimento econômico fora da alçada da Ocidente. A motivação regional é conjugada com expectativas financeiras e tecnológicas que unem a África do Sul e o Brasil.
No futuro, o “segmento” latino-americano poderá ser reforçado. Muitos peritos esperam que o “quinteto” seja alargado através da adesão da Argentina ao projeto. Ultimamente tem existido um desenvolvimento fulgurante das relações bilaterais da Rússia e da República Popular da China com países da América Latina, em sectores como o tecnológico-militar, comercial, de investimento e energético. Neste quadro, as visitas em Julho de Vladimir Putin e de Xi Jinping marcaram o tendencial círculo de potenciais aliados dos BRICS, nomeadamente Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argentina, entre outros. Como é sabido, geograficamente, a America Latina “apoia”, a partir do Sul, os EUA. O reforço dos BRICS, nessa zona sensível para os americanos, é um trunfo adicional para o mundo em vias de desenvolvimento.
VR: Relativamente à “descoberta” muçulmana dos BRICS. Como será a institucionalização?
SL: Também se estuda o alargamento dos BRICS no sentido do Islão, onde também existe descontentamento face ao domínio americano. Espera-se que, após a entrada da Argentina, a fila de adesão aos BRICS seja engrossada pelo maior, em termos de população, país muçulmano do mundo (cerca de 250 milhões), ou seja, a Indonésia. Ela, seja pela sua ideologia, seja pela ambições, nasceu para aderir ao projeto e assim fechar a região do Sudeste Asiático. O novo governo indonésio confirma a sua intenção de desenvolver o relacionamento com os BRICS.

A entrada da Indonésia encerrará a “corrente regional” que englobará as principais regiões do mundo. Além disso, cada um dos países dos BRICS irá representar a “sua” região, tornando-se no seu líder informal. Brasil a América Latina, RAS a África, Rússia a Eurásia, China o Nordeste da Ásia, Indonésia o sudeste asiático.

Os futuros cenários de desenvolvimento do projeto poderão ser diversos. Mas um deles já é atualmente equacionado e de forma bastante concreta. Num futuro próximo, os líderes dos BRICS deverão trabalhar no sentido da institucionalização do projeto, nomeadamente através da criação de um fórum de membros permanentes (atualmente são cinco Estados), e um fórum de observadores e de parceiros de diálogo.

VR: Irão os EUA dialogar?
SL: É possível que, com tempo, os EUA sejam obrigados a dialogar com os BRICS. Porém, não parece ser algo que venha a ter lugar num futuro próximo. Hoje o projeto está em ascensão. Ele combina, organicamente, as vantagens de diversas civilizações, economias e culturas políticas. Aqui não existem imposições nem domínios de um só país.

É claro que existem incongruências, algumas “divergências e visões diferentes quanto à concretização de alguns projetos internacionais. Mas não são diferendos estratégicos. Trata-se de questões objectivas, que surgem, normalmente, nas relações internacionais do mundo político. Os BRICS acabam por ser o reflexo bastante preciso do nosso mundo multifacetado e bastante complexo
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_27/BRICS-criacao-de-um-mundo-nao-americano-4496/

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A entrada do Rádio debate na Rádio Pioneira AM 830

Aconteceu no dia 03/08/2009, de 07 às 08 horas de segunda a sexta-feira e o encerramento foi dia 04/07/2014, com a volta para a Rádio Regional a partir de 04/08/2014. Indo ao ar de 08 ás 09 horas, também de segunda a sexta-feira.

Agência ITAR-TASS faz cronologia dos acontecimentos do dia na investigação das causas da queda do Boeing na Ucrânia

 

Especialistas afirmam que avião foi derrubado por caça Su-25 da Ucrânia e deveria cair em território russo

24/07/2014 16h12

Na sua série de cronologias diárias do processo de investigação do desastre do Boeing 777 da Malaysian Airlines no espaço aéreo da Ucrânia em 17 de julho de 2014, a agência de notícias ITAR-TASS fez a crônica dos acontecimentos desta quinta-feira, 24 de julho (pelo horário de Moscou),

A seguir, os principais pontos da cronologia.

03h15min – Especialistas da Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO) afirmam que gravação das caixas-pretas do Boeing estão em bom estado.

11h01min – Especialistas afirmam que o Boeing foi derrubado pelo avião de ataque ucraniano Su-25 e deveria cair em território russo. Segundo os peritos, os americanos sabem disso, mas silenciam sobre este fato.

16h01min – Missão da OSCE na Ucrânia não enfrenta problemas no acesso aos destroços do Boeing malaio.

17h00min – Especialistas internacionais ainda não chegaram ao local da tragédia do avião.

17h05min – Londres tenta o envio de uma missão policial internacional para a realização do trabalho de investigação no local da queda do Boeing.

17h48min – O Conselho de Segurança da Holanda permite mover os destroços do Boeing malaio.

19h21min – A Holanda recebe mais 74 corpos de vítimas da tragédia.

19h25min – O Conselho de Segurança da ONU prepara uma resolução sobre o envio de uma missão policial ao local da queda do Boeing.

http://www.diariodarussia.com.br/internacional/noticias/2014/07/24/agencia-itar-tass-faz-cronologia-dos-acontecimentos-do-dia-na-investigacao-das-causas-da-queda-do-boeing-na-ucrania-2/

Menino extrai 232 dentes após operação na Índia

 

Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo Notícias – 17 horas atrás

(Foto: AFP)(Foto: AFP)
Um jovem indiano de 17 anos surpreendeu funcionários do Departamento de Odontologia do Hospital J.J., em Mumbai, capital do país. Ashik Gavai deu entrada com inchaço do lado direito da mandíbula com fortes dores e após ser operado durante sete horas, teve nada menos que 232 dentes extras estraídos.
Sunanda Dhiware, chefe do departamento, afirmou à “BBC” que Ashik sofre de uma doença raríssima que causa um tipo de tumor benigno conhecido como odontoma. Caso ocorra, a gengiva passa a formar diversos dentes na região.
(Foto: AFP)(Foto: AFP)
“Quando abrimos a gengiva, dentes pequenos parecidos com pérolas começaram a sair, um por um. Inicialmente, estávamos coletando, eles eram realmente como pequenas pérolas brancas. Mas então começamos a ficar cansados. Contamos 232 dentes", explicou a dentista.
(Foto: AFP)(Foto: AFP)
De acordo com a especialista, registros médicos dão conta de que no máximo 37 dentes foram extraídos de um paciente por conta de um tumor. O pai do menino, Suresh Gavai, afirmou que o filho reclamou um mês atrás, deixando o vilarejo de Buldhana até Mumbai em busca de um diagnóstico.

https://br.noticias.yahoo.com/menino-extrai-232-dentes-após-operação-na-índia-170520914.html

quinta-feira, 24 de julho de 2014

América Latina tenta fugir do controle dos EUA

 

America latina, EUA, influencia

Colagem: Voz da Rússia

Durante muitos anos, a América Latina sentiu na pele todas as “qualidades” da “boa vizinhança americana”. Cuba, Venezuela, México, Chile, praticamente todos os Estados da parte meridional do continente estiveram sob um rígido controle dos EUA.

A doutrina Monroe, que definia a América Latina como uma sua zona de particular influência, continua a vigorar hoje. Não obstante as realidades políticas e econômicas terem mudado sensivelmente, os EUA não pretendem renunciar à anterior política.

Os EUA chamaram sempre à América Latina o seu “quintal”. Este princípio foi lançado na famosa doutrina Monroe de 1823, que definiu a política externa dos EUA. Em relação ao seu vizinho do sul, Washington chamou a si o papel de “protetor” e, além disso, limitou claramente a esfera de influência dos Estados europeus, afirma o perito Serguei Ermakov:

"O sentido consiste em que os países europeus não devem, de forma alguma, ingerir-se nessa zona. Ela é definida como zona de influência exclusiva dos EUA. Algumas dezenas de anos depois, podemos afirmar que a atitude dos EUA não mudou radicalmente. A América Latina para eles é uma zona de interesses especiais".

A América Latina era vista por Washington como uma quinta onde tudo se pode fazer. O continente meridional tornou-se uma espécie de campo experimental de futuros princípios da famigerada democracia americana, explica Nikolai Mironov, diretor-geral do Instituto de Projetos Regionais Prioritários:

"Foi precisamente nos países da América Latina que eles (EUA) elaboraram todos os mecanismos das intervenções, das “revoluções floridas”. Foi precisamente aí que tudo começou. Tiveram lugar numerosos golpes de Estado, por detrás dos quais estiveram os Estados Unidos. Incluindo o conhecido, na história, golpe de Pinochet, que derrubou o governo socialista de Salvador Allende, que se orientava para outro bloco da política externa: para a União Soviética. Embora não completamente, mas mais para a Europa.

A política hoje previsível é a continuação da velha política dos EUA, que querem dominar absolutamente nesse continente, controlar todos os países e não lhes permitir uma política independente".

Hoje, a situação no continente latino-americano mudou radicalmente. Começou a ganhar velocidade o Brasil, Argentina, Chile, Peru.

Todos os gigantes mundiais estão interessantes nos contatos comerciais com eles. Por isso, o outrora “quintal” poderá afastar os seus protetores. Os latino-americanos têm consciência hoje clara disso e tentam criar o seu centro comum, afirma Nikolai Mironov:

"Historicamente, os países latino-americanos gostariam de outro centro de atração, que eles poderiam apoiar e em torno do qual poderiam unir-se e contrapor-se aos EUA. Porque essa pressão – expansão econômica, domínio político – nem sempre lhes agradou, principalmente tendo em conta os golpes militares e as repressões que se lhes seguiram. Os latino-americanos inclinam-se mais para o seu areal. Por isso o mais provável é o aparecimento aqui de Estados fortes. Por enquanto é o Brasil. No futuro, poderá ser organizado outro bloco regional que irá opor-se aos EUA".

Semelhante situação não agrada nada a Washington. Mas, por enquanto, não se prevê vias fáceis para o regresso dos EUA à sua hegemonia absoluta no continente. Os americanos devem preparar-se para isso. A era de Monroe passou.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_24/America-Latina-tenta-fugir-ao-controle-dos-EUA-2034/

MAIS DE MIL EMPRESAS FECHADAS NO CEARÁ EM JUNHO

 

A taxa de extinção de empresas aumentou, no Ceará, no mês de junho. De acordo com o Índice Mensal do Comércio (IMC), divulgado ontem pela Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), houve um aumento de 17,8% no número de empresas fechadas no sexto mês do ano, na comparação com igual mês do ano passado.A reportagem é do jornal Diário do Nordeste.

Conforme o índice, pelo menos 1.128 estabelecimentos foram fechados no mês anterior, contra 957 extinções, em junho, de 2013. A maior proporção ocorreu no tipo jurídico microempreendedor individual, com 675 empresas extintas no mês anterior, frente a 463 fechamentos em junho do ano passado, correspondendo ao aumento de 45,78%.

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Morre no Recife, aos 87 anos, o escritor Ariano Suassuna

Ele sofreu um AVC na noite de segunda-feira e passou por cirurgia.
Nascido na Paraíba, ele vivia no Recife desde 1942.

Do G1 PE

Em março de 2010, Ariano Suassuna deu uma aula-espetáculo durante o Festival de Teatro de Curitiba (Foto: Lenise Pinheiro / Folhapress)Em março de 2010, Ariano Suassuna deu uma aula-espetáculo durante o Festival de Teatro de Curitiba (Foto: Lenise Pinheiro / Folhapress)

Ariano Suassuna

Escritor morreu aos 87 anos

Morreu no Recife, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. "O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana".

O velório do corpo do escritor começa ainda esta noite, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23h, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

Internamentos
Em 2013, Ariano foi internado duas vezes. A primeira delas em 21 de agosto, quando sentiu-se mal após sofrer um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções, de acordo com os médicos, e ficou internado na unidade coronária, mas depois foi transferido para um apartamento no hospital. Recebeu alta após seis dias, com recomendação de repouso e nenhuma visita.

Dias depois, um aneurisma cerebral o levou de volta ao hospital. Uma arteriografia foi feita para tratamento e ele saiu da UTI para um apartamento do hospital, de onde recebeu alta seis dias depois da internação, no dia 4 de setembro.

Na noite de segunda-feira (21), Ariano Suassuna deu entrada no hospital e foi operado após o diagnóstico do AVC. A cirurgia foi para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Na noite de terça, o quadro dele se agravou, devido a "queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada", conforme foi informado em boletim.

Na aula-espetáculo, Ariano mistura causos, informações sobre elementos da cultura popular nordestin a (Foto: Costa Neto / Secretaria de Cultura de Pernambuco)Na aula-espetáculo que ministrou no Festival de Inverno de Garanhuns, na semana passada, mais uma vez Ariano misturou causos, informações sobre elementos da cultura popular nordestina; o grupo Arraial foi o convidado para os números de música e dança (Foto: Costa Neto / Secretaria de Cultura de Pernambuco)

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Ativo até o fim
Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Mesmo com os problemas na saúde, ele permanecia em plena atividade profissional. "No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra", disse ele, em dezembro de 2013, durante a retomada de suas aulas-espetáculo.

Em março deste ano, Ariano foi homenageado pelo maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada. Ele pediu que a decoração fosse feita nas cores do Sport, vermelho e preto, e ficou muito contente com a homenagem. “Eu acho o futebol uma manifestação cultural que tem muitas ligações com o carnaval”, disse, na ocasião.

No mesmo mês, o escritor concedeu uma entrevista à TV Globo Nordeste sobre a finalização de seu novo livro, “O jumento sedutor”. Os manuscritos começaram a ser trabalhados há mais de trinta anos.

Na última sexta-feira, Suassuna apresentou uma aula espetáculo no teatro Luiz Souto Dourado, em Garanhuns, durante o Festival de Inverno. No carnaval do próximo ano, o autor paraibano deve ser homenageado pela escola de samba Unidos de Padre Miguel, do Rio de Janeiro.

Com montagem d'O Auto da Compadecida no Rio de Janeiro, Ariano conquistou a crítica brasileira (Foto: Acervo pessoal / Ariano Suassuna)Com montagem d'O Auto da Compadecida no Rio de Janeiro, Ariano conquistou a crítica brasileira (Foto: Acervo pessoal / Ariano Suassuna)

Obra
A primeira peça do escritor, "Uma mulher vestida de sol", ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Ariano escreveu um de seus maiores clássicos, "O Auto da Compadecida", em 1955, cinco anos depois de se formar em direito. A peça foi apresentada pela primeira vez no Recife, em 1957, no Teatro de Santa Isabel, sem grande sucesso, explodindo nacionalmente apenas quando foi encenada – e ganhou o prêmio – no Festival de Estudantes do Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina. A obra é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.

O escritor considera que seu melhor livro é o “Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra começou a ser produzida em 1958 e levou 12 anos para ficar pronta. Foi adaptada por Luiz Fernando Carvalho e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de "A pedra do reino".

Na década de 70, Ariano começou a articular o Movimento Armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Ele também foi membro-fundador do Conselho Nacional de Cultura.

Após 32 anos nas salas de aula, Suassuna se aposentou do cargo de professor da Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. O período também ficou marcado pelo reconhecimento nacional do escritor – Ariano tomou posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, em 1990.

http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2014/07/morre-no-recife-aos-87-anos-o-escritor-ariano-suassuna.html

Brasil chama de 'inaceitável' violência em Gaza e convoca embaixador

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Medida é excepcional e tomada quando há avaliação de situação grave.
Mais de 600 palestinos morreram em ofensiva de Israel contra Gaza.

Do G1, em Brasília

CONFLITO EM GAZA

Combates são os mais graves desde 2012

O governo brasileiro classificou nesta quarta-feira (23), em nota oficial, de "inaceitável" a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Israel "para consulta".

A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.

A última vez em que o governo chamou um embaixador para consulta foi após o impeachment de Fernando Lugo no Paraguai, episódio que o Brasil considerou como "ruptura da ordem democrática".

Pelo menos 644 palestinos e 31 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em 16 dias de ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.

Israelenses e palestinos acusaram uns aos outros de crimes de guerra durante uma reunião extraordinária em Genebra do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta quarta, com ambas as partes alegando terem agido dentro das leis internacionais durante a escalada de violência.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores considerou "desproporcional" o uso de força por Israel e voltou a pedir o fim dos ataques.

"O governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. O governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes", diz o comunicado.

Veja a íntegra da nota:

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota nº 168
23 de julho de 2014

Conflito entre Israel e Palestina

O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.

O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.

Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.

Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas

Novo avanço da China na América Latina

 

China, América Latina

Foto: AP/Ismael Francisco

A China alcançou um novo avanço no hemisfério ocidental. Durante as visitas do presidente chinês Xi Jinping a diversos países da América Latina, foram assinados 15 acordos de cooperação com o Brasil, 19 com a Argentina, 38 com a Venezuela e 30 com Cuba.

A China irá investir nas novas explorações petrolíferas na Venezuela 4 bilhões de dólares, em projetos na Argentina – 7,5 bilhões de dólares e em projetos de infraestruturas na América Latina e Caraíbas – 35 bilhões de dólares.

Em ano e meio como chefe de Estado, Xi Jinping visitou por duas vezes a América Latina. No ano passado ele esteve no México, na Costa Rica e em Trinidad e Tobago. Estes países são três vizinhos e três parceiros econômicos próximos dos EUA. Dessa vez a viagem de Xi Jinping tinha um caráter puramente econômico. No entanto, muitos observadores viram nessa turnê uma ingerência da China na zona dos interesses norte-americanos e um desafio político aos EUA.

Na altura essas eram apenas suposições. Contudo, a atual visita já é um claro golpe sério contra os EUA, considera o vice-diretor do Instituto da América Latina Nikolai Kalashnikov:

“A China já queria entrar na América Latina há muito tempo. Atualmente, ela já lá entrou e ocupa uma posição bastante sólida, tendo empurrado seriamente os Estados Unidos. Esse é um fato. Essencialmente, a viagem de Xi Jinping permitiu reforçar essa tendência. De cada vez as posições da China na América Latina saem mais reforçadas. Os EUA dificilmente estão satisfeitos com isso, mas já não podem fazer nada para o contrariar. Eles têm de estruturar sua política na região partindo das realidades atuais. A China se tornou no principal concorrente econômico dos EUA dentro dos seus próprios antigos domínios.”

O Brasil e a Argentina são os principais parceiros da China no continente. Cuba e Venezuela são seus satélites incontestáveis. Os acordos e contratos assinados irão impulsionar seu desenvolvimento econômico, tecnológico e de infraestruturas. Em troca, a China irá aí desenvolver rapidamente seus interesses e alargar seu acesso aos mercados locais do petróleo, do cobre, do molibdênio, da celulose e da soja.

Na concorrência econômica, os EUA estão perdendo para a China a luta pela América Latina, entretanto o avanço da China nessa região, por mais paradoxal que pareça, também poderá dar frutos às empresas norte-americanas, considera o economista Alexander Salitsky:

“Vamos chamar as coisas pelos seus nomes: se trata apenas de uma expansão econômica da China. O fato de Pequim ajudar a desenvolver os mercados desses países irá, numa série de casos, fazer com que corporações norte-americanas também ganhem com isso. Nós já assistimos a isso em África. A China começou sua penetração em África muito antes dos outros continentes. Ainda nos anos de 1963-1964. Quando ela começou ajudando ativamente África a resolver seus problemas socioeconômicos de forma muito ativa no novo século, os velhos colonizadores começaram regressando – os ingleses, os franceses e os norte-americanos. O mesmo pode ocorrer em breve na América Latina, o que fará aumentar ainda mais a concorrência entre a China e os EUA no mercado local.”

Entretanto a China tem uma vantagem concorrencial incontestável que funciona muito bem tanto em África, como na América Latina, considera Nikolai Kalashnikov:

“A China limita seus interesses à esfera estritamente econômica e não penetra especialmente nos aspetos de política externa. Isso permite-lhe investir em toda a parte em que o pode fazer, sem o balizar por quaisquer condicionalismos políticos. Os interesses econômicos acima de tudo. Aí reside o pragmatismo da política chinesa.”

Esse pragmatismo, entretanto, permite à China atingir de forma rápida e eficaz seus objetivos políticos. Xi Jinping acordou, por exemplo, com o Brasil e a Argentina realizar as respetivas transações nas moedas locais, o que irá reforçar a tendência para a internacionalização do yuan. Ele prometeu ajudar a Argentina a ultrapassar as preocupações relacionadas com a restruturação de sua dívida externa e Buenos Aires terá de compensar a China por isso com dividendos políticos.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_23/Novo-avanco-da-China-na-America-Latina-5513/

Rússia espera reação da UE e dos EUA aos dados sobre a queda do avião

 

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Foto: RIA Novosti/Mikhail Voskresensky

Em 22 de julho, a Rússia entregou oficialmente à UE todos os dados dos meios de controle objetivo sobre a catástrofe do Boeing da Malaysia Airlines na Ucrânia. Tal aconteceu um dia após o Ministério da Defesa da Rússia ter divulgado num briefing em Moscou dados de estações de controle russos. Militares russos estabeleceram a situação existente no território da região de Donetsk antes da queda da aeronave.

Esses dados provocaram muitas perguntas de militares russos a Kiev. Em particular, quais foram as razões de atividade intensa dos redares ucranianos na véspera e no dia da tragédia, bem como da ordem de fim do alarme após a catástrofe? Qual era a missão da bateria de sistemas ucranianos de defesa antiaérea Buk que se encontravam antes do desastre no território controlado por rebeldes e por que motivo a bateria foi retirada com urgência logo após a queda do avião? Com que objetivo um SU-25 ucraniano se aproximou do Boeing a uma distância de 3 a 5 km pouco antes da catástrofe e por que razão esse fato foi desmentido por Kiev?

Kiev não respondeu às perguntas de Moscou, embora já tivessem passado dois dias. O chefe do Departamento Operacional do Estado-Maior General das Forças Armadas da Rússia, Andrei Kartapolov, ao intervir em Moscou, fez também aos EUA uma pergunta importante para esclarecer as circunstâncias da queda da aeronave:

“Segundo declaram representantes dos EUA, eles têm fotos tiradas a partir do espaço, confirmando que o míssil foi lançado em direção ao Boeing por milícias ucranianos. Mas ninguém viu essas fotografias. Se a parte americana disoõe de fotos tiradas via satélite, solicitamos que elas sejam apresentadas à comunidade internacional para seu estudo pormenorizado. Casualmente ou não, mas a hora da catástrofe do Boeing e o tempo da observação do território ucraniano por um satélite americano coincidem”.

Os americanos não apresentaram essas fotos nem à UE, nem a Moscou, embora prometessem fazê-lo terça-feira. No mesmo dia, durante um briefing em Washington, os representantes dos serviços de inteligência norte-americanos não conseguiram conceder quaisquer provas de envolvimento de rebeldes e da Rússia no derrubamento da aeronave, embora tanto a Casa Branca como o Departamento de Estado prometessem em uníssono que os serviços secretos apresentariam provas convincentes revelando o autor do ataque ao Boeing da Malaysia Airlines.

Mas durante o briefing, os representantes dos serviços secretos não apresentaram fotos exclusivas tiradas a partir do satélite, demostrando apenas fotografias espaciais pouco informativas e citando dados publicados em redes sociais. Com base nessas “provas”, eles anunciaram uma versão de que, “provavelmente”, o avião teria sido abatido erradamente por rebeldes.

Ao mesmo tempo, os representantes dos serviços secretos reconheceram que não podem confirmar a autenticidade dos materiais da Internet, divulgados pelo governo ucraniano. Vários peritos têm destacado sinais evidentes de montagem nos materiais vídeo de redes sociais, alegados como provas por responsáveis americanos e ucranianos.

Um cientista político, Igor Shishkin, não viu nada de extraordinário na posição dos EUA:

“Esse desenvolvimento dos acontecimentos deveria ser previsto. Em condições algumas, quaisquer que fossem as provas da Rússia ligadas a esse incidente, os EUA não irão reconhecê-las. Eles já declararam oficialmente como propaganda os testemunhos russos. Irão insistir na sua versão sem apresentar quaisquer provas, de que, pelo visto, não dispõem simplesmente".

Um representante da Inteligência norte-americana reconheceu no briefing que o seu departamento não tem provas de envolvimento de Moscou no incidente, assim como provas de que a Rússia teria instruído os rebeldes a utilizar os sistemas Buk.

Desmoronou-se também a versão repetida reiteradamente no Ocidente de que esses sistemas teriam sido transportados da Rússia para a zona de atuação dos rebeldes. Em palavras do representante da Inteligência, os serviços secretos dos EUA não estabeleceram a passagem dos sistemas Buk através da fronteira russo-ucraniana.

Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_23/R-ssia-espera-rea-o-da-UE-e-dos-EUA-aos-dados-sobre-cat-strofe-6444/

Como pensa a elite brasileira

Como pensa
a elite brasileira

“A elite brasileira comprou o livro de Piketty, O Capital no Século 21. Não gostou. Achou que era sobre dinheiro, mas o principal assunto é a desigualdade”

O Conversa Afiada reproduz excelente artigo de Antônio Lassance, da Carta Maior:

Como pensa a elite brasileira

A elite brasileira comprou o livro de Piketty, O Capital no Século 21. Não gostou. Achou que era sobre dinheiro, mas o principal assunto é a desigualdade.
A elite brasileira é engraçada. Gosta de ser elite, de mostrar que é elite, de viver como elite, mas detesta ser chamada de elite, principalmente quando associada a alguma mazela social. Afinal, mazela social, para a elite, é coisa de pobre.
A elite gosta de criticar e xingar tudo e todos. Chama isso de liberdade de expressão. Mas não gosta de ser criticada. Aí vira perseguição.
Quando a elite esculhamba o país, é porque ela é moderna e quer o melhor para todos nós. Quando alguém esculhamba a elite, é porque quer nos transformar em uma Cuba, ou numa Venezuela, dois países que a elite conhece muito bem, embora não saiba exatamente onde ficam.
Ideia de elite é chamada de opinião. Ideia contra a elite é chamada de ideologia.
A elite usa roupas, carros e relógios caros. Tem jatinho e helicóptero. Tem aeroporto particular, às vezes, pago com dinheiro público – para economizar um pouquinho, pois a vida não anda fácil para ninguém.
A elite gosta de mostrar que tem classe e que os outros são sem classe.
Mas, quando alguém reclama da elite por ser esnobe, preconceituosa e excludente, é acusado de incitar a luta de classes.
Elite mora em bairro chique, limpinho e cheiroso, mas gosta de acusar os outros de quererem dividir o país entre ricos e pobres.
O negócio da elite não é dividir, é multiplicar.
A elite é magnânima. Até dá aulas de como ter classe. Diz que, para ser da elite, tem que pensar como elite.
Tem gente que acredita. Não sabe que o principal atributo da elite é o dinheiro. O resto é detalhe.
A elite reclama dos impostos, mesmo dos que ela não paga. Seu jatinho, seu helicóptero, seu iate e seu jet ski não pagam IPVA, mesmo sendo veículos automotores.
Mas a elite, em homenagem aos mais pobres e à classe média, que pagam muito mais imposto do que ela, mantém um grande painel luminoso, o impostômetro, em várias cidades do país.
A elite diz que é contra a corrupção, mas é ela quem financia a campanha do corrupto.
Quando dá problema, finge que não tem nada a ver com a coisa e reclama que “ninguém” vai para a cadeia. “Ninguém” é o apelido que a elite usa para designar o pessoal que lota as cadeias.
A elite não gosta do Bolsa Família, pois não é feita pela Louis Vuitton.
A elite diz que conceder benefícios aos mais pobres não é direito, é esmola, uma coisa que deixa as pessoas preguiçosas, vagabundas.
Como num passe de mágica, quando a elite recebe recursos governamentais ou isenções fiscais, a esmola se transforma em incentivo produtivo para o Brasil crescer.
A elite gosta de levar vantagem em tudo. Chama isso de visão. Quando não é da elite, levar vantagem é Lei de Gérson ou jeitinho.
Pagar salário de servidor público e os custos da escola e do hospital é gasto público. Pagar muito mais em juros altos ao sistema financeiro é “responsabilidade fiscal”.
Quando um governo mexe no cálculo do dinheiro que é reservado a pagar juros, é acusado de ser leniente com as contas públicas e de fazer “contabilidade criativa”.
Quando o governo da elite, décadas atrás, decidiu fazer contabilidade criativa, gastando menos com educação e saúde do que a Constituição determinava, deram a isso o pomposo nome de “Desvinculação das Receitas da União” - inventaram até uma sigla (DRU), para ficar mais nebuloso e mais chique.
A elite bebe água mineral Perrier. Os sem classe se viram bebendo água do volume morto do Cantareira.
A elite gosta de passear e do direito de ir e vir, mas acha que rolezinho no seu shopping particular é problema grave de segurança pública.
A elite comprou o livro de um francês, um tal Piketty, intitulado “O Capital no Século 21″. Não gostou. Achou que era só sobre dinheiro, até descobrir que o principal assunto era a desigualdade.
A pior parte do livro é aquela que mostra que as 85 pessoas mais ricas do mundo controlam uma riqueza equivalente à da metade da população mundial. Ou seja, 85 bacanas têm o dinheiro que 3,5 bilhões de pessoas precisariam desembolsar para conseguir juntar.
A elite não gostou da brincadeira de que essas 85 pessoas mais ricas do mundo caberiam em um daqueles ônibus londrinos de dois andares.
Discordou peremptoriamente e por uma razão muito simples: elite não anda de ônibus, nem se for no andar de cima.

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