quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Polícia Rodoviária Federal reforça segurança nas rodovias federais no CE

 

Por: Luciano Augusto

A Polícia Rodoviária Federal no Ceará (PRF) realiza plano emergencial de reforço do policiamento ostensivo nas rodovias federais que cortam o Ceará. Por ordem da superintendência regional, todo o efetivo da PRF cearense está à disposição da área operacional.

De acordo com o núcleo de comunicação social da PRF, os policiais que iriam tirar férias nos próximos dias terão suas férias adiadas e os que trabalham em serviço administrativo estão sendo redirecionados para o serviço de policiamento ostensivo. Além disso, todos estão trabalhando em escalas especiais de reforço.

A PRF também requisitou ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, reforços de policiais, viaturas, armamentos e aeronaves, que devem estar chegando ainda esta semana.

"O objetivo da PRF não é interferir nas negociações da Polícia Militar do Estado do Ceará com o Governo do Estado, mas minimizar os efeitos do déficit de policiamento para a população, contribuindo para a contenção da violência, efetivamente nos trechos urbanos que fazem parte da área de circunscrição da PRF, como os acessos a Fortaleza pela BR 116 e pela BR 222, trabalhando para evitar que a situação se transforme em uma reação em cadeia", ressalta o Núcleo de Comunicação Social da PRF.

Com menores juros da história, Tesouro capta US$ 750 milhões no exterior

 

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Tesouro Nacional captou US$ 750 milhões de investidores norte-americanos e europeus com taxa de juros de 3,449% ao ano – o menor valor da história para emissões no exterior. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2021, feita ontem (3).

O governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, ou seja, de 3,449% ao ano.

Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Para papéis de dez anos, a menor taxa até agora tinha sido de 4,188% ao ano, obtida numa captação em julho de 2011. A emissão de hoje foi o primeiro lançamento de títulos da dívida externa em 2012. O último lançamento de títulos públicos no exterior havia ocorrido em novembro do ano passado.

Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.

A taxa do título brasileiro foi 150 pontos maior que a dos títulos do Tesouro americano de dez anos. Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo. Segundo técnicos do Tesouro Nacional, a proximidade da faixa indica que a dívida brasileira está cada vez com menos risco de calote.

O Tesouro pretende ofertar mais US$ 75 milhões ao mercado asiático nas próximas horas. O resultado final da emissão será anunciado hoje(4) pela manhã. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais amanhã (6).

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Policiais militares e bombeiros grevistas aceitam proposta; acordo está nas mãos de Cid Gomes

 

Fonte: O POVO Online/Fortaleza

 

Há pouco, a procuradora geral de Justiça, Socorro França, no papel de intermediadora, ligou para o comando de greve e fez a proposta, já aceita

03.01.2012| 19:58

A decisão agora está na mão do governador Cid Gomes, para encerrar a greve de policiais militares e bombeiros, que já dura cinco dias. Há pouco, a procuradora-geral de Justiça, Socorro França, no papel de intermediadora, ligou para o comando de greve e fez a proposta, já aceita.

Foram atendidas três das seis reivindicações dos grevistas. São elas:

1) O Governo pagará R$ 859,00 a policiais que atuam no turno C (madrugada) com este valor sendo incorporado ao salário;
2) Todos os policiais, sem exceção, saem das 44 horas para 40 horas semanais;
3) Será concedida a anistia ampla e irrestrita a todos os que participaram do movimento grevista nos últimos cinco dias.

Tão logo a proposta feita pela procuradora foi repetida pelo telefone, o comando e os policiais grevistas acampados no prédio da 6ª Companhia do 5º Batalhão da PM, no bairro Antônio Bezerra, se reuniram e aceitaram o que foi sugerido.

O Governo só aceitará negociar as outras três reivindicações com a paralisação encerrada. São elas:

1) Vale-refeição, que passará de R$ 6,00 para R$ 10,00;
2) Destituição do código disciplinar militar e criação de código de ética;
3) Regularização das promoções.

O fim da greve seria nesta terça-feira, 3, mas a volta ao trabalho será a partir de amanhã – se o governador selar o acordo.

O documento já está sendo enviado de volta ao Palácio da Abolição, com a assinatura dos líderes do movimento grevista, Flávio Sabino (Associação de Cabos e Soldados), Pedro Queiroz (da entidade nacional da categoria) e o capitão Wagner Souza (suplente de deputado, no exercício do mandato). Também deverá assinar o documento o procurador geral do Estado, Fernando Oliveira.

A decisão sobre o fim da greve deve sair nas próximas horas.

O POVO estava na sala no momento da negociação.

Comercio de Sobral fechado em plena tarde

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Nunca tinha visto isso em Sobral. O centro comercial da cidade totalmente fechado no meio do expediente da tarde por medos dos arrastões de ladrões. Estes, estão fazendo a festa com a greve dos policiais militares. Só mesmo arrogância e falta de disposição para o diálogo para chegar a esse ponto. Tentar impor a posição do governo estadual, nem sempre vai dar certo. Fazer terminar um movimento grevista prometendo negociar depois e não negociando a contento, trás descrédito a outras categorias e pode levar a situações imprevistas como esta da segurança (ou insegurança). Os cidadãos, pagadores de impostos, não podem ficar a mercê de bandidos enquanto ambos os lados exibem os dentes ao invés de dialogar, ainda não é tarde demais para resolver essa situação, antes que ela gere dividendos políticos eleitorais.

A (contra) ameaça nuclear

 


 

Leonam dos Santos Guimarães

Um medo exagerado de armas nucleares tem levado a muitas políticas que insistem no erro de considerar que elas são desenvolvidas pelos países com intuito de ameaçar. A História nos mostra que a busca pela sua posse é muito mais uma resposta à ameaça percebida do que a preparação para uma agressão.
Gênesis
Um personagem pouco conhecido, o físico húngaro Leo Szilard, é a quem se deve o invento das armas nucleares. Foi ele quem, ao tomar conhecimento da interpretação correta de Lize Meitner e Otto Frisch sobre os resultados dos experimentos de Otto Hahn, que identificaram o fenômeno da fissão nuclear do urânio na Alemanha Nazista em 1939, concebeu a possibilidade de, com base nesse fenômeno físico recém descoberto, montar um dispositivo explosivo, tendo chegado a depositar uma patente de tal artefato na Grã-Bretanha.
Como judeu refugiado do nazismo na Grã-Bretanha, a possibilidade de que essa mesma idéia pudesse ser concebida na Alemanha o obcecava. Szilard tinha razão, já que isso era realmente muito provável sabendo-se que os experimentos que lhe deram origem foram feitos lá e o regime nazista contava com eminentes físicos nucleares, dentre eles Heisenberg. Com efeito, este último veio a ser o líder dos incipientes esforços nazistas nesse sentido que, entretanto, nunca chegaram nem de perto do êxito.
Szilard viajou aos EUA para convencer Einstein, já então personagem mundialmente conhecido e respeitado, dessa possibilidade. Teve êxito em convencê-lo a assinar a famosa carta Einstein-Szilard, datada de 2 de agosto de 1939, que afirmava ao Presidente Roosevelt que a arma nuclear era tecnicamente viável e incentivava os EUA a dar início imediato a um programa científico e tecnológico para desenvolvê-la.
Einstein posteriormente se arrependeu de ter assinado a carta, já que ela levou não só ao desenvolvimento, mas também ao seu uso contra populações civis. Ele justificava sua decisão ao grande perigo que havia da Alemanha Nazista ser a primeira a desenvolvê-la e à certeza de que ela a usaria quando a obtivesse.
A carta de Einstein-Szilard foi o catalisador do Projeto Manhattan, que desenvolveu e testou as primeiras armas nucleares. Obviamente esse projeto foi uma resposta a uma grave ameaça percebida. O êxito americano sobreveio com o primeiro teste, denominado “Trinity”, de um artefato de plutônio em 16 de julho de 1945.
As razões da decisão pelo uso das primeiras bombas sobre Hiroxima (artefato de urânio, em 6 de agosto de 1945) e Nagazaki (artefato de plutônio, em 9 de agosto seguinte), desenvolvidas em resposta a essa suposta ameaça que, com rendição da Alemanha em 7 de maio 1945, não se concretizou, é até hoje tema controverso.
Entretanto, um dos fatores que certamente pesou nessa decisão do presidente Trumman foi o fato de que, pouco antes dos bombardeios, a URSS ter declarado guerra ao Japão e estar se preparando para invadi-lo pelo norte, o que poderia fazer antes que os americanos o fizessem pelo sul.
Note-se que a revolução chinesa de Maozedong ainda estava na “Longa Marcha”, mas já existiam fortes indícios que poderia ser vitoriosa, como realmente o foi, ampliando em muito a ameaça de domínio comunista do extremo oriente.
Além disso, durante a Conferência de Yalta, 4-11 de fevereiro de 1945, Roosevelt sugeriu a Stalin que seu país detinha uma nova e formidável arma. Certamente a inteligência soviética sabia de mais detalhes.
Logo, a decisão de usar as bombas foi também uma resposta à ameaça dos soviéticos que, após terem assumido o controle de grande parte da Europa, pudessem fazer o mesmo no Japão. Isto tornava a rendição incondicional do Japão o mais breve possível uma máxima prioridade do governo americano.
URSS
Com efeito, os soviéticos chegaram a invadir as Ilhas Sakalina, no extremo norte do Japão, 88 dias antes do bombardeio de Hiroxima, mas a rendição incondicional que se seguiu aos bombardeios nucleares os impediu de ocupar maiores parcelas do território japonês, que foi rapidamente ocupado pelos EUA.
Obviamente, após os bombardeios nucleares sobre as cidades japonesas, os soviéticos se sentiram fortemente ameaçados pelo poderio nuclear americano e elevaram o programa de desenvolvimento de armas nucleares, que já existia de forma incipiente, a máxima prioridade nacional, envolvendo inclusive expressivas ações de espionagem nos EUA, dos quais o mais conhecido é o caso do casal Rosemberg.
A URSS obteve êxito em 29 de agosto 1949, com seu primeiro teste do artefato RDS-1 denominado “First Lightning” (Joe-1 na nomenclatura americana).
Grã-Bretanha
Os britânicos, por sua vez, se sentiram fortemente ameaçados pelas armas nucleares soviéticas, que naquela época ainda não tinham meios apropriados de lançamento para atingir os EUA. Desenvolveram, então, suas próprias, obtendo êxito em 1952, com uma série de testes realizados no sítio de Nevada, nos EUA e, finalmente, seu primeiro teste independente em 14 de outubro de 1953 (“Operation Totem”), realizado na Austrália.
Apesar da aliança com os EUA e da grande vontade política de afirmação do poder nacional, as experiências históricas britânicas com a influência da política de isolacionismo americana, e conseqüente demora dos EUA em se engajarem nas duas guerras mundiais, certamente contribuíram para amplificar a percepção da ameaça russa. O “guarda-chuva” americano de proteção não foi considerado suficiente à época.
França
Durante a primeira guerra da Indochina, em 1954, os franceses em dificuldades pediram apoio material à Grã-Bretanha para desenvolverem sua arma nuclear, em resposta à ameaça que representava o avanço das forças de Ho Chi Minh. Entretanto, esse auxílio não chegou a tempo e a França foi fragorosamente derrotada em Dien Bien Phu em 7 de maio de 1954.
Nesse mesmo ano um programa de desenvolvimento de armas nucleares foi formalmente lançado pelo presidente Mendès-France, obtendo êxito em 13 de fevereiro de 1960, com o teste “Gerboise Bleue”, no deserto da Argélia. Esse fato reafirmou a posição francesa como potência mundial após o revés indochinês. Note-se que na ocasião do teste francês, a guerra da Argélia estava em andamento e a posse da arma nuclear não impediu a derrota francesa em 1962.
China
Desde a vitória do comunista Maozedong sobre o nacionalista Chiang Kai-Shek, apoiado pelos EUA, em 1 de outubro 1949, a China passou a se sentir ameaçada pelos americanos, especialmente pelo reconhecimento do governo de Taiwan e não reconhecimento do governo comunista de Pequim. Esta situação que permaneceu até 23 de novembro de 1971, quando a China comunista assumiu o assento da China nacionalista no Conselho de Segurança da ONU.
O apoio chinês à Coréia do Norte durante a guerra da Coréia (1950-53), na qual os EUA consideraram seriamente o uso de armas nucleares e, posteriormente, ao Vietnam do Norte, durante a segunda guerra da Indochina (1962-75) fez com que as pressões americanas sobre a China se exacerbassem, incluindo um severo embargo econômico.
É célebre a frase do General McArthur, comandante militar dos EUA durante a guerra da Coréia: “não há substituto para a vitória”. Isso foi dito no contexto da proposição de uso de armas nucleares no conflito, o que não foi aceito pelo governo americano da época.
A China, à época, era o “país pária” (“rogue state”, no jargão americano recente), por excelência. Nesse contexto, a ameaça americana era percebida de forma aguda pela China. Com efeito, o país desenvolveu um programa de armas nucleares que alcançou êxito em 16 de outubro de 1964 testando o chamado “artefato 59-6” em Lop Nur, sem ajuda direta dos soviéticos.
A Rússia via com preocupação uma China nuclearizada considerando a deterioração das relações entre os dois países desde o final dos anos 50. Com efeito, o rompimento sino-soviético ocorreu, chegando a ocorrerem choques fronteiriços de março a setembro de 1969.
Israel
A independência do estado de Israel foi declarada em 14 de maio de 1948 e os estados árabes vizinhos atacaram o país no dia seguinte. Desde então, a percepção de ameaça em nada diminuiu, pelo contrário, tendo o país travado uma série de guerras subseqüentes.
Obviamente, como resposta a essa ameaça, já em 1949 os israelenses iniciaram, ainda de forma incipiente, um programa de desenvolvimento de armas nucleares. Esse programa tomou grande impulso em 1956, com a transferência de tecnologia da França, que a mesma época acelerava seu próprio programa, materializada pela venda do reator grafite-gaz plutonígeno de Dimona, que opera até hoje.
O momento exato em que o programa israelense teve êxito é controverso. Há fontes que afirmam que já durante a guerra dos seis dias, em junho de 1967, Israel possuía algumas poucas armas. Certamente após essa guerra, Israel passou a produzir em escala armas nucleares, como resposta ao aumento da ameaça.
Por razões evidentes, Israel nunca aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) de 1968.
Em 1973 a ameaça voltou a se concretizar com a Guerra do Yom Kippur, ocasião em que diversas fontes afirmam que Israel avaliou seriamente o uso de seu armamento nuclear, a chamada “Opção Sansão”, caso não tivesse detido o avanço das tropas árabes sobre seu território, muito limitado geográficamente.
Note-se aqui que o Sansão bíblico derrubou as colunas do templo sobre seus inimigos e sobre si próprio. Entretanto, seu povo não se encontrava dentro do templo. Cabe, portanto, a dúvida quanto a real possibilidade do governo de Israel “derrubar o templo” com todo sua população, locais sagrados e infraestrutura dentro dele.
Índia
Já em 1946, no momento da criação do estado indiano, seu primeiro-ministro, Nehru, num discurso histórico afirmou
“Enquanto o mundo for constituído da forma que é, cada país terá que conceber e usar os dispositivos mais modernos para sua proteção. Não tenho dúvida que Índia irá desenvolver suas pesquisas científicas e espero que os cientistas indianos utilizarão a energia atômica para fins construtivos. Mas se a Índia estiver ameaçada, ela irá inevitavelmente tentar defender-se por todos os meios à sua disposição”
Tal tipo de ameaça existia desde a criação do estado indiano, decorrente das fortes tensões geradas pela simultânea criação do Paquistão. Entretanto, foi outra ameaça a que se consubstanciou de 20 de outubro a 20 de novembro de 1962, com a eclosão da guerra contra a China por disputas fronteiriças. Esse conflito foi notável pelas condições adversas em que grande parte dos combates tiveram lugar, a altitudes de mais de 4.250 metros.
O apoio que a Índia deu ao Tibete na sublevação contra a China em 1959, chegando a dar asilo ao Dalai Lama, líder do levante, foi fator determinante desse conflito. Note-se que o Dalai Lama permanece até hoje na Índia liderando o governo tibetano no exílio, ou seja, as tensões permanecem, vide os conflitos civis que continuam se repetindo no Tibete.
Fato curioso é que a guerra sino-indiana coincidiu com a crise dos mísseis de Cuba. Esse evento histórico tem sido considerado como aquele em que a humanidade mais próximo chegou de uma guerra nuclear. Entretanto, nem russos nem americanos lançaram mão da sua “opção Sansão”, reforçando a dúvida quanto a possibilidade de em algum momento uma nação venha a decidir “derrubar o templo” sobre si mesma.
Obviamente, a Índia respondeu a ameaça chinesa e àquela decorrente das tensões com o Paquistão, que se exacerbaram após a guerra com a China, com um programa de desenvolvimento de armas nucleares que teve êxito em 18 de maio de 1974, com o teste denominado “Buda sorridente”.
Esse programa contou com a ajuda involuntária do Canadá, que transferiu a Índia um reator de água pesada com o qual foi produzido o plutônio usado no artefato. Note-se que a Índia, engajada que estava nesse programa, nunca aderiu ao TNP.
Paquistão
O Paquistão, em resposta à ameaça decorrente das tensões com a Índia e a informações que a mesma estaria próxima de obter sua arma nuclear, lançou seu programa de desenvolvimento em 1972. Em 1974, em resposta ao primeiro teste nuclear indiano, o primeiro-ministro do Paquistão, Ali Bhutto anunciou:
“Se a Índia constrói a bomba, nós comeremos grama e folhas por mil anos, mesmo ficando com fome, mas nós também construiremos a nossa. Os cristãos têm a bomba, os judeus têm a bomba e agora os hindus têm a bomba. Por que os muçulmanos não teriam a bomba?”
O programa paquistanês, evidente resposta a ameaça indiana foi impulsionado pelas atividades ilícitas do Dr. Kahn na Holanda, obtendo informações técnicas sobre as centrífugas de enriquecimento de urânio da empresa URENCO. O êxito foi demonstrado em 28 de maio de 1998, com o teste de cinco artefatos (operação Chagai I) poucas semanas após o segundo teste nuclear da Índia (operação Shakti, 11-13 de maio de 1998).
Após o êxito do programa paquistanês, o Dr. Kahn, movido por interesses comerciais próprios, criou um “mercado negro”, ofertando materiais e componentes para centrífugas de enriquecimento de urânio, com envolvimento, do lado da demanda, da Líbia, Coréia do Norte e Iran. Desmascarada sua rede de tráfico, ele chegou a ser posto sob reclusão domiciliar pelo governo paquiatanês.
África do Sul
Tendo sido proscrito pela comunidade internacional e sofrido severas sanções, além das enormes tensões raciais que gerou, o regime do “Apartheid” da África do Sul sempre se percebeu fortemente ameaçado, tanto interna como externamente. No início da década de 70, com o atabalhoado processo de descolonização de suas possessões na África levado a cabo por Portugal, que desembocou na Revolução dos Cravos de 1974 e na derrubada da ditadura Salazar, eclodiram guerras civis em Angola e Moçambique.
A África do Sul de um lado e a URSS de outro, mergulharam fundo nessas sangrentas guerras civis. As facções comunistas se impuseram e a África do Sul, portanto, se sentiu fortemente ameaçada pela propagação dessas guerras ao seu próprio território, tendo chegado a invadir o sul de Angola.
A África do Sul sofreu vários reveses frente às tropas oponentes e, considerando a importância geopolítica de seu território para a URSS, bem como as tensões raciais internas, criadas pelo próprio regime, se percebeu fortemente ameaçada.
A resposta a essa forte ameaça, como sempre ocorre com países que tenham uma razoável capacidade econômica e técnico-científica, foi acelerar o programa de desenvolvimento de armas nucleares.
O momento do êxito desse programa é incerto, mas em 1976-77 foram concluídos 2 poços profundos para testes subterrâneos, que nunca chegaram a ser usados. Em 22 de setembro de 1979 ocorreu o célebre “incidente Vela” que constituiu o teste nuclear de um pequeno artefato numa balsa flutuando ao sul do Cabo da Boa Esperança. Existem fortes evidências que esse teste foi realizado em colaboração com Israel que, por suas características geográficas não tem a menor possibilidade de realizá-los em seu território.
Em 1989, com a vitória de Nelson Mandela e queda do regime de “Apartheid”, a África do Sul desmontou seu arsenal nuclear, composto por seis artefatos, sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
À parte da mudança de regime, note-se que a percepção de ameaça tinha se extinguido com a retirada dos soviéticos das guerras civis nos países vizinhos há alguns anos.
Ucrânia, Kazaquistão e Bielo-Rússia
Em 1991 sobrevém o caso especial dos países surgidos após a dissolução da URSS que possuíam armas nucleares soviéticas em seus territórios: Ucrânia, Kazaquistão e Bielo-Rússia.
Nos dois últimos, a devolução das armas foi feita de forma relativamente simples e rápida devido às “relações íntimas” que esses países tinham e continuam mantendo com a Rússia, de onde eles não percebem nenhuma ameaça.
O caso da Ucrânia é mais complexo. Apesar de compartilharem uma história comum com a Rússia (a palavra “Rússia” se origina do nome do rio Rus, que fica na Ucrânia), as duas regiões, apesar de irmanadas, acumularam tensões desde o final do Império Russo, passando pela Revolução de Outubro e pelas duas guerras mundiais.
Pelo menos na parte ocidental e sul da Ucrânia, com maior influência européia, existe uma percepção difusa de que os Russos poderiam ser uma ameaça a partir do momento que o país se tornou independente pela primeira vez na sua história.
Havia, portanto, forças políticas internas que desejavam que as armas passassem a ser propriedade da Ucrânia. Após árduo processo de negociação, as armas foram devolvidas, mas tendo a Rússia dado contrapartidas econômicas (dentre elas a garantia de fornecimento de combustível para as usinas nucleares ucranianas) e políticas (garantias de não-agressão).
Isto significa que, dissipada, ou pelos menos muito reduzida, a percepção de ameaça, os ucranianos abriram mão das armas nucleares, assim como os sul-africanos.
Talvez, se a Rússia e o resto da comunidade internacional tivessem exercido fortes pressões sobre a Ucrânia, com sanções e toda a receita habitual, o processo de desarmamento nuclear não tivesse ocorrido. Isso seria viável na medida em que, diferentemente do Kazaquistão e Bielo-Rússia, na Ucrânia existia capacidade técnica e infraestrutura industrial para manter e mesmo desenvolver esse arsenal.
Líbia
Por diversas razões, mas principalmente pelo apoio explícito de Muhamar Kadafi ao terrorismo, as potências ocidentais exerceram forte pressão política sobre a Líbia, também com sanções e toda a receita habitual. Os EUA chegaram a posicionar uma força-tarefa na costa do país e executar ações de bombardeio naval e aéreo de sua capital, uma delas causando a morte do próprio filho de Kadafi.
As tentativas mal sucedidas de desenvolvimento de armas nucleares pela Líbia foram, portanto, uma clara resposta a essas ameaças. Sem infraestrutura técnico-científica adequada, a Líbia baseou seu programa na rede de tráfico de equipamentos criada pelo paquistanês Dr. Kahn, tendo sido desmascarada pela apreensão de cargas suspeitas em navio apreendido no Mediterrâneo.
Após esse evento, negociações com os EUA, que certamente reduziram a percepção de ameaça, fizeram Kadafi abandonar seu programa, que tinha muito poucas chances de êxito, em 2003.
Iraque
Em 1975, Saddam Hussein, então Vice-Presidente do Iraque, na mesma linha da declaração do Presidente Paquistanês Ali Bhutto, declarou que a compra do Reator de Pesquisa Osirak na França, com capacidade de produzir plutônio adequado à produção de armas nucleares (“weapon grade”), era o primeiro passo para se chegar à “bomba islâmica”. Só se pode especular se essa afirmação era uma fanfarronice ou o lançamento de um real programa de desenvolvimento de armas nucleares.
O fato é que o reator foi construído em 1977 e, em 1980, eclodiu a guerra Iran-Iraque, que se arrastou até 1988. Em 1980, os iranianos atacaram Osirak infligindo alguns danos. Em 1981 os israelenses o destruíram com um ataque aéreo pouco antes de ser feito o carregamento do seu primeiro núcleo de combustível nuclear.
A guerra com o Iran terminou em 1988 sem um vencedor, mas com enormes prejuízos humanos e materiais para ambos os lados e sem terem sido resolvidas as questões que lhe deram origem. Terminada a guerra, a percepção de ameaça ao país era clara e o Iraque lançou com forte ímpeto um programa de desenvolvimento de armas nucleares.
Em 1990, o Iraque invadiu o Koweit, dando início à primeira Guerra do Golfo. Derrotado pela coalizão que se formou, o Iraque foi submetido a inúmeras sanções impostas pela ONU, com severas conseqüências econômicas e sociais para a população do país. A ONU impôs também a busca e destruição de toda a capacidade nuclear que existia no país.
Isto foi feito até 1998, período em que os inspetores da ONU encontraram diversas instalações que demonstravam a existência de um programa relativamente avançado, quando o Iraque cessou toda cooperação com a ONU.
Em 2003 o Iraque foi invadido por tropas americanas e britânicas e sua ocupação permanece até o momento. Essa chamada segunda campanha no Golfo foi motivada pela “guerra ao terror” deflagrada pelo governo Bush após o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, com a intenção de interromper um suposto programa de desenvolvimento de armas nucleares que teria renascido após 1998. Nenhum indício de tal renascimento foi efetivamente encontrado.
Sob a ressalva da real intenção de produzir armas nucleares por meio do plutônio produzido pelo reator Osirak, o programa de desenvolvimento de armas nucleares lançado pelo Iraque após a guerra com o Iran pode ser atribuído à percepção de ameaça existente no Iraque com relação a Israel e Iran. As severas sanções impostas ao Iraque depois da primeira guerra do Golfo, entretanto, parecem não terem motivado um renascimento do programa após 1998, talvez devido à absoluta carência de recursos.
Cabe aqui ressaltar que o Iraque de Saddam Hussein não tinha armas nucleares graças aos controles da AIEA impostos após a primeira guerra do Golfo. Não estava desestabilizando a região nem o mundo e a intervenção militar de 2003, liderada pelos EUA, foi feita unilateralmente, sobre aplauso ou silêncio da comunidade internacional, com uma justificativa não fundamentada.
A segunda guerra do Golfo criou novas tensões que ainda não encontraram adequado encaminhamento e, principalmente, amplificou a percepção de ameaça percebida pelos países da região, em especial o Iran.
Coréia do Norte
O espetacular surto de desenvolvimento que levou a Coréia do Sul de uma condição de país mais pobre do que o Brasil e do que a própria Coréia do Norte na década de 60, a país desenvolvido hoje, certamente fez nascer no seu vizinho do norte uma percepção de ameaça, amplificada pela decadência que ele sofreu no mesmo período. A queda do muro de Berlin em 1989 induzia uma quase certeza de que o “muro” do paralelo 38 cairia em seguida, por razões bastante semelhantes.
Essa ameaça levou o regime de Pyongyang a promover um programa de desenvolvimento de armas nucleares que foi interrompido em 21 de outubro de 1994, após o “Agreed Framework” firmado com o governo Clinton. Esse acordo previa uma série de compensações à Coréia do Norte, dentre as quais a construção de duas usinas nucleares PWR para geração de energia elétrica em troca do descomissionamento de reator plutonígeno grafite-gás de Yongbyon.
O acordo, entretanto, não foi plenamente cumprido pelos americanos e sul-coreanos e, como conseqüência, a Coréia do Norte retirou-se do TNP em 2003 e, em 9 de outubro de 2006, anunciou ter realizado com êxito seu primeiro teste nuclear. Esse teste, segundo análises da inteligência ocidental, não teve pleno êxito e, em 25 de maio de 2009, foi realizado um segundo teste com sucesso.
Ao fracasso do “Agreed Framework” podem ser imputadas várias razões. Entretanto, certamente muito contribuiu o interesse que americanos e sul-coreanos têm na unificação da península, nos mesmos moldes da Alemanha, faz com que qualquer auxílio político e econômico seja visto como uma contribuição à continuidade do regime comunista do norte, o que seria contrário ao objetivo maior de uma Coréia unida sob égide do sul.
O regime norte-coreano parece essencialmente envolvido em um processo de extorsão de ajuda e reconhecimento externo visando sua perpetuação num contexto político, econômico e social que lhe é totalmente desfavorável. É claro que a “dinastia Kim” sabe que o uso de suas armas, de eficácia duvidosa, representaria o fim do regime, exatamente o que ele não quer.
Uma política viável em relação a isso seria reduzir o nível de ameaça e esperar enquanto ele continua tentando obter contrapartidas políticas e econômicas da comunidade internacional, em especial os EUA e a Coréia do Sul. Isso certamente é melhor do que conduzir políticas de sanções e pressão que somente aumentam a grande miséria em que vive o povo da Coréia do Norte, com pouco ou nenhum efeito sobre seu regime.
Iran
A teocracia do Iran desde seu estabelecimento se sentiu fortemente ameaçado pelos EUA. Os americanos davam todo apoio ao regime do Xá Reza Pahlevi, criado após a derrubada do regime nacionalista de Mossadegh, promovida pelas potências ocidentais, lideradas pela Grã-Bretanha. Os EUA se envolveram firmemente na resistência do Xá à chamada “revolução verde” islâmica, liderada pelo Aiatolá Komeini, sem sucesso.
Vitoriosa a revolução, se seguiram uma série de crises entre o Iran e os EUA, dentre as quais se destaca a malfadada tentativa de resgate de reféns americanos durante o governo Carter. Esse evento certamente ficou gravado na psique da sociedade americana, que até hoje requer um desagravo.
À ameaça americana, se somou a ameaça iraquiana, já que após o cessar-fogo da guerra que travaram os dois países, era conhecido o empenho de Saddam Hussein em obter a arma nuclear. A segunda guerra do Golfo, em 2003, com a invasão e ocupação do Iraque, precedida pela invasão e ocupação do Afganistão, países que fazem fronteira respectivamente a oeste e a leste com Iran, amplificaram em muito a ameaça percebida pelo regime islâmico do Iran.
A resposta a essa ameaça ampliada foi acelerar o programa de desenvolvimento da tecnologia de enriquecimento de urânio, tornando-o máxima prioridade nacional. Entretanto, diferentemente da Coréia do Norte, o Iran sempre afirmou que esse programa é para fins pacíficos, considerando que o país tem um programa de implantação de usinas nucleares em parceria com a Rússia.
A mais alta autoridade religiosa do Iran, o aiatolá Khamenei, chegou até mesmo a afirmar que as armas nucleares contrariam os preceitos da religião muçulmana, uma postura oposta às declarações anteriores de Ali Bhutto e Saddam Hussein. Note-se, entretanto, que nenhum desses dois políticos eram autoridades religiosas.
Adicionalmente, o Diretor Geral da AIEA, Yukiya Amano, empossado em dezembro de 2009, declarou não existirem nos documentos oficiais da Agência nenhuma evidência de que o Iran estivesse buscando a capacitação para desenvolver armas nucleares.
Uma análise serena do caso indica que, muito provavelmente, o governo iraniano pretende cumprir suas promessas de uso pacífico. Entretanto, o Iran certamente busca a capacitação na produção do material nuclear que, potencialmente, poderia ser produzido para fabricação de um artefato. Parece, porém, que seria muito pouco provável o Iran tomar a decisão de realmente produzir esse material, pelo menos no curto e médio prazo, já que isso certamente implicaria na queda do seu próprio regime islâmico, dada a fortíssima e justificada reação internacional que sobreviria.
Possivelmente o Iran quer ascender à posição de “ser capaz de”, similar à posição dos demais países que dominam a tecnologia de enriquecimento de urânio sem possuírem, nem almejarem possuir armas nucleares. Isto por si só já representa um efeito de dissuasão real, ainda que limitado, face às ameaças percebidas.
A AIEA propôs ao Iran uma troca de suas cerca de 1,8 toneladas de urânio enriquecido a nível compatível com o uso em usinas nucleares (cerca de 3,5%) pelo combustível nuclear para seu reator de pesquisas e produção de radiosótopos (dentre eles aqueles de uso na medicina), enriquecido a 20%. O enriquecimento seria feito na Rússia e o combustível fabricado na França. O Iran rejeitou a proposta e anunciou dar inicio ao enriquecimento a 20% nas suas instalações.
Face à intransigência do Iran, a comunidade internacional liderada pelos EUA segue no momento a receita usual de aumentar o nível de ameaça ao Iran brandindo sanções e toda sorte de pressões políticas.
Esse aumento no nível de ameaça, se corretamente dosado, pode levar o Iran a retornar às negociações sobre a proposta da AIEA, podendo se chegar a condições aceitáveis para as ambas as partes.
Note-se que o Brasil é o único país não nuclearmente armado que já produziu urânio a 20% sob salvaguardas abrangentes da AIEA. Este urânio foi usado para fabricação do combustível do reator IEA-R1 do IPEN, em São Paulo, similar ao reator iraniano.
Entretanto, um aumento no nível da ameaça acima da dose correta, com severas sanções e pressões podendo chegar ao paroxismo de uma ação militar contra as instalações nucleares iranianas, certamente estimularia muito o governo iraniano a mudar de posição, não cumprindo as inúmeras promessas feitas de usos pacíficos de suas unidades de enriquecimento.
Cabe, porem, ressalvar que a postura dura patrocinada pelos EUA possivelmente sofre a influência do objetivo maior de descontinuar o apoio material e financeiro que o regime islâmico fornece às facções palestinas que mantêm sob pressão constante o estado de Israel, o que tem impedido novos acordos de paz no Oriente Médio, justamente tão desejada por toda a humanidade.
Conclusões
A aplicação de diplomacia para redução do nível de ameaça percebido pelos potenciais proliferantes, incluindo medidas políticas, econômicas e sociais compensatórias, no esforço de dissuadir esses países de continuar os seus programas de desenvolvimento de armas nucleares, já demonstrou ser útil para solução de crises de proliferação nuclear.
Analisando os casos históricos, tudo faz crer que uma abordagem negociada, como a adotada no caso da Ucrânia, seria muito mais eficaz, evitando os danos que as eventuais sanções poderão causar ao povo dos países a elas submetido.
Essa abordagem foi adotada pelo governo Clinton face da Coréia do Norte em 1994, não tendo obtido os resultados esperados porque os acordos não foram efetivamente cumpridos pelos americanos e sul-
coreanos, justamente influenciados pelo seu objetivo maior que seria a unificação da península.
Um processo de negociação do abandono de programas de desenvolvimento de armas nucleares que considere a redução do nível de ameaça percebido, com medidas econômicas e sociais compensatórias pode ser visto como uma ação humanitária em favor da população dos países proliferantes, em geral muito carentes.
O desafio que a comunidade internacional enfrenta é o de estabelecer estratégias de dissuasão e de contenção de países potencialmente proliferantes estruturadas e evitar a tentação de revidar impensadamente sob motivação do medo exagerado ou de “objetivos maiores” não explicitamente declarados.
Embora a não-proliferação nuclear deva ter uma alta prioridade política, ela deveria ser resolvida com soluções de compromisso que evitem políticas que possam levar à morte de dezenas ou centenas ou milhares de pessoas sob o jugo de sanções.
Bibliografia
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Gold, Dore, The Rise of Nuclear Iran: How Teheran Defies the West, Regnery Publishing, Washington, EUA, 2009

TINHA QUE APARECER UMA DESEMBARGADORA....É A FORÇA DO PODER DITATORIAL.

 

A Desembargadora Sérgia Miranda, do Tribunal de Justiça do Ceará, acatou o pedido da Procuradoria Geral do Estado, e determinou o imediato retorno dos Policiais Militares e Bombeiros Militares ao trabalho.

Segundo a desembargadora todos os bens do estado, devem ser reintegrados. Caso a ordem seja descumprida, cada militar deve pagar R$ 500 diários e cada associação R$ 15 mil.

DO BLOG - Uma pena que a JUSTIÇA só enxerque um lado. É o braço curto da bondade em favor do poder vigente. Tudo feito na MARRA, sem nenhum respeito aos trabalhadores. NOTA ZERO para essa DESEMBARGADORA, que nunca foi eleita e muito menos concursada para a função do cargo que exerce...

O Cargo de desembargador(a) é função indicada pelo Governador do Estado, infelizmente é assim que funciona.

Do Blog do Bené Fernandes

Reservas internacionais crescem 22% em 2011 e atingem US$ 352 bilhões

 

 

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Banco Central (BC) divulgou hoje (2) que as reservas internacionais brasileiras encerraram o ano passado com o volume recorde de US$ 352,012 bilhões, ou US$ 63,437 bilhões a mais que os US$ 288,585 bilhões registrados no final de 2010.

Houve, portanto, um crescimento de 21,98% em 2011, como decorrência, em grande parte, das compras feitas pelo BC no mercado à vista de câmbio para conter a desvalorização da moeda norte-americana. Notadamente no primeiro semestre do ano, quando a forte entrada de dólares no mercado interno levou o banco a fazer intervenções quase diárias.

Isso, apesar da adoção de medidas para dificultar a especulação financeira de investidores estrangeiros, como o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas negociações de curto e médio prazos, bem como nos empréstimos tomados por brasileiros lá fora.

Mesmo assim, o dólar atingiu cotação mínima de R$ 1,54 em 2011, no dia 26 de julho, fazendo com que o governo baixasse, no mesmo dia, a Medida Provisória 539, que autorizava o Conselho Monetário Nacional (CMN) a estabelecer condições específicas. Dentre elas, a cobrança de até 25% do valor da operação com títulos ou valores mobiliários que envolva derivativos de outros ativos financeiros.

Além do maior custo financeiro nas aplicações externas, o movimento especulativo com dólar começou a perder força depois que o BC inverteu, no final de agosto, o processo de política monetária. A taxa básica de juros (Selic), em alta nos sete primeiros meses do ano, caiu, então, de 12,5% para 12% ao ano.

A redução da Selic, reprisada nas duas reuniões seguintes do Comitê de Política Monetária (Copom), fez com que a taxa básica de juros encerrasse o ano em 11%. A mudança na política monetária e as medidas de encarecimento das operações externas fizeram com que a cotação do dólar começasse a se recuperar, e em outubro o BC abandonou as intervenções diárias no mercado de câmbio.

Balança comercial teve superávit de US$ 29,8 bilhões em 2011

 

 

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 29,79 bilhões em 2011. O resultado é o maior desde 2007, segundo dados divulgados hoje (2) pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. O saldo foi 47,8% superior ao registrado em 2010.

De janeiro a dezembro do ano passado, as exportações somaram US$ 256 bilhões. O valor é 26,8% maior que o registrado no mesmo período de 2010. As importações no período foram recordes, somando US$ 226 bilhões, aumento 24,5% ante o mesmo período do ano anterior.

Nos 251 dias úteis do ano passado, as exportações ficaram em US$ 256,041 bilhões, com média diária de US$ 1,02 bilhão. As importações totalizaram US$ 226,251 bilhões, com média por dia útil de US$ 901,4 milhões.

No mês de dezembro, as vendas externas alcançaram US$ 22,129 bilhões, valor recorde para os meses de dezembro. O mesmo ocorreu com as importações que totalizaram US$ 18,312 bilhões. Mesmo com os números positivos para os meses analisados, houve recuo de 7,6% e 21,4%, respectivamente, frente os resultados analisados em novembro.

Segundo a secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o decréscimo é atribuído ao momento econômico de incertezas em relação à crise econômica. “Foi um mês importante para exportações e importações, e para o comércio exterior brasileiro. Destacamos queda no ritmo de exportações quando comparado a novembro é reflexo do cenário internacional”.

Edição: Rivadavia Severo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Energia do Morgado para o Brasil

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Ontem estive na Praia de Morgado no Distrito de Aranaú, no município de Acaraú-CE, um parque eólico com 19 torres com cata-ventos girando sem parar. Segundo informações conseguidas no local, tudo isto pertence a empresários argentinos que produzem 28 megawatts de energia que é vendida direto para a CHESF

Salário mínimo de R$ 622 acumula ganho real de 66% desde 2002, calcula Dieese

 

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que desde 2002 o salário mínimo teve crescimento nominal de 211%, saltando de R$ 200 para os R$ 622 a partir de hoje. Descontada a inflação do período, o ganho real foi 65,96%.

O percentual de aumento real de 2012 (9,2%) é o segundo maior na última década, graças a Lei nº 12.382/2011 que prevê a restituição da perda da inflação no ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apurado no penúltimo ano pelo IBGE. Nota técnica do Dieese estima que o novo mínimo é “o maior valor real da série das médias anuais desde 1984”. O departamento também calcula que com o novo mínimo será possível comprar 2,25 cestas básicas, a maior proporção desde 1979.

Segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado pelo salário mínimo. O maior grupo está entre os beneficiários da Previdência Social (19,7 milhões de segurados); seguidos de empregados (12,8 milhões de trabalhadores); trabalhadores por conta própria (8,7 milhões de pessoas) e mais de cinco milhões de empregados domésticos. O reajuste deverá irrigar a economia com R$ 47 bilhões mensais e gerar R$ 22,9 bilhões de incremento na arrecadação tributária.

Cada real acrescido no salário mínimo tem impacto de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. O peso na massa de benefícios é 46% das contas da Previdência. Cerca de 68% do total de seus beneficiários terão o reajuste.

A legislação do salário mínimo estabelece que além do valor mensal, o governo estabeleça valores correspondentes ao pagamento diário e por hora relativos ao mínimo. Assim, o trabalhador receberá R$ 20,73 por dia trabalhado ou R$ 2,83 por hora.

Edição: Rivadavia Severo

Réveillon no Ceará com sete mortos e 22 feridos nas estradas

“As Polícias Rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE) registraram 24 acidentes, que deixaram 22 pessoas feridas e sete mortes nas estradas cearenses, neste fim de semana de Réveillon. Os acidentes mais graves ocorreram nas rodovias estaduais, onde foram registradas seis mortes, segundo a PRE.

Ao todo, entre sábado e as 20 horas de ontem, o órgão contabilizou nove acidentes, com seis mortes e oito pessoas feridas. Na manhã de ontem, uma colisão entre um carro e uma motocicleta foi registrada na CE-162, em Paraipaba, a 93 quilômetros de Fortaleza. O passageiro do carro, José Pereira Carneiro, de 87 anos, morreu no local.

No sábado, 31, por volta de 4 horas da madrugada, dois motociclistas morreram ao colidirem frontalmente, no quilômetro 27 da CE-356, em Baturité, distante 93 quilômetros da Capital. Segundo a PRE, morreram Francisco Sérgio Galdino dos Santos, 36, e Bruno Wesley da Silva Gonçalves, 17 anos. Este último, de acordo com a Polícia, não usava capacete e não possuía habilitação.

Em Canindé, o capotamento de um veículo, por volta das 8h30min, deixou morto o motorista José Rodrigues da Silva, 52. O acidente aconteceu na CE-257. Já em Quixadá, no Sertão Central, por volta de 11h20min de ontem, Sérgio Isaac do Nascimento de Sousa morreu vítima de atropelamento. O acidente aconteceu no km 153 da CE-256. Segundo a PRE, o condutor que teria atropelado a vítima fugiu do local do acidente.

Estradas federais

Nas BRs que cortam o Ceará, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 15 acidentes, com 14 feridos, até a noite de ontem. Uma morte foi registrada, na tarde de ontem, no quilômetro 193 da BR-116, em Limoeiro do Norte. Daniela Moura Campelo, passageira de um veículo que colidiu lateralmente com outro carro, morreu no local.”

(O POVO)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Governador Cid Gomes decreta situação de emergência

O governador Cid Gomes, conforme o artigo 88, inciso XIX, da Constituição Estadual, e considerando a situação de anormalidade e instabilidade institucional face o cometimento de crimes e infrações disciplinares por militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, decretou situação de emergência em todo o Ceará. O Decreto n° 30.799 foi assinado na última sexta-feira (30) tem efeito imediato e já foi publicado no Diário Oficial do Ceará. O estado de emergência permite mais agilidade e flexibilidade para que o Estado possa agir para garantir a segurança da população.
"Fica decretada situação de emergência em todo o território do Estado do Ceará, para todos os fins necessários e úteis ao atendimento da situação emergencial e ao restabelecimento do estado de normalidade e proteção da integridade e tranquilidade da sociedade cearense", diz o decreto.
Entre as medidas de emergência estão o reforço da Força Nacional de Segurança, Exército Brasileiro e a cessão (empréstimo) de 159 veículos recém-adquiridos para uso da segurança. Esses carros são da Secretaria da Saúde do Estado e seriam repassados para municípios na próxima Terça-feira (3), para serviços básicos de saúde. Acabada a situação de emergência os veículos serão entregues.
31.12.2011
Coordenadora de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil
comunicacao@casacivil.ce.gov.br

Sistema identifica traseiro do condutor para evitar roubo de carros

 

 

foto DR

Sistema identifica traseiro do condutor para evitar roubo de carros

Dispositivo analisa os contornos e a forma das nádegas do condutor e a pressão que exerce sobre o banco

Investigadores japoneses do Instituto Avançado de Tecnologia Industrial estão a desenvolver um sistema que evite o roubo de veículos através do reconhecimento do traseiro do condutor habitual.

De acordo com o jornal espanhol La Vanguarda, o invento identifica a pessoa que se senta no banco do condutor, que está dotado de 360 sensores ligados a um computador que, com esses dados, constrói um mapa do traseiro do indivíduo em causa.

Se o mapa não coincidir com o padrão do traseiro do condutor habitual, o computador acionará um alarme.

Este dispositivo analisa os contornos e a forma das nádegas do condutor e a pressão que exerce sobre o banco. Os inventores deste novo sistema, que querem coloca-ló à venda dentro de poucos anos, garantem que o grau de fiabilidade é de 98%.

Segundo a equipa de investigadores, liderada por Shigeomi Koshimizu, este sistema tem menos inconvenientes e menos stress do que outras medidas de segurança biométricas, como os leitores de impressões digitais e os scanners de pupilas oculares.

O invento tem provocado muita curiosidade na Internet, onde têm sido colocadas várias dúvidas. Como a de saber o que acontece se o condutor habitual ganhar ou perder peso ou se será possível desligar o sistema quando o veículo é emprestado a terceiros.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

RJ Distribuidora inaugura nova sede em Sobral

 

Empresário Sérgio Parente inaugura nesta quinta-feira, 29, em solenidade marcada para 19h, a nova sede da sua RJ Distribuidora, em Sobral. Líder no mercado regional nos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, a empresa distribui marcas importantes do varejo brasileiro como Red Bull, Super Bonder, Tang, Hall’s, Nissin Miojo, cigarros Mistral, dentre outros.

O novo empreendimento ocupa área de 8 mil m2, na Av. Mons. Aloisio Pinto, próximo a BR 222. A relocalização da empresa faz parte das ações do Prodecon, mantida pela Prefeitura de Sobral através da STDE.

Primeiro ano do governo Dilma reduz em 37,7% os gastos com cartão corporativo

 

Os chamados “gastos secretos”do gabinete da Presidência não são discriminados no Portal da Transparência.

Por: Kyara Aires

Os gastos feitos com cartão corporativo, quando comparados com o ano de 2010, diminuíram em 37,7% durante o primeiro ano do governo de Dilma Rousseff. A Secretaria de Administração da Presidência desembolsou R$ 3.834.780,80 com esse tipo de despesa, contra R$ 6.150.534,81 no último ano do governo Lula.

Os chamados “gastos secretos”do gabinete da Presidência, por razão de segurança nacional, não são discriminados no Portal da Transparência. A falta de fiscalização popular deste orçamento pode facilitar o uso indevido dos cartões.

No ano de 2008 a “farra dos cartões” rendeu uma CPI, onde a então ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, acabou caindo por ter utilizado o cartão no free shop.

Trabalhadoras domésticas vão esperar um pouco mais para ter direitos igualados

As trabalhadoras domésticas vão esperar um pouco mais para ter seus direitos igualados aos dos demais trabalhadores. A comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 478/2010, que revoga o Parágrafo Único do Artigo 7ª da Constituição Federal, deverá proferir parecer sobre a matéria no próximo ano. O parágrafo em questão exclui os trabalhadores domésticos de vários direitos.

O texto da convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre trabalhadores domésticos, aprovado em junho deste ano, recomenda aos países-membros da organização que igualem os direitos dos trabalhadores domésticos aos de outros trabalhadores.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), relatora da PEC na comissão especial, deverá apresentar o relatório no início do ano legislativo, em 2012.

O parágrafo que a PEC propõe revogar exclui os trabalhadores domésticos de 25 direitos listados dentre os 34 para os trabalhadores em geral. Os nove direitos garantidos também para o trabalhador doméstico são: salário mínimo, irredutibilidade do salário, décimo terceiro salário, repouso semanal remunerado, férias remuneradas, licença-maternidade de quatro meses, licença-paternidade, aviso prévio e aposentadoria.

Jader Barbalho toma posse no Senado e critica a questão da anterioridade prevista pela Lei da Ficha Limpa

 

 

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) tomou posse hoje (28) fazendo críticas à Lei da Ficha Limpa. Ele era o último senador barrado pela lei nas últimas eleições que ainda não havia tomado posse: Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-AP) assumiram seus postos antes do recesso parlamentar.

Barbalho disse que votou favoravelmente à Lei da Ficha Limpa, mas criticou o fato de ela abordar questões anteriores à sua publicação. Ele havia sido impedido de tomar posse por ter renunciado ao mandato de senador em 2001 para não ser cassado, o que é um critério de inelegibilidade previsto na lei. “Toda lei entra em vigor na data de sua publicação. Foi o Supremo [Tribunal Federal] que disse isso. Não pode uma lei entrar em vigor tratando de assuntos pretéritos. As sociedades organizadas são regidas exatamente pela vigência das leis”, disse.

Apesar disso, ele declarou seu arrependimento pela atitude tomada em 2001, quando foi acusado de desviar R$ 9 milhões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para aplicar em um ranário de propriedade de sua mulher na época e abdicou do mandato que exercia. “De certa forma eu me arrependo da passionalidade com que eu me envolvi no debate. O meu gesto foi de natureza política”, ressaltou o senador.

Jader Barbalho lamentou ainda que tenha perdido 11 meses de mandato em função da lei que foi considerada pelo STF como inaplicável nas eleições de 2010 e rebateu as acusações da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), que até hoje ocupava a vaga, de que houve pressa para que ele fosse empossado. “Eu lamento que, no momento em que o Supremo declarou que a lei era inconstitucional, que eu não tenha imediatamente exercido o mandato de senador do Pará”, disse.

Com o Senado em recesso desde o dia 22, a Mesa Diretora da Casa convocou oito senadores para dar posse a Jader Barbalho. A cerimônia foi conduzida pela primeira vice-presidente, senadora Marta Suplicy (PT-SP) e contou com a presença dos senadores João Vicente Claudino (PTB-PI), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Cícero Lucena (PSDB-PB), Waldemir Moka (PMDB-MS), Gim Argelo (PTB-DF) e do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR).

Jucá, aliás, foi o principal representante do PMDB que deu as boas vindas a Jader Barbalho. Para o líder governista, ele será um aliado importante da presidenta Dilma Rousseff no Senado. “É mais um membro para a base do governo e um aliado do PMDB que vai ajudar”, declarou Jucá.

Jader Barbalho já foi presidente do Senado e líder do PMDB na Casa antes de renunciar ao mandato de senador. Até o ano passado, exercia o mandato de deputado federal pelo Pará. O primeiro discurso do novo senador só deve ocorrer na primeira sessão ordinária do Senado Federal, em fevereiro, quando os parlamentares retornarem do recesso.

ProUni vai oferecer 195 mil bolsas de estudo para o primeiro semestre de 2012

 

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Programa Universidade para Todos (ProUni) vai oferecer mais de 195 mil bolsas de estudo no primeiro semestre de 2012. Serão 98.728 bolsas integrais e 96.302 bolsas parciais, com custeio de 50% da mensalidade. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 14 e 19 de janeiro.

Podem concorrer às bolsas do ProUni estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou com bolsa integral em escola particular. Para pleitear uma das bolsas de estudo integrais, o candidato deve ter renda familiar per capita mensal de até 1,5 salário mínimo ((R$ 933, a partir de 1º de janeiro). Para as bolsas parciais, o requisito é ter renda familiar per capita de até três salários mínimos, o equivalente a R$ 1.866 (a partir de janeiro, considerando o novo valor do mínimo).

Para participar do ProUni o estudante também precisa ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011, ter atingido o mínimo de 400 pontos na média das cinco provas e não ter tirado zero na redação.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), professores da rede pública de ensino básico que concorrem a bolsas em cursos de licenciatura, curso normal superior ou de pedagogia não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola na qual atuam.

Na inscrição, o candidato poderá escolher até duas opções de curso e de instituição, uma a menos que na seleção anterior, para as vagas do segundo semestre de 2011. De acordo com o MEC, a mudança se deve a “acertos normais do sistema”, que passa por mudanças a cada processo seletivo.

A divulgação dos candidatos pré-selecionados em primeira chamada deve ocorrer no dia 22 de janeiro. Os aprovados terão até o dia 1° de fevereiro para comparecer à instituição de ensino para apresentar a documentação que comprove as informações da inscrição e fazer a matrícula. A segunda chamada está prevista para 7 de fevereiro, com prazo para matrícula e comprovação de informações até o dia 15 do mesmo mês.

Desde 2004, o ProUni já concedeu 919 mil bolsas de estudos, segundo o MEC. O cronograma completo e a lista das vagas disponíveis para o próximo semestre podem ser consultados no site do programa.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dilma faz balanço do 1º ano de governo e diz que área social será prioridade em 2012

 

 

 

 

 

 

 

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27), em sua coluna semanal, publicada em vários veículos de imprensa que, apesar da crise econômica internacional, está otimista e será possível manter uma série de programas sociais no País. Dilma disse que o ano de 2011 “não foi fácil”, mas com planejamento e políticas acertadas a economia brasileira foi protegida, assim como setores produtivos e emprego. Para 2012, ela anunciou que os programas de transferência de renda, a saúde, a educação e o apoio às pessoas com deficiência estão entre as prioridades do governo.

“O mais importante é que encerramos o ano sem abrir mão dos princípios fundamentais para o País: crescimento econômico com distribuição de renda. Este é o caminho da prosperidade, que está sendo construído por nós e para nós, sustentado numa forte democracia. O mundo hoje nos vê com respeito e confiança. E, 2012 será mais um marco de consolidação do modelo brasileiro”, disse a presidenta.
A seguir, os principais pontos abordados por Dilma na sua coluna semanal.

Crescimento Econômico - A presidenta disse que o Brasil enfrentou o desemprego e lembrou que, até novembro, foram criados mais de 2,3 milhões de postos de trabalho no Brasil. Segundo ela, a taxa de desemprego foi a menor da série histórica – 5,2%. “Batemos o recorde de exportações, atraímos volumes recordes de investimento direto externo e nossas reservas internacionais ultrapassam os US$ 350 bilhões”, comemorou.

Salário Mínimo – Dilma informou que o novo valor do salário mínimo - R$ 622 - passará a vigorar a partir de 1º de janeiro. Até 31 de dezembro de 2011, o valor do mínimo é de R$ 560.

Redução de impostos - A presidenta destacou que houve redução de impostos para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Ela ressaltou que 5 milhões de pequenas empresas, que estão no Simples, e os microempreendedores individuais terão redução nos tributos e crédito mais fácil e mais barato. Dilma disse ainda que todos serão beneficiados com a redução para zero do PIS-COFINS sobre massas, farinha e pão e com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - sobre geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Também disse que o crédito continuará com redução de custo para os financiamentos de longo prazo. “Com menos impostos e mais crédito, a economia brasileira vai crescer mais”, disse a presidenta.

Programa Minha Casa, Minha Vida - Dilma disse que o governo vai continuar “apoiando a compra da casa própria”, por meio do programa já em vigência, que é direcionado aos mais pobres e à classe média. Segundo ela, estão garantidos os recursos. A presidente explicou que o objetivo é subsidiar a construção de moradias para a população com renda de até R$ 5 mil, com auxílio especial para os de menor renda até R$ 1,6 mil.

Redução da Pobreza - A presidenta afirmou que seu “governo continuará investindo fortemente na erradicação da pobreza extrema”. Ela lembrou que das 407 mil famílias que não recebiam qualquer benefício do governo quase 80% estão inseridas no Programa Bolsa Família e “logo as outras serão incluídas”.

Saúde - Dilma disse que sua disposição é “trabalhar muito para aumentar a qualidade dos serviços prestados à população”. Ela ressaltou as ações dos programas Melhor em Casa que se refere ao tratamento domiciliar, o SOS Emergências, relativo ao aperfeiçoamento no atendimento nos pronto-socorros em todo país, o Saúde Não Tem Preço que diz respeito à distribuição de medicamentos para tratamentos de hipertensão e de diabetes nas redes de farmácias. Para a presidenta, os investimentos de R$ 4 bilhões no programa de enfrentamento ao crack levarão ao combate intensivo ao narcotráfico e suas máfias.

Pessoas com deficiência - A presidenta mencionou que está entre as prioridades do governo dar oportunidades e qualidade de vida a cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência no país. Segundo ela, por meio do programa Viver sem Limites será possível garantir direitos, apoiar e estimular os brasileiros com deficiência para que tenham uma vida plena.

Educação - Dilma citou que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e de Emprego (Pronatec) oferecerá 8 milhões de vagas em cursos técnicos e de qualificação profissional para jovens e trabalhadores. Ela lembrou ainda que o programa Ciência sem Fronteiras levará 101 mil estudantes e pesquisadores brasileiros em áreas tecnológicas, de engenharia e médicas para estudar nas melhores universidades do exterior.

Otimismo - “Temos todos os motivos para olhar 2012 com grande otimismo, com a certeza de que o Brasil continuará crescendo com estabilidade e diminuindo a desigualdade em um ambiente de pujante democracia. Deixo meu abraço carinhoso e a certeza de um Feliz Ano Novo para você, sua família e para todos os brasileiros”, disse a presidenta

Traços alienígenas na Lua?

 

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Será que a Lua já foi palco de explorações alienígenas? Para pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona, a resposta é sim. E mais do que isso: tal especulação rendeu um artigo científico sobre a importância da busca por supostos artefatos alienígenas na superfície lunar.

De acordo com Paul Davies, físico teórico e cosmólogo, e Robert Wagner, estudioso da Escola da Exploração da Terra e do Espaço, é hora de ampliar a procura por inteligência extraterrestre. Ao invés de olhar apenas para as mensagens de rádio, a ciência deve procurar por vestígios de explorações alienígenas em corpos celestes do nosso sistema solar – a começar pelo nosso satélite natural.

No estudo, é dito que as civilizações alienígenas podem ter enviado sondas para a nossa região da galáxia e que essas missões teriam ocorrido há muito tempo. Para os pesquisadores, o ambiente lunar poderia ter preservado os artefatos durante milhões de anos, já que não há muita atividade por lá. Eles até indicam o uso do banco de dados do Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da Nasa, para encontrar fotografias sobre os traços alienígenas.

Segundo Davis e Wagner, há uma grande probabilidade dos aliens terem deixado um recado, do tipo ‘Estivemos aqui!’, em uma cratera ou uma das cavernas de lava que existem na superfície lunar.

PAZ E JUSTIÇA PARA O ANO NOVO

 

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com

Um ano novo está chegando e o sol, mesmo intercalado com a chuva, o jacatirão florido, o flamboiã espalhando vermelho pelas calçadas, me dizem que 2012 será bom.
Por isso, não desejo muito deste novo ano. Peço apenas o possível: crianças na escola, velhos assistidos, ou seja: educação e saúde neste nosso Brasil e por todo este mundão de Deus; trabalho para todas as pessoas e alimento na mesa de todos, em qualquer lugar; ética e honestidade em todos as atividades do ser humano, principalmente na "política" e conscientização geral de que precisamos preservar a natureza para que haja um futuro amanhã.
Que saibamos cuidar do nosso meio ambiente. Que paremos de desmatar, que possamos diminuir a poluição, para que nossos filhos e netos possam ter um mundo viável mais adiante. Não quero, para todos nós, filhos de Deus, uma felicidade instantânea e fácil; quero uma felicidade conquistada, verdadeira e merecida. Uma felicidade perene.
Quero sorriso no rosto das pessoas, mas não sorrisos tristes. Quero sorrisos iluminados, pejados de fé e esperança, que se não os houver, não haverá vida. Quero luz no olhos de toda a gente, faróis a apontar o caminho. Quero paz no coração de todo ser humano, quero carinho a semear ternura, quero uma canção em todos os lábios, a propagar a fé.
Quero pedir aos homens, principalmente aos que detém o poder, o fim das guerras, que o seu coração foi feito para abrigar a paz, e seus lábios, suas mãos e seus olhos foram feitos para disseminá-la. O homem não foi feito para deter o poder em suas mãos e com este poder destruir seu semelhante. Peço à força maior que rege o universo que erradique do coração do homem a ganância, a inveja, o ódio, a indiferença.
Não estou pedindo nada impossível, tudo o que peço pode se tornar realidade, se todos quisermos. E precisamos querer, para que este próximo ano que se inicia seja bom, seja melhor que os anteriores. Para que os nossos sonhos possam continuar, para que possamos ter esperança de realizá-los. Felizmente, somos teimosos e não perdemos a esperança no futuro. Haveremos de ter sempre essa esperança abençoada que nos impulsiona a viver. Então, estamos impregnados de esperança e de desejo de paz para iniciar o próximo ano. Precisamos iniciar uma nova era, a era da paz, da honestidade, da conscientização, da justiça verdadeira. Utopia? Sonho? Mas o sonho é esperança! Se não tivermos sonhos, o que será da esperança? E o sonho e a esperança podem e devem nos levar à realização. Pedia eu, em uma outra crônica de fim de ano, que os homens ouvissem os poetas, pois a poesia pode torná-los melhor. É ela que, mais do que outro gênero literário, talvez, retrata os sentimentos e as emoções do ser humano. É ela, a poesia, que aguça a nossa capacidade de amar, de sermos solidários, de preservar a vida e a natureza, de cultivar a paz. E precisamos disso para iniciar o ano novo.

Orquestra Eleazar de Carvalho - baixa resolução

PF ANUNCIA A MAIOR APREENSÃO DE ECSTASY DO NORDESTE, EM FORTALEZA. O " AVIÃOZINHO" É DE SOBRAL.

 

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na madrugada desta terça-feira, dia 27/12, um jovem de 24 anos portando 50 mil comprimidos de ecstasy no Aeroporto Internacional Pinto Martins. É a maior apreensão de ecstasy no Nordeste. "O preso afirmou que teria sido contratado no inicio do mês de dezembro na Avenida Beira Mar, orla marítima de Fortaleza, por dois homens, um brasileiro e por um belga, com a finalidade de pegar a droga em Bruxelas na Bélgica e encaminhar para Fortaleza", diz a Polícia Federal.

O acusado está na carceragem da PF em Fortaleza. Ele deve ser indicado por tráfico internacional, cuja pena pode chegar a 15 anos.

O preso foi indiciado por tráfico internacional de drogas, cuja pena varia de cinco a 15 anos de reclusão, e encontra-se na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Ceará.

DE SOBRAL - A informação da PF é que o rapaz preso seria um sobralense, que teria recebido 10 mil reais para trazer a mercadoria, e que seria entregue á um outro cearense e um belga que reside em Fortaleza. A droga se vendida, renderia mais de 1 milhão de reais aos traficantes. O valor do comprimido de ecstasy custa em média 35 reais a unidade.
Informações: DN/ Ceará Agora.

MUNICÍPIOS DA REGIÃO NOROESTE BENEFICIADAS COM CRECHES DO PROGRAMA PROINFÂNCIA DO PAC 02

 

Um total de 41 municípios do Estado do Ceará, selecionados para receber creches pelo Programa Proinfância (PAC 2), foram confirmados pelo Ministério da Educação. Eles já cumpriram as exigências legais e devem ter os recursos liberados ao longo de 2012, segundo informação do líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE).

Confira a relação dos municípios beneficiados!

Massapê-R$ 1.454.377;

Camocim-R$ 1.239.773;

Sobral-R$ 4.359.030;

Acaraú-R$ 2.658.614;

Granja R$ 2.891.201;

Santana do Acaraú-R$ 1.212.651;

Santa Quitéria-R$ 2.602.619;  

Ubajara- R$ 679.971;

Viçosa do Ceará-R$1.239.767.

Escrito por Marcelo Marques

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sobralenses Prestigiam a Casa do Papai Noel

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Em nossa cidade um fenômeno vem acontecendo naturalmente, superando as expectativas dos organizadores e causando satisfação às entidades assistenciais do Município: a extraordinária adesão e apoio de empresas e alunos das escolas das redes de ensino público e particular aos objetivos solidários da Casa do Papai Noel.

Estes segmentos são os principais responsáveis pelo aumento vertiginoso na arrecadação de donativos, verificado nesses quase cinquenta dias de atividades da Casa. As listas de frequência são emblemáticas do encantamento que a presença do Bom Velhinho desperta em todos os frequentadores, especialmente nas crianças, registrando no período cerca de vinte mil visitantes.

Projetada pela Prefeitura de Sobral, através da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente-SPLAM, a Casa do Papai Noel está localizada à Rua Menino Deus nº 17, ao lado do Teatro São João, onde funciona durante todo o ano um atelier de trabalho denominado “Oficina de Reciclagem”.

Mas em Sobral não é só a Casa do Papai Noel que fascina a população e os visitantes. Árvores de natal e acessórios decorativos embelezam prédios públicos, praças, e avenidas.

Por: JOSÉ LÚCIO RIBEIRO

Portaria do Governo divulga dias de feriado nacional e ponto facultativo em 2012

 

A Portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26).

Por: Roberto Nascimento

O Diário Oficial da União desta segunda-feira (26) publica Portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que divulga os dias de feriado nacional em 2012 e estabelece datas de ponto facultativo para os órgãos públicos federais.

Segundo a portaria, as datas consideradas feriados nacionais são: 1º de janeiro - Confraternização Universal (domingo), 21 de abril - Tiradentes (sábado), 1º de maio - Dia Mundial do Trabalho (terça-feira), 7 de setembro - Independência do Brasil (sexta-feira), 12 de outubro – N. S. Aparecida (sexta-feira), 2 de novembro - Finados (sexta-feira), 15 de novembro - Proclamação da República (quinta-feira) e 25 de dezembro - Natal (terça-feira). Outro feriado divulgado é de 28 de outubro (domingo), em que funcionários públicos comemoram o Dia do Servidor Público.

Dentre os pontos facultativos estão: 20 e 21 de fevereiro - Carnaval (segunda e terça-feira), 22 de fevereiro (quarta-feira de Cinzas até as 14h), 6 de abril - Paixão de Cristo (sexta-feira), 7 de junho - Corpus Christi (quinta-feira), 24 de dezembro - véspera do Natal (segunda-feira) e 31 de dezembro - véspera de Ano Novo (segunda-feira).

Governo Dilma iniciam processo de desapropriações de terras para reforma agrária

 

 

 

 

 

 

O Diário Oficial da União de ontem trouxe os primeiros decretos de desapropriação de terras para fins de reforma agrária assinados pela presidenta Dilma Rousseff. São 60 fazendas, somando área total de 112,8 mil hectares para assentamento de 2.739 famílias sem-terra, segundo a avaliação feita ao longo de 2011 pelo ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) conjuntamente com o Incra, autarquia vinculada ao ministério.

“Estamos constituindo uma reforma agrária sólida, com possibilidades reais de sucesso”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que baseou a formatação dos decretos em três critérios básicos. O primeiro deles é que o valor das áreas a serem desapropriadas obedeçam a uma média histórica dentro da área onde estão situados. O segundo é que cada área tivesse capacidade de assentar um mínimo de 15 famílias. O terceiro critério são as distâncias: as áreas tinham que estar próximas de estradas e em locais de fácil ingresso de políticas públicas para benefício das famílias assentadas.

Os critérios, explicou o ministro, são instrumento de aprimoramento da reforma agrária no país. As 60 fazendas abarcadas pelos decretos de desapropriação estão em 13 estados.

Os decretos de desapropriação de terras publicados hoje são o terceiro passo do governo federal em direção à reforma agrária responsável desejada pelo governo Dilma. O primeiro foi deixar livre do contingenciamento – que atingiu toda a Esplanada -, os R$ 530 milhões do orçamento do Incra destinados à obtenção de terras nesse ano. O segundo passo foi o reforço de dotação orçamentária para o Incra de R$ 400 milhões, aprovado pelo Congresso no final de novembro, para este mesmo fim (obtenção de terras para reforma agrária). É o maior valor, historicamente, liberado num único ano para o Incra.

Balanço registra 79 acidentes nas estradas cearenses durante o feriado de Natal

 

Pelo menos 12 pessoas morreram e 82 ficaram feridas nos acidentes registrados nas rodovias estaduais e federais que cortam o Ceará.

Por: Renata Paiva

O balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste feriado de Natal é considerado 20% menor se relacionado com o ano de 2010. Em todo o país 91 pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais, já em 2010 morreram 114 pessoas. O número de feridos também foi menor: 1.455 em 2010 contra 1.251 neste ano.

De acordo com a PRF, nas estradas cearenses foram registradas 44 acidentes, com 40 pessoas feridas e duas mortes. A operação do feriado de Natal durou três dias, começando na sexta-feira (23) até meia noite deste domingo (25). Nas estradas estaduais a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) contabilizou durante o feriado natalino 35 acidentes, com 42 pessoas feridas e 10 vítimas fatais. A operação do feriado de Natal durou três dias, começando na sexta-feira (23) até meia noite deste domingo (25).

A PRF lembra que a operação de Natal nas rodovias federais que cortam o Estado só acaba a meia-noite desta segunda-feira (26). Diante disso, os números de acidentes nas BRs podem ser maiores. Apesar de ainda não ter finalizado a operação, a PRF já avalia o resultado como insatisfatório.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

JIJOCA DE JERICOACOARA: Sol, ventos e agito atraem visitantes do mundo todo a Jericoacoara

 

Ruas de areia e sotaques dão charme ao local, que fica a 284 km da capital. Praia é um dos pontos mais badalados para prática de windsurfe e kitesurfe.

Ventos fortes e águas mornas em um dos lugares mais encantadores do mundo. Assim velejadores que já descobriram Jericoacoara descrevem a praia, na cidade de Jijoca, a 284 quilômetros de Fortaleza.
A antiga vila de pescadores é um dos principais destinos de praticantes de windsurfe e kitesurfe, mas em meio a sotaques de toda parte, esportista ou não, o visitante pode relaxar em paisagens paradisíacas ou cair no agito noturno da praia.
Entre julho e janeiro, época dos ventos mais fortes no Ceará, o mar de Jericoacoara fica tomado por velas, pipas e pranchas. É só passear pela praia para encontrar grandes velejadores do mundo. Depois do Circuito Mundial de Windsurfe, em outubro, a maioria dos atletas da disputa passam uma temporada obrigatória em Jeri, seja para rever a família e amigos, renovar as energias ou treinar.
“Além das condições para a prática do esporte, Jericoacoara tem um charme especial”, diz o velejador cearense Teka Lenz, um dos primeiros a descobrir esse verdadeiro “paraíso dos ventos”.
Quem conhece o mar de Jeri conta que é quase impossível ficar um dia sem conseguir velejar no local. “Os ventos são muitos estáveis durante todo o ano. Os picos de vento ficam entre 20 e 30 nós e, no segundo semestre do ano, podem chegar a 40 nós. Poucos lugares no mundo são assim”, explica Lenz, presidente da Associação Brasileira de Windsurfe.
Na alta temporada, um dos clubes de esportes aquáticos da praia, o Club Ventos, chega a receber 200 velejadores, de acordo com o gerente de marketing Nuno Martins. O local funciona há 25 anos oferecendo aulas e alugando equipamentos para a prática de windsurfe, kitesurfe, surfe e stand-up paddle (esporte praticado em uma espécie de prancha de surfe em que a pessoa rema em pé).
“A única preocupação em Jeri é não esquecer de sair da água pelo menos duas vezes durante o dia para passar protetor solar e se hidratar. Os ventos são tão bons que quem veleja fica o dia todo no mar”, conta Levi Lenz, que é cearense e começou a velejar aos seis anos de idade com o pai Teka Lenz.
Hoje, aos 24 anos, o jovem está entre os 20 melhores do mundo na categoria freestyle de windsurfe e revela sua preferência por Jericoacoara para treinar e se divertir. “Vou umas 15 vezes por ano. O legal de Jericoacoara é que você acaba reencontrando amigos do mundo todo, além de conhecer novas pessoas. Em outros lugares também bons para velejar, as pessoas geralmente ficam isoladas nas casas e não se encontram no fim do dia”, afirma.

Amor à primeira velejada
A fama de Jeri corre o mundo. O italiano Maurizio Gusella soube no Havaí, dos bons ventos e da tranquilidade da praia. Em 2000, ele chegou ao local para uma temporada de velejo decidiu voltar para ficar em 2002. “Jericoacoara é o segundo melhor lugar do mundo para velejar, atrás somente do Havaí. Em estilo de vida, é o melhor”, diz o italiano.
Gusella resolveu ensinar o esporte aos meninos nativos, casou com uma brasileira e é proprietário da pousada onde ficou hospedado na primeira vez que foi a Jeri.
A cerca de 100 metros da praia, a Pousada do Maurício é uma das principais opções de hospedagem dos velejadores e um dos "points" depois que eles saem do mar. O “happy hour” na pousada mostra que Jeri não ferve somente durante o dia. A vila tem encantos e atrações para todos os gostos e todas as horas. Ex-aluno de Gusella, Edvan Souza, 24 anos, não esquece do mar e do vento de onde nasceu e que fizeram dele um dos destaques internacionais do esportes. “Não falo só em termos de velejar, mas Jericoacoara é um local especial. Você aproveita todas as coisas da cidade durante o dia e a noite. É um lugar completo”, diz Edvan que aprendeu o esporte ainda menino.

Pôr do sol
Para quem não quer velejar ou fazer programas de aventuras, Jeri oferece muitos encantos. Além das belezas naturais, há uma programação diversa. Por isso, o indicado é ficar, no mínimo, quatro dias. A caminhada pela vila pode ser a pé, com chinelo de dedo, e outros passeios podem ser feitos a cavalo ou de bugues para paisagens mais distantes.
Todos os dias, por volta das 5h30, faz parte da rotina de quem está em Jericoacoara admirar o pôr do sol da duna mais conhecida, a oeste da vila. Depois de descer da Duna do Pôr do Sol, ainda dá para tomar um banho no mar e acompanhar as rodas de capoeira que se formam na praia.
Para ir até a Pedra Furada, pode se fazer uma caminhada de 30 minutos quando a maré está baixa. A formação rochosa tem um imenso portal feito pela erosão do mar e do vento. Outra opção para chegar até a Pedra Furada é ir de charrete ou a cavalo, o aluguel custa R$ 20.
Em maré alta ou mesmo na volta, um caminho alternativo é pelo Serrote com uma vista superior da pedra e da praia. Como a caminhada pode durar mais de uma hora, ida e volta, o indicado é levar água e proteção para o sol.

De bugue pelas dunas e lagoas
Todos os dias, cerca de 200 bugueiros credenciados realizam passeios para lagoas e dunas ao redor do Parque Nacional de Jericoacoara. A maioria se concentra na Rua Principal e busca cliente na pousada ou hotel.
Quem tiver sorte, ainda pode conhecer esses lugares com a única bugueira mulher de Jericoacoara, a maranhense Simone Silva Sousa. Ela mora em Jeri desde 1997. “Amo dirigir e conheço todas as dunas e lagoas da região ”, garante.Simone conta que o passeio de bugue mais procurado é o de Tatajuba e custa R$ 180 (dividido entre quatro pessoas). Saindo às 9h da manhã, o passeio dura em média seis horas. O roteiro segue a vontade dos visitantes, mas geralmente começa no Rio Camboa e pode passar por uma região de mangues preservados.
Depois de uma travessia de balsa, do Mangue Seco para o Guriú, se chega na Velha Tatajuba, vilarejo soterrado pela areia. Dona Delmira, umas das moradoras e testemunhas do fenômeno, recebe os visitantes, contando histórias e mistérios do local.
De lá, o destino são as dunas do Coqueiro Solitário e do Funil, onde muitos esquiam em uma pequena prancha de madeira, e, por fim, a Lagoa Torta. Os custos com as travessias de balsa (R$ 10) não estão inclusos no valor do passeio de bugue.
Quem prefere relaxar pode aproveitar a sensação deliciosa de ficar deitado em uma rede dentro da água morna da Lagoa do Paraíso, localizada em Jijoca de Jericoacoara. Essa atração faz parte do roteiro que ainda inclui a Lagoa Azul e a Lagoa do Coração. O passeio custa R$ 150 e também pode ser dividido entre quatro pessoas.

Sabores de todo mundo
Na vila, são encontradas dezenas de restaurantes. Tem do prato feito, com opções de peixe frito e de moqueca de arraia por R$ 6, até cardápio internacional em restaurantes mais refinados. Quem vai ao local não pode deixar de provar o tempero caseiro do Restaurante Dona Amélia, na Rua do Forró. Os pratos custam cerca de R$ 50 para duas pessoas.
Outra boa opção são os crepes e o açaí do Naturalmente, servidos em um ambiente agradável, de frente para praia. A proprietária Carla Arruda mora há 15 anos na vila se dividindo entre pranchas e fogões e resolveu ficar depois de passar um réveillon no local.
A torta de banana da Dona Rosa é um dos sabores irresistíveis de Jericoacoara, além de guardar uma boa história. Há 30 anos, a mulher circula de domingo a domingo pelas ruas vendendo pedaços da torta por R$ 3 cada. Com a produção desses doces, Rosa ajudou a sustentar os quatro filhos e até montou uma pousada. “Fico triste no dia em que eu não saio para vender minha torta de banana”, conta.
A receita leva ovos, açúcar, margarina, farinha de trigo, banana, canela e mel. “O segredo está na mão e na prática de 30 anos”, revela. Rosa oferece os doces em restaurantes e nas ruas das 15h às 18h.

Noite
Apesar de ter energia elétrica, a vila continua sem iluminação pública. A noite tem um céu estrelado e a lua que ilumina as ruas com ajuda das velas e luzes dos restaurantes, hotéis e casas. Se engana quem pensa que o movimento na praia se diminui com o cair do sol. Diversos locais e ritmos animam a madrugada de Jericoacoara.
Na Rua Principal, banquinhas vendem bebidas e coquetéis para quem quer circular, conversar e paquerar. O Sky e o Planeta Jeri são os points mais próximos da praia. Mais para dentro da vila, na Rua da Duna, o visitante pode se divertir com reggae no Mamma África. Na Rua do Forró, a pedida é curtir o ritmo tipicamente cearense no antigo forró do Seu Raimundo, hoje batizado de Recanto do Momento.

Por Jhônata Adams Mendes Silva

MEC LANÇA SITE DE CONSULTAS DO SISU

 

O Ministério da Educação lançou na tarde desta segunda-feira (26) o Sistema de Seleção Unificada (AQUI), que vai oferecer, em 2012, 108.552 vagas no ensino superior em 3.327 cursos de 95 instituições. Por enquanto, o sistema está disponível apenas para consulta. Nele, o candidato pode pesquisar (AQUI) as vagas oferecidas pelas instituições. As inscrições terão início à zero hora do dia 7 de janeiro. Os candidatos poderão usar o resultado do Enem 2011, divulgado na última quarta-feira (21), para se inscrever no SISU. A lista completa de cursos e vagas está disponível AQUI. Na edição de 2012, o SISU ficará no ar 24 horas por dia, entre 7 e 12 de janeiro, para receber as inscrições dos candidatos. A primeira chamada será divulgada no dia 15 de janeiro, e os candidatos aprovados terão entre 19 e 23 de janeiro para efetuar sua matrícula.

Por Tadeu Nogueira

Com informações do G1