Nesta quinta-feira (14/12),
os deputado estaduais do PDT deram entrada numa ação pedindo
reconhecimento de desfiliação . Eles justificam por “justa causa”, e alegam “grave discriminação pessoal” e “mudança substancial do programa partidário”.
Essa mesma ação foi fundamentada também na existência de uma carta de anuência, que endossa a decisão dos parlamentares.
A
ação de desfiliação foi formalizada por um grupo de advogados,
incluindo André Xerez, Hélio Parente, Luciana Carneiro, Paula Alencar,
Leonardo Vasconcelos e Cássio Pacheco. Esses profissionais destacaram
que a decisão dos deputados foi tomada após cuidadosa deliberação e
consideração das circunstâncias atuais dentro do partido.
Segundo
fontes internas, a desfiliação ocorre em um momento de crescente tensão
interna no PDT, com divisões ideológicas e disputas de poder sendo
apontadas como fatores contribuintes. Os deputados que se desfiliaram
expressaram que “a discriminação pessoal grave e intolerável dentro do
partido tornou insustentável a nossa permanência”.
Os
advogados que representam os deputados enfatizaram que a ação de
desfiliação por justa causa é amparada legalmente e segue a
jurisprudência da Justiça Eleitoral sobre a questão, que autoriza a
saída dos parlamentares sem a perda do mandato.
Eles
também indicaram que a carta de anuência, um documento que expressa
concordância com a desfiliação, resguarda a desfiliação do PDT para
outra legenda.
Ingressaram os 14 deputados estaduais (e suplentes):
Antônio Granja (S)
Bruno Pedrosa (S)
Guilherme Bismark (S)
Guilherme Landim
Helaine Coelho (S)
Jeová Mota
Lia Gomes
Marcos Sobreira
Oriel Nunes
Osmar Baquit
Romeu Aldigueri
Salmito
Sérgio Aguiar
Tin Gomes (S)
DETALHE 1
– Na
próxima segunda-feira, o senador Cid Gomes presidirá uma reunião com o
grupo para definir o rumo patidário do grupo. Pode ser o PSB, Podemos ou
PRD. O assunto ainda está em processo de conversações em Brasília.
DETALHE 2
– Esses
parlamentares, segundo Tin Gomes, deverão prestigiar domingo próximo,
às 9 horas, no Hotel Oásis Atlântico, a filiação de Evandro Leitão,
presidente da Assembleia Legisltiva, ao PT. “Ele é nosso amigo!”, avisa
Tin Gomes.
O prefeito do
município de Alcântaras, região Norte do Ceará, Joaquim Freire de Carvalho,
mais conhecido como Joaquim do Quinca (PDT), teve prisão preventiva decretada
por descumprimento de medida protetiva contra a irmã.
O pedido foi feito
pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e acolhido, nessa
terça-feira, 12, pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
da Comarca de Sobral.
A vítima é a irmã
do gestor, que alegou às autoridades de defesa da Mulher que era alvo de
ameaças constantes por parte do irmão. Contudo, conforme a representação do
MPCE, Joaquim continuou, de forma direta e indireta, ameaçando a mulher.
Em determinada
ocasião, conforme o MPCE, o prefeito descumpriu a medida prevista na Lei Maria
da Penha. Na oportunidade, ele diminuiu a velocidade do veículo em que estava e
se aproximou da vítima. O ato foi foi filmado e utilizado pelo MP Estadual como
evidência.
Outra ocorrência
foi relatada pela irmã de Joaquim, no dia 6 de dezembro de 2023, quarta-feira
da semana passada. Na oportunidade, a mulher estava na companhia da filha,
quando o marido da secretária de Educação da cidade a ameaçou: "Se for
mexer com Joaquim, vai aparecer coisa… se for mexer com Joaquim, vai ser pior
para vocês".
“Não há outra
medida jurídica cabível a não ser o encarceramento provisório do representado,
já que este, mesmo depois de intimado, descumpriu as medidas protetivas que lhe
foram impostas”, diz a decisão. O prefeito, no entanto, está foragido.
Também nesta
terça-feira, 12, o gestor publicou imagens da festa 66 anos de emancipação do
município.
O POVO contatou a
Prefeitura de Alcântaras por meio de ligações e mensagens no WhatsApp para se
manifestar acerca do caso, no entanto, não obteve retorno até a publicação
desta matéria. A matéria será atualizada quando houver retorno.
"Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas
não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece
quando tem ingratidão", disse o ex-assessor
Fabrício Queiroz e família Bolsonaro (Foto: Reprodução)
247 - O
ex-policial militar e ex-assessor do clã Bolsonaro, Fabrício Queiroz,
pivô do escândalo das rachadinhas nos gabinetes da família, voltou a se
queixar da “ingratidão” de ter sido abandonado pelos antigos aliados e
disse, em tom de ameaça, que “o castigo vem a cavalo”. “Nunca mais falei
com ninguém. A última vez foi com o Flávio, no ano passado, na época em
que eu queria ser candidato a deputado. Depois disso, nunca mais
trocamos ideias”, disse Queiroz à revista Veja.
"Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar
para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da
Michelle… Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse
bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família
nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O
castigo vem a cavalo”, ressaltou mais à frente.
Apesar do tom, o ex-assessor afirmou que “não tem segredos" que
possam comprometer a família Bolsonaro. "Não tem segredo nenhum comigo.
E, se tivesse… A família dele não é melhor que a minha para ele
sacrificar a minha família e a dele ficar bem. Porque a dele está bem.
Na dele, todos são políticos, todos ganham bem. Vou segurar a viola
deles para a minha se ferrar? Jamais”.
Ainda segundo ele, “se o Jair acenasse para mim com alguma coisa, com
certeza eu seria deputado estadual hoje. Agora, eles seguem a vida
deles lá, estão numa fogueira danada. Pelo que conheço, acho que o Jair
se arrepende de ter sido presidente. Só está tomando porrada, todos da
família estão expostos. E o sistema voltou”.
PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão em fazendas
que estariam sendo utilizadas como bases operacionais pelos criminosos
(Foto: Divulgação/PF)
247 - A
Polícia Federal (PF) e o Exército informaram que destruíram cerca de R$
20 milhões em equipamentos utilizados em garimpos ilegais na Terra
Indígena Sararé, localizada no município de Pontes e Lacerda
(MT).Segundo o jornal O Globo,
entre os equipamentos inutilizados estão 17 pás carregadeiras e 17
motores de dragagem que estavam escondidos na mata. Além disso,
estruturas de madeira utilizadas como bases pelos garimpeiros foram
destruídas ao longo de três dias de operações na área protegida.
Paralelamente à destruição dos equipamentos, a PF também cumpriu dois
mandados de busca e apreensão em fazendas que fazem limite com a Terra
Indígena Sararé pela suspeita de que estariam sendo utilizadas como
bases operacionais pelos criminosos, facilitando o acesso ilegal tanto
de pessoas quanto de maquinários ao território indígena.
A operação contou com a participação de diversas instituições,
incluindo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas
(Funai), além da Força Nacional e do Centro Integrado de Operações
Aéreas de Mato Grosso.
247 - Flávio
Dino, atual ministro da Justiça indicado ao Supremo Tribunal Federal
(STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terá sua trajetória
avaliada em sabatina marcada para esta quarta-feira no Senado Federal. A
indicação, caso aprovada, pode consolidar uma nova fase na carreira do
político de 55 anos, marcada por sua atuação como juiz federal,
governador do Maranhão e a perda trágica de seu filho.
O percurso político de Dino começou com sua filiação ao PT em 1987,
engajando-se no movimento estudantil maranhense e colaborando na
campanha presidencial de Lula em 1989. Aos 26 anos, tornou-se juiz
federal e ocupou esse cargo por 12 anos. Paralelamente, foi presidente
da Associação dos Juízes Federais do Brasil e também teve papel
fundamental na criação do Conselho Nacional de Justiça.
Com um mestrado em Direito Público pela UFPE, Flávio Dino ingressou
na política partidária em 2006, filiando-se ao PCdoB e sendo eleito para
a Câmara dos Deputados. Sua carreira no legislativo foi marcada por
propostas relevantes, incluindo uma PEC para estabelecer mandatos de 11
anos para ministros do STF.
No entanto, sua incursão na corrida pelo governo do Maranhão teve
início em 2010, enfrentando derrotas e vitórias acirradas. Eleitores
presenciaram sua gestão inovadora com investimentos na educação e
combate ao analfabetismo. Após reeleição em 2018, manteve-se como uma
figura de oposição a longos domínios políticos no estado.
Contudo, sua carreira foi abalada por uma tragédia pessoal em 2012,
quando perdeu seu filho Marcelo, de 13 anos, em um incidente médico
controverso. Esse episódio marcou profundamente sua vida e refletiu em
suas atuações subsequentes.
No âmbito nacional, Dino foi figura chave na gestão de crises de
segurança pública e investigações sensíveis, como o caso Marielle
Franco. Sua indicação ao STF, apesar de bem recebida por alguns setores,
enfrenta resistência e questionamentos no Senado, onde será sabatinado
em meio a uma atmosfera política carregada.
A sessão de sabatina, liderada por Davi Alcolumbre, presidente da
CCJ, promete ser um campo de embate político. As questões não se
restringirão apenas ao histórico profissional, mas também abordarão
episódios polêmicos e decisões tomadas durante sua gestão no Ministério
da Justiça.
Dino, que poderá ter uma significativa influência na mais alta corte
do país por décadas, enfrenta um desafio crucial para selar seu ingresso
no STF.
Investigação arquivada em abril tinha como base a mesma denúncia
feita pela AstraZeneca contra a empresa que tem Renato Cariani como
sócio e levou à operação da PF na terça-feira
247 - O Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou um inquérito aberto contra Renato Cariani oito meses antes da operação da Polícia Federal (PF) ,que teve o empresário e fisiculturista como alvo pela suspeita de integrar um esquema de desvio de substâncias químicas para a produção de crack. De acordo com o Metrópoles,
o caso arquivada tem como base a mesma denúncia feita pelo laboratório
AstraZeneca, um dos fabricantes de vacina contra a Covid-19, que levou a
PF a deflagrar a ação da terça-feira (12) que teve a empresa Anidrol,
ligada a Cariani, como um dos alvos centrais.
“Além da denúncia do laboratório, a Polícia Civil ouviu uma
representante da AstraZeneca que contou aos investigadores sobre as
notificações recebidas da Receita Federal por causa de transações
suspeitas que teriam sido feitas com a Anidrol, da qual Cariani é sócio.
O Fisco havia identificado dois pagamentos de R$ 212 mil em dinheiro
vivo que a AstraZeneca não reconhece ter feito para a empresa do
influencer”, ressalta a reportagem. >>> Depósito de R$ 212 mil em espécie levou PF a influencer Renato Cariani
O promotor Eduardo Soares Amaral acolheu a versão de Cariani em abril
e disse que os documentos apresentados pelo influencer apontavam que
“falsários conseguiram estabelecer uma roupagem eficiente para ludibriar
a empresa vendedora e promover a aquisição dos insumos químicos” em
nome do laboratório AstraZeneca.
“Neste cenário, não há elementos viáveis a estabelecerem vínculo
entre a empresa Anidrol e o desvio de produtos químicos”, destacou o
promotor ao solicitar o arquivamento do caso, de acordo com a
reportagem.
No desfecho da investigação da PF, que contou com o apoio do Gaeco,
contudo, foram obtidos indícios de que um amigo de Cariani, Fábio Spínola, teria registrado o e-mail do falso representante da AstraZeneca em nome de um homem falecido em 1929.
Spínola já havia sido detido pela PF por ligação com o tráfico de
drogas, no âmbito da Operação Down Fall, que apreendeu mais de R$ 2,1
milhões e cumpriu 30 mandados de prisão no Porto de Paranaguá (PR). Ele
foi solto recentemente e cerca de R$ 100 mil em dinheiro foram
apreendidos durante a operação desta terça-feira.
A PF também obteve a quebra de sigilo do influencer e interceptou
mensagens entre Cariani e Roseli Dorth, sócia da empresa investigada, em
que ele disse saber que era monitorado pelos investigadores. Em uma
delas, Cariani disse para a sócia “trabalhar no feriado para arrumar de
vez a casa e fugir da polícia”.
247 - A
Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (12) uma operação
visando desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico de
drogas e desvio de substâncias químicas utilizadas na produção de crack.
A empresa Anidrol, localizada em Diadema, na Grande São Paulo, e que
tem o influenciador fitness Renato Cariani como sócio, é o principal
alvo da ação.
Segundo o G1,
Cariani, que tem mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais, é
alvo de um mandado de busca e apreensão. Ao todo, 18 mandados de busca e
apreensão estão sendo cumpridos, sendo 16 em São Paulo, um em Minas
Gerais e outro no Paraná.
O grupo é suspeito de desviar toneladas de um produto
químico, utilizando-o na produção de entre 12 e 16 toneladas de crack.
Segundo estimativas da Polícia Federal, no mercado interno brasileiro, o
quilo do crack pode ser comercializado entre US$ 3 mil e US$ 5 mil.
A ação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a
Receita Federal. A investigação teve início em 2022, após uma empresa
farmacêutica multinacional alertar a PF sobre notas fiscais faturadas em
seu nome, com pagamento em dinheiro não declarado, sem sua autorização.
Embora a PF tenha solicitado a prisão dos envolvidos e o
Ministério Público tenha se posicionado a favor, a Justiça negou o
pedido.
Proporção de civis mortos em Gaza é maior que em todos os conflitos do século XX
Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)
247 – O número de mortos devido à escalada do massacre na
Faixa de Gaza ultrapassou 15.200, conforme relatado pelo Ministério da
Saúde de Gaza. “O número de mortos como resultado da agressão de Israel
na Faixa de Gaza chegou a quase 18.000”, afirmou o porta-voz do
ministério, conforme citado pelo canal de televisão Al Jazeera. Mais de
49.500 pessoas ficaram feridas, destaca a agência Tass.
Em 22 de novembro, o Hamas anunciou um acordo com Israel, mediado
pelo Egito e pelo Catar, para um cessar-fogo humanitário de quatro dias
na Faixa de Gaza, que entrou em vigor em 24 de novembro. O acordo
estipulava a libertação de mulheres e crianças israelenses mantidas como
reféns em Gaza, em troca da libertação de mulheres e crianças
palestinas das prisões israelenses.
Os lados prorrogaram o cessar-fogo diversas vezes, mas na manhã de 1º
de dezembro, as Forças de Defesa de Israel (IDF) alegaram que o Hamas
havia violado o cessar-fogo em Gaza, retomando o massacre na Faixa de
Gaza. As autoridades palestinas atribuíram a responsabilidade pela
retomada das hostilidades aos Estados Unidos.
Grupo é formado por 48 pessoas, a maioria palestinos parentes de brasileiros que já foram repatriados
Brasileiros e palestinos
que Itamaraty retirou da Faixa de Gaza embarcam em avião da Força Aérea
Brasileira (FAB) no aeroporto do Cairo, no Egito, para o Brasil, em 10
de dezembro de 2023. — Foto: Ministério das Relações Exteriores/
divulgação (Foto: Itamaraty/Divulgação )
247 - O
segundo grupo de brasileiros e parentes palestinos retirados da Faixa de
Gaza pelo Itamaraty chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira
(11). No total, 48 pessoas foram retiradas do território que é cenário
da guerra de Israel contra o povo palestino.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe o grupo pousou em
Brasília pouco antes das 4h da manhã (horário local), após um voo sem
escalas que partiu de Cairo, no Egito, na noite de domingo (10).,
informa o G1.
O grupo conseguiu deixar a Faixa de Gaza na manhã de sábado (9), pela
cidade fronteiriça de Rafah, situada na divisa entre o sul do
território palestino e o nordeste do Egito. De lá, eles foram levados
até o Cairo e, então, se encaminharam para o Brasil.
A nossa atmosfera é formada de gases, quase 78% é formado por nitrogênio, um gás gelado. O segundo gás em maior quantidade e o oxigênio, aproximadamente 21% e é outro gás gelado. 0.39% é formado por gás carbônico, que é um gás quente e dizem que é o responsável pelo aquecimento global. A minha pergunta é: Como 0.039% de gás quente vai aquecer quase 98% de gases gelados? Eu acho que alguém está querendo nos fazer de besta para acreditar que o gás carbônico é o vilão nessa história. Outra história que não cola na minha cabeça é a de que a Terra é super povoada, pois 71% da superfície é coberta por água, 20% é coberta por áreas deserta e 2.2% é coberta de gelo. Portanto só fica 6.5% habitada por gente. Eu só queria saber quem está ganhando dinheiro enganando ao mundo com essas inverdades.
Muita gente fala em transição energética, usar energia verde e deixar de explorar o petróleo. O meu questionamento é: O petróleo não usado apenas para servir de combustível, mas também para fazer milhares de produtos, e dentre eles a fabricação dos próprios carros. Se abandonarmos o uso do petróleo que serve para construir milhares de produtos, que material vai ser utilizado no lugar dele? Não podemos usar a madeira porque devastaria as florestas e viria o aumento do aquecimento global. Também não poderíamos construir tudo de metal porque a mineração devastaria o meio ambiente e também não é renovável. Então qual seria a matéria prima a ser usada o lugar do petróleo?
Ataques voltaram a se intensificar na região nesta semana após trégua temporária
Crianças palestinas desamparadas em Gaza (Foto: Reuters/Mohammed Salem)
DUBAI (Reuters) – O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza
disse nesta quinta-feira que 17.177 palestinos foram mortos e 46.000
ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro.
O porta-voz Ashraf Al-Qidra afirmou que 350 palestinos foram mortos e 1.900 ficaram feridos nas últimas 24 horas em Gaza.
Documento sugere que ações da PRF no Nordeste, reduto de Lula, podem ter atrapalhado votação
Silvinei Vasques (Foto: Pedro França/Agência Senado)
247 - Um
relatório produzido pela Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte, agora
parte de um inquérito da Polícia Federal (PF), revela indícios de que
as blitze realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o
segundo turno das eleições de 2022 atrapalharam o fluxo de eleitores.
O documento levanta suspeitas sobre a atuação da PRF, liderada à
época por Silvinei Vasques, e sua possível influência no resultado da
disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, este
último vencedor das eleições.
Conforme o relatório do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), obtido pelo portal G1,
uma análise de 5.830 eleitores de 23 seções eleitorais em Campo Grande,
situada a 272 km de Natal, sugere um impacto significativo das ações da
PRF na região.
Na véspera do segundo turno, Silvinei Vasques manifestou seu apoio a
Bolsonaro através de uma postagem no Instagram, que foi apagada
posteriormente. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ordenou a suspensão imediata das blitze da
PRF, com a advertência de prisão para Vasques. Ele foi preso em 9 de
agosto.
O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado
Banco Central (Foto: Divulgação)
SÃO PAULO (Reuters) -
O Brasil teve déficit em transações correntes de 230 milhões de dólares
em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o
equivalente a 1,62% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central
nesta segunda-feira (4).
O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme
pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo
negativo de 399 milhões de dólares em outubro.
Em outubro de 2022, o Brasil havia registrado déficit em transações correntes de 5,808 bilhões de dólares.
No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 3,306 bilhões de
dólares, bem abaixo dos 4,6 bilhões de dólares projetados na pesquisa e
dos 5,826 bilhões do ano passado.
No mês, segundo o BC, houve ingressos líquidos de 4,7 bilhões de
dólares em participação no capital e saídas líquidas de 1,4 bilhão em
operações intercompanhia.
No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de 4,223 bilhões
de dólares, ante rombo de 4,568 bilhões de dólares no mesmo período do
ano anterior.
As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos
investimentos direto e em carteira, totalizaram 2,8 bilhões de dólares,
ante 3,5 bilhões em outubro de 2022.
Já as despesas líquidas com juros somaram 1,4 bilhão de dólares em
outubro de 2023, 334 milhões acima do resultado de outubro do ano
anterior.
Em outubro deste ano, a balança comercial teve superávit de 7,372
bilhões de dólares, bem acima dos 2,009 bilhões de dólares no mesmo mês
de 2022. As exportações de bens totalizaram 29,7 bilhões de dólares,
aumento de 7,6% na comparação interanual, enquanto as importações de
bens recuaram 12,7%, a 22,3 bilhões de dólares.
Já o rombo na conta de serviços ficou em 3,548 bilhões de dólares, contra 3,566 bilhões de dólares em outubro do ano anterior.
(Por Camila Moreira. Edição de Luana Maria Benedito)
Cantor é suspeito de integrar um esquema de garimpo ilegal em terras indígenas yanomami que teria movimentado R$ 250 milhões
(Foto: Reprodução)
247 – A
Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a Operação Disco de Ouro,
que tem como alvo o cantor Alexandre Pires, conhecido por sua carreira
no mundo da música. As investigações apontam para o possível
envolvimento de Pires em um esquema de garimpo ilegal nas Terras
Indígenas Yanomami (TIY), com um montante estimado de movimentação
financeira de R$ 250 milhões, segundo reportagem do Metrópoles.
A ação policial visa desarticular uma rede de financiamento e
logística do garimpo ilegal que estaria operando na TIY, um território
de grande relevância ambiental e cultural para os povos indígenas. Além
de Alexandre Pires, a Operação Disco de Ouro também mira Matheus
Possebon, um renomado empresário do ramo musical com presença nacional,
apontado como um dos responsáveis pelo núcleo financeiro desse esquema
criminoso.
Segundo informações obtidas durante a investigação, Alexandre Pires
teria recebido pelo menos R$ 1 milhão proveniente de uma mineradora
envolvida no garimpo ilegal. As equipes da PF cumpriram dois mandados de
prisão e realizaram seis buscas e apreensões em diferentes cidades do
Brasil, incluindo Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos
(SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).
A Justiça Federal determinou o sequestro de mais de R$ 130 milhões em
bens dos suspeitos envolvidos no esquema, como medida para garantir a
reparação dos danos causados pela atividade ilegal.
Esta operação é um desdobramento de uma ação anterior da Polícia
Federal, ocorrida em janeiro de 2022, quando foram apreendidas 30
toneladas de cassiterita extraídas ilegalmente da TIY em uma empresa
investigada. Na ocasião, o inquérito policial revelou que o esquema
visava à "lavagem" de minério ilegalmente retirado da Terra Indígena
Yanomami, com alegações falsas de origem em um garimpo regular no Rio
Tapajós, em Itaituba (PA), e suposto transporte até Roraima para
processamento. No entanto, as investigações demonstraram que o minério
era, na realidade, originário de Roraima.
O esquema ilegal abrangia uma ampla cadeia produtiva, envolvendo
pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e
equipamentos para mineração, bem como "laranjas" para ocultar as
transações fraudulentas.
Alexandre Pires é amplamente conhecido por sua carreira como
vocalista do grupo de pagode romântico Só Pra Contrariar, fundado por
ele em 1989. Sucessos como "Essa Tal liberdade" e "Que Se Chama Amor" o
tornaram uma figura de destaque na música brasileira. Até o momento, a
assessoria do cantor não se manifestou sobre as acusações.
A Operação Disco de Ouro continua em andamento, e mais detalhes serão
revelados à medida que a investigação avança. O Metrópoles está
acompanhando de perto esse desenvolvimento e manterá seus leitores
informados sobre qualquer atualização relacionada ao caso.
Esquema internacional teria movimentado R$ 1,2 bilhão
Apreensão feita pela Polícia Federal na Operação DAKOVO (Foto: Divulgação/PF)
247 - A
Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (5) a operação Dakovo,
com o objetivo de desarticular um grupo internacional suspeito de
fornecer 43 mil armas para as principais facções criminosas do Brasil,
incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho. O
esquema internacional de tráfico de armas, segundo a PF, teria
movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão em três anos.
Os agentes estão cumprindo cinco mandados de prisões preventivas,
seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em
três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados
foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP),
Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do
Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). Segundo o G1,
o principal alvo da operação, Diego Hernan Dirísio, considerado o maior
contrabandista de armas da América do Sul, permanece foragido.
A operação foi realizada pela PFl no Estado da Bahia, em parceria com
Ministério Público Federal (MPF) e cooperação internacional com a
Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e o Ministério
Público do Paraguai. A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa
Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta
pela HSI (Homeland Security Investigations) e SENASP (Secretaria
Nacional de Segurança Pública), sob Supervisão do Serviço de Repressão
ao Tráfico de Armas da PF. A investigação teve início em 2020, quando a
Polícia Federal apreendeu pistolas e munições no interior da Bahia.
“Três anos mais tarde, a cooperação internacional que resultou na
operação desta terça indica que um homem argentino, dono de uma empresa
chamada IAS, com sede no Paraguai, comprava pistolas, fuzis, rifles,
metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia,
República Tcheca e Eslovênia.Além disso, as investigações apontam para
corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico
(DIMABEL), órgão paraguaio encarregado de controlar, fiscalizar e
autorizar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema
criminoso”, ressalta a reportagem.
Por outro lado, professores, cientistas e médicos são considerados os mais confiáveis
Plenário da Câmara dos Deputados
(Foto: REUTERS/Adriano Machado)
247 - Pesquisa
do instituto intitulada "Confiabilidade Global" revela que as
categorias profissionais que os brasileiros menos confiam são os
políticos, ministros e funcionários de gabinetes, além de banqueiros.
Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim,
do jornal O Globo, o estudo aponta que a desconfiança em relação aos
políticos atingiu um índice de 66%, superando a média global de 60%.
Ministros e funcionários de gabinetes também foram alvo de descrença,
registrando 55% no Brasil, ante 53% em nível mundial. Os banqueiros,
por sua vez, foram desaprovados por 49% dos brasileiros, enquanto a
média internacional foi de 38%.
“Padres, pastores e líderes religiosos vieram em seguida, com 39% de
descrença entre os brasileiros (abaixo da média global, de 40%). O ‘top
cinco’ ficou completo com os juízes, cujo índice de desconfiança da
população foi de 38% (lá fora, o patamar foi de 31%)”, destaca a
reportagem.
A pesquisa revela, ainda, que os profissionais mais confiáveis aos
olhos dos brasileiros são os professores, com um índice de confiança de
64%. Cientistas também desfrutam de uma boa reputação, com 59% de
aprovação, seguidos pelos médicos, que conquistaram a confiança de 56%
da população.
A Ipsos destaca que o Brasil se destaca globalmente como o terceiro
país que mais confia em seus professores, ficando atrás apenas da
Indonésia (74%) e Chile (64%). Em contraste, países como Japão (20%),
Coreia do Sul (34%) e Polônia (38%) demonstram uma confiança menos
expressiva em seus docentes.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de maio e 9 de junho, com mil entrevistados no Brasil.
Estudo aponta a presença de membros de pelo menos dez facções criminosas envolvidos em disputas por território na Amazônia Legal
Amazônia (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
247 - O
estudo intitulado "Cartografia da Violência na Amazônia," divulgado pelo
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta a presença de membros de
pelo menos dez facções criminosas de quatro países vizinhos (Venezuela,
Colômbia, Peru e Bolívia) envolvidos em disputas por território na
Amazônia Legal.
Segundo o UOL,
o documento destaca que a atuação destas facções se concentra
principalmente no Acre, Amazonas, Maranhão e Roraima, e ressalta a
necessidade de ações coordenadas e estratégicas para conter o avanço do
crime organizado na região.
A pesquisa indica que as facções estrangeiras ingressaram na Amazônia
devido à dificuldade de levar drogas para os Estados Unidos ou países
da Europa, buscando aproveitar a presença de locais estratégicos ao
longo das rotas de tráfico. Ex-guerrilheiros colombianos, peruanos,
venezuelanos e bolivianos estão entre os grupos identificados.
O levantamento também destaca que grupos venezuelanos estão
disputando território com facções brasileiras em Boa Vista, cidade com
mais de 410 mil moradores. O estudo revela a presença de quatro grupos
de ex-guerrilheiros das Farc concentrados no Amazonas.
“Eles estão na mira das autoridades colombianas, brasileiras e
norte-americanas por suspeita de dominar uma rota pelo rio para negociar
com PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), as duas
principais facções brasileiras”, ressalta a reportagem.
Os dados fazem parte do "Narco Files: a nova ordem do crime," uma
investigação jornalística transfronteiriça liderada pelo Organized Crime
and Corruption Reporting Project (OCCRP) em parceria com o Centro
Latinoamericano de Investigación Periodística (CLIP), do qual o UOL faz
parte.
Agentes estão cumprindo 25 mandados de busca e apreensão e três
de prisão preventiva nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais
(Foto: ABr)
247 - A
Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (30) a 22ª fase da
Operação Lesa Pátria com o objetivo de identificar os responsáveis pelo
financiamento e estímulo aos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando
manifestantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram
as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a PF, os agentes estão cumprindo 25 mandados de busca e
apreensão e três de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal
Federal, nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais. A
indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados também foi
determinada. A estimativa é que os danos ao patrimônio público cheguem a
R$ 40 milhões.
Os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação
criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização
de bem especialmente protegido.
Indicado pelo PP para o Ministério do Esporte, André Fufuca é
investigado pela PF no Maranhão por compra de votos na eleição de 2018,
quando foi reeleito deputado federal
André Fufuca (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Mateus Coutinho, Brasil de Fato
- Indicado do PP para o Ministério do Esporte do governo Lula em meio a
uma pressão do presidente da Câmara Arthur Lira (AL) e do centrão para
aumentar o espaço na Esplanada dos Ministérios, André Fufuca é
investigado pela Polícia Federal (PF) no Maranhão por compra de votos na
eleição de 2018, quando foi reeleito deputado federal pelo partido no
estado.
O Brasil de Fato teve acesso ao inquérito, que a PF pediu para ser
prorrogado por mais 90 dias no último dia 16 de novembro para poder
ouvir mais oito pessoas que mantiveram contato com os suspeitos de
comprar votos nas vésperas da eleição. Os documentos mostram, segundo a
Polícia Federal, que anos antes de Fufuca cogitar virar ministro dos
Esportes, já havia apoiador dele negociando chuteira de futebol em troca
de voto.
Além disso, a investigação inclui um episódio envolvendo apoiadores
do hoje ministro escondendo sacola de dinheiro em um bueiro ao ver os
agentes da PF chegando ao local onde estaria ocorrendo a compra de
votos, e até foto de um empresário com uma montanha de dinheiro a dois
dias da eleição em 2018. No dia seguinte, o mesmo empresário, que tinha
contato direto com Fufuca, indicou em troca de mensagens que o então
candidato teria "soltado dinheiro".
Procurado sobre o episódio, o Ministério do Esporte informou que "o
ministro André Fufuca não compactua com qualquer ato ilícito, não é
responsável por ação de terceiros e confia que a justiça vai esclarecer
todos os fatos".
'Bolos de dinheiro na churrascaria' - A investigação que
envolve o hoje ministro dos Esportes começou em Santa Luzia, município
do interior do Maranhão com população de 57 mil habitantes, localizado a
cerca de 300 km da capital São Luis. Naquele ano, Fufuca foi o segundo
candidato a deputado federal mais votado no município, com 4.325 votos.
Considerando sua votação total em 2018, a cidade foi a quinta onde ele
mais obteve apoio.
Mas segundo a investigação da Polícia Federal, o bom desempenho pode estar ligado à compra de votos.
As suspeitas surgiram durante uma ronda de rotina da Polícia Federal
na noite antes do primeiro turno das eleições daquele ano, em 6 de
outubro de 2018. Na ocasião, a equipe que estava na cidade recebeu
denúncia feita por um morador ao delegado da Polícia Civil local de que
apoiadores de André Fufuca estariam aglomerados em uma churrascaria com
bolos de dinheiro para comprar votos.
A equipe da Polícia Federal, então, foi até duas churrascarias do
município e, em uma delas, encontrou uma aglomeração de carros com
adesivos da campanha de Fufuca e apoiadores do deputado. No local,
também estava o vice-prefeito do município, Juscelino da Cruz Filgueira
Junior, com um maço de dinheiro na mão que, segundo ele, seria de
apostas.
"Num primeiro momento, houve perfeita coincidência entre a
aglomeração de pessoas vinculadas à campanha do Deputado Federal André
Fufuca numa churrascaria, conforme narrado na denúncia, contudo não
havia naquele momento, elementos suficientes para a caracterização de
crime eleitoral", afirmou o delegado Wedson Cajé Lopes no relatório que
encaminhou à Justiça Eleitoral para pedir a abertura do inquérito.
Sacola de dinheiro no bueiro - Os policiais, então, seguiram
nas buscas e, utilizando um veículo descaracterizado, encontraram uma
casa às margens de uma rodovia que dá acesso à cidade. Lá, se depararam
com o movimento de cinco veículos com adesivos de Fufuca e pessoas
entrando e saindo da residência. Foi acionada, então, uma viatura da PF
que estava fazendo ronda. Quando ela chegou ao local, foram
identificados três suspeitos que estavam guardando em uma caminhonete em
frente à residência uma caixa com material de campanha de Fufuca.
Um deles chegou a esconder um saco de dinheiro em um bueiro próximo
ao ver a PF se aproximando. O material, porém, acabou sendo descoberto
pelos agentes, que revistaram também a caminhonete. Na sacola, estavam
R$ 5.850 em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 e, na caminhonete, estava uma
caixa de papelão com santinhos de Fufuca que foi apreendida junto com o
dinheiro e os celulares dos três suspeitos.
A dona da casa, Vanda Maria da Silva, por sua vez, afirmou aos
policiais que as pessoas que foram a sua residência eram amigos que
estariam lá pelo seu aniversário. A PF solicitou o documento de
identidade dela e viu que o aniversário era em maio. Confrontada com a
informação, ela pediu desculpas pela mentira e os agentes decidiram
levar os três homens suspeitos para depor. Como não havia delegacia da
PF na cidade, eles foram todos levados para o fórum da Justiça estadual
no município, que estava funcionando como um cartório itinerante da
Justiça Eleitoral naquele período de eleição.
Lá, os três suspeitos prestaram depoimento: um empresário do ramo de
eventos, Marcus Vinicius Oliveira Sales, um dono de uma loja de carros,
Francisco Vieira da Silva, e seu filho, Caio Rubens Vieira da Silva. De
acordo com prestação de contas da campanha de Fufuca à Justiça
Eleitoral, nenhum deles trabalhou para a campanha do então deputado
naquele ano e somente Caio trabalhou, oficialmente, na campanha de
Fufuca em 2022, serviço pelo qual recebeu R$ 10 mil. Os depoimentos e os
conteúdos encontrados no celular dos três indicam que eles teriam
atuado sim para Fufuca e outros políticos em 2018.
Um dos depoimentos mais importantes foi o do empresário do ramo de
eventos Marcus Vinícius Oliveira Sales, que é do município de Santa
Inês, o mesmo onde nasceu Fufuca. Ele afirmou que o dinheiro apreendido
era de sua atividade de "promotor de evento" para pagar bandas que
teriam sido contratadas. Ele disse que havia recebido uma parte da
verba, cerca de R$ 2,4 mil, de um secretário do município de Governador
Newton Belo, também do interior do Maranhão, para pagar uma banda para
um show que estaria previsto. Ele, porém, negou ter contrato com a
prefeitura para o suposto show e disse que havia transferido o valor
para a banda naquele mesmo dia.
Ele disse ainda que outra parte do valor, cerca de R$ 2 mil, eram
referentes à "sangria de caixa" - retirada não programada - da venda
de um outro show que iria acontecer. Na versão do empresário, a venda
foi feita por uma farmácia que pertencia a sua sogra e que teria um
caixa separado para a venda de ingressos do show. Ele afirmou ainda ter
pedido para um outro suspeito, Caio Rubens Vieira da Silva, na época com
18 anos, esconder o pacote "porque tinha receio de que a Polícia
pensasse que se tratava de valores para a compra de votos".
'To aqui em Santa Luzia atrás de voto' - Dos três suspeitos,
foi no celular de Marcus Sales que a Polícia Federal encontrou o
telefone de André Fufuca na agenda e até uma conversa direta entre ele e
o então parlamentar, além de um conjunto de conversas com outros
interlocutores em que o assunto compra de votos era tratado abertamente.
Na conversa com Fufuca pelo aplicativo Whatsapp em 12 de setembro
daquele ano, registrada no relatório da Polícia Federal, Marcus Sales
pede "material de divulgação" ao parlamentar e afirma que gostaria de
uma "ajuda" do deputado para um bloco dele, no município de Santa Inês,
no ano seguinte: "Bom dia André, manda ai as artes suas amigo. Eu não
quero nada de você, nem se preocupe, só quero que ano que vem você me
ajude no meu bloco em Santa Inês. Em janeiro".
Fufuca responde: "Vou mandar amigo. Quer quais?". "Todas, pode mandar
ai pra ficar postando", responde o empresário que é seguido pelo
deputado concordando com o pedido "Blz(sic). Obrigado".
"Fazer um adesivaço (sic) aqui seria bom também. Mas vamos pra cima
que vai dar certo", seguiu o empresário, que tem uma firma de realização
de eventos e não aparece nas prestações de conta de campanha de Fufuca,
seja em 2018 ou em 2022.
No dia 6 de outubro, um dia antes do primeiro turno da eleição
naquele ano, Marcus Sales encaminha um print de fotos para o deputado e
afirma: "Bora espocar(sic) essas urnas". A mensagem foi encaminhada às
16h47 e ficou sem resposta.
Mas às 22h34 daquele dia, Fufuca encaminha a seguinte mensagem para o
empresário: "Amanhã conto com seu empenho, vamos a vitória, com fé em
deus". Sales, que em pouco tempo depois iria ser abordado pela PF
respondeu: "Tamo junto. To aqui em Santa Luzia com Ló atrás de voto".
"Ló" era o apelido de Francisco Vieira, que foi flagrado pela PF junto
com Caio e Marcus.
'Conferindo dinheiro pra comprar voto' - Em paralelo às
conversas com o deputado que tentava a reeleição, a PF localizou uma
série de mensagens, tanto em conversas individuais de Marcus com outros
interlocutores, quanto em um grupo de Whatsapp intitulado "Os Lindos",
usado por ele e outras pessoas que a PF está buscando identificar, em
que a compra de votos é tratada abertamente.
No grupo "Os Lindos" um interlocutor identificado na agenda de Marcus
como "Bruno" chega a enviar, no dia 5 de outubro, uma foto do
empresário em uma mesa com um bolo de dinheiro e fala sobre compra de
votos. "Foto iá vazou sio(si). Taxinha conferindo dinheiro pra comprar
voto". Ao que Marcus comenta: "Tem ali que foi 100 mil". Para a PF
"Taxinha" seria um dos apelidos dados a Marcus Sales pelo grupo.
A reportagem entrou em contato com o telefone do interlocutor
identificado somente como Bruno. Uma pessoa que se identificou como
Bruno atendeu, disse que conhece Marcus Sales e, ao ser confrontado com
as mensagens presentes no relatório da PF, disse que se tratou de uma
brincadeira. "Você acha que se fosse sério iríamos compartilhar?". A
"brincadeira" toda ocorreu a dois dias do primeiro turno das eleições
naquele ano.
A conversas polêmicas seguiram no dia seguinte, dentro do grupo e em
trocas de mensagens com outros interlocutores. Às 16h49 do dia 6 de
outubro, véspera da votação, Marcus Sales tem uma conversa direta no
Whatsapp somente com outro interlocutor, identificado na agenda como
"Careca": "André Fufuca vai espocar (sic) essas urnas. O homem tá com o
doido (sic)", afirma Sales, ao que Careca responde com uma pergunta:
"Soltou o dinheiro?". E a resposta de Sales é curta: "Demais".
Na sequência, Careca ainda comenta: "Josimar também deve ter soltado.
Comprando votos por ai". A PF não faz nenhuma análise específica sobre o
nome de Josimar, mas, naquele ano, o deputado federal eleito com mais
votos no estado do Maranhão foi Josimar Maranhãozinho, na época do PR e
atualmente filiado ao PL e que responde a outros inquéritos no Supremo
Tribunal Federal (STF). Formalmente o parlamentar não aparece como
investigado neste inquérito da PF sobre compra de votos e, procurada, a
defesa de Josimar informou que o parlamentar "desconhece completamente
os fatos e as pessoas mencionadas".
Naquele mesmo dia, o grupo "Os Lindos" seguiu com conversas sobre
compra de votos. As 10h13 da manhã, Marcus Sales encaminha uma foto
segurando um santinho de Fufuca, ao que Careca responde comentando com
uma mensagem de áudio: "MS hoje compra voto pra Fufuca". O relatório da
PF não explica como continua a conversa.
Mais tarde, às 18h45 daquele dia, pouco tempo antes de Marcus Sales
pedir para Caio esconder um saco de dinheiro em um bueiro, Careca
pergunta no grupo: "Já comprou uns 100 primo?". De acordo com a PF, na
conversa não fica claro para quem do grupo seria a pergunta, mas às
18h46 Marcus Sales escreve que está em Santa Luzia e comenta: "Sair
daqui com mais de 100 votin (sic)".
Às 18h47, Bruno comenta no grupo: "Felipe soltou 1 milhão na mão do
Fofão. Agora o omi se elege". A mensagem não deixa claro a quem ele se
refere, e, questionado por telefone pela reportagem sobre essa frase,
Bruno encerrou a chamada.
Na sequência, naquele mesmo dia, Marcus comenta: "Careca, voto casado
aqui o povo quer 100. Tá difícil". A reportagem entrou em contato com o
telefone registrado em nome de Careca na agenda de Marcus. Uma mulher
identificada como Cléo atendeu e disse que não conhecia ninguém com esse
nome.
'Cai atrás aí de uns 'votinho véio' de 30 conto, de 20, de 50' - Em
outra conversa, ocorrida no dia 4 de outubro diretamente com um
interlocutor identificado como Caio Ló por meio de mensagens de áudio no
Whatsapp, Marcus fala abertamente em sair distribuindo dinheiro nas
vésperas da votação. E pede apoio para Caio Ló, que se compromete a
ajudar.
"Ei macho. Tu tem que vim pra 'nóis' ir pedir voto... voto pra ANDRÉ
FUFUCA. 'Nóis' tem é que cair no campo. Deixa o dinheiro aqui pra
'nóis'. Pra 'nóis'... lá do escritório 'nóis' sai distribuindo", diz o
áudio, segundo a transcrição da Polícia Federal. Abaixo, a íntegra da
conversa transcrita pela PF:
No dia 6 de outubro, os dois seguem conversando por áudios de
Whatsapp e Marcus pede uma transferência de R$ 5 mil para Caio Ló. Em
troca, ele repassaria a quantia em espécie para o interlocutor.
"Já no dia 06/10 2018, véspera das eleições, Marcus pergunta para
Caio Ló se ele consegue realizar uma transferência de R$ 5 mil e Marcus
daria em 'espécie' para Caio Ló. Caio Ló pede para Marcus ir até ele",
afirma a PF no relatório sobre as conversas, sem mostrar a transcrição.
A reportagem tentou contato com o telefone do interlocutor de Marcus
identificado como Caio Ló, mas ele não atendeu e nem respondeu à
mensagem pelo Whatsapp. O Brasil de Fato também tentou ligar para Marcus
Sales, mas ele tampouco atendeu ou respondeu às mensagens de Whatsapp.
Procurado, o advogado Willey Azevedo, que representa Francisco Vieira
e seu filho Caio Vieira, afirmou que todas as provas produzidas pela
Polícia Federal seriam irregulares, pois os celulares foram apreendidos
sem ordem judicial, e que todas as ilicitudes da ação da PF seriam
questionadas no momento oportuno.
O delegado da PF responsável pela abertura do inquérito em 2018,
Wedson Cajé Lopes, tomou os depoimentos no fim da noite do dia 6 e, no
dia 7 de outubro, encaminhou toda a documentação e um relatório à juíza
eleitoral, que autorizou no mesmo dia a abertura do inquérito e a quebra
de sigilo dos aparelhos que foram apreendidos.
O caso se arrasta na Polícia Federal do Maranhão desde então. Apesar
do grande volume de informações identificado, a PF ainda aguarda o
retorno de companhias telefônicas para identificar alguns dos
interlocutores dos diálogos encontrados nos celulares e precisa ouvir
mais pessoas que aparecem nos diálogos aqui citados e em outras
conversas suspeitas. Até o momento, pelo que consta nos autos, Fufuca
não foi chamado para depor sobre o episódio.
O crime de compra de votos tem uma prescrição de oito anos, portanto,
em tese o caso poderia prescrever em 2026. Entretanto, se o Ministério
Público considerar haver provas suficientes e apresentar uma denúncia
antes, o prazo para contagem do tempo de prescrição para de contar.
Segundo apurou a reportagem, como não há uma delegacia da PF na
cidade de Santa Luzia, toda apuração é conduzida por policiais que ficam
na sede da superintendência da Polícia Federal no Maranhão, localizada
na capital São Luiz, a cerca de 300 quilômetros de Santa Luzia. A
distância acaba se tornando um obstáculo para uma apuração rápida sobre o
caso, pois eventuais diligências que a polícia tenha que fazer na
região envolvem o deslocamento de agentes para a cidade, com pagamento
de diárias para um caso que é mais um entre vários outros em apuração
pela equipe.
Da mesma forma, a perícia do conteúdo que estava nos aparelhos
celulares tampouco foi feita na cidade de Santa Luzia. No caso do
celular de Marcus Sales, onde foi encontrada a maior parte das
informações de interesse da PF, o relatório com a análise do conteúdo,
cujos trechos foram usados nesta reportagem, só foi concluído em
setembro de 2019, quase um ano após a operação.
Ainda assim, os autos indicam que o inquérito teria ficado parado
entre 11 de agosto de 2021 e 24 de maio de 2022, período em que não foi
juntada nenhuma informação nova pela PF nos autos.
Em janeiro deste ano, um novo delegado, chamado Diego Augusto Frota
Alves, assumiu o caso e, no último dia 16 de novembro, pediu a
prorrogação por mais 90 dias para ouvir ainda oito pessoas, incluindo o
Careca, que aparece nas mensagens mencionadas nessa matéria.