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terça-feira, 3 de novembro de 2015

NASA revela que Antártida não está diminuindo e sim ganhando mais gelo

 

(Reprodução/Nasa)(Reprodução/NASA)Um novo estudo da NASA surpreendeu ao anunciar que na Antártida esta havendo um aumento na acumulação de neve, que começou há 10.000 anos e está atualmente adicionando gelo suficiente ao continente de maneira a compensar as maiores perdas de suas geleiras.

A pesquisa desafia as conclusões de outros estudos, incluindo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC 2013), que dizia que o continente estava sendo prejudicado devido ao aquecimento global.

De acordo com a nova análise de dados de um satélite, a camada de gelo da Antártida mostrou um ganho líquido de 112 bilhões de toneladas de gelo por ano entre 1992 e 2001. Este ganho diminuiu para 82 bilhões de toneladas entre 2003 e 2008.

"Estamos essencialmente de acordo com outros estudos que mostram um aumento no derretimento de gelo na região da Península Antártida, em Pine Island e Thwaites, que ficam localizadas na parte ocidental", disse Jay Zwally, glaciologista da NASA e principal autor do novo estudo, que foi publicado em 30 de outubro no 'Journal of Glaciology'.

"Nossa principal discordância se refere à Antártida Oriental e o interior da Antártida Ocidental. Nestes espaços foi possível vermos um ganho de gelo que excede as perdas nas outras áreas". Ele ainda acrescentou que a sua equipe mediu "pequenas mudanças de altura em grandes áreas, bem como grandes mudanças observadas em áreas menores. " Para calcular o quanto em altura a camada de gelo aumentou, os cientistas utilizam os altímetros dos satélites.

A notícia pode parecer reconfortante, no entanto, bastam algumas décadas para que o crescimento seja invertido, de acordo com Zwally. "Se as perdas da Península e das partes do oeste continuarem a aumentar no mesmo ritmo que tem acontecido durante as últimas duas décadas, as perdas de gelo vão superar o ganho dele em 20 ou 30 anos". Apesar do aumento da quantidade de gelo, a quantidade de neve que cai na Antartida Ocidental teve uma queda em 11 bilhões de toneladas por ano, a partir de um cálculo iniciado em 1979.

"No final da última Era Glacial, o ar tornou-se mais quente e levou mais umidade a todo o continente, duplicando a quantidade de neve que caiu sobre a camada de gelo", disse Zwally.

A queda de neve extra que começou a 10.000 anos atrás foi se acumulando lentamente na camada de gelo e compactando-se em gelo sólido ao longo de milênios. Este, por sua vez foi engrossando a superfície da Antártida Oriental e o interior da Antártida Ocidental em uma média de 1,7 centímetros por ano. Este pequeno espessamento, sustentado ao longo de milhares de anos.

"A boa notícia é que a Antártica não está a contribuindo para a elevação do nível do mar, e sim reduzindo 0,23 milímetros por ano" confirmou Zwally. "Mas esta é também uma má notícia. Se os 0.27 milímetros por ano de aumento não estão sendo contabilizados no relatório do IPCC, e ainda assim há uma elevação no nível do mar, deve haver alguma outra contribuição para o fenômeno".

https://br.noticias.yahoo.com/blogs/super-incr%C3%ADvel/nasa-revela-que-ant%C3%A1rtida-n%C3%A3o-est%C3%A1-diminuindo-e-sim-ganhando-mais-gelo-193057846.html

terça-feira, 1 de setembro de 2015

COMO A AUSTRÁLIA, CONSIDERADA O 2º CONTINENTE MAIS SECO, SUPEROU A FALTA DE ÁGUA NO PAÍS?

 

A resposta é simples: “Deu valor econômico à água”, afirma o secretário da Plataforma de Recursos Hídricos, Divisão do Solo e da Água, da FAO, órgão da ONU, Marlos de Souza, um dos palestrantes do seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e Soluções”, que ocorre hoje na sede da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Brasília (18/08/2015) – O clima na Austrália para quem gosta de Sol, dias claros, e céu azul, é incomparável com qualquer outro país do mundo. Lá simplesmente quase não chove. É considerado um dos países mais secos. Sua fonte de água é a Bacia Murray-Darling, com 5.890 quilômetros de extensão. Ambos nascem nos Alpes e desembocam na grande baía australiana, após atravessa­rem a mais importante região agrícola do país. Mas como o continente faz para produzir alimentos com pouca água?

Segundo o secretário da Plataforma de Recursos Hídricos, Divisão do Solo e da Água, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Marlos de Souza, a água tem valor econômico. Essa é a grande resposta para a pergunta. O secretário comentou em sua palestra que a Austrália estabeleceu muito cedo valor econômico para a água. “Então sempre pensamos: onde podemos colocar essa água para ser mais produtiva?”, disse.

Souza observou que o país passou oito anos por uma crise chamada de Seca do Milênio, entre 1997 e 2009, que culminou com a intervenção gerencial do governo federal nos recursos hídricos dos estados. Apesar de ser uma federação igual ao Brasil, na Austrália os recursos hídricos são posse dos estados e o governo central não intervinha na questão. “Com isso a quantidade de água extraída passou a ser determinada por uma legislação federal. “A lei forçou uma situação de compra e venda de água igual ao modelo do mercado de ações. Onde o produtor pode alugar ou ter uma outorga”, explicou o secretário.

Com essa regulação da água, observou Marlos de Souza, o governo passou a arrecadar dois bilhões de dólares australianos por ano somente com impostos, que são revertidos em bens para a população, como escolas, saúde, transporte. “O uso da água é medido de acordo com o valor do seu produto. O agricultor não reclama. Ele sabe do valor da água”, complementou.

O secretário observou que além da intervenção do governo, a Austrália passou a investir muito em planejamento de forma eficiente, utilizando menos água e produzindo mais alimentos. “Hoje, temos programas de melhorias na eficiência de irrigação nas fazendas com investimentos na ordem de 5,8 bilhões de dólares. E assim o país vai aprendendo a ser cada vez mais eficiente”, comentou. E acrescentou: “a água tem valor econômico principalmente para agricultura. O brasileiro tem que entender esse valor e aplicá-lo”.

O seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e Soluções” é realizado nesta terça-feira (18/08) pelo Sistema da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), composto também pelo Instituto CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), na sede da Confederação, em Brasília. O evento busca debater a escassez de água no mundo e discutir experiências de países que enfrentam a falta de recursos hídricos de maneira eficaz, tais como Austrália, Estados Unidos e Israel.

Exemplo brasileiro

No Rio Grande do Sul, no Município de Camaquã, o projeto de Irrigação do Arroio Duro é um exemplo de sucesso da parceria público-privado que vem diminuindo sustentavelmente por meio da irrigação o uso da água. Hoje, são irrigados 15 mil hectares de arroz por ano em uma área de 50 mil hectares, colhendo aproximadamente 2,3 milhões de sacos de 50 Kg de arroz, ou seja R$ 40 bilhões por safra. O Sistema foi executado pelo Governo Federal por meio do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS). Hoje é administrado pela Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD).

De acordo com o assessor técnico da AUD, João Isidoro Viegas, o objetivo do projeto é o uso racional da água e aumento da área irrigada. O assessor explicou que para atingir essa meta é realizada a irrigação por inundação, que consiste em colocar uma lâmina de água em compartimentos formados no terreno, denominados de tabuleiros ou quadros, que são limitados por pequenos diques ou taipas (construção destinada a represar água). “Dessa forma, economizamos cerca de 15 milhões de metros cúbicos de água anualmente”, disse. O volume é suficiente para atender mais de 1,5 mil hectares. Segundo ele, a cada ano o uso da água diminui.

O seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e Soluções” é realizado nesta terça-feira (18/08) pelo Sistema da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), composto também pelo Instituto CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), na sede da Confederação, em Brasília. O evento busca debater a escassez de água no mundo e discutir experiências de países que enfrentam a falta de recursos hídricos de maneira eficaz, tais como Austrália, Estados Unidos e Israel.

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

TRINTA AÇUDES DO CEARÁ ESTÃO COM MENOS DE 1% DE ÁGUA

 

Dos 149 açudes monitorados no Ceará, 30 estão com volume abaixo de 1% da capacidade e outros 94 têm volume inferior a 30%. O dados são do Portal Hidrológico do Ceará e dos boletins da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Em setembro de 2014, eram 15 os reservatórios com volume menor que um 1%. As bacias hidrográficas em pior situação são Curu, Sertões de Crateús, Banabuiú e Baixo Jaguaribe.

Considerando a situação geral dos reservatórios, houve queda de 10 pontos percentuais no volume - passando de 29,64% em fevereiro do ano passado para os atuais 19,33%. Os dados foram coletados na última quinta-feira, 12. Para Hypérides Macêdo, especialista em Recursos Hídricos e ex-secretário Nacional do Ministério da Integração, a queda na reserva de água dos açudes cearenses corresponde ao “normal que acontece no período seco do ano de junho a janeiro. O problema maior é que a reposição em 2014 foi reduzida por conta da pouca chuva”, destaca.

A maior preocupação, segundo o secretário estadual de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, é que a água está concentrada em dois reservatórios (Castanhão e Orós). O gestor lembra que as bacias do Alto Jaguaribe, do Médio Jaguaribe e a Metropolitana acumulam - respectivamente - 38,99%, 21,92% e 20,63% do volume total de cada uma. É um contraste quando observadas a Bacia do Baixo Jaguaribe, que tem apenas 1,8% do seu volume total, ou a Bacia dos Sertões de Crateús - que tem somente 0,35%.

Açudes com volume inferior a 1%:

Broco: 0,44%

Faé: 0,60%

Forquilha II: 0%

Parambu: 0,99%

Pau preto: 0,99%

Trici: 0,22%

Várzea do boi: 0,52%

Jenipapeiro II: 0,75%

São Domingos II: 0,48%

Umari: 0,56%

Madeiro: 0,34%

Carmina: 0,48%

Várzea da volta: 0,4%

Desterro: 0%

Jerimum: 0,01%

Salão: 0,99%

São Domingos: 0%

São Mateus: 0,52%

Sousa: 0,06%

Tejuçuoca: 0,66%

Barra Velha: 0,98%

Barragem do Batalhão: 0%

Carnaubal: 0%

Colina: 0,98%

Cupim: 0,08%

Flor do Campo: 0,01%

Jaburu II: 0,07%

São José III: 0%

Sucesso: 0%

Santa Maria de Aracatiaçu: 0,76%

(O Povo)

http://sobraldeprima.blogspot.com.br/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

“Saiam de São Paulo porque aqui não vai ter água”: a espantosa sinceridade de um diretor da Sabesp

 

Paulo Massato

Paulo Massato

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O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, é um espécie de grilo falante de uma empresa cheia de segredos. Foi ele quem admitiu, nesta semana, a adoção de um rodízio “muito drástico” na região metropolitana e a formulação dos dois dias com água para cinco dias sem.

Esta seria a solução “no limite”. No ritmo atual, o volume disponível para captação no Sistema Cantareira deve se esgotar em março e a terceira cota de 41 bilhões de litros do volume morto termina em maio.

Massato está há cerca de dez anos nesse cargo (entrou na Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, Emplasa, em 1975). Foi assessor de um irmão de Alberto Goldman, ex-governador. Entre 1996 e 2003, segundo o site da estatal, gerenciou “programas de redução e controle de perdas, entre outras coisas”.

Em fevereiro, falou publicamente em racionamento para em seguida recuar, sob o argumento de que seria prejudicial aos mais pobres. Três meses depois, na CPI na Câmara Municipal, advertiu os presentes de que, se a crise piorasse, iria distribuir água com uma canequinha.

Massato é um quadro importante na companhia. Foi cotado para suceder a presidente Dilma Pena, que saiu em dezembro. Perdeu a corrida para Jerson Kelman.

Numa reunião da diretoria da Sabesp do ano passado, cujo áudio vazou, ele deu sua declaração mais sincera sobre o caos que se avizinha em São Paulo.

“Essa é uma agonia, uma preocupação”, começou. “Alguém brincou aqui, mas é uma brincadeira séria. Vamos dar férias. Saiam de São Paulo porque aqui não tem água, não vai ter água para banho, para limpeza da casa, quem puder compra garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá, aqui não vai ter”.

Com seus atos falhos, Paulo Massato é, provavelmente, a única pessoa a contar a verdade nessa tragicomédia. A questão é que sua fidelidade ao governo é maior do que o dever de atender a necessidade da população. Mas algo sempre escapa.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/saiam-de-sao-paulo-porque-aqui-nao-vai-ter-agua-a-espantosa-sinceridade-de-um-diretor-da-sabesp/

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Adutora de Tauá para de funcionar por falta de energia antes de completar 30 dias

 

Maurício Moreira
jornalismo@cearanews7.com.br

A adutora do açude Arneiroz II, que deveria abastecer o município de Tauá, parou de funcionar por falta de energia. A obra foi inaugurada pelo então governador Cid Gomes (PROS) no dia 26 de dezembro de 2014 com motores movidos a óleo diesel.
Em reunião, nesta segunda-feira (26), o secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, afirmou que a adutora deve começar a operar com um gerador e, até o fim da semana, a Cagece deve regularizar a situação.A adutora teve investimento total de R$ 11,5 milhões, mas parou antes mesmo de completar um mês de funcionamento.

http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=24155

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

‘Cidade mais quente do Brasil’

 

A Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) declarou que a informação divulgada, ontem, apontando a cidade de Sobral como a mais quente do Brasil neste ano pode estar errada. Dados publicados na mídia nacional com base em números do site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirmaram que o município cearense esteve, durante oito dias, entre os mais afetados pelo calor no País, atingindo a temperatura recorde de 43,9 graus, no dia 14 deste mês.

No entanto, segundo David Ferran, meteorologista da Funceme, o valor foi registrado por uma estação automática do Inmet que, possivelmente, está apresentando falhas. “Existem duas estações em Sobral às quais temos acesso, uma automática e uma convencional. A automática, que forneceu essa informação, está registrando temperaturas irreais, acima de 50, 60 graus, o que indica claramente um erro nos sensores”, afirmou.

Conforme Ferran, na estação convencional, a temperatura máxima revelada no dia 14 é de 36,1 graus. Ele explica que a estação automática faz a leitura dos parâmetros sem a presença de um observador meteorológico. “Por conta disso, a princípio, a estação convencional é mais confiável. Se existe alguma outra estação do Inmet aqui, nós não temos acesso”, alegou.

Fonte: Diário do Nordeste
A Opinião do Blogueiro
Interessante foi ver a quantidade de postagens no Facebook de pessoas achando o máximo esse título para nossa cidade. Já não fossem as adversidades da natureza, que nos coloca nessa situação de 'calorão', todo ano, o ano todo, nós, os sobralenses contribuímos para que o sol daqui seja mais quente do que o de Massapê ou o de Forquilha, por exemplo.
Sobral é uma cidade de poucas árvores porque os sobralenses não planta, não cuida ou pior, derruba por qualquer besteira as poucas existentes; Também é culpa nossa o quase total asfaltamento da cidade, o que aumenta a incidência de calor devido a maior evaporação causada pelas altas temperaturas do asfalto, que impermeabiliza a cidade,evitando que as poucas chuvas que caem ao longo do ano sejam absorvidas pela terra para formação de lençóis freáticos no nosso subsolo.
Mas parafraseando o mestre Pe. Sadoc, 'Sobral não é quente, quente é o sol', e viva o inventor do ar condicionado.

http://sobralemrevista.blogspot.com.br/

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Funceme confirma agravamento da estiagem no Estado

 

Governador Camilo pedirá ajuda à Presidência da República para financiar ações de socorro à população.

Anderson Pires
jornalismo@cearanews7.com.br

A Fundação Cearense de Recursos Hídricos (Funceme) apresentou, nesta terça-feira (20), o prognóstico climático para a quadra chuvosa de 2015 no Ceará. Em evento no Palácio da Abolição, com a presença do governador Camilo Santana (PT), secretários de Estado e representantes da sociedade civil, os meteorologistas do órgão não deram notícias muito animadoras aos presentes. A seca registrada nos últimos anos deverá ser ainda mais severa nos próximos meses.
Eduardo Sávio Martins, da Funceme, apresentou os dados do estudo, que apontou 64% de probabilidade de as chuvas ficarem abaixo da média este ano; 27% para clima normal e apenas 9% para clima chuvoso. De acordo com Eduardo, a análise foi feita com base no monitoramento de chuvas em várias regiões dos nove estados do Nordeste.
Após a confirmação do agravamento da estiagem, que assola todos os municípios do Estado, Camilo informou a estratégia que o governado irá adotar para aplacar as difíceis condições de convivência com a falta de chuvas no período.
“Hoje foi o dia que recebemos oficialmente a condição climática do Ceará para o ano de 2015. Isso significa que 2015 talvez seja o ano que chova menos no Ceará, desde 2012. Já tive reunião anterior com os secretários de Recursos Hídricos, e do Planejamento. Queremos que a secretaria de Planejamento também coordene esse processo, já que esta pasta tem um olhar para todas as áreas do Governo. Determinei a criação de um grupo de trabalho. Existe um processo de acompanhamento hoje, que envolve Cogerh, SRH e Cagece na sede dos municípios”, disse Camilo Santana.
Para o governador, o planejamento será imprescindível para intensificar as ações emergenciais. As instalações de cisternas, adutoras e perfuração de poços profundos, ações já realizadas durante o governo Cid Gomes (PROS), serão continuadas. Projetos de infraestrutura deverão ser acelerados, como a construção de novas barragens e a continuidade das obras do Cinturão das Águas e da Transposição.
“Estamos construindo um plano, fora o acompanhamento continuado que realizamos cidade a cidade. Isso vai dizer quais são as ações que precisam ser feitas em cada um desses municípios. Ampliaremos a operação carros-pipa do Exército e também operação carros-pipa do Estado”, declarou Camilo, prometendo também procurar a presidente Dilma Rousseff (PT), para requisitar os recursos necessários ao socorro da população cearense.

http://www.cearanews7.com.br/ver-noticia.asp?cod=24027

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Evacuação de São Paulo não é uma hipótese impossível

 

cantareiraRecentes rumores vindos da diretoria da Sabesp em São Paulo, desmentidos posteriormente, não descartavam a possibilidade de os moradores da cidade serem obrigados a ir para outros lugares devido à falta de água. Mesmo se a situação é gravíssima, uma evacuação em massa ainda não está na ordem do dia. Mas será que esta medida dramática e radical pode ser definitivamente descartada no futuro?

Na opinião do filósofo Roberto Malvezzi, da equipe de preservação do rio São Francisco, a resposta pode ser “não” se as autoridades continuarem a contar somente com as chuvas para resolver a crise, sem criar um Plano B.

Implicado há décadas na questão hídrica e ambiental, Malvezzi pensa que a campanha eleitoral em São Paulo travou um debate mais aprofundado sobre a crise hídrica:

Roberto Malvezzi, da equipe do rio São Francisco, critica a gestão pública da crise da água em São Paulo. (Foto:DR)

“Em primeiro lugar, temos uma realidade científica. O Brasil passou por vários processos de destruição do seu cerrado, muitos cientistas pensam, inclusive, que o cerrado está extinto. Com isso, começamos a ter problemas das chuvas que caem na região escoarem rapidamente pelas superfícies. Estamos com o enfraquecimento de vários aquíferos*. E uma das regiões que está sofrendo com isso é a região do Cantareira. Não é uma questão momentânea, é mais profunda e para muita gente não tem mais retorno”, observa Malvezzi.

Outro ponto relevante que preocupa o entrevistado é a média per capita de água em São Paulo, pouco mais de 260m³ por ano, sendo que o padrão da ONU é 1000m³por pessoa. “Isso mostra que cada vez que houver crise – e tudo indica que no futuro elas serão mais constantes e severas – e que se esta estiagem se prolongar até fevereiro ou março, teremos uma catástrofe social em São Paulo”, prevê Malvezzi, lembrando que não existe um Plano B do governo, que continua apostando na vinda de chuvas como solução maior.

Mesmo se geólogos estão reunidos para analisar a possibilidade de se recorrer às águas dos poços, o especialista teme que esse tipo de medida, “a toque de caixa”, não baste para resolver os problemas de São Paulo, pelo menos neste momento emergencial.

Reaprender a viver com pouca água

Roberto Malvezzi acredita que se nada fôr resolvido nos próximos meses, a possibilidade de uma saída em massa da população paulistana não é uma fantasia. “Vai depender de ter água”, ele diz, citando um exemplo que considera sintomático: “Os jornais estão dizendo que algumas empresas que precisam de muita água já estão deixando São Paulo, por falta de garantia hídrica”.

O entrevistado acredita que São Paulo já está no fio da navalha com esta pouca disponibilidadeper capita. “E quando falamos nisso, não falamos apenas do uso doméstico, estamos falando também do uso industrial, dos serviços, da área da educação, saúde, comércio, estamos incluindo todos os usos, então, o problema está posto: as autoridades estão contando com as chuvas”.

O especialista lembra que o Nordeste, diante da falta de água, contou com as chuvas por quase um século e depois de perceber que isto era inviável, partiu para a prevenção. “Hoje a região está saindo de uma estiagem de quase três anos, sofrida, mas ao mesmo tempo não precisa mais de migração pois foi criada uma infraestrutura, uma estrutura e uma cultura de você conviver com pouca água e depois manejá-la” , explica Malvezzi, lembrando que São Paulo não tem essa cultura, essa tradição, que está enfrentando isso pela primeira vez e está se perdendo.

* Nota da redação: Aquífero é uma formação geológica subterrânea com capacidade de armazenar água e com permeabilidade para permitir que a água armazenada se movimente.

http://www.paraibaurgente.com.br/s/mundo/evacuacao-de-sao-paulo-nao-e-uma-hipotese-impossivel

domingo, 19 de outubro de 2014

Gabriel Kogan: Crise hídrica em SP não é natural, mas sim resultado de um governo incompetente

 

Maria Frô

Por Maria Frô outubro 2, 2014 14:00

Gabriel Kogan: Crise hídrica em SP não é natural, mas sim resultado de um governo incompetente

 

Por Gabriel Kogan*, em seu Facebook

Gostaria de desmistificar alguns pontos sobre a crise hídrica em SP, assunto que tangencia minhas pesquisas acadêmicas.

1- “Não choveu e por isso está faltando água”. Essa conclusão é cientificamente problemática. Existem períodos chuvosos e de estiagem, descritos estatisticamente. É natural que isso ocorra. A base de dados de São Paulo possibilita análises precisas desde o século XIX e projeções anteriores a partir de cálculos matemáticos. Um sistema de abastecimento eficiente precisa ser projetado seguindo essas previsões (ex: estiagens que ocorram a cada cem anos).

2- “É por causa do aquecimento global”. Existem poucos estudos verdadeiramente confiáveis em São Paulo. De qualquer forma, o problema aqui parece ser de escala de grandeza. A não ser que estejamos realmente vivendo uma catástrofe global repentina (que não parece ser o caso esse ano), a mudança nos padrões de chuva não atingem porcentagens tão grandes capazes de secar vários reservatórios de um ano para o outro. Mais estudadas são as mudanças climáticas locais por causa de ocupação urbana desordenada. Isso é concreto e pode trazer mudanças radicais. Aqui o problema é outro: as represas do sistema Cantareira estão longe demais do núcleo urbano adensado de SP para sentir efeitos como de ilha de calor. A escala do território é muito maior.

3- “Não choveu nas Represas”. Isso é uma simplificação grosseira. O volume do reservatório depende de vários fluxos, incluindo a chuva sobre o espelho d’água das represas. A chuva em regiões de cabeceira, por exemplo, pode recarregar o lençol freático e assim aumentar o volume de água dos rios. O processo é muito mais complexo.

4- “As próximas chuvas farão que o sistema volte ao normal”. Isso já é mais difícil de prever, mas tudo indica que a recuperação pode levar décadas. . Como sabemos, quando o fundo do lago fica exposto (e seco), ele se torna permeável. Assim a água que voltar atingir esses lugares percola (infiltra) para o lençol freático, antes de criar uma camada impermeável. Se eu fosse usar minha intuição e conhecimento, diria que São Paulo tem duas opções a curto-médio prazo: (a) usar fontes alternativas de abastecimento antes que possa voltar a contar com as represas; (b) ter uma redução drástica em sua economia para que haja diminuição de consumo (há relação direta entre movimento econômico e consumo de água).

5- “Não existe outras fontes de abastecimento que não as represas atuais”. Essa afirmação é duplamente mentirosa. Primeiro porque sempre se pode construir represas em lugares mais e mais distantes (sobretudo em um país com esse recurso abundante como o Brasil) e transportar a água por bombeamento. O problema parece ser de ordem econômica já como o custo da água bombeada de longe sairia muito caro. Outra mentira é que não podemos usar água subterrânea. Não consigo entender o impedimento técnico disso. O Estado de São Paulo tem ampla reserva de água subterrânea (como o chamado aquífero Guarani), de onde é possível tirar água, sobretudo em momentos de crise. Novamente, o problema é custo de trazer essa água de longe que afetaria os lucros da Sabesp.

6- “O aquífero Guarani é um reservatório subterrâneo”. A ideia de que o aquífero é um bolsão d’água, como um vazio preenchido pelo líquido, é ridiculamente equivocada. Não existe bolsão, em nenhum lugar no mundo. O aquífero é simplesmente água subterrânea diluída no solo. O aquífero Guaraní, nem é mesmo um só, mas descontínuo. Como uma camada profunda do lençol freático. Em todo caso, países como a Holanda acham o uso dessas águas tão bom que parte da produção superficial (reservatórios etc) é reinserida no solo e retirada novamente (!). Isso porque as propriedades químicas do líquido são, potencialmente, excelentes.

7- “Precisamos economizar água”. Outra simplificação. Os grandes consumidores (indústrias ou grandes estabelecimentos, por exemplo) e a perda de água por falta de manutenção do sistema representam os maiores gastos. Infelizmente os números oficiais parecem camuflados. A seguinte conta nunca fecha: consumo total = esgoto total + perda + água gasta em irrigação. Estima-se que as perdas estejam entre 30% e 40%. Ou seja, essa quantidade vaza na tubulação antes de atingir os consumidores. Água tratada e perdida. Para usar novamente o exemplo Holandês (que estudei), lá essas perdas são virtualmente 0%. Os índices elevados não são normais e são resultados de décadas de maximização de lucros da Sabesp ao custo de uma manutenção precária da rede.

8- “Não há racionamento”. O governo está fazendo a mídia e a população de boba. Em lugares pobres o racionamento já acontece há meses, dia sim, dia não (ou mesmo todo dia). É interessante notar que, historicamente, as populações pobres são as que sempre sentem mais esses efeitos (cito, por exemplo, as constantes interrupções no fornecimento de água no começo do século XX nos bairros operários das várzeas, como o Pari). A história se repete.

9- “É necessário implantar o racionamento”. Essa afirmação é bem perigosa porque coloca vidas em risco. Já como praticamente todas as construções na cidade têm grandes caixas d’água, o racionamento apenas ataca o problema das perdas da rede (vazamentos). É tudo que a Sabesp quer: em momentos de crise fazer racionamento e reduzir as perdas; sem diminuição de consumo, sem aumentar o controle de vazamentos. O custo disso? A saúde pública. A mesma trinca por onde a água vaza, se não houver pressão dentro do cano, se transformará em um ponto de entrada de poluentes do lençol freático nojento da cidade. Estaremos bebendo, sem saber água poluída, porque a poluição entrou pela rede urbana. Por isso que agências de saúde internacionais exigem pressão mínima dentro dos canos de abastecimento.

10- “Precisamos confiar na Sabesp nesse momento”. A Sabesp é gerida para maximizar lucros dos acionistas. Não está preocupada, em essência, em entregar um serviço de qualidade (exemplos são vários: a negligência no saneamento que polui o Rio Tietê, o uso de tecnologia obsoleta de tratamento de água com doses cavalares de cloro e, além, da crise no abastecimento decorrente dos pequenos investimentos no aumento do sistema de captação). A Sabesp é apenas herdeira de um sistema que já teve várias outras concessionárias: Cantareira Águas e Esgotos, RAE, SAEC etc. A empresa tem hoje uma concessão de abastecimento e saneamento. Acredito que é o momento de discutir a cassação dessa outorga, uma vez que as obrigações não foram cumpridas. Além, é claro, de uma nova administração no Governo do Estado, ao menos preocupada em entregar serviços público e não lucros para meia dúzia apenas.

Enfim, se eu pudesse resumir minhas conclusões: a crise no abastecimento não é natural, mas sim resultado de uma gestão voltada para a maximização de lucros da concessionária e de um Governo incompetente. Simples assim, ou talvez, infelizmente, nem tanto.

*Gabriel Kogan é Mestre em “Urban Water Studies” pela TU Delft, Holanda

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Interior paulista tem temperatura acima dos 40°C e nível do Cantareira cai mais

 

por Marli Moreira, da Agência Brasil

altastemperaturas Interior paulista tem temperatura acima dos 40°C e nível do Cantareira cai mais

Foto: http://www.shutterstock.com/

O nível do Sistema Cantareira apresentou mais uma queda passando de 4,5% ontem (14) para 4,3% hoje (15), registrando a pior marca de sua história. Com temperaturas acima dos 40 graus Celsius (°C) nos últimos dias, fica ainda mais crítica a situação dos seis reservatórios do Sistema Cantareira, que abastecem 6,5 milhões na Grande São Paulo e em parte do interior. Não há previsão de chuva intensa na região Sudeste por pelo menos cinco dias.

Segundo o Centro de Previsão do Tempo e de Estudos Climáticos (Cptec), nessa quarta-feira podem ocorrer pancadas de chuva no sudeste e leste de Minas Gerais e no leste de São Paulo, que inclui a capital paulista, mas as precipitações deverão ser bem isoladas e de fraca intensidade. Amanhã, a nebulosidade aumenta sobre o sul de Minas Gerais, onde estão situadas as nascentes que ajudam a alimentar o Sistema Cantareira, e até podem ocorrer chuviscos – insuficientes para resolver o problema da crise hídrica.

Com o calor e a estiagem prolongada a população do interior também vem enfrentando desconfortos. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros indicaram ontem temperaturas acima de 40 °C em seis cidades paulistas: Valparaíso (40,6°C), Lins (40,5°C), Barretos (40,3°C), Pradópolis (40,2°C); Barra Bonita (40,1°C) e José Bonifácio (40°C) .

Em Franca e São Simão, na região de Ribeirão Preto, nunca havia feito tanto calor como ontem quando foram registrados os maiores níveis dos últimos 53 anos. As máximas atingiram 39,5°C em São Simão e 36,2 °C em Franca. Na capital paulista a máxima ontem ficou em 30,8°C ante 35,9°C, na última segunda-feira (13).

* Edição: Denise Griesinger.

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

(Agência Brasil)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

NASA revela fotos do 4º maior lago do mundo quase seco

 

A seca – quase completa do lago – se deve a um projeto de irrigação construído na década de 1960 pela União Soviética

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Imagens começaram no início dos anos 2000: em um pouco mais de uma década mostram que a água está quase acabando

O chamado Mar de Aral, ou Mar das Ilhas em português, está praticamente seco depois de já ter sido considerado o quarto maior lago de águas salgadas de todo o mundo. A NASA revelou fotos surpreendentes que mostram como ocorreu a evolução do processo de desertificação do lugar ao longo de mais de 40 anos. As informações são do The Independent.

O Mar de Aral fica no deserto de Caracalpaquistão, entre as províncias cazaques de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), na Ásia Central. A seca – quase completa do lago – se deve a um projeto de irrigação construído na década de 1960 pela União Soviética, que transformou o deserto em fazendas de plantação de algodão. Anteriormente, o lago era abastecido pelos rios Syr Darya e Amu Darya que vinham das montanhas e desaguavam no local.

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Até 2007, o Mar de Aral tinha apenas 10% de toda a água

As imagens feitas pelo satélite da NASA começaram a ser feitas no começo dos anos 2000, quando parte da água já havia desaparecido. Entre os anos de 2009 e 2014 houve variações entre anos secos e mais chuvosos, mas as últimas imagens demonstram que menos de 10% de todo o Mar de Aral sobreviveu e que, no futuro muito próximo, a água restante irá desaparecer.

As alterações também trouxeram consequências terríveis para as pessoas ao redor do lago, já que muitas comunidades dependiam do lago para sobreviver e, com a seca, entraram em colapso. Além da pouca água restante, especialistas destacam que o lago ficou completamente poluído com fertilizantes e pesticidas, causando um perigo para a saúde pública.

http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/nasa-revela-fotos-do-4-maior-lago-do-mundo-quase-seco,a42a372c607c8410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Perda de gelo na Antártica: déjá vu!

 

Luiz Carlos Baldicero Molion

LUIZ CARLOS BALDICERO MOLION

Se as 159 bilhões de toneladas por ano de gelo continuarem a derreter daqui a 200 a 900 anos, poderão provocar um aumento do nível do mar de 44 mm por século, aumento esse nem significativo nem mensurável

Recentemente, a mídia focou sua atenção no derretimento do gelo de 159±48 bilhões de toneladas por ano (GT/a) de gelo na Antártica, dos quais 134 GT/a estariam ocorrendo na plataforma da Enseada do Mar de Amundsen, Antártica (veja mapa), hoje constituída de gelo flutuante em sua maior parte. Esses números, assustadores em princípio, são de um estudo realizado entre 2010-2013 utilizando o radar altímetro satélite CryoSat-2 da Agência Espacial Europeia que, diz-se, apresenta um resolução espacial bem melhor se comparada com instrumentos antecessores. A mídia, entretanto, não comenta o erro envolvido nas observações por esse satélite que, no caso do Leste da Antártica, por exemplo, é superior a 1.200% (-3±36GT). Segundo a NASA, a perda de gelo é irreversível, pois as correntes marinhas mais aquecidas entram por debaixo da plataforma de gelo flutuante e "corroem" seu apoio sobre as rochas do continente, a linha de fixação do gelo, que é o limite entre o gelo flutuante e o continente. Como esse processo de "corrosão" do gelo seria contínuo, a linha de fixação sob a plataforma de gelo iria adentrando o continente e, entre 200 e 900 anos, essas plataformas desapareceriam, contribuindo para aumentar o nível do mar em cerca de 1,2 metros, segundo a página science@nasa. O aumento do nível do mar pode se elevar 0,44 milímetros por ano (mm/a) com essa taxa perda de gelo.

Figura 1. Anomalias de gelo na Antártica por satélites 1979-2014 (The Cryosphere Today)

Figura 2. Cobertura de gelo na Antártica. Retângulo é a Enseada Amundsen. Linha amarela é a média esperada em abril (NSIDC)

Esses cálculos estão corretos, pois os oceanos ocupam uma área de 361 milhões de quilômetros quadrados e 1 GT de gelo é um volume aproximado de 1 quilometro cúbico, 1 bilhão de metros cúbicos de água. Exemplificando, são necessárias 361GT por ano de água para elevar o nível dos mares de 1 mm/a. Na taxa de 0,44 mm/a, o nível do mar subiria 44mm em um século! E, para alcançar os 1,2 m, levaria 2.727 anos, mantidas constantes todas outras condições geofísicas do planeta. Mas, nesse, intervalo de tempo, o planeta já estaria mergulhado em uma nova era glacial. É impossível prever o aumento do nível do mar, pois a superfície do planeta é constituída por placas tectônicas que, quando têm o peso do gelo retirado, tendem a se soerguer como uma bola de borracha que se restabelece quando comprimida e, depois, solta, uma propriedade denominada isostasia. Há afirmações, sem nenhuma comprovação, que as águas mais aquecidas seriam causadas pelo aquecimento global antropogênico, produzido pelo aumento da concentração de gás carbônico (CO2) emitido na queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral. As observações, entretanto, indicam que as águas próximas dos polos estão mais aquecidas porque as correntes marinhas estão transportando mais calor para fora dos trópicos, um processo natural que ocorre, provavelmente, após o Ciclo Nodal Lunar ou Ciclo Saros, de 18,6 anos de duração, atingir seu máximo, como o último ocorrido em 2006/2007. Esse ciclo lunar está se deslocando para um mínimo que será atingido em 2015/2016 e espera-se que o transporte de calor em direção aos polos seja reduzido como já ocorreu no passado. Por exemplo, a revista científica Monthly Weather Review, da American Meteorological Society, trás, em sua edição de novembro de 1922, uma nota sobre o degelo do Ártico e a expedição norueguesa chefiada pelo Dr. Adolf Hoel que fez sondagens oceânicas na Corrente do Atlântico Norte até 3.100 m de profundidade e relatou que suas águas estavam mais aquecidas que o normal provocando o degelo no Ártico. O Ciclo Saros tinha atingido um máximo em 1913/1914.

Em 2012, Boening e colaboradores afirmam que o Leste da Antártica teve um ganho de massa de 390GT entre 2009-2011, o equivalente a um decréscimo de 0,32mm/a no nível dos oceanos globais. Outro estudo por Lenaerts e colegas publicado em 2013 sugere que o ganho de massa excedeu as perdas em 49GT/a entre 2003-2008. É provável que a diferença nos números reportados entre 2008 e 2011 seja devida a queda de neve acima da média que ocorreu entre 2009 e 2011. Na Figura 1, retirada da página "The Cryosphere Today", vê-se , de fato, que o gelo da Antártica tem aumentado desde que os satélites se tornaram operacionais e, na Figura 2, produzida pelo NSIDC, vê-se que a cobertura de gelo bateu um novo recorde em extensão (linha amarela) em abril de 2014. Observem o tamanho da plataforma de gelo da Enseada do Mar de Amundsen (retângulo vermelho) quando comparada com os 14 milhões de km2 do Continente Antártico (contorno pontilhado), acrescidos dos outros 15 milhões de km2 de gelo flutuante ao redor do Continente. Veja que o gelo flutuante excede a linha amarela em praticamente toda região. Em resumo, os números apresentados não são assustadores e nem novos.

Se as 159 GT/a de gelo continuarem a derreter daqui a 200 a 900 anos, poderão provocar um aumento do nível do mar de 44 mm por século, aumento esse nem significativo nem mensurável. É dito "poderão" por conta da isostasia. A propósito, o nível do mar em Estocolmo, Suécia, está "baixando" devido ao fato que a placa tectônica regional está se elevando (ver, por exemplo, www.psmsl.org). Como a régua, que mede o nível do mar, está fixada na placa, se esta se elevar, a régua também se eleva e o nível do mar "baixa", relativamente aos níveis anteriores. Em adição, não há provas que o processo de corrosão da linha de fixação de gelo no continente seja contínuo. Quando o transporte de águas mais aquecidas pelas correntes marinhas diminuir, a linha de fixação de gelo pode avançar novamente, um equilíbrio dinâmico desconhecido da Ciência. É curioso que um artigo semelhante publicado por Conway e colegas em 1999 sobre o possível degelo da Enseada do Mar de Ross não tenha atraído a atenção da mídia na época como atualmente.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/141248/Perda-de-gelo-na-Ant%C3%A1rtica-d%C3%A9j%C3%A1-vu!.htm

domingo, 3 de agosto de 2014

REFLEXÕES SOBRE O EFEITO-ESTUFA

 
Luiz Carlos Baldicero Molion, PhD Instituto de Ciências Atmosféricas , Universidade Federal de Alagoas lcmolion@gmail.com
O  fenômeno  do  efeito-estufa,  como  descrito  nos  livros  de  Meteorologia,  é  questionável  e desafia as leis da Termodinâmica! Esse fenômeno nãoestá descrito nos livros de Física. A versão clássica o compara com o que ocorre nas casas de vegetação (estufa de plantas = greenhouse), nas
quais  a  radiação  solar  atravessa  os  painéis  de  vidro  e  aquece  o  chão  e  o  ar  interno.  A  radiação
infravermelha térmica (IV), emitida dentro da casa  de vegetação, não consegue passar pelo vidro, que a absorve por ser opaco a ela (vidro absorve comprimentos de onda superiores a 2,8 µm) e a impede de escapar para o ambiente exterior à casa de vegetação. Esse seria o fenômeno responsável pelo aumento de sua temperatura. Em princípio, ocorreria a mesma coisa na atmosfera terrestre. A radiação solar incide sobre a atmosfera, parte dela(30%) é refletida de volta para o espaço exterior
por  nuvens,  moléculas  do  ar  e  pela  própria  superfície  terrestre,  porém  boa  parte  atravessa  a atmosfera  e  é  absorvida  pela  superfície  terrestre,  que  se  aquece.  Aquecida,  a  superfície  emite radiação  IV  que,  por  sua  vez,  seria  absorvida  por  gases  constituintes  minoritários  da  atmosfera, como  vapor  d’água,  gás  carbônico  (CO2)  e  metano  (CH4),  os  chamados  gases  de  efeito-estufa (GEE), que atuariam de forma semelhante ao vidro. Os GEE emitiriam a radiação IV absorvida em
todas  as  direções,  inclusive  de  volta  à  superfície. Essa  seria  a  explicação  para  o  ar  adjacente  à superfície ser mais quente que as camadas superiores da atmosfera. Em princípio, quanto maior a concentração  dos  GEE,  maior  seria  a  absorção  da  radiação  pela  atmosfera  e  emissão  para  a superfície  e  mais  quente  ficaria  o  planeta.  Ou  seja,  maior  injeção  de  CO2 e  CH4 na  atmosfera tenderia a intensificar o efeito-estufa.
A  primeira  vez  que  o  fenômeno  da  “casa  de  vegetação aquecida”  foi  mencionado  na literatura  foi  por  Joseph  Fourier  (o  mesmo  da  Matemática)  em  1826.  Depois,  em  1859,  John Tyndall descobriu que gases, como vapor d'água e CO2e CH4, absorviam radiação IV. Em 1896, Svante  Arrhenius  (da  Química)  afirmou  que,  segundo  seus  cálculos,  a  temperatura  global
aumentaria de 5°C a 6°C se a concentração de CO2
dobrasse. Arrhenius nem calculadora tinha e o
IPCC precisou de complexos modelos de clima, que rodam em supercomputadores, e gastar bilhões de  dólares  para  chegar  ao  mesmo  número  de  Arrhenius.  Entretanto,  em  1909,  Robert  W.  Wood construiu dois modelos de casa de vegetação, uma de vidro e outra de quartzo, que não absorve a radiação IV, e demonstrou que as temperaturas finais das duas eram semelhantes. Ou seja, a casa de vegetação se mantinha aquecida não por causa da propriedade do vidro absorver radiação IV, e sim
porque o ar, aquecido e menos denso, ficava confinado dentro da casa de vegetação e não conseguia
se  misturar  ou  subir  (convecção),  dando  lugar  a  ar  mais  frio,  proveniente  de  outras  camadas
atmosféricas,  conforme  ocorre  na  atmosfera  livre.  Portanto,  a  absorção  pelos  GEE  não  seria  o
mecanismo principal para aquecer o ar próximo à superfície. O assunto, porém, foi deixado de lado
porque o clima era muito frio naquela época. Foi só em 1938 que um técnico em máquinas a vapor da British Electric, Guy S. Callendar, escreveu um  trabalho, associando o aumento de temperatura entre  1925  e  1937  à  emissão  de  CO2 proveniente  do  aumento  de  geração  de  energia  por termelétricas.  Na  época,  ele  foi  amplamente  refutado  pelos  "papas"  da  Climatologia,  mas  não desistiu. Ora, sabe-se hoje que o aumento da temperatura entre 1925-1946 foi devido ao aumento da
atividade solar, maior transparência da atmosfera e aquecimento dos oceanos, portanto, natural! Em
1956,  Charles  Keeling  modificou  um  cromatógrafo  a  gás  a  fim  de  medir  CO2  utilizando  um
comprimento de onda de radiação IV que é absorvido pelo CO2, e passou a medir a concentração de CO2por absorção de IV e não por análises químicas como era feito até então. Keeling se associou a Callendar  para  defender o aquecimento  global  pelo  CO2.  Porém,  ninguém  se  importou  muito, porque ocorreu em resfriamento global entre 1946-1976, embora a concentração de CO2 estivesse
crescendo rapidamente devido ao aumento da atividade industrial pós-guerra. A partir de 1977, o clima  começou  a  se  aquecer  novamente  e,  em  1988,  Dr.  James  Hansen  astrônomo,  não meteorologista),  GISS/NASA,  deu  um  depoimento  no  Congresso  Americano  afirmando  que  o
aquecimento  era  devido  ao  aumento  de  CO2,  liberado  pelo  homem  por  meio  da  queima  de combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e gás natural. Nesse mesmo ano, foi criado o IPCC, e daí a histeria global se instalou! Como pode ser percebido, o efeito-estufa nunca foi comprovado ou teve sua existência demonstrada. Ao contrário, há 100 anos, Robert W. Wood já demonstrara que seu conceito é falso! Porém, uma mentira repetida inúmeras vezes, torna-se verdade. Ao  medir  a  emissão  de  IV  pela  Terra  para  o  espaço  exterior  com  sensores  a  bordo  de plataformas  espaciais,  encontra-se uma temperatura  efetiva de  corpo negro igual a 255K  (18°C
negativos) pela Lei de Stefan-Boltzmann. A temperatura média do ar à superfície é cerca de 288K (15°C). Aí, é dito que “o efeito-estufa aumenta de  33°C (diferença entre 288 e 255) a temperatura na Terra e, se ele não existisse, a temperatura de superfície seria 18°C negativos”! Essa afirmação é falsa, pois, se não existisse atmosfera, não existiriam nuvens que são responsáveis pela metade do
albedo planetário. Assim, o fluxo de radiação solar seria 15% maior e a temperatura planetária igual a 268K  (-5ºC). Mas, o  mecanismo questionável é o processo de  absorção e  emissão de  IV pelos GEE. Se o CO2 for tratado como corpo negro, como ele absorve eficientemente radiação IV em 15 microns, sua emissão, que é máxima nesse comprimento de onda (Lei de Kirchhoff), corresponderia
a  uma  temperatura  de  aproximadamente  193K  (80°C  negativos)  decorrente  da  Lei  de  Wien.  Um corpo  frio  (CO2  no  ar)  aqueceria  um  corpo  quente  (superfície)?  Certamente,  isso  fere  as  leis  da Termodinâmica,  porque  o  calor  não  flui  do  frio  para o  quente!  Os  GEE  absorvem  radiação  IV seletivamente, em algumas poucas faixas ou bandas de comprimento de onda, por meio de rotação, vibração  e  mistas  de  rotação-vibração  de  suas  moléculas.   Uma  molécula  de  GEE,  ao  rodar  ou
vibrar, devido à absorção da radiação IV seletiva,  dissipa a energia absorvida na forma de calor ao
interagir com outras moléculas vizinhas (choque, atrito), aumentando a temperatura das moléculas
de ar adjacentes, e não “re-irradia” IV. Ou seja, a radiação IV absorvida pelos GEE é transformada
em  energia  mecânica  e  em  calor!  Existem  cerca  de  2.600  moléculas  de  outros  gases  [Nitrogênio (N
2=78%)  +  Oxigênio  (O2=21%)  +  Argônio  (Ar=0,9 =99,9%]  para  cada  molécula  de  CO2 (0,039%). Isso constitui a mistura gasosa denominada “ar” e suas moléculas (matéria) são aquecidas termodinamicamente quando se fornece calor a elas.  É mais aceitável, então, que as temperaturas próximas  da  superfície  sejam  mais  elevadas  devido  ao  contato  do  ar  com  a  superfície  quente (condução,  “chapa  quente”)  e  à  pressão  atmosférica  (peso  do  ar).  Ou  seja,  a  massa  atmosférica, submetida  à  aceleração  da  gravidade  (peso  por  área=pressão),  é  que  mantém  o  ar  confinado  na superfície  que  se  aquece  por  compressão  (  lei  dos  gases  perfeitos=temperatura  proporcional  à
pressão) e por condução de calor. Quando o ar se aquece, sua densidade diminui, a tal ponto que se o  empuxo,  ao  qual  fica  submetido,  superar  seu  peso  (1,29  kg  por  m3),  o  ar  é  forçado  a  subir (convecção = transporte de calor por meio do transporte vertical da massa de ar) e é reposto por ar mais  frio  que  vem  de  seu  entorno  e  das  camadas  superiores.  Portanto,  o  processo  físico  mais relevante  para  o  aquecimento  do  ar  parece  ser  a  condução  do  calor  da  superfície  aquecida  pela
radiação solar. Em adição, o ar é aquecido por liberação de calor latente (convecção úmida = calor liberado para a atmosfera quando o vapor d’água se  liquefaz, formando nuvens e chuva) e por um pequeno percentual de absorção direta de radiação solar. A emissão de radiação IV teria um papel secundário no controle da temperatura do ar próximo à superfície. E a emissão de radiação IV seria proveniente não dos GEE apenas, e sim da massa molecular que compõe a camada de ar como um todo. A camada de ar (matéria) absorveria calor pelos diversos processos descritos e, ao se aquecer, emitiria IV em todas as direções, como qualquer corpo material. Portanto, os GEE, em particular o CO2, como são constituintes minoritários, com muito pouca massa molecular presente na mistura gasosa,  dariam  muito  pouca  contribuição  à  essa  massa  gasosa  atmosférica  total  e, consequentemente, a sua emissão. Em outras palavras, se os GEE não existissem, a temperatura do ar próximo à superfície  atingiria valores semelhantes aos que ocorrem  atualmente. Portanto, se  a
concentração de CO2 dobrar devido às emissões antrópicas, o aumento de sua massa molecular seria ínfimo,  de  0,039%  para  0,078%,  e  sua  contribuição,  para  a  temperatura  do  ar,  desprezível, impossível de ser detectada com a instrumentação disponível atualmente.
Nos trópicos, a temperatura do ar próximo à superfície depende basicamente da cobertura de nuvens  e  da  chuva.  O  ciclo  hidrológico  é  o  “termostato”  da  superfície.  Quando  o  tempo  está nublado e chuvoso, a temperatura é baixa. Isso porque, a cobertura de nuvens funciona como um guarda-sol,  refletindo  radiação  solar  de  volta  para o  espaço  exterior  em  sua  parte  superior.
Simultaneamente,  a  água  da  chuva  é  mais  fria  e  sua  evaporação  rouba  calor  da  superfície, refrigerando o ar. Quando não há nuvens e chuva, acontece o contrário, entra mais radiação solar no sistema, aquece a superfície e, como não existe água para evaporar, o calor do Sol é usado quase que exclusivamente para aquecer o ar (calor sensível). Em adição, se o ar estiver úmido logo após
uma  chuva  de  verão,  a  sensação  térmica  é  intensificada,  pois  a  alta  umidade  do  ar  dificulta
transpiração da pele, que é o mecanismo fisiológico que regula a temperatura dos seres humanos. Durante o período seco, tem-se ar descente sobre a  região, que provoca alta pressão atmosférica, céu claro, e dificulta a ascensão do ar aquecido, reduzindo a cobertura de nuvens. Isso faz com que a superfície e o ar em contato atinjam temperaturas altas. Numa cidade, devido à impermeabilização
do solo, não há água da chuva para evaporar, todo calor do Sol é usado para aquecer o ar. Como as cidades cresceram e a população se aglomerou nelas,a impressão que a população metropolitana tem é que o mundo está se aquecendo. Um termômetro,instalado numa cidade, corrobora com essa percepção,  pois  passa  a  medir  temperaturas  cada  vez mais  elevadas  com  o  crescimento  da  área urbanizada com o tempo, o chamado “efeito de ilha de calor urbana”. Ou seja, a sensação térmica sentida pelo ser humano advém de condições atmosféricas locais e não globais. Não se conhece a metodologia  de  cálculo  da  “temperatura  média  global”  e  os  locais  das  séries  de  temperaturas
utilizadas  pelo  IPCC.  São  mantidos  em  segredo!  Mas, se  ela  foi  calculada  utilizando-se  termômetros “selecionados a dedo”, particularmente os instalados nos grandes centros urbanos onde se localizam as séries temporais mais longas, com dados contaminados pelo efeito de ilha de calor urbana, não é surpresa que a década de 2000 tenha sido considerada a “mais quente” dos últimos 750 anos! Na realidade, não há como calcular “uma temperatura média global” e a adotá-la como medida da variabilidade climática global. Uma medida mais adequada dessa variabilidade seria a estimativa da variação temporal do  calor armazenado nos oceanos. Concluindo, o efeito-estufa, como  descrito  na  literatura,  nunca  foi  demonstrado  e  é  difícil  aceitar  que  o  processo  de  emissão pelos  GEE,  em  particular  o  CO2,  seja  o  principal  causador  de  temperaturas  altas  próximas  à
superfície. A emissão de radiação IV atmosférica é  proveniente da massa de ar total (matéria), para a qual a contribuição do CO2 é muito pequena quando comparada com as massas de N2e de O2, e o aumento  de  sua  concentração  teria  um  efeito  desprezível  na  massa  de  ar  e  em  sua  temperatura. Frases como “temos que impedir que a temperatura aumente mais de 2C,  mantendo a concentração de  CO2  abaixo  de  460  ppmv”,  não  têm  sentido  físico  algum. Tal  cálculo  é  proveniente  de  uma
grande  simplificação  da  equação  de  absorção  radiativa  dos  GEE,  “ajustada”  para  reproduzir  o aumento de temperatura com a variação da concentração de CO2
observada. E essa equação não tem base  científica  alguma!  Portanto,  a  redução  das  emissões  de  carbono  para  a  atmosfera  não  terá efeito algum sobre a tendência do clima, pois o CO2 não controla o clima global. E a tendência para os próximos 20 anos é de um resfriamento global, mesmo que a concentração de CO2
continue a aumentar. Considerando que 80% da matriz energética global dependem dos combustíveis fósseis, a
imposição da redução das emissões de carbono, na realidade, afetará o desenvolvimento dos países
pobres, particularmente o Brasil, aumentando as desigualdades sociais no planeta.

http://sci.tech-archive.net/pdf/Archive/sci.physics/2008-04/msg00498.pdf, 1909

Fonte: http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/REFLEX%C3%95ES_EFEITO-ESTUFA_V2.pdf

domingo, 6 de abril de 2014

Raio atinge casa e deixa um buraco entre porta e janela em Milhã-CE

 

Apesar do susto, a Polícia Militar informou que ninguém ficou ferido.

Funceme registrou chuva de 110 mm no município na terça-feira (31)

Raio atinge casa, mas apesar do susto, ninguém ficou ferido (Foto: Jaime Arantes/Monólitos Post)

Um raio atingiu na madrugada desta sexta-feira (4), a parede de uma residência, em Milhã, a 301 Km de Fortaleza.

De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI), o impacto do raio abriu um buraco entre a janela e a porta da casa. Apesar do susto, a Polícia Militar informou que ninguém ficou ferido.

Durante a semana, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou fortes chuvas na cidade. A maior precipitação ocorreu dia 31 de março com 110 milímetros.

Fonte: G1 CE

quarta-feira, 2 de abril de 2014

124 mm em Fortaleza, a maior do ano

 

Luciano Augusto
redacao@cearanews7.com.br

No total, 98 municípios cearenses foram banhados no domingo e até às 7h da manhã de segunda (31).

De acordo com o balanço, outras precipitações foram registradas em Pedra Branca (110 mm), Independência (100mm), Aurora (83 mm), Acopiara (83 mm), Barro (73 mm), Orós (69 mm) e Juazeiro do Norte (69 mm).

sexta-feira, 14 de março de 2014

Funceme registra chuva em 95 municípios nesta quinta

 

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou chuva em 95 municípios no Ceará nesta quinta-feira (13/03). A maior precipitação foi em Quixeré com registro de 58 mm. A Capital teve índice pluviométrico de 19 mm.

Em outros 24 municípios choveu entre 25,1 mm e 50 mm nesta quinta. Pentecoste e Amontada registraram 50 mm; Ibaretama, 49; Irauçuba, 48; São Gonçalo do Amarante, 47; e Trairi, 45.

A Funceme identificou a formação de nuvens sobre praticamente todo o Estado, o que torna favorável à chuva, em imagem do satélite de 7h15 desta manhã. O prognóstico para a sexta-feira (14) é de precipitação em todas as áreas do Ceará, principalmente entre a tarde e a noite.

Com informações: Diário do Nordeste

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

EUA atingiu um recorde de -50 graus de frio em Chicago e foi declarado "estado de calamidade"


Nunca na história dos EUA esta marca foi registrada em Chicago. Em Washington, é o dia mais frio em quatro décadas. Há 140 milhões de pessoas afetadas. Eles dizem que se você jogar um copo de água ela é congelada no ar.

A temperatura na cidade de Chicago nos EUA atingiu hoje um recorde de 50 graus abaixo de zero , de modo que as autoridades estabeleceram o " estado de calamidade ", e recomendaram que as pessoas permaneçam em suas casas. Esta intensa onda de frio causada por um "vórtice polar" atingirá o seu pico entre esta noite e amanhã. "vórtice polar" é um ciclone de ar muito frio geralmente localizado no norte do Canadá, mas nos dias de hoje mudou sul acompanhado por fortes rajadas de vento.
Este fenômeno levou alarme ao nordeste e ao meio-oeste americano, onde as escolas foram fechadas, milhares de voos foram cancelados, e foi recomendado às pessoas que, na medida do possível, para não deixar suas casas.
Minnesota viu cair seus termômetros de até -48 graus, enquanto Detroit registrou 37 graus abaixo de zero.
A temperatura em Washington teve queda de até 20 graus abaixo de zero, algo que eu não sabia até agora nada menos que 40 anos Washingtonian. O frio é tal que a água um copo mesmo quente jogada para o ar torna-se automaticamente neve.
A situação esta muito grave e já afetou cerca de 140 milhões de pessoas em 26 estados e causando 4.000 cancelamentos de vôos, e mais de 9 milhões estão com falta de energia, e muito mais de uma dezena de mortes, direta ou indiretamente.
O frio vai enfrentar grande parte do país durante as próximas horas é de tal ordem que mesmo os ursos polares e pinguins de zoológicos em cidades como Chicago foram empacotados para protegê-los do frio . Para os seres humanos, autoridades recomendam levar luvas em vez de luvas, não permanecem na rua molhada e, se as circunstâncias o permitirem, não bater a estrada de qualquer forma. Aqueles que têm de viajar devem verificar se a bateria do seu carro esta totalmente carregada, porque você se tem mais de três anos pode não funcionar depois de ser submetido a temperaturas tão extremas. Quem pode ficar em sua casa também não deve baixar a guarda: mesmo tentador o calor, o que os especialistas recomendam é manter relativamente baixo e manter aquecido com cobertores para evitar cortes de energia. Outra recomendação é para proteger os tubos de casas e empresas, porque essas baixas temperaturas podem levá-los a quebrar e causar inundações, como ocorreu em alguns lugares em Boston. Autoridades lembram permanentemente que os sintomas são de queimaduras, perda de sensibilidade e dedos pálidos, orelhas e nariz, segundo a expedição EFE. A hipotermia se manifesta pela perda de memória, desorientação, cansaço e calafrios. Neste caso, o que deve ser feito é levar a vítima para um local coberto, dar bebidas quentes e, em seguida, consulte um médico.



http://www.losandes.com.ar

Uma nova era glacial está chegando..preparem os cobertores.

Grifo meu: Cadê o tal aquecimento global?





domingo, 2 de junho de 2013

Aquecimento global? Segundo cientistas russos, há um esfriamento global a caminho

 

Caitlin Burke e Efrem Graham, CBN News

Em boa parte dos EUA, abril foi um mês excepcionalmente frio. Também houve níveis recorde de neve entre os estados de Minnesota e Colorado durante o mês.

Cientistas russos afirmam que a Terra pode estar a caminho de um período de esfriamento global que pode durar de 200 a 250 anos.

A rádio Voz da Rússia informou que essa convicção vem de cientistas de um observatório em São Petersburgo.

Segundo eles, o sol esta entrando em um ciclo menos ativo que irá afetar diferentes aspectos do clima na Terra, e com o tempo poderia levar a temperaturas médias mais baixas.

Joe Bastardi, meteorologista chefe da WeatherBell, acredita que o esfriamento já está ocorrendo.

“Certamente iremos continuar a tendência de esfriamento global que começou 4 anos atrás”, declarou.

Mas o que aconteceu com o aquecimento global?  Nos últimos anos, ele simplesmente não está acontecendo, ou com certeza não como havia sido previsto. Cientistas arriscam hipóteses.

Alguns especulam que os oceanos estão absorvendo a temperatura extra ou outros fatores naturais. Outros dizem que o clima é mais complicado do que alguns cientistas pensavam.

Outros ainda acreditam que o aquecimento global antrópico simplesmente não é a ameaça que alguns nos alertaram que era.

E se o esfriamento global realmente for a próxima tendência do clima? Bastardi afirma que “é muito pior que o aquecimento global” porque, entre outras coisas, é muito mais difícil para as plantações crescerem quando está mais frio.

“As implicações do clima mais frio são muito piores. Pense nisto: mais pessoas moram perto do Equador do que dos polos”, explica.

Se Bastardi e outros especialistas estiverem certos, empacote-se, porque invernos mais frios podem estar a caminho nos próximos anos.

O aumento da temperatura desacelerou por volta do ano 2000. Alguns especialistas dizem que sua confiança na ciência climática diminuiu devido a todas as incertezas.

http://www.cbn.com/cbnnews/healthscience/2013/April/Russian-Scientists-Global-Cooling-on-Horizon-/

sábado, 16 de março de 2013

Rússia já teve mais de 300 mortes por congelamento

Nas últimas 24 horas, cinco pessoas morreram por causa do frio: quatro na república da Buriátia e uma na região da Sibéria

Mulher remove neve em Moscou, com a temperatura do ar em cerca de menos 6 graus Celsius: banner de publicidade de um café diz "Primavera! Onde está você?"

Mulher remove neve em Moscou, com a temperatura do ar em cerca de menos 6 graus Celsius: banner de publicidade de um café diz "Primavera! Onde está você?"

Moscou - O frio já causou mais de 300 mortes na Rússia durante o inverno, além de ter levado à hospitalização de cerca de 3.600 pessoas que apresentaram sintomas de hipotermia ou congelamento parcial, informou nesta sexta-feira um porta-voz das autoridades sanitárias russas.

 

"O número total das vítimas fatais por congelamento e hipotermia desde que o frio começou ascendeu a 305 pessoas", precisou a fonte.

O porta-voz acrescentou que nas últimas 24 horas cinco pessoas morreram por causa do frio: quatro na república da Buriátia e uma na região da Sibéria.

Nesse período, apenas em Moscou 17 pessoas foram hospitalizadas com sintomas de hipotermia e congelamento.

Da Exame.com

Grifo Meu: Cadê o tal aquecimento global?

domingo, 3 de março de 2013

Aquecimentista “Der Spiegel” e mídia europeia admitem que o aquecimento global acabou ... Modelos estavam errados ...

O jornalista de ciência do “Der Spiegel”, Axel Bojanowski, publicou um artigo chamado: Klimawandel: Forscher rätseln über Stillstand bei Erderwärmung (Alterações climáticas: cientistas perplexos com a parada do aquecimento global). Ele diz: " Nós estávamos longamente esperando por esta admissão, e vendo a reação da mídia, é interessante dizer o mínimo".

Bojanowski escreve que "A palavra já corria havia algum tempo de que o clima está se desenvolvendo de maneira diferente do que o previsto anteriormente".

Ele coloca a questão: "Quantos anos mais de estagnação são necessários para os cientistas repensarem suas previsões de aquecimento futuro?".

Bojanowski acrescenta:

“Quinze anos sem aquecimento estão agora atrás de nós. A estagnação das temperaturas médias globais próximas à superfície mostra que as incertezas nos prognósticos climáticos são surpreendentemente grandes. O público está agora à espera em suspense para ver se o próximo relatório do IPCC da ONU, marcado para setembro, vai discutir a parar o aquecimento".


A grande questão que está agora circulando através da atordoada mídia europeia, governos e organizações ativistas é: como o estancamento do aquecimento poderia ter acontecido? Além disso, como é que vamos agora explicar isso ao público?

Para encontrar uma resposta, Bojanowski contatou um número de fontes. Eis o resultado, em resumo: os cientistas agora se limitam apenas a especular sobre toda uma gama de possíveis causas. A incerteza na ciência do clima nunca foi na verdade tão grande. Ele voltou à estaca zero.

Uma explicação que o “Spiegel” apresenta é que os oceanos têm absorvido de alguma forma o calor e agora o estão escondendo em algum lugar. No entanto, Bojanowski escreve que há muito poucos dados disponíveis nos quais se basear: "Há muita incerteza sobre a evolução da temperatura da água.


Há muito tempo parecia que também os oceanos não têm aquecido ainda mais desde 2003”. "Der Spiegel” cita então Kevin Trenberth, referente à reivindicação da NASA de que eles detectaram um aquecimento dos oceanos: "As incertezas com os dados são muito grandes. Precisamos melhorar as nossas medições".


“Der Spiegel” escreve ainda que o calor em falta pode estar escondido em algum lugar profundo dos oceanos. Mas aqui Bojanowski [Spiegel] cita Doug Smith, do Met Office: "Isso é muito difícil de confirmar".

Jochem Marotzke, do Instituto Max Planck de Meteorologia (MPI), suspeita que a energia tenha sido transmitida para o interior do oceano, mas há uma falta terrível de dados para confirmar isso.

Bojanowski escreve sobre o estado atual dos dados de medição do oceano: "Sem a intensificação dos dados da rede de medição, teremos de esperar um longo tempo para qualquer prova".


Os cientistas também suspeitam que a estratosfera pode ter algo a ver com a cobertura da temperatura global recente. Susan Solomon diz que a estratosfera se tornou consideravelmente mais seca, e aquecida assim na superfície pode ter sido reduzida em um quarto.

Mas Bojanowski nos recorda que os cientistas estão no fundo praticamente sem uma pista. Ele escreve:

‘No entanto, os modelos climáticos não ilustram muito bem o vapor de água estratosférico ', diz Marotzke. Os prognósticos ficam assim vagos".


Bem, talvez seja então devido aos aerossóis provenientes da China e da Índia que bloqueiam o sol, como alguns cientistas estão especulando, "enfraquecendo assim por um terço o aquecimento".

“Der Spiegel” escreve que "se o ar estivesse mais limpo, o aquecimento global aceleraria". Mas os aerossóis sempre foram utilizados em modelos climáticos como um coringa conveniente para explicar arrefecimentos inesperados, como o de 1945 a 1980.

Na verdade, todas as explicações apresentadas acima por Bojanowski já foram exaustivamente analisadas um ano atrás num livro escrito por dois cientistas, o Prof. Fritz Vahrenholt e o Dr. Sebastian Lüning.

No ano passado, grande parte da mídia os colocou no ostracismo por flutuarem "teorias cruas". Um ano mais tarde, é de fato estranho ver que suas "teorias cruas"estão agora totalmente em voga.

Como é que Bojanowski o resumiu? "As várias explicações possíveis mostram quão imprecisamente o clima é compreendido".


Trenberth fica apenas com anedotas, com eventos singulares isolados.


No entanto, como Bojanowski aponta, alguns cientistas se recusam a abdicar da teoria do AGW. Ele escreve:

“Sob a linha de fundo, há uma série de diferentes sinais ameaçadores de aquecimento: nível do mar, gelo do mar Ártico reduzido à metade no verão, as geleiras derretendo. Em alguns locais há sinais de que os eventos climáticos extremos estão aumentando. ‘Há muitos sinais do aquecimento global’, enfatiza Kevon Trenberth, ‘as temperaturas do ar perto da superfície é apenas um deles’".

Desculpe, mas eventos singulares isolados não constituem tendências, sem falar em ciência. O Prof Trenberth realmente deveria saber disso. Isso é patético. Os dados observados e as tendências medidas pararam de mostrar o aquecimento global.

Então, estão os cientistas alegando agora que eventos singulares são sinais robustos? Isto estaria apenas a um passo da astrologia!

Bojanowski nos lembra mais uma vez que a ciência é mal compreendida e que uma série de fatores estão em jogo. Ele escreve:

“Na verdade novos dados surpreendentes continuam surgindo. Recentemente surgiu um novo estudo mostrando que as partículas de fuligem de escapamento do motor diesel sem filtro e de lareiras têm tido um impacto sobre o aquecimento que é duas vezes maior do que se pensava".


Bojanowski diz também a seus leitores que "simulações de computador mostraram que o aquecimento tornou as tempestades tropicais mais raras".


Ele também menciona outros fatores que são mal compreendidos, tais como: impacto da radiação solar sobre as nuvens, os ciclos de vapor de água e aerossóis naturais e artificiais.

Os prognósticos de curto prazo permanecem "especialmente incertos". Mas os de longo prazo são seguros?


“Der Spiegel” no final do artigo parece ter-se enganado ao pensar que prognósticos de curto prazo são incertos, mas que os de longo prazo são bastante seguros. E cita o aquecimentista Jochem Marotzke do MPI:

Prognósticos climáticos de períodos de tempo de alguns anos ainda permanecem especialmente incertos. "Nosso sistema de previsão nesse sentido ainda nos deixa na mão", diz o diretor Marotzke MPI. "Mas ainda estamos trabalhando nisso".


Isso para mim parece ser uma tentativa de fazer os leitores acreditarem que embora as projeções de curto prazo tenham fracassado completamente, eles estão provavelmente ainda certos sobre as projeções de longo prazo do aquecimento.

Tarda agora cinco minutos para controlar seu riso... Se os modelos falharam nos primeiros 15 anos, então eles não são bons! Ponto final!

Eles são uma porcaria, e você não pode contar com eles para fazer projeção de longo prazo. Eles pertencem a um único lugar: à lata de lixo! Quanto tempo nós deveremos esperar para os cientistas do clima retornarem à ciência?

Não me interpretem mal, pelo menos este artigo admitindo que algo está terrivelmente errado é um passo muito encorajador na direção certa. Mas é difícil manter a esperança enquanto cientistas do clima continuarem demonstrando não saber sequer o que é a metodologia científica adequada.

Por fim, eu gosto do modo como Bojanowski termina a sua peça:

“Prognósticos atuais alertam um aquecimento de 5 ° C se as emissões de CO2 continuarem como antes. Mas agora não é bem sabido quantos impactos de clima natural são capazes de alterar o desenvolvimento da temperatura – os novos dados da NASA revelaram também isto".


Os escritores de ciência do “Der Spiegel” fariam bem em ler "Die kalte Sonne" [O sol frio] de Fritz Vahrenholt e Sebastian Lüning.

Praticamente cada questão levantada por Bojanowski foi respondida lá – um ano atrás. Além disso, o modelo de temperatura de Luning e Vahrenholt para os próximos 100 anos tem sido até agora letra morta.