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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Cheques de Flávio Bolsonaro eram assinados por irmã de milicianos, diz revista


O filho mais velho de Jair Bolsonaro, então deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, concede entrevista aos jornalistas em frente ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.

Tânia Rêgo / Agência Brasil

Irmã de dois milicianos presos pelas autoridades do Rio de Janeiro, Valdenice de Oliveira Meliga tinha uma procuração do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, para pagar despesas de campanha, segundo informações publicadas pela revista IstoÉ.

De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira, Valdenice é irmã de Alan e Alex Rodrigues Oliveira, detidos em uma operação intitulada Quarto Elemento, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

Candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), vota no Rio de Janeiro junto ao seu filho Flávio, em 7 de outubro de 2018

© AP Photo / Silvia Izquierdo

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A IstoÉ obteve dois cheques – um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil – assinados por Valdenice, que possuía uma procuração de Flávio Bolsonaro para participar do "laranjal" do PSL, partido do senador e do presidente da República, no estado do Rio de Janeiro – já há denúncias de esquemas em Minas Gerais e Pernambuco.

A reportagem aponta que Valdenice seria o elo da conexão de Flávio Bolsonaro com as milícias fluminenses, suspeita que já paira por homenagens prestadas pelo hoje senador quando era deputado estadual do Rio a policiais e ex-policiais, hoje investigados ou presos por serem identificados como milicianos.

A revista expôs que o cheque de R$ 5 mil assinado por ela foi direcionado à empresa Alê Soluções e Eventos Ltda., que pertence a Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira. Esta, por sua vez, era funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), com um salário de R$ 5,1 mil, e durante a campanha foi tesoureira do PSL.

Steve Bannon, exestratega jefe de la Casa Blanca

© AP Photo / Andrew Harnik

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A firma de Alessandra comandou a contabilidade de 42 campanhas eleitorais do PSL no Rio (20% do total). O fato mais alarmante levantado pela revista é que, assim, a mesma pessoa responsável por distribuir os recursos do PSL no Rio recebia parte dos recursos de volta, por meio da conta de sua empresa.

Outro nome que aparece ligado ao senador é o do advogado Gustavo Botto, que administrava as contas dele e que atuou ao lado de Alessandra durante as eleições de 2018. Candidatas ouvidas pela IstoÉ informaram que só tiveram gastos com as empresas de Alessandra e Botto durante a campanha.

Procurado pela revista, Flávio Bolsonaro não se pronunciou. O caso é apenas mais um que envolve o nome do parlamentar, que também é investigado pela Justiça do Rio no caso envolvendo o assessor Fabrício Queiroz, e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suas movimentações de compra e venda de imóveis no Rio.

Fonte: https://br.sputniknews.com/brasil/2019022213368296-cheques-flavio-bolsonaro/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Bolsonaro serve aos EUA e não ao povo brasileiro, diz Cárdenas


"O governo Bolsonaro é dependente dos interesses políticos e econômicos daqueles que dominam a política nos EUA. Infelizmente, está impondo ao maior país da América Latina interesses que não são os do povo brasileiro". A avaliação é do político mexicano Cuauhtémoc Cárdenas em entrevista ao Tutaméia na Cidade do México

14 de Fevereiro de 2019 às 06:23 // Inscreva-se na TV 247 Youtube

"O governo Bolsonaro é dependente dos interesses políticos e econômicos daqueles que dominam a política nos EUA. Infelizmente, está impondo ao maior país da América Latina interesses que não são os do povo brasileiro". A avaliação é do político mexicano Cuauhtémoc Cárdenas em entrevista ao Tutaméia na Cidade do México.

Para ele, o impeachment contra Dilma, a prisão do presidente Lula (e a sua retirada da disputa eleitoral que liderava) e a eleição de Bolsonaro fazem parte de um mesmo quadro que tem como pano de fundo os interesses dos EUA no petróleo da região. "O petróleo no continente americano é um fator muito importante para a política exterior e econômica dos EUA", assinala.

Cárdenas fala dos retrocessos em relação à democracia no continente, onde, na sua visão, o Brasil é o exemplo hoje mais claro desse processo – ele coloca a Argentina em segundo lugar. "O processo mais grave é o do Brasil onde há um atropelo, uma violação à lei e aos direitos das pessoas. Temos o caso do presidente Lula, que recebeu uma sentença sem que haja uma só prova, passando por cima de todos os procedimentos do direito, dos seus próprios direitos como cidadão".

Para ele, o processo contra Lula "é claramente uma decisão de caráter político, de uma política repressiva que atropela todo o tipo de leis do Brasil e de caráter internacional. É o que mantém o presidente Lula na prisão". Cárdenas afirma que toda essa situação está muito clara para o mundo. "A presença de setores não apenas reacionários, mas também repressivos [no governo brasileiro], representam riscos de retrocessos à democracia no país", diz.

E ressalta: "Lula segue contando com a solidariedade e a amizade dos setores progressistas do México. Esperamos que as injustiças que foram cometidas contra ele sejam superadas e que novamente e o tenhamos entre nós, par seguirmos lutando juntos por todos esses ideais que compartilhamos".

Prefeito da Cidade do México, senador, governador, três vezes candidato à presidência do México – aos 84 anos Cuauhtémoc Cárdenas tem uma trajetória de lutas ligadas à esquerda. Seu pai, Lázaro Cárdenas, foi presidente do México na segunda metade dos anos 1930 e segue sendo um dos políticos mais populares entre os mexicanos. Impulsionador da reforma agrária, nacionalizou o petróleo.

Petróleo segue sendo ponto crucial para o México, para o Brasil –e para a Venezuela, como está evidente nos acontecimentos recentes. Cuauhtémoc Cárdenas não tem dúvida de que os interesses norte-americanos sobre a maior reserva de petróleo do planeta estão no cerne na crise atual venezuela, de desdobramentos imprevisíveis.

Para ele, a pressão inaudita de Donald Trump sobre a Venezuela tem origem no desejo de "assegurar que as reservas [venezuelanas] estejam disponíveis [para os EUA] a curto e a longo prazo". Cárdenas classifica como "intervenções indevidas" as medidas de bloqueio e de cofisco de bens venezuelanos no exterior. "São passos indevidos que prejudicam a economia e a situação social da Venezuela".

Ele defende a negociação, apoiando a iniciativa liderada pelo México e pelo Uruguai para um diálogo entre as forças governistas e de oposição. Nicolás Maduro concordou com a realização de conversas, mas a oposição se recusa a debater, investindo no confronto com o apoio total dos EUA. Cárdenas espera que "o tempo possa jogar a favor do diálogo".

E como enfrentar essa onda regressiva, especialmente no Brasil? Nesta entrevista exclusiva ao Tutaméia, Cuauhtémoc Cárdenas advoga a unidade "de todos aqueles que querem solucionar os problemas principais da população. É preciso colocar em primeiro lugar os problemas coletivos e discutir como os setores populares podem se organizar para fazer frentes em comum".

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/383807/Bolsonaro-serve-aos-EUA-e-n%C3%A3o-ao-povo-brasileiro-diz-C%C3%A1rdenas.htm

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Carlos Bolsonaro diz que toda a imprensa do Brasil e do mundo é formada por bandidos


247 - O vereador Carlos Bolsonaro, que é "carinhosamente" chamado pelo pai de "pitbull", disparou ataques à imprensa nesta quarta-feira (23) e classificou como "bandidos" todos os críticos realizado pelo presidente Jair Bolsonaro, durante a abertura Fórum de Davos, nesta terça-feira (22). A fala de Bolsonaro, de apenas oito minutos, foi amplamente criticada nacionalmente e internacionalmente por jornalistas como Guga Chacra, Reinaldo Azevedo, Martin Wolff, Jamil Chade, Heather Long e Sylvie Kauffmann, além dos Jornalistas pela Democracia, entre outros.

"A narrativa dos bandidos agora é que o discurso do Presidente Bolsonaro em Davos foi um fiasco. É inacreditável!! Eu imagino o Brasil governado mais 4 anos pelos amigos PT, PSOL e PCdoB. Acabaríamos! A começar pela representação física à posse do ditador venezuelano!", disparou o vereador.

Carlos Bolsonaro

@CarlosBolsonaro

A narrativa dos bandidos agora é que o discurso do Presidente Bolsonaro em Davos foi um fiasco. É inacreditável! ! Eu imagino o Brasil governado mais 4 anos pelos amigos PT, PSOL e PCdoB. Acabaríamos! A começar pela representação física à posse do ditador venezuelano!

17,6 mil

07:56 - 23 de jan de 2019

Apesar do tom elevado, Carlos Bolsonaro não entrou do mérito do escândalo que veio à tona nesta terça envolvendo seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, que contratou a esposa e mãe do chefe do "escritório do crime", Adriano Magalhães da Nobrega, para trabalhar em seu gabinete. O miliciano, que está foragido, é um dos investigados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/381266/Carlos-Bolsonaro-diz-que-toda-a-imprensa-do-Brasil-e-do-mundo-%C3%A9-formada-por-bandidos.htm

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Temer, Moreira Franco, Padilha, Queiróz, Lorenzoni. Cadê o Moro?


Por Ricardo Melo, do Jornalistas pela Democracia

O ministro da Justiça Sérgio Moro é o típico personagem deste governo que espanta o país e o mundo. Quando juiz de Curitiba, posou de valentão e vestiu a fantasia de Torquemada. Um artigo de jornal, um pedalinho e um roupão com iniciais eram suficientes para incriminar o ex-presidente Lula. Em nome de indícios tão "robustos", humilhou o maior líder popular da história do país. Terminou por confinar Lula a uma solitária com base num processo fraudulento, enquanto combinava sua indicação para o gabinete de Jair Bolsonaro. Cometeu uma sucessão de crimes funcionais deliberadamente abafados pela corporação judiciária.

Moro agora está nu. Suas pretensas convicções de limpar o país, como se vê nos dias atuais, não passavam de parolagem para integrar o esquema destinado a destruir a oposição, o PT em particular.

Michel Temer, Moreira Franco, Eliseu Padilha, para não falar de outros, hoje são cidadãos comuns. Perderam o foro privilegiado que os mantinha a salvo da avalanche de processos de que são alvos. A somar as roubalheiras de que são acusados, a quantia supera em muito os supostos valores de que Lula é acusado, sem provas, de se beneficiar. Deveriam estar respondendo à Justiça a partir de primeiro de janeiro. Mas estão aí, livres, leves e soltos.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

O caso do laranja Fabrício Queiróz é ainda mais escabroso. As evidências de que o cidadão manipulava verbas do povo em favor da famiglia Bolsonaro são claras como a luz solar. Após o vídeo em que o "brother" do clã contracena saltitante com uma haste de soro, embora alegue enfermidades para não depor, a situação dispensa maiores comentários. A título de comparação: quem não se lembra, por exemplo, de que o ex-ministro Guido Mantega foi preso no mesmo hospital Albert Einstein num momento em que sua mulher passava por uma cirurgia de risco? Precisa desenhar?

Do ministério atual nem é preciso se estender. O chefe do meio ambiente é acusado de intermediário em transações irregulares de licenças ambientais. A ministra veneno, da Agricultura, está encrencada com negociatas com a JBS. E o Lorenzoni? Acusado de caixa-dois, foi perdoado por Moro porque "reconheceu" o erro. A sentença mais rápida do oeste. Mas aí apareceu outra denúncia contra o mesmo Lorenzoni. O ministro da Justiça deve achar que "não vem ao caso", como dizia diante dos argumentos da defesa do ex-presidente Lula.

Sérgio Moro desmoraliza-se ainda mais rápido do que quando foi ungido a "faxineiro" de improbidades. Em dobradinha com a procuradora Raquel Dodge e o STF, constitui a turma do abafa o caso. Quando interpelado, ou foge dos jornalistas ou muda de assunto: manda meia dúzia de soldados para o Ceará e não consegue conter o ataque de facções do crime organizado.

Demite funcionários que não podia e que continuam trabalhando pouco se lixando para seus decretos. Passa um vexame internacional no caso Cesare Battisti. Só lhe resta encarregar a mulher de postar twitters para defender as prevaricações do marido.

Quando o próprio ministro da Justiça é o primeiro a encobrir as aberrações e roubalheiras à sua volta, é impossível esperar qualquer coisa de positiva neste governo. Como, aliás, era de se prever. É daí para pior.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/ricardomelo/380378/Temer-Moreira-Franco-Padilha-Queir%C3%B3z-Lorenzoni-Cad%C3%AA-o-Moro.htm

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Um governo ficha-suja: mais da metade dos ministros estão enrolados


247 - O futuro governo Bolsonaro, surgido no bojo de uma onda "contra a corrupção", tem mais da metade dos ministros anunciados envolvidos em  denúncias e investigações. Seis dos dez nomes indicados por Bolsonaro estão enrolados: Onyx Lorenzoni, deputado (Casa Civil); Paulo Guedes, economista (Economia); Marcos Pontes, tenente-coronel (Ciência e Tecnologia); Tereza Cristina, deputada (Agricultura); Luiz Henrique Mandetta, deputado e médico (Saúde); e Sérgio Moro, agora ex-juiz federal (Justiça).

Até o momento, não há investigações em curso contra quatro ministros anunciados: Augusto Heleno, general (Segurança Institucional); Fernando Azevedo e Silva, general (Defesa); Ernesto Araújo, diplomata (Relações Exteriores); e Wagner Rosário, atual ministro (Controladoria-Geral da União).

As acusações e denúncias contra cada um:

Onyx Lorenzoni: recebimento comprovado de doações ilícitas em campanha eleitoral (caixa 2); para o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, o uso de caixa 2 em campanhas eleitorais, é "pior que corrupção".

Paulo Guedes: há investigações por fraudes contra fundos de pensão e fundos de investimentos em valores que podem chegar a mais de R$ 1 bilhão.

Marcos Pontes: acusado de ser sócio oculto de uma empresa quando era militar da ativa -aos militares é vedado serem sócios de empresas.

Tereza Cristina: investigada por conceder incentivos fiscais à JBS quando era secretária estadual de Desenvolvimento Agrário e Produção de Mato Grosso do Sul, na mesma época em que arrendou para si uma propriedade ao grupo.

Luiz Henrique Mandetta: o deputado não reeleito é investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 no contrato para implementar um sistema de informatização na saúde em Campo Grande, no período no qual foi secretário. O futuro ministro teve os bens bloqueados em uma ação civil pública relativa ao caso.

Sérgio Moro: responde a diversos processos disciplinares no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre eles estão: vazamento para a imprensa da delação premiada de Antonio Palocci; a divulgação da conversa gravada entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula; a aceitação do convite para se tornar ministro da Justiça do presidente eleito Jair Bolsonaro, diante da revelação que o convite fora feito ainda durante a campanha eleitora; a interferência indevida de Moro para impedir o cumprimento de um habeas corpus que determinava a soltura de Lula, em julho passada; viagem ao exterior patrocinada por entidade privada (Lide) para participar de evento a convite de João Doria.

A qualidade do ministério de Bolsonaro está surpreendendo até setores da mídia que vinham manifestando neutralidade e até simpatia a Bolsonaro. Gilberto Dimenstein, proprietário do site Catraca Livre, manifestou-se nesta terça com um tweet sobre o assunto:

Além dos futuros ministros enrolados com a Justiça, Bolsonaro, que havia prometido um ministério desvinculado da política tradicional está compondo um governo alicerçado no DEM. O partido é o único com parlamentares no ministério até o momento e, mesmo com um desempenho pífio nas eleições, já abocanhou 30% do lote já anunciado: três dos dez indicados são "democratas",  Lorenzoni, Tereza Cristina e Mandetta. O DEM é o sucessor do PFL, por sua vez sucessor do PDS, que surgiu da Arena, o partido que deu sustentação ao regime militar e reúne a casta política mais arraigada no aparelho de Estado e à política clientelista, especialmente no Nordeste.

Em termos de representação parlamentar, o DEM terá uma bancada no máximo média em 2019. Elegeu apenas 29 deputados federais, muito atrás do PT (56), do PSL (52), PP (37) ou MDB e PSD (cada um com 33). A bancada do DEM é menor até que as do PR, PSB e PRB. É apenas a nona babcada na Câmara, empatada com a do PSDB. No entanto, é a força política predominante até agora no Ministério Bolsonaro.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/poder/375631/Um-governo-ficha-suja-mais-da-metade-dos-ministros-est%C3%A3o-enrolados.htm

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Suíça cobra multa de Cunha por atrapalhar Justiça

 

Valter Campanato/Ag�ncia Brasil: <p>Bras�lia - Presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sess�o extraordin�ria para discuss�o e vota��o de diversos projetos (Valter Campanato/Ag�ncia Brasil)</p>

Justiça suíça determinou que o presidente da Câmara pague seis mil francos suíços (cerca de R$ 22,3 mil) ao judiciário daquele país; cobrança é referente aos custos processuais decorrentes das tentativas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em impedir que os dados e extratos referentes a uma conta bancária que mantinha no banco Julius Baer fossem encaminhados ao Brasil; Tribunal Penal Federal da Suíça alega que Cunha, sua mulher, Cláudia Cordeiros Cruz, e o truste teriam utilizado da mesma estratégia e do mesmo advogado para impedir que as informações fossem remetidas para as autoridades brasileiras; por aqui, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso na semana passada por obstruir a Justiça brasileira

30 de Novembro de 2015 às 10:46

247 - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá que pagar R$ 22,3 mil à Justiça suíça por tentativas de impedir que os dados e extratos referentes a contas bancárias que o deputado mantinha em uma instituição financeira daquele país fossem encaminhados ao Brasil.

O Tribunal Penal Federal da Suíça confirmou que Cunha, sua mulher, a jornalista Cláudia Cordeiros Cruz, e o truste teriam utilizado da mesma estratégia e do mesmo advogado para impedir que as informações fossem remetidas para o Brasil, segundo reportagem de Jamil Chade, do Estadão.

Como os recursos foram rejeitados, Cunha terá que arcar com as despesas processuais. "O montante do pagamento é calculado em função de dimensão e dificuldade da causa, a forma das partes de proceder, sua situação financeira e as taxas de administração", disse o tribunal suíço. O processo foi avaliado pelos juízes em 6 mil francos suíços, cerca de R$ 22,3 mil.

Cunha mantinha contas secretas em seu nome e no da esposa no banco Julius Baer que somavam US$ 2,4 milhões. O presidente da Câmara, que corre o risco de ter o mandato cassado pelo Conselho de Ética da Casa, insiste ser "apenas o beneficiário em vida" das contas na Suíça que, segundo ele, estão em nome de trustes.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/207317/Suíça-cobra-multa-de-Cunha-por-atrapalhar-Justiça.htm

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cunha tentou impedir envio de provas da Suíça

 

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23 de Outubro de 2015 às 18:55

247 – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode ter tentado atrapalhar o andamento das investigações contra ele na Suíça e no Brasil. Cunha é acusado de manter contas secretas no país europeu, por onde passaram dezenas de milhões de dólares em pagamento de propina, e alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal.

Segundo informações de uma fonte ao jornal O Globo, Cunha e sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz, entraram com recurso na Câmara de Apelação Criminal do Tribunal Federal da Suíça para que o dinheiro depositado no exterior e documentos sobre as contas secretas não fossem repassados pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República no Brasil, comandada por Rodrigo Janot.

Segundo a reportagem, até o momento o pedido de Cunha e da mulher não foi julgado e há poucas chances de o deputado ter sucesso. Autoridades suíças já enviaram documentos à Procuradoria no Brasil e é provável que envie também o dinheiro bloqueado no país – quase R$ 10 milhões, em duas de quatro contas que têm o casal como beneficiário. Por conta das provas, há um segundo inquérito contra Cunha no STF.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/202245/Cunha-tentou-impedir-envio-de-provas-da-Suíça.htm

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A mais nova prova histórica das armações da imprensa contra Lula

 

folha lula

A grandiloquência da manchete principal de primeira página da edição da Folha de São Paulo de 16 de outubro de 2015 sugeriu ao leitor uma grande revelação sobre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, a matéria era mentirosa. A manchete, falsa. Uma “bala de festim”. E não, não é um “petralha” quem diz isso.

A ombudsman da Folha de São Paulo, Vera Guimarães Martins, criticou, na última edição dominical desse veículo, matéria que noticiou menção de delator da Lava Jato ao ex-presidente.

Vera criticou o destaque dado a uma declaração do tal “Fernando Baiano”. A ombudsman disse, simplesmente, que o jornal distorceu a declaração do delator. Mas o que a fez condenar a Folha ainda mais foi ter elevado uma declaração inconclusiva ao patamar de notícia bombástica.

Para entender por que, há que fazer uma comparação. Não há diferença alguma entre a declaração desse delator sobre Lula e outra dada pelo doleiro Alberto Yousseff sobre Aécio Neves.

O delator “Fernando Baiano” diz ter repassado dinheiro ilegal ao empresário José Carlos Bumlai, que teria pedido a quantia em nome de uma das noras de Lula. O doleiro Alberto Youssef afirmou que o ex-deputado José Janene e o presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, acusaram Aécio Neves e a irmã dele de usarem a empresa Furnas para arrecadar propinas.

Qual é a diferença entre as duas acusações? Zero.

Qual a diferença entre o destaque dado pela imprensa à acusação de “Fernando Baiano” e o que foi dado à acusação contra Yousseff? Enorme.

A acusação contra Lula ganhou manchetes principais de primeira página. Mas e contra Aécio, houve celeuma igual? Claro que não. Todos sabem que não.

Qual é a diferença de importância entre Lula e Aécio? Neste momento, nenhuma. Um é o maior líder político dos governistas e o outro é o maior líder político dos oposicionistas. Fazer bombar a acusação contra um e minimizar a acusação contra o outro, pois, é partidarismo descarado.

Não existe um único jornalista responsável que seja capaz de negar esse fato.

Aliás, por que a acusação contra Lula está sendo investigada e a acusação contra Aécio, não? Além da imprensa, Ministério Público, Polícia Federal e Justiça tampouco conseguirão explicar uma diferença tão grande de tratamento a casos praticamente iguais.

Apesar do texto curto, as palavras da ombudsman da Folha são demolidoras para o jornal. Ela simplesmente o acusa de ter mentido sobre o que disse o delator “Fernando Baiano” sobre Lula e sua família.

Vejamos.

folha lula 1

Duas outras ponderações da ombudsman valem a pena ser comentadas.

Primeiro, quando ela acusa a Folha de transformar “títulos esquentados” em manchete principal de primeira página. Sabe o que é um “título esquentado”? É uma manchete sensacionalista e que, segundo diz a ombudsman, não condiz com a reportagem a que essa manchete remete.

Trocando em miúdos: a ombudsman acusou a Folha de fazer seu leitor de palhaço. Simples assim.

A segunda ponderação da ombudsman que deve ser destacada de seu texto curtíssimo sobre o caso é a explicação da Folha para ter feito o que fez. Segundo a Redação do jornal, “As declarações [de “Fernando Baiano”] foram prestadas à Justiça em um acordo de delação premiada”. O jornal diz que não acha “justo”, portanto, dizer que a matéria é “disse-me-disse”.

Vamos falar do que é justo, então. A matéria (linkada acima) sobre acusação quase idêntica contra Aécio quando era governador de Minas Gerais – acusação que veio à tona recentemente – foi feita, também, em um acordo de delação premiada entre o delator Alberto Yousseff e a Justiça. Por que a Folha tratou aquele caso de forma diferente?

Eis que o Blog resolveu verificar de que forma a Folha tratou a acusação de Yousseff contra Aécio. Abaixo, resultado da busca feita no site do jornal.

folha lula 2

Ou seja: acusação contra Lula ganha a manchete mais destacada possível e a acusação contra Aécio não ganha manchete nenhuma. Nem com pouco destaque.

Como a “Redação” explica isso? Não explica. Nunca explicou. E, se for instada a explicar, não o fará.

Por que? Porque ninguém vai dar (voluntariamente) uma explicação que o comprometa. E a explicação para esse comportamento do jornal é a de que ele atua com viés político-partidário, o que não poderia comprometer mais um veículo que tenta passar ao público a imagem de “isento”.

Apesar de ser triste comprovar, mais uma vez, o nível transbordante de má fé que permeia o jornalismo corporativo no Brasil, a coluna da ombudsman acima reproduzida servirá como registro histórico de grande eloquência.

No futuro, os historiadores concluirão que, além de os grandes meios de imprensa brasileiros desta época serem partidarizados, atuavam com dose cavalar de cinismo, de desfaçatez, de verdadeiro deboche, pois chegavam a reconhecer que seu jornalismo era antiético, mas, apesar disso, não mudavam de comportamento.

http://www.blogdacidadania.com.br/2015/10/a-mais-nova-prova-historica-das-armacoes-da-imprensa-contra-lula/

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PSDB é a favor da corrupção eleitoral. É só conferir

Foto de Fernando Pereira.

Fernando Pereira

Os paladinos da moral e bons costumes. Tucanalhas querendo manter as doações empresarias de campanha, foram derrotados no senado, eles e a TV lava jato.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Suspeitas sobre contas de Aécio e PSDB precisam ser investigadas, cobra deputado

AdelmoLeao gustB

Mais uma situação que o ex-candidato à Presidência da República e senador Aécio Neves (PSDB-MG) terá que explicar acerca de irregularidades financeiras de sua campanha em 2014. O tucano precisará responder por qual motivo o seu partido tinha dois tesoureiros, um de fato e outro de direito. Muito embora o ex-ministro José Gregori (ex-secretário Nacional de Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça de FHC) tenha se apresentado no pleito do ano passado como tesoureiro, quem aparece oficialmente como ocupante da função é Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio.

Na prestação de contas apresentada pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre as quais recaem suspeitas de irregularidades em 15 itens, o nome que consta como “administrador financeiro” responsável é Frederico Pacheco, que até janeiro de 2015 ocupava o cargo de diretor de Gestão Empresarial da Cemig, a companhia de eletricidade do governo de Minas Gerais. Segundo informações da Rede Brasil Atual, publicadas nesta segunda-feira (7), o primo de Aécio já participava do governo mineiro desde 2003, quando o ex-presidenciável assumiu seu primeiro mandato como governador. Pacheco foi secretário-adjunto de governo e secretário-geral de Aécio.

Para o deputado Adelmo Leão (PT-MG), o conjunto da obra sobre as finanças da campanha presidencial tucana é grave, não apenas no que se refere à questão dos tesoureiros, mas, sobretudo, acerca das irregularidades já apontadas. “O que a gente tem insistido com as instâncias responsáveis por analisar as contas de campanha é que não se pode tratar com pesos e medidas diferentes situações semelhantes. Ou seja, condenando alguns e protegendo outros, omitindo situações e fatos”, argumentou o parlamentar.

No mês passado, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da prestação de contas da campanha de Aécio no TSE, pediu explicações sobre 15 itens com supostas irregularidades detectadas. Entre elas, está o não registro de transferência de Aécio para o PSDB de uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht – uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato. “O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", destaca o relatório da Justiça Eleitoral.

Adelmo Leão ressaltou a necessidade de, juntamente com a investigação dos pontos suspeitos de irregularidades, o TSE se debruçar sobre a constatação de haver um titular do cargo de tesoureiro e outra pessoa que efetivamente desempenhava a função. “É mais um fato que cabe aos órgãos de Estado analisar nas contas dos tucanos”, reforçou.

Ao rol de suspeitas que envolvem as finanças tucanas, soma-se a documentação complementar enviada pela Polícia Federal na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de dar prosseguimento às investigações que têm como foco o senador e ex-governador mineiro e também senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Segundo os dados da PF, uma nova testemunha – servidora do governo mineiro na Secretaria de Planejamento – trouxe elementos que podem relacionar uma remessa de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato, ao tucano Anastasia.

PT na Câmara com Rede Brasil Atual

Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

Sonegação bilionária: Augusto Nardes envolvido na Operação Zelotes?

 

zelotesAugusto Nardes, ex-deputado federal (PP-RS), ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) — órgão auxiliar do Congresso Nacional — estaria envolvido no esquema de sonegação de impostos que pode ter causado um prejuízo de R$ 19 bilhões aos cofres públicos? Quem levantou a hipótese foi a revista Carta Capital, em matéria publicada no seu portal, nesta terça-feira (8).

Na semana passada, a força-tarefa da Operação Zelotes, que investiga o esquema bilionário que manipulava decisões e multas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), fez buscas em Santo Ângelo (RS), cidade de Nardes, e a suspeita é de que uma empresa da qual é sócio o ministro participe da fraude. Santo Ângelo é a terra natal de Paulo Roberto Cortez, um dos principais delatores do esquema.

Nardes disse que está “tranquilo” porque se afastou de todas as empresas desde que se tornou ministro do TCU. A Carta Capital e outros veículos da imprensa informam que parte das investigações da Zelotes será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que há suspeita de participação no esquema de autoridades com foro privilegiado, o que se aplica aos integrantes do Tribunal de Contas.

Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a Zelotes precisa investigar a fundo todas as conexões do esquema. “Devemos permanecer vigilantes para impedir as tentativas de operação abafa sobre a Zelotes. Existem grandes empresas envolvidas e com certeza nada disso ocorreria sem proteção política, por isso precisamos que a investigação se aprofunde e desvende completamente este esquema bilionário de corrupção”, defendeu Pimenta.

Augusto Nardes ganhou recentemente os holofotes da mídia e da oposição conservadora por conta da sua defesa enfática da reprovação das contas de 2014 da presidenta Dilma Rousseff. Quando foi indicado para o TCU, em 2005, pelo então presidente da Câmara, o deputado Severino Cavalcante (PP-PE), que depois renunciou ao mandato para evitar um processo de cassação de mandato, Nardes teve que enfrentar a resistência do presidente do órgão fiscalizador à época, Adylson Motta, que escreveu ao presidente Lula pedindo que não sancionasse a nomeação de Nardes devido “à inobservância do requisito constitucional da reputação ilibada e idoneidade moral”.

A Zelotes apura o esquema fraudulento de perdão de dívidas fiscais que beneficiava grandes empresas. Dentre as citadas até o momento como suspeitas, figuram o grupo midiático RBS, os bancos Santander, Bradesco, Opportunity e Safra, a construtora Camargo Correa e a fábrica Gerdau. A investigação analisa 74 processos suspeitos do Carf, julgados entre 2005 e 2013, que somados podem chegar a R$ 19 bilhões sonegados.

PT na Câmara

http://www.ptnacamara.org.br/index.php/component/k2/item/24328-sonegacao-bilionaria-augusto-nardes-envolvido-na-operacao-zelotes

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Aécio e Anastásia serão alvos de várias CPI’s em 2015

 

2015 promete ser o começo de uma grande dor de cabeça para os tucanos, documentos descobertos serão enviados ao MP

O ano de 2015 promete ser o início de uma forte dor de cabeça para o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Várias Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) estão na mira da antiga oposição da Assembleia Legislativa para investigar tanto a gestão do parlamentar mineiro, que governou Minas de 2003 a 2010, como a do seu correligionário e sucessor, Antonio Anastasia, eleito senador neste ano.
“Durante esses 12 anos de governo (do PSDB) em Minas, a oposição foi impedida de instalar CPIs. Havia boicotes”, dispara o deputado estadual Rogério Correia (PT), reeleito para o seu quarto mandato na Assembleia de Minas Gerais, com 72.413 votos.
A CPI de Repasses Educacionais é uma das que está na lista dos oposicionistas. Com base em cálculos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o deputado afirma que há uma defasagem de R$ 8 bilhões em recursos que deveriam de sido aplicados na área nos 12 anos de governo tucano em Minas.
“Jamais aplicaram o mínimo de 25% como determina a legislação”, diz Correia ao Minas 247. De acordo com o parlamentar, se for instalada, a CPI da Saúde também investigará uma defasagem em torno de R$ 8 bilhões no setor.
Outra CPI envolve um parente de Aécio, conforme o deputado, a da Construção da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, sede do governo mineiro, entregue em 2010. O deputado informa que a obra teve um custo de R$ 600 milhões, porém a despesa final alcançou R$ 1,2 bilhão, o dobro do valor inicial.
Segundo o petista, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) foi a responsável pela obra, que era presidida por um parente de Aécio chamado Oswaldo Borges da Costa. “Ele preside a Codemig desde que Aécio entrou (no governo)”, complementa. Ainda referindo-se à Codemig, o parlamentar afirma que será investigada a extração de um minério conhecido como Nóbio feita sem licitação.

CPIs do Mineirão e Cemig

Nem mesmo o Mineirão, um dos estádios-sede da Copa do Mundo ficou de fora da lista de CPIs por parte dos antigos oposicionistas, que agora compõem a base aliada do governador eleito de Minas, o ex-ministro Fernando Pimentel (PT).
Correia diz que, de acordo com contrato entre o governo mineiro e o consórcio Minas Arena, responsável pelo gerenciamento do estádio, o consórcio deve atingir um lucro de R$ 7 milhões com a manutenção da arena.
“No ano passado (2014), o governo desembolsou cerca de R$ 50 milhões só para o lucro do consórcio. Tira dinheiro público para sustentar o lucro da empresa”, denuncia o parlamentar. O deputado aponta, ainda, superfaturamento nas obras.
Em relação à Companhia Energética de Minas Gerias (Cemig), Correia afrima que atualmente a empresa é controlada pela Andrade Gutierrez (a mesma envolvida na Operação Lava Jato, da Polícia Federal). “A Andrade, embora tenha participação minoritária, tem um mando, no mínimo, estranho”, complementa.

Rádio Arco-Ìris e IPSEMG

Outra CPI citada pelo deputado, que pode ser instalada, é a das Verbas Publicitárias. Parlamentares da Assembleia de Minas pretendem investigar a doação de verba publicitária para a Rádio Arco-Íris, da qual Aécio é proprietário, bem como sua irmã, Andrea Neves. Vale ressaltar que, em 2012, o Ministério Público (MP-MG) instaurou um inquérito civil com o objetivo de apurar os repasses feitos ao veículo entre 2003 e 2010.
A ligação de Aécio com a emissora veio à tona em abril de 2011, quando o senador mineiro se recusou a fazer o testo do bafômetro depois de ser parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. O parlamentar, que foi multado em R$ 1.149,24, teve a carteira de habilitação (vencida) apreendida.
O senador tucano dirigia uma Land Rover de placa HMA-1003, comprado em novembro de 2010 em nome da emissora, detentora de uma franquia da Rádio Jovem Pan FM em Belo Horizonte.
Em nota, a assessoria de Aécio negou que a rádio tenha recebido patrocínios durante a gestão do tucano. De acordo com a assessoria do senador, foram utilizados critérios técnicos na escolha das rádios que receberiam verbas publicitárias e negou interferência de Andrea no direcionamento de recursos – ela foi coordenadora do Núcleo Gestor de Comunicação Social do Executivo, órgão responsável por controlar gastos do governo com comunicação.
O deputado do PT menciona, também, o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) como um dos possíveis alvos de investigações. Sem maiores detalhes, Correia diz que recursos foram retirados do instituto para o caixa único do governo. O valor seria cerca de R$ 250 milhões.
Em novembro passado, o governo mineiro informou, em nota, que o decreto referente à medida “apenas” regulamenta a transferência dos recursos de uma conta bancária para outra, e comprometerá o orçamento destinado à assistência médica dos servidores por meio do Ipsemg. “O dinheiro do Ipsemg é o único, dentre os órgãos públicos, que não está no caixa único do Estado. O decreto apenas regulamenta a transferência do dinheiro, que será feita aos poucos”.
Conforme a nota, o caixa único pode aumentar os rendimentos dos recursos do instituto de previdência dos servidores. “O caixa único do Estado tem mais dinheiro do que o fundo usado para a assistência médica. Dessa forma, os rendimentos são maiores também, o que pode garantir mais dinheiro para o Ipsemg e mais benefícios para o servidor”.

Aeroporto de Claudio

Talvez o caso mais conhecido acerca de possíveis investigações contra Aécio, o aeroporto de Claudio, município do interior mineiro. Conforme denúncia da Folha, em matéria publicada em julho do ano passado, o tucano cometeu ato de improbidade administrativa ao utilizar R$ 14 milhões de recursos públicos para construir um aeroporto, em uma área desapropriada que pertencia ao seu tio-avô.
Também no mês de julho, em artigo enviado para a Folha, Aécio afirmou que, “se algum equívoco houve, certamente eu posso reconhecer e não ter me preocupado em examinar em que estágio o processo de homologação está”. “Este é um equívoco e eu quero reconhecer. O MP-MG abriu investigação sobre o caso.
O parlamentar informa que o início dos trabalhos e a ordem das instalações das CPIs na Assembleia ainda serão definidos.

Ataques a Aécio

Questionado sobre a atuação de Aécio durante a campanha presidencial, o deputado Rogério Correia foi taxativo: “Minas derrotou Aécio. Isso diz tudo. Mostrou ao Brasil que onde ele governava não se confia, tanto do ponto de vista moral e ético como administrativo”, alfinetou. No primeiro turno da eleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio em Minas por 43% dos votos válidos contra 39% do senador. No segundo turno, a petista também ficou na frente (52,41% a 47,49%).
“É um senador nota zero”, cutuca o deputado, em referência à nota da revista Veja atribuída ao senador (veja aqui). Ao explicar a nota dada ao tucano, a revista disse que o senador foi afetado pela campanha presidencial, que teria provocado seu afastamento das atividades parlamentares (confira aqui). “A pior revista do Brasil dá nota zero ao pior senador”, acrescenta Correia.
Para o deputado, Aécio “se sustentou no antipetismo”. “Se não fosse isso, ele teria tomada uma ‘balaiada’ da Dilma”, afirma Correia. Dilma venceu a eleição, em segundo turno, por 51,64% a 48,36%. “Com a vitória de (Fernando) Pimentel, vamos mostrar o que de fato foi governo Aécio em Minas”.

Minas 247 – Diário do Brasil e Portal Metrópole

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Procuradoria pede 184 anos de prisão para Cunha

 

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21 de Agosto de 2015 às 05:45

247 - Na denúncia feita ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede 184 anos de prisão ao parlamentar.

Para chegar ao cálculo, ele cita casos de corrupção em ao menos dois episódios e mais de 60 casos diferentes de lavagem de dinheiro. Levando em conta a soma mínima de cada um dos crimes, a conta chegaria a 184 anos. No entanto, na prática, ele ficaria 30 anos em regime fechado, o máximo permitido pela legislação

Rodrigo Janot aponta que o peemedebista recebeu vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung pela Petrobras e pede 'restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões'.

De acordo com a lei brasileira, porém, na prática ele ficaria 30 anos em regime fechado, o máximo permitido por nossa legislação. De qualquer modo, informa o Valor Econômico, a tendência do Supremo Tribunal Federal é de reconhecer cada crime em uma única vez para, depois, aumentar a pena em até dois terços e não somar todas as penas mínimas.

Leia aqui reportagem de Maira Magro sobre o assunto.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/193784/Procuradoria-pede-184-anos-de-prisão-para-Cunha.htm

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Janot formaliza denúncia contra Cunha no STF

 

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20 de Agosto de 2015 às 16:53

247 – A Procuradoria-Geral da República protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), no início da tarde desta quinta-feira 20, denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na denúncia, o deputado é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber propina de ao menos US$ 5 milhões e vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção de navios-sonda para a Petrobras.

Janot pede 'restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões'.

A denúncia tem como base o depoimento do empresário Júlio Camargo, delator da investigação. Nesta quarta-feira, Cunha disse que não cogita se afastar da presidência da Câmara, independente da denúncia.

O documento entregue ao STF também denuncia a ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ) "por ter participado de pressão pelo pagamento de valores retidos, incorrendo em corrupção passiva".

Collor também é denunciado

O procurador Rodrigo Janot também denunciou o senador Fernando Collor (PTB-AL) pro corrupção e lavagem de dinheiro. No caso de Collor, as investigações indicam que o parlamentar teria recebido cerca de R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Collor também foi alvo da Operação Politeia, fase da Lava Jato que apreendeu três carros de luxo na Casa da Dinda, residência particular do ex-presidente. Na ocasião, a PF encontrou uma Lamborghini, uma Ferrari e um Porsche.
Segundo o MPF, a denúncia feita contra o senador Collor está sob sigilo, já que as informações são fruto de delação que ainda são sigilosas.

Confira abaixo a íntegra do texto publicado pela Secretaria de Comunicação Social da PGR:

Fato criminoso envolve o recebimento de propina para construção de dois navios-sondas da Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia ao Supremo Tribunal Federal em que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobras, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012. Janot pede a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e da ex-deputada Federal Solange Almeida por ter participado de pressão pelo pagamento de valores retidos, incorrendo em corrupção passiva.

Segundo a denúncia, dentro do esquema ilícito investigado na Operação Lava Jato, Eduardo Cunha recebeu vantagens indevidas para facilitar e viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção dos navios-sondas Petrobras 10000 e Vitoria 10000, sem licitação, por meio de contratos firmados em 2006 e 2007. A intermediação foi feita por Fernando Soares, operador ligado à Diretoria Internacional da Petrobras, de indicação do partido PMDB. A propina foi oferecida, prometida e paga por Júlio Camargo.

O procurador-geral explica que, para dar aparência lícita à movimentação das propinas acertadas, foram celebrados dois contratos de comissionamento entre a Samsung e a empresa Piemonte, de Júlio Camargo. Dessas comissões saíram as propinas prometidas a Fernando Soares, Eduardo Cunha e ao então diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que levou a questão à Diretoria Executiva e obteve a aprovação dos contratos relativos aos navios-sondas, nos termos propostos pela Samsung.

Por causa dos contratos, a Samsung transferiu, em cinco parcelas pagas no exterior, a quantia total de US$ 40,355 milhões para Júlio Camargo, que em seguida transferiu, a partir da conta mantida em nome da offshore Piemonte, no Uruguai, parte destes valores para contas bancárias, também no exterior, indicadas por Fernando Soares. Cunha é acusado de lavagem de dinheiro por ocultar e dissimular o recebimento dos valores no exterior em contas de empresas offshore e por meio de empresas de fachada.

Pressão pelo pagamento - As investigações demonstraram que, a partir de determinado momento – mais especificamente após os recebimentos das sondas, a Samsung deixou de pagar as comissões para Júlio Camargo, acabando por inviabilizar o repasse da propina aos destinatários finais. Com isso, Eduardo Cunha passa a pressionar o retorno do pagamento das propinas, valendo-se de dois requerimentos perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, formulados pela então deputada Solange Almeida, em julho de 2011.

Os requerimentos solicitavam informações sobre Júlio Camargo, Samsung e o Grupo Mitsui, envolvido nas negociações do primeiro contrato. Um foi dirigido ao Tribunal de Contas da União e outro ao Ministério de Minas e Energia. Segundo Janot, a ex-deputada tinha ciência de que os requerimentos seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscalização inerente ao mandato popular, para obtenção de vantagem indevida. Para ele, não há dúvidas de que o verdadeiro autor dos requerimentos, material e intelectual, foi Eduardo Cunha.

De acordo com as investigações, Eduardo Cunha elaborou os dois requerimentos, logado no sistema da Câmara como o usuário "Dep. Eduardo Cunha", utilizando sua senha pessoal e intransferível, e os arquivos receberam os metadados do usuário logado no momento de sua criação. Depois, os requerimentos foram autenticados pelo gabinete da então deputada Solange Almeida, sendo que ela não era integrante ou suplente da Comissão de Fiscalização e não havia apresentado nenhum outro requerimento à comissão naquele ano.

Na denúncia, Janot informa que, em razão da pressão exercida, os pagamentos foram retomados, por volta de setembro de 2011, após reunião pessoal entre Fernando Soares, Júlio Camargo e Eduardo Cunha. O valor restante foi pago por meio de pagamentos no exterior, entregas em dinheiro em espécie, simulação de contratos de consultoria, com emissão de notas frias, e transferências para igreja vinculada a Eduardo Cunha, sob a falsa alegação de que se tratava de doações religiosas.

Além da condenação criminal, o procurador-geral pede a restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/193757/Janot-formaliza-denúncia-contra-Cunha-no-STF.htm

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Corrupção é causa de 59% das expulsões no executivo federal em 2015

No primeiro semestre de 2015, o Poder Executivo Federal expulsou 266 agentes públicos por envolvimento em atividades contrárias à Lei nº 8.112/1990 (regime jurídico da União) sendo 59% por corrupção. A informação está contida no relatório de punições expulsivas, divulgado mensalmente pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo o documento, em 2015 foram registradas 227 demissões de servidores efetivos, 16 destituições de ocupantes de cargos em comissão e 23 cassações de aposentadorias. Em junho foi aplicado o maior número de penalidades, com total de 81 expulsões.

Além de corrupção, outras razões para a expulsão de servidores foram: abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos; atuação de forma desidiosa; e participação em gerência ou administração de sociedade privada.

No âmbito da administração pública federal, em quase todos os Estados houve expulsão em 2015 – exceto em Sergipe e Piauí.

Desde 2003, informa a CGU, foram aplicadas 5.390 expulsões de servidores, uma média de mais de uma por dia. As penalidades foram aplicadas pelos órgãos da administração pública federal. Os dados não incluem os empregados de empresas estatais, como a Caixa Econômica, os Correios, a Petrobras, entre outras.

O servidor punido, dependendo do tipo de infração cometida, não poderá ocupar cargo público pelo prazo de cinco anos ou poderá, até mesmo, ficar impedido de retornar ao serviço público. Também fica inelegível por oito anos, nos termos da Lei da Ficha Limpa.

A Controladoria também mantém o Cadastro de Expulsões da Administração Federal (CEAF), disponível no Portal da Transparência do Governo Federal. A ferramenta permite consultar de forma detalhada, a punição aplicada ao servidor, órgão de lotação, data da punição, a Unidade da Federação (UF) e fundamentos legais.

http://www.cearaagora.com.br/site/2015/07/corrupcao-e-causa-de-59-das-expulsoes-no-executivo-federal-em-2015/

segunda-feira, 20 de julho de 2015

EDUARDO CUNHA PODE SER O MAIOR BANDIDO DA HISTÓRIA DO BRASIL DIZ DELATOR

 

eduardo_cunha

Texto da Revista Forum

A delação de Júlio Camargo, da Toyo Setal, de que Eduardo Cunha teria sido responsável pela cobrança de 10 milhões de dólares de propinas referentes a dois contratos de US$ 1,2 bilhão de navios-sonda, assinados pela Petrobras entre 2006 e 2007, é a tampa do caixão político do presidente da Câmara Federal que já vinha perdendo força no Congresso, apesar de todo seu comportamento de dono da Casa. Quem tiver dúvidas do que estou dizendo deve procurar o que Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) andou dizendo dele.

Cunha vem escapando de escândalos aqui e acolá há algum tempo. E vem conseguindo ampliar seu raio de atuação agindo como lobista de vários setores. Na disputa do Marco Civil da Internet, por exemplo, operou fortemente para derrotar a nova legislação a favor das teles. Certamente apenas por ideologia…

A força de Cunha no Congresso tem muito a ver com isso. Ele não é um líder natural, que conquista seguidores pela ideias que representa. Ele é aquele que sabe se movimentar nos bastidores e influir a partir de operações um tanto heterodoxas.

Diversos deputados falam à boca pequena que Cunha ganhou as eleições para a presidência na Câmara ainda na campanha eleitoral. E que sua força teria relação com o financiamento da campanha de vários dos eleitos.

Se é verdade ou não, as investigações que serão abertas a partir do depoimento de Júlio Camargo poderão mostrar.

Mas em política, as coisas são mais complicadas do que parecem. E hoje Cunha acabou.

E por que ele acabou?

Porque mesmo os deputados que podem ter sido agraciados com seus favores agora já devem estar apagando todas as chamadas e torpedos que receberam dele nos últimos meses. Sabem que neste momento se relacionar com o presidente da Câmara passa a ser uma ameaça.

Aos poucos, alguns começarão a não só a se afastar dele como vão lhe sugerir que é hora de baixar as armas e sair do foco. Ou seja, tentar fazer uma presidência menos barulhenta ou mesmo se afastar dela enquanto as investigações acontecem. E para que com a sua presença de investigado não atrapalhe a ação de todos os seus colegas.

Certamente Cunha vai ter a generosidade de parte da mídia na cobertura do seu caso. Principalmente da Globo, cujas relações que mantém não vem de hoje.

Antes de ser parlamentar, Cunha foi convidado por Paulo César Farias (lembram?) para presidir a Telerj na gestão de Fernando Collor, o senador da Lamborghini de 2,5 milhões de reais.

Na época, ele encaminhou a privatização da empresa e envolveu-se em um escândalo de superfaturamento. Ele assinou um aditivo de US$ 92 milhões da Telerj com a fornecedora de equipamentos telefônicos NEC Brasil que era controlada pela família Marinho (vejam que coincidência).

Mas mesmo com a benevolência quase certa da Globo, Cunha não vai dar conta do que vai acontecer com ele a partir de agora.
Manifestações contra o deputado passarão a ser uma constante depois disso. Principalmente porque ele tem se mostrado uma ameaça aos direitos da infância, dos LGBTs e de tudo que guarda relação com direitos humanos e ampliação de conquistas progressistas.

Ou seja, esses grupos terão ainda mais um motivo para combatê-lo.

Como previsto por este blogueiro, Cunha não estava indo com tanta sede ao pote à toa. Ele queria mostrar força para tentar escapar das denúncias que sabia apareceriam na Operação Lava Jato. E que poderiam levá-lo a ter o fim de Severino Cavalcanti.

Cunha jogou seu jogo duro e ainda vai tentar outras caneladas, como aprovar o processo de impeachment de Dilma. Mas a partir de hoje ele é mais do que um pato manco. É um congressista carimbado por uma acusação gravíssima de corrupção, porque dez milhões não são dez tostões.

E ai, meus caros, com essa ameaça lhe infernizando a vida, Cunha não terá alternativa. Vai ter de trabalhar para se defender. E ficará sem condições de liderar o que quer que seja. E terá de voltar para a tumba da sua inexpressividade. De onde nunca deveria ter saído. Ou seja, o caixão político de Cunha está sendo lacrado antes do seu primeiro pronunciamento à Nação.

https://jovensdesquerda.wordpress.com/2015/07/17/eduardo-cunha-pode-ser-o-maior-bandido-da-historia-do-brasil-diz-delator/

CUNHA PODE SER AFASTADO DA CÂMARA POR JANOT

 

Após ser acusado de ter cobrado 5 milhões de dólares em propina do lobista Júlio Camargo, representante da Samsung em um contrato bilionário para aquisição de navios sonda com a Petrobras, em 2011, o deputado Eduardo Cunha (PMDB) decidiu subir o tom contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O Painel da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (17) traz um motivo que justifica a postura do peemedebista: "Cunha recebeu nos últimos dias alertas de que Janot pode pedir seu afastamento do comando da Câmara".
Na mesma edição, a Folha traz outro trecho da reação de Cunha às acusações que vem acumulando no âmbito da Operação Lava Jato. Além de dizer que a delação premiada foi forçada para atingir sua imagem, o presidente da Câmara sugeriu que Janot foi quem pressionou, a mando do governo Dilma Rousseff, para que Júlio Camargo falasse "mentiras" contra eles.
"É muito estranho, às vésperas da eleição do procurador-geral da República [Janot tentará a recondução ao cargo nas próximas semanas] e às vésperas de pronunciamento meu em rede nacional [Cunha terá inserção na TV aberta nesta sexta-feira], que as ameaças ao delator tenham conseguido o efeito defesado pelo procurador, ou seja, obrigar o delator a mentir."
Ainda segundo a Folha, para peemedebistas ligados a Cunha, o próximo alvo do Planalto será o vice-presidente Michel Temer. Na visão deles, o governo vai pressionar a Lava Jato a "envolver" Temer no "escândalo" da Petrobras, para "inviabilizar uma eventual sucessão da presidente pelo vice em caso de impeachment."

http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=91389

domingo, 28 de junho de 2015

Ministério Público Federal pega Aecím em Minas

 

Alerta do amigo navegante Afonso, a partir da Procuradoria da República em MG:

MPF afirma que mais de R$ 14 bilhões deixaram de ser aplicados na saúde em MG


Irregularidades aconteceram entre os anos de 2003 e 2012 e refletem o descumprimento de vários dispositivos constitucionais e legais pelos governos estaduais que se sucederam nesse período
Belo Horizonte. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixou a obrigatoriedade de aplicação do percentual mínimo de 12% do orçamento em ações e serviços de saúde pública, como atendimentos de urgência e emergência, investimentos em equipamentos e obras nas unidades de saúde, acesso a medicamentos e implantação de leitos.
De acordo com a ação, o governo estadual, por 10 anos, entre 2003 e 2012, descumpriu sistematicamente preceitos legais e constitucionais, “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”, efetuando manobras contábeis para aparentar o cumprimento da EC 29.
Na prática, “R$ 9.571.062.581,53 (nove bilhões, quinhentos e setenta e um milhões, sessenta e dois mil reais e cinquenta e três centavos) deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Estado de Minas Gerais”, quantia que, em valores atualizados, “corresponde a um desfalque de R$ 14.226.267.397,38″.
O resultado desse descaso, prossegue a ação, revela-se com as “filas extenuantes, a falta de leitos nos hospitais, a demora que chega a semanas e até meses para que o cidadão se entreviste com um médico, a demora na marcação e na realização de exames clínico-laboratoriais, as mortes nas filas dos nosocômios, as doenças endêmicas que vez por outra castigam a população (como foi o caso recente da dengue), a falta de remédios a serem distribuídos à população, etc.”.
Para os procuradores da República, não é sem razão que após tantos anos investindo no SUS bem abaixo do mínimo constitucional, “o serviço público de Saúde, embora considerado o mais importante pela população, alcançou, em 2009 e 2010, os piores índices de satisfação” dentre os serviços públicos prestados pelo Estado de Minas Gerais, conforme relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas do governador do Estado no Exercício 2011.
Manobras para inflar dados – Por 10 anos, o governo estadual incluiu gastos estranhos à saúde para simular o cumprimento da obrigação de investir o mínimo constitucional.
No caso dos estados, os 12% são compostos por recursos públicos oriundos de transferências da União via Fundo de Participação do Estado (FPE) e de arrecadações de impostos estaduais (ITCD, ICMS e IPVA). Esses recursos entram no caixa do Estado a título de orçamento vinculado, ou seja, devem ser obrigatoriamente aplicados na Saúde Pública.
A legislação, inclusive, dispõe, de forma explícita, para não restar dúvidas ao governante, que os recursos vinculados ao cumprimento do mínimo constitucional em saúde devem ser investidos em ações e serviços “que sejam de responsabilidade específica do setor de saúde, não se confundindo com despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicas, ainda que com reflexos sobre as condições de saúde”, como o saneamento básico, por exemplo.
No entanto, para os governos que administraram o estado naquele período, entraram como se fossem gastos com saúde pública até “despesas com animais e vegetais”, já que verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) foram computadas como gastos com saúde.
Interessante é que, antes de 2003, tais despesas eram incluídas na função adequada (no caso do Ima, função 20-Agricultura; no caso da Feam, função 18-Gestão Ambiental), mas passaram a ser contabilizadas como saúde a partir daquele ano para fugir ao cumprimento do mínimo constitucional.
E a mesma manobra foi feita em diversas outras áreas, incluindo repasses a entidades assistenciais, como a Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa Deficiente, além do pagamento de benefícios previdenciários a servidores ativos e inativos do estado, o que é expressamente vedado pela Lei Complementar 141/2012.
Nesse ponto, o MPF lembra que a LC 141 foi editada com o propósito de regulamentar a EC 29, mas, na prática, apenas reforçou todo o arcabouço legislativo já existente, inclusive repetindo o texto de normas de natureza infralegal, como a Resolução nº 322/2003, do Conselho Nacional de Saúde, que elenca expressamente as inclusões proibidas.
Uma dessas vedações diz respeito à inclusão de verbas destinadas ao pagamento de aposentados e pensionistas, principalmente porque se trata de beneficiar uma clientela fechada, contrariando o princípio da universalidade e gratuidade do SUS. Conforme destacou a Comissão Técnica do TCE-MG ao rechaçar a aplicação, as ações e serviços de saúde prestados por entidades como, por exemplo, o IPSEMG, IPSM e Hospital Militar, são de “acesso restrito aos servidores e a seus dependentes e inclusive por eles custeadas”, não sendo, portanto, nem “gratuito nem universal, uma vez que só podem usufruir da assistência prestada por esses Institutos aqueles que contribuem diretamente, quer sejam segurados da ativa, inativos, pensionistas ou seus dependentes, não sendo permitido aos cidadãos em geral utilizar-se da referida assistência”.
Chama ainda atenção o fato de que as receitas que custeiam tais serviços originam-se de fontes próprias – do próprio servidor, que contribui com 3,2% da sua remuneração frente aos 1,6% do Estado, no caso do IPSEMG e IPSM -, ou do pagamento de taxas arrecadadas pela atividade policial.
Ou seja, para alegar o cumprimento da EC 29, os governos estaduais, de 2003 a 2012, consideraram não apenas a receita vinculável (FPE + impostos), “mas também despesas que foram suportadas por recursos diretamente arrecadados, ou seja, que sequer representaram efetivos gastos para o Estado, não consistindo em investimentos reais deste. Assim, conseguiu que um maior valor do próprio orçamento fiscal ficasse livre para outros gastos que não em saúde”.
Para o MPF, “Valer-se destes valores pagos pelos usuários ou oriundos de terceiros, computando-os na soma de investimentos públicos estaduais como se fossem a mesma coisa, é uma inegável artimanha para inflar números e distorcer a realidade”.
“Para além disso, o Governo de Minas Gerais chegou ao absurdo de incluir como se fossem aplicações em ASPS serviços veterinários prestados ao canil da 2ª CIA, reforma da maternidade da 4ª CIA Canil do BPE, serviços de atendimento veterinário para cães e semoventes, aquisição de medicamentos para uso veterinário, aquisição de vacinas para o plantel de semoventes”, relata a ação.
Copasa – Mas os valores de maior vulto, indevidamente incluídos para simular a aplicação do mínimo constitucional, foram direcionados à Copasa, uma sociedade de economia mista que presta serviços de água e esgoto mediante a cobrança de tarifas aos consumidores mineiros. Embora o Estado detenha o controle acionário da empresa, 41,59% de seu capital pertence a outros acionistas, entre eles bancos estrangeiros.
Pois os governos estaduais contabilizaram os gastos feitos pela Copasa com saneamento básico – que, segundo a própria empresa, foram despesas pagas majoritariamente com recursos oriundos de tarifas pagas pelos consumidores, além de recursos oriundos do lançamento de ações na bolsa de valores e de contratos de financiamento – como despesas com o SUS no cumprimento do mínimo constitucional.
Lembrando que também neste caso, até 2002, os investimentos em saneamento básico eram agregados na função 17-Saneamento, o MPF destaca que serviços pagos pelo consumidor vão de encontro à natureza dos serviços públicos de saúde, que devem ser obrigatoriamente gratuitos.
Além disso, a Copasa sequer integra o orçamento fiscal do estado, pois se trata de uma pessoa jurídica de direito privado, não estando integrada, portanto, ao SIAFI, para controle da regularidade no uso de recursos públicos. “Não é sem motivo, portanto, que no decorrer de todos os anos de práticas irregulares, a CAEO [Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária do Estado] ressaltou a má-fé do governo ao misturar a COPASA com as reais despesas do Estado em saúde, para fins de tentar parecer cumprido o mínimo garantido pela Constituição”, afirma a ação.
Para se ter ideia do prejuízo ao SUS causado pela inclusão indevida da Copasa no quadro geral de valores que o governo estadual alegava ter investido em saúde, basta ver que esses recursos já chegaram a representar até 37,18% do total, como ocorreu em 2006.
Por sinal, naquele ano, “apenas 43,57% da quantia que o Estado afirmava ter investido em saúde realmente reverteu em benefício de ações universais e do SUS. Mais da metade, na verdade, dizia respeito a saneamento básico, previdência social, serviços prestados a clientela fechada e verbas diretamente arrecadadas que sequer provinham do orçamento fiscal estadual, as quais jamais poderiam ter sido incluídas no cálculo do piso constitucional em saúde”.
“Ver-se diante da crua realidade de nossos hospitais não deixa ignorar que, caso os bilhões de reais que deixaram de ser investidos no SUS em virtude de distorções nos cálculos do Governo de Minas tivessem sido direcionados corretamente, o cenário poderia ser diferente”, afirmam os procuradores da República.
Pedidos – A ação pede que a Justiça Federal determine à União condicionar o repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados ao efetivo cumprimento da EC 29 pelo Estado de Minas Gerais, com a aplicação, nos próximos anos, dos 14 bilhões que deixaram de ser investidos entre 2003 e 2012. Ou seja, além do valor que o Estado deverá investir normalmente, o governo ainda terá de acrescer parcelas que resgatem a quantia não aplicada nos anos anteriores.
Para isso, o Estado deverá apresentar, no prazo máximo de seis meses, estudos técnicos contábeis e econômicos que demonstrem o valor percentual necessário e possível a ser acrescido à percentagem relativa ao mínimo constitucional (EC nº 29/00) em cada um dos próximos anos, até que seja sanada sua dívida.
Pede-se ainda a criação, ainda para este ano de 2015, de conta corrente específica para receber os recursos vinculados ao cumprimento do mínimo constitucional.
(ACP nº 0033275-93.2015.4.01.3800)
Clique aqui para ter acesso ao conteúdo integral da ação.
SAIBA MAIS
Outra ação do MPF
Esta é a segunda ação judicial do MPF/MG contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da EC 29.
Em 19 de dezembro de 2003, o MPF recomendou ao então governador do Estado, Aécio Neves, a inclusão na proposta orçamentária para o ano de 2004 dos recursos necessários para cumprimento do mínimo constitucional, até porque já haviam sido incluídas na rubrica do SUS despesas sem nenhuma relação com a saúde, como pagamento de precatórios, sentenças judiciais, encargos previdenciários, gastos com Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, etc..
Naquela ocasião, o MPF havia apurado que nos primeiros anos de vigência da EC 29, em 2000, 2001 e 2002, o Estado de Minas Gerais já deixara de aplicar os percentuais de 3,26%, 1,09% e 3,01, acumulando um déficit de R$ 665.240.982,00.
A recomendação foi ignorada.
No dia 1º de março seguinte, o MPF ingressou com a Ação Civil Pública nº 2004.38.00.008973-8, pedindo a suspensão do repasse dos recursos do FPE, conforme também prevê a Constituição (artigo 160).
Três anos depois, em agosto de 2007, a Justiça Federal em Belo Horizonte acatou os argumentos do Ministério Público Federal e bloqueou o repasse de 376 milhões de reais ao Estado por descumprimento da obrigação de aplicação do mínimo constitucional. Na ocasião, o juízo federal, diante das manobras contábeis que eram feitas pelo Estado, já ressaltava que nenhuma despesa pode ser considerada como destinada a ações e serviços públicos de saúde se não apresentar os atributos de universalidade, igualdade e integralidade.
O governo mineiro entrou com Pedido de Suspensão de Segurança junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que concedeu efeito suspensivo à sentença e liberou os recursos em setembro de 2007.
Os autos da Ação Civil Pública chegaram ao TRF-1, para julgamento do mérito do recurso apresentado pelo governo estadual contra a sentença, em 13 de março de 2008. Nos sete anos que se seguiram, a ação não teve qualquer decisão, conforme demonstra a movimentação processual no site do TRF-1.

Leia também:

Teori pendurou Furnas nas costas do Aécio!
Os documentos. Janot e Teori esperam Aécio em Furnas

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2015/06/25/mpf-pega-aecim-em-minas/#.VYxaETsKzwQ.facebook

sexta-feira, 27 de março de 2015

Operação Zelotes: PF fez batida no Banco Safra

 

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Homens de preto visitaram, nesta quinta-feira, a sede do Banco Safra, na Avenida Paulista, em São Paulo; lá, no banco de Joseph Safra, um dos bilionários mais ricos do País, foram cumpridos mandados de busca e apreensão; batida foi parte da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura fraudes contra a Receita Federal; desvios, estimados em R$ 19 bilhões, podem superar os valores da Lava Jato; nesta primeira fase da operação, já foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie; estão sendo investigadas instituições financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e escritórios de advocacia e de contabilidade; ao 247, Safra afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso

26 de Março de 2015 às 16:51

247 - Agentes da Polícia Federal visitaram, nesta quinta-feira, a sede do Banco Safra, na Avenida Paulista, em São Paulo. No banco de Joseph Safra, um dos bilionários mais ricos do País, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

A batida foi parte da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura fraudes contra a Receita Federal. Os desvios, estimados em R$ 19 bilhões, podem superar os valores da Lava Jato.

Nesta primeira fase da operação, já foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie.

Estão sendo investigadas instituições financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e escritórios de advocacia e de contabilidade.

Ao 247, a assessoria de imprensa do Safra afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso.

Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:


Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal já apreendeu mais de R$ 1,3 milhão, em espécie, como parte da Operação Zelotes, deflagrada na manhã de hoje (26) no Distrito Federal, em São Paulo e no Ceará, em parceria com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda. Em apenas um dos 41 locais onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão, foram encontrados R$ 800 mil em espécie.

Como o inquérito está sob segredo de Justiça, a Polícia Federal e a Receita Federal não revelaram os nomes das empresas nem das pessoas envolvidas na fraude. Informou-se apenas que estão sendo investigadas instituições financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – o antigo Conselho de Contribuintes da Receita, vinculado ao Ministério da Fazenda – e escritórios de advocacia e de contabilidade.

A quadrilha, segundo a PF, fazia um “levantamento” dos grandes processos no Carf, procurava empresas com altos débitos junto ao Fisco e oferecia "facilidades", como anulação de multas. “[A organização criminosa] valendo-se da proximidade com alguns conselheiros nessa defesa de interesse privado, algumas vezes, precisava de algum [pedido de] vista para trancar a pauta, segurar um tempo para conseguir alguma outra medida judicial, e eles vendiam esse pedido de vista”, explicou o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pelo caso.

Segundo ele, os valores cobrados pela quadrilha variavam de acordo com a ação em questão. “Em um caso específico que identificamos, estava em torno de R$ 300 mil para fazer o exame de admissibilidade. Também observamos o pagamento de R$ 30 mil, R$ 50 mil para um pedido de vista”, exemplificou.

De acordo com as investigações, iniciadas em 2013, estima-se que o esquema criminoso que atuava no Carf tenha tentado fraudar, desde 2005, mais de 70 processos tributários, que podem acarretar prejuízo superior a R$ 19 bilhões aos cofres públicos.

O delegado afirmou que, até o momento, foram identificados “indícios veementes” da manipulação de cinco julgamentos já finalizados em que o Estado foi lesado em quase R$ 6 bilhões. “Esta é uma das maiores, se não a maior, organização especializada em crimes de sonegação do país”, ressaltou o diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Oslain Santana.

A corregedora-geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Lima, disse que, se comprovada a existência de fraude nos processos já julgados, mesmo que eles tenham caráter definitivo por se tratar da última instância recursal da esfera tributária, eles poderão ser anulados. “Constatado o vício de legalidade, será solicitada a revisão dos processos e serão submetidos a novo julgamento”, disse.

Os envolvidos responderão pelos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O termo Zelotes, que dá nome à Operação, tem como significado o falso zelo ou cuidado fingido. Refere-se a alguns conselheiros julgadores do Carf que não estariam atuando com o zelo e a imparcialidades necessários.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/174762/Operação-Zelotes-PF-fez-batida-no-Banco-Safra.htm

quinta-feira, 26 de março de 2015

Janot recebe pedido de investigação contra Aécio

 

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Já está no gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido dos deputados federais Adelmo Leão e Padre João, e do deputado estadual Rogério Correia, todos do PT mineiro, para que a Justiça Federal investigue se há envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no caso Furnas; a análise do requerimento não tem prazo pré-determinado; denúncia foi feita pelo doleiro Alberto Youssef e divulgada em vídeo; ele afirmou que recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontratada de Furnas, para o deputado José Janene (PP-PR), falecido; e afirmou ter ficado sabendo que a diretoria da empresa era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves

25 de Março de 2015 às 18:55

Minas 247 – O pedido para que o senador Aécio Neves seja investigado no caso Furnas pela Justiça Federal está nas mãos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O requerimento foi apresentado pelos deputados federais Adelmo Leão e Padre João, e pelo deputado estadual Rogério Correia, todos do PT mineiro, e ainda será analisado, mas sem prazo para o início da apreciação.

O documento traz o depoimento gravado em vídeo do doleiro Alberto Youssef, delator na Operação Lava Jato e apontado como líder do esquema de corrupção envolvendo Petrobras, políticos e empreiteiras.

Em delação premiada, ele afirmou que recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontratada de Furnas, para o deputado José Janene (PP-PR), já falecido. Furnas é uma subsidiária da Eletrobrás e vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Youssef disse ainda que, numa das viagens a Bauru, ficou sabendo que a diretoria da empresa, ocupada por Dimas Toledo, era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves, apontando o senador como beneficiário do esquema. Apesar do relato, Youssef negou ter tido contato com Aécio, que foi deputado federal por Minas entre 1987 e 2003.

"O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves", disse Youssef em fevereiro.

Mesmo depois do depoimento, a procuradoria-geral da República entendeu que não havia elementos suficientes para abrir uma investigação contra Aécio no âmbito do esquema Petrobras. Em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), no começo de março, Rodrigo Janot pediu arquivamento do procedimento.

No despacho, o procurador-geral argumentou que "a referência que se fez ao senador Aécio Neves diz com supostos fatos no âmbito da administração de Furna". "Assim, do que se tem conhecimento, são fatos completamente diversos e dissociados entre si", alegou.

Ao comentar sobre as acusações, na semana passada, Aécio divulgou nota na qual desqualifica o pedido de investigação contra ele e disse que a PGR deve investigar a 'Lista de Furnas' – suposto esquema de corrupção que veio à tona em 2006, no qual políticos e partidos teriam recebido dinheiro para 'caixa dois' de campanha.

O parlamentar afirmou que a lista "é uma das mais conhecidas fraudes políticas do país, reconhecida como falsa em 2006 pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios".

"Em 2011 o PSDB apresentou denúncia contra o deputado petista à PGR, e espera que as autoridades investiguem a natureza da relação de Correia com Nilton Monteiro, processado e condenado por falsificação de inúmeros documentos. São muitas as provas da relação entre os dois, que lançam graves suspeitas sobre o parlamentar", disse Aécio (leia mais).

Correia rebateu a declaração de que Furnas seria uma "fraude". "Se não havia um esquema de desvio de recursos em Furnas, o que o doleiro Alberto Youssef foi fazer em Bauru?", questionou. O petista também disse que Aécio tenta cassar seu mandato e persegue "quem ousou denunciá-lo", como é o caso de Nilton Monteiro. Correia propôs ainda fazer acareação com o senador tucano (leia mais).

http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/174615/Janot-recebe-pedido-de-investigação-contra-Aécio.htm